09/02/2012
Mordendo a maçã...
Existe um ventriloquismo oculto em cada atitude humana, e não há parcimônia ou temperança que esconda de olhos inocentes a verdadeira razão de tudo.
Não são as pequenas amarras em um boneco suficientes para lhe tirar a alma conquistada em sorrisos infantis.
E a cada vez que se abrem as cortinas, um show do início ao fim é experienciado em seu máximo esplendor: dramas, paixões, alegrias, tristezas, insanidades e afins.
Entretanto, entretenimento foi a maneira que encontramos de fechar os olhos e não enxergar o desencadear de nossas próprias mentiras. Lá no palco tudo é belo e perfeito.
Triste?
Não.
Essa é a perfeição platônica geometricamente desenhada. Intrínseca a tudo, porém invisível. Destarte, o viver é inacreditavelmente esculpido no mármore do paraíso. Mas agora dê-me licença Senhor, estou me entretendo e não quero ser perturbada.
Criar meu mundo não compensa? Então tudo que tenho a fazer é tirar o chapéu, os laços, as fitas e as flores. E tiro também os amores.
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