Edicion y Anotacion de Textos Coloniales Hispanoam
Edicion y Anotacion de Textos Coloniales Hispanoam
Edicion y Anotacion de Textos Coloniales Hispanoam
DE TEXTOS COLONIALES
HISPANOAMERICANOS
I. A R E L L A N O , J. A . R O D R Í G U E Z G A R R I D O (EDS.)
nes de las que trataré, los profesores Delgado y del Pino señalan q u e la
edición de las crónicas ha sido generalmente terreno de historiadores,
atentos a las dimensiones documentales de las crónicas c o m o fuentes
de datos primarios, y m u y p o c o preocupados por el texto en sí, lo que
tiene «graves repercusiones. En efecto, m u y pocas de estas ediciones
pueden ser consideradas ediciones críticas, y lo que es peor, muchas de
ellas n o son ni siquiera fiables. El texto que en ellas se ofrece es d e
procedencia más que dudosa, pues raramente se cotejan primeras
ediciones y manuscritos originales. N o se incluye, pues, n i n g ú n tipo
1
D e l g a d o , 1 9 9 0 , pp. 1 6 9 - 7 5 , y del P i n o , 1997.
46 IGNACIO ARELLANO AYUSO
2
D e l g a d o , 1 9 9 0 , p. 1 6 9 .
3
V e r Cortés, Cartas de relación, e d . A . D e l g a d o , 1 9 9 3 y Cabeza de Vaca, Nau-
fragios, ed. P u p p o - W a l k e r , 1 9 9 2 . E n l o q u e sigue citaré de m o d o abreviado; para
los datos c o m p l e t o s de las e d i c i o n e s q u e m a n e j o remito a la bibliografía final.
4
V e r las p p . 1 8 4 , n o t a 4 2 ; 2 2 1 , n o t a 2 8 0 ; 2 2 2 , n o t o 2 8 4 ; 2 4 4 , noto 4 5 0 ; 2 6 6 ,
nota 5 8 7 ; 2 7 0 , nota 6 1 2 ; 2 7 5 , nota 6 5 6 , e t c .
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 47
lando que «debe leerse la expresión [quemados los montes] con sentido
figurado que alude hiperbólicamente a la destrucción causada p o r el
huracán», interpretación errónea q u e surge de entender montes c o m o
'elevación orogénica' y n o c o m o lo q u e significa e n el texto 'floresta,
bosque, vegetación' , q u e m u y bien p u e d e quedar «quemada» 'seca'
5
que se ven y el editor observa una paradoja, ya que aluden «al infortu-
nio extremo q u e padecían», sin que haya, claro está, paradoja alguna,
ya que fortuna en el Siglo d e O r o p u e d e significar precisamente ' i n -
fortunio' c o m o en el título del famoso Lazarillo, que cuenta sus fortu-
nas y adversidades. N o hay q u e señalar, pues, semejantes flores retóricas
en el texto cronístico, c o m o t a m p o c o hay errata alguna e n el pasaje
«temiendo que en el c a m i n o alguno n o muriesse», d o n d e n o c o m -
prende el uso expletivo del adverbio no, usual en la lengua de la época
con verbos de t e m o r . R e s u l t a extraño q u e P u p p o - W a l k e r explique
7
5
V e r por e j e m p l o los usos de C i e z a d e L e ó n , La crónica del Perú, e d . M . B a -
llesteros, 1 9 8 4 , p p . 7 8 , 8 3 de la e d i c i ó n citada e n la bibliografía o los c o m e n t a r i o s
que hago más abajo sobre el sentido d e monte.
6
Quemar es también «desecar m u c h o y hacer perder el verdor y lozanía, c o m o
sucede e n las legumbres e n t i e m p o d e m u c h o s hielos» (Diccionario de Autoridades);
este es el s e n t i d o del t e x t o y n o el q u e señala P u p p o - W a l k e r de «analógicamente
vale malbaratar, destruir», t o m a n d o otra a c e p c i ó n n o p e r t i n e n t e aquí del m i s m o
diccionario.
7
Así anota: « no carece aquí d e su habitual a c e p c i ó n negativa. D e b e ser errata
de copista o de impresión». P e r o v e r G i l i Gaya, 1 9 6 1 , § 2 1 9 : «Las gramáticas
hablan de este no redundante q u e d e s d e a n t i g u o suele acompañar a las o r a c i o n e s
comparativas y a verbos de temor, preferencia, etc.; p. ej.: Temía (que) no lo denun-
ciasen los vecinos [...] Este uso existía ya en latín y fue ampliado en r o m a n c e . E n los
textos medievales y clásicos aparece c o n frecuencia m u c h o mayor que en la lengua
moderna».
48 IGNACIO ARELLANO AYUSO
8
V e r mis artículos de A r e l l a n o , 1 9 8 7 y 1 9 9 1 ; ahí se r e c o g e otra bibliografía
pertinente.
50 IGNACIO ARELLANO AYUSO
lógica quien para singular y plural, por lo que corrige «con quien envió
recado» en «con quienes envió recado» (encontrando otra incorrección
inexistente ), suprime estructuras que reflejan ablativos absolutos
14
1 3
Aid., p . 7 3 , n. 17.
14
Ibid., pp. 8 1 , 122.
15
Ibid., p. 2 0 1 .
1 6
M u ñ o z C a m a r g o , Historia de Tlaxcala, ed. G. Vázquez, 1 9 8 6 , p. 1 2 4 .
1 7
M u ñ o z C a m a r g o , Historia de Tlaxcala, ed. G. Vázquez, 1 9 8 6 , p . 37.
52 IGNACIO ARELLANO AYUSO
1 8
O c a ñ a , A través de América del Sur, ed. A . Álvarez, 1 9 8 7 , pp. 1 9 7 , 2 3 1 .
1 9
V e r Carvajal, 1 9 8 6 , pp. 4 1 , 2 1 0 .
2 0
Ibid., p p . 6 1 , 6 7 . Léase «zabordar» 'varar el barco en tierra'.
2 1
Fernández de Q u i r ó s , Descubrimiento de las regiones austriales, e d . R . Ferran-
do, 1986, p. 321.
2 2
V á z q u e z , Relación..., ed. J. Ortiz, 1 9 8 7 , p . 8 0 .
2 3
Ibid., p. 1 5 2 .
2A
Md., p. 102.
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 53
Ibid., p. 9 6 .
54 IGNACIO ARELLANO AYUSO
3 0
Claro q u e c o m o es sabido q u e los cronistas están llenos de «estilos inferna-
les» y d e incoherencias e i n c o r r e c c i o n e s , n o parece extrañar q u e C i e z a m e t a una
mixtura graciosa d e e l e m e n t o s sin r e l a c i ó n e n u n c o n t e x t o nada g r a c i o s o . ¿Será
una d e esas dislexias q u e advierte o t r o editor e n otro cronista?
3 1
V e r Sahagún, Historia general de las cosas de Nueva España, e d . J. C . T e m p r a -
n o , 1 9 9 0 , t o m o I, p . 3 2 4 : «Otra m a n e r a d e fantasma se aparecía d e n o c h e y era
c o m o una calaberna de m u e r t o [...] iva h a z i e n d o u n ruido c o m o calabema q u e iva
saltando [...] y si p o r ventura se parava aquel tras q u i e n iva g o l p e a n d o , t a m b i é n se
para va la calaberna».
56 IGNACIO ARELLANO A Y U S O
rente, «en pernetas», y que anota, mal, por tanto, señalando q u e están
«con las piernas desnudas». Hacer pernetas o hacer la perneta es mover
las piernas c o n saltos o danzas grotescas a m o d o de burla: lo m i s m o
hacen otros indios a la tropa en q u e va Bernal Díaz del Castillo (His-
toria verdadera, ed. cit. e n bibliografía, p . 39), y Covarrubias s. v. gamba
lo explica.
N o hace al caso, en fin, señalar todas las ocurrencias d e este tipo , 34
3 2
A n d a g o y a , Relación y documentos, ed. A . Blázquez, 1 9 8 6 , p. 156, d o n d e aña-
de innecesariamente el [sic].
3 3
Fernández de Q u i r ó s , Descubrimiento de las regiones austriales, e d . R . Ferran-
d o , 1 9 8 6 , p. 1 4 0 .
3 4
Más ejemplos e n Fernández de O v i e d o , Sumario de la Natural Historia de las
Indias, e d . M . Ballesteros, 1 9 8 6 , p . 4 9 sobre una supuesta c o n f u s i ó n del escritor
c o n p e c e s / p e s c a d o s ; R o d r í g u e z Freyle, 1 9 8 6 , p . 27 sobre la interpretación del
título atribuido a esta crónica de El carnero, recurriendo a u n t e x t o de Q u e v e d o en
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 57
3 8
Cabeza de Vaca, Naufragios y comentarios, ed. R . Ferrando, 1 9 8 4 , p . 8 1 , nota
78.
3 9
M í . , p. 7 1 .
4 0
Cabeza de Vaca, Naufragios, ed. E. P u p p o - W a l k e r , 1 9 9 2 , p. 2 2 0 , n. 2 7 1 .
60 IGNACIO ARELLANO A Y U S O
4 1
Díaz, La conquista de Tenochtitlan, 1988, p. 180.
4 2
Bodegón de caza, hortalizas y frutas. V e r Ortega, 1996, p. 87, excelente repro-
d u c c i ó n del l i e n z o d e Sánchez C o t á n .
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 61
4 3
V e r Carvajal, ed. D í a z , 1 9 8 6 , p p . 1 1 5 y 2 0 6 (la cita es d e esta última p á g i -
na).
4 4
M u ñ o z C a m a r g o , Historia, ed. G. Vázquez, 1 9 8 6 , p . 7 7 .
4 5
E n la p . 1 0 8 de esta misma crónica se v u e l v e a hablar de las «puntas d e var-
dascas» q u e llevan lengüetas y arpones.
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 63
Cosa muy sabida es que los astrólogos llamados genethliaci tienen soli-
citud en saber la hora y punto del nacimiento de cada persona, lo cual
sabido, adivinan y pronostican las inclinaciones naturales de los hombres
por la consideración del signo en que nacen y del estado y aspecto que
entonces tenían los planetas.
«estos n o iban a poblar sino a ranchear» ; «no pueblan, sino que viven
51
4 9
C i e z a d e L e ó n , La crónica del Perú, ed. M . Ballesteros, 1 9 8 4 , p . 116.
5 0
A n d a g o y a , Relación y documentos, ed. A . Blázquez, 1 9 8 6 , p p . 8 6 , 176.
5 1
Por cierto, el editor de Andagoya, Relación y documentos, e n A . B l á z q u e z , p .
8 6 , n o t a 8 y p . 1 7 6 , n o t a 7 4 , c o n f u n d e la a c c i ó n d e l ranchear, q u e c o m o se ha
d i c h o , es pillaje y secuestro, c o n la de rescatar q u e es 'trocar, intercambiar objetos';
el rescate era operación pacífica; el rancheo violenta.
5 2
V e r M u ñ o z C a m a r g o , Historia de Tlaxcala, e d . G. V á z q u e z , 1 9 8 6 , p . 1 6 0 ,
nota 2 2 1 .
5 3
Sieso: «Parte inferior d e l i n t e s t i n o r e c t o e n la cual se c o m p r e n d e el ano»
(DRAE).
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN. 65
d) Fenómenos de la naturaleza
5 4
Ocaña, A través de América del Sur, e d . A . Álvarez, 1 9 8 7 , p . 1 6 9 . C o m p . p .
2 2 2 : «son más b l a n c o s q u e los d e m á s y d e m e j o r e s caras y más b i e n agestados»;
ver, e n fin, el Diccionario de Autoridades: «Agestado, b i e n o mal agestado. Bien
agestado se llama a la persona de b u e n a cara y agradable a s p e c t o y l o contrario a
esto es mal agestado».
66 IGNACIO ARELLANO AYUSO
5 5
V e r Carvajal, 1 9 8 6 , p . 2 0 5 , nota 1 4 0 d o n d e el editor señala q u e e n el m a -
nuscrito de Vázquez, seguido m u y de cerca p o r Pedrarias, se lee «galanes de
Meliona» (que es la buena lectura), pero n o prosige más su indagación.
5 6
Ver Enríquez, El Siglo Pitagórico, ed. C h . A m i e l , 1 9 7 7 , p. 1 6 2 , nota 2 0 , c o n
más referencias; o Cáscales, Cartas filológicas, ed. J. García S o r i a n o , 1 9 6 1 , I, p. 5 9 ,
nota 8 y p . 1 9 2 , c o n otros t e x t o s g o n g o r i n o s y de autores varios, en una extensa
nota del editor.
5 7
Ver Santa María, 1 9 4 2 , I, s. v. aje. El ají, p i m i e n t o picante, es otra cosa.
PROBLEMAS EN LA EDICIÓN Y ANOTACIÓN.. 67
E n el t i e m p o q u e e s t a b a n e n s u p r o s p e r i d a d , a n t e s q u e f u e s e n s u b j e -
tados por los españoles, c u a n d o g o z a b a n del g o b i e r n o de los ingas, d e -
m á s d e las a c e q u i a s c o n q u e r e g a b a n e l v a l l e . . .
68 IGNACIO ARELLANO A Y U S O
después que fueron subjetados por los ingas tomaron dellos leyes y
costumbres [...] En muchas partes de las provincias dichas, subjetas a
esta ciudad, hay arboledas y cantidad de frutas... (p. 305).
los más de los pueblos que son subjetos a esta ciudad atraviesan cami-
nos reales... (p. 308).
4. CONCLUSIONES
BIBLIOGRAFÍA