Sistemas Energéticos - ATP
Sistemas Energéticos - ATP
Sistemas Energéticos - ATP
Dessa forma, o nosso organismo deve ser ajustado rapidamente ao aumento da demanda em
curto e médio período de tempo (efeito agudo e efeitos subagudos). Essa exigência em curto
e médio período de tempo faz com que o nosso organismo torne alguns desses mecanismos
fisiológicos mais eficientes ao longo do tempo (efeito crônico).
A atividade física pode ser definida como qualquer gasto energético acima do repouso em
função da contração muscular. Dessa forma, podemos entender que qualquer movimento
muscular gera gasto calórico acima de valores de repouso, por exemplo, limpar a casa exige
uma demanda de energia (gasto calórico) acima do valor de repouso. No entanto, quando
pensamos em atividade física frequentemente associamos aos exercícios.
Contudo, por definição, exercícios são atividades programadas, sistematizadas com metas e
objetivos pré-estabelecidos.
Qual exercício o indivíduo deve realizar para alcançar mais rápido sua meta?
todos os exercícios podem ser prescritos, pois o importante nesse momento não é o tipo de
exercício associado ao metabolismo, a execução mecânica do movimento e/ou aos benefícios
musculares que os exercícios podem acarretar. Todos os exercícios podem ser prescritos, pois
o que os diferenciam na prescrição será a dose-resposta, e não o tipo do exercício.
A dose-resposta do exercício pode ser definida como a manipulação das variáveis (volume,
frequência e intensidade) para um determinado objetivo e meta
Quando um indivíduo está acima do peso corporal devemos então prescrever exercício, mas o
exercício em si não é o fator determinante para alcançar os objetivos e as metas. O fator
determinante será a dose e a resposta que será aplicada àquele indivíduo. Nesse contexto, os
exercícios podem ser diferentes em relação à sua execução, ao material utilizado e até ao seu
objetivo e meta, mas, por outro lado, podem exigir demandas fisiológicas iguais. Por exemplo,
esteira (andar ou correr), bicicleta ou elíptico, são exercícios com características de
movimentos diferentes, mas geram ajustes fisiológicos semelhantes caso sejam realizados com
a mesma dose e para os mesmos objetivos e metas.
o importante não é o exercício, ou uma variável isolada e sim a combinação das variáveis que
determinará o resultado final. Dessa forma, andar a 6km/h durante 1 hora ou correr o dobro
de velocidade da primeira prescrição (à 12 km/h) na metade do tempo, ou seja, 30 minutos
trará os mesmos resultados.
Portanto, o exercício não é o fator determinante, e sim a dose-resposta do exercício que será
determinante para alcançar as metas e objetivos desejados.
Seguindo a ideia de que o exercício não é o determinante, o exercício que mais auxilia no
emagrecimento será aquele através do qual a dose-resposta for maior e não o tipo de
exercício.
Dessa forma, podemos definir o trabalho celular como o metabolismo de todas as células.
VIAS METABOLICAS
Contudo, para que algumas reações químicas aconteçam e produzam ATP é necessária
quantidade suficiente de oxigênio. Quando temos disponibilidade suficiente de oxigênio,
obtemos energia pelo metabolismo aeróbico. No entanto, ainda é possível produzir ATP
mesmo quando não houver quantidades suficientes de oxigênio. Dessa forma, quando a
produção de ATP ocorrer sem a presença de oxigênio o metabolismo é anaeróbico.
ATP-PC
A primeira via metabólica faz parte do metabolismo anaeróbico, ou seja, sem a presença
suficiente de oxigênio para gerar energia. Outro fator interessante é que essa via metabólica
também é conhecida como alático, ou seja, não forma lactato como subproduto final.
Portanto, o nosso organismo utiliza a via chamada ATP-CP ou sistema fosfagênio como
primeira via energética com objetivo de ressintetizar ATP. Para que isso ocorra, essa via utiliza
a fosfocreatina (Creatina + Fosfato inorgânico – CP + Pi) armazenada dentro do músculo em
pequenas quantidades, e, por meio da enzima creatinaquinase, quebra a fosfocreatina
liberando seu fosfato rico em energia e ressintetizando o ATP utilizado.
SISTEMA GLICOLÍTICO
metabolismo anaeróbico lático, na qual ocorre a formação de lactato como seu subproduto
final. Essa via metabólica utiliza o substrato energético glicose (C6 -H12-O6) para restaurar o
ATP.
Essa via metabólica tem duas fases importantes e distintas, sendo a primeira de investimento
de energia e a segunda fase de ganhos “lucro”. Na primeira fase, o nosso organismo investe
energia para posteriormente ganhar. Dessa forma, 1 molécula de glicose será inicialmente
quebrada em dois gliceroldeído- -3-fosfato, e para que isso ocorra, é necessário o investimento
de 2 ATPs. Note que a molécula de uma (1) glicose foi dividida em duas, o que será importante
para o salto fnal em ATPs. Após a fase de investimento, iniciamos a fase mais importante do
ciclo que são os “lucros”. Dessa forma, a partir de cada molécula de gliceroldeído-3-fosfato
teremos 2 moléculas de piruvato e durante esse processo metabólico serão produzidos 2 ATPs
por gliceroldeído-3-fosfato. Como cada 1 molécula de glicose gera 2 gliceroldeído-3-fosfato,
então o saldo fnal será de 4 ATPs
A via metabólica glicólica não rende muitos ATPs, ou seja, ao final de seu processo metabólico
temos o saldo de apenas 2 ATPs, pois utilizamos 2 ATPs para iniciar o ciclo na fase de
investimento. Portanto, ao final do ciclo o saldo de 4 ATPs na verdade será de 2 ATPs. Mas a
via glicolítica faz outro papel muito importante, gerando alguns NADH. O NAD são
carregadores de elétrons (energia), têm um papel importante no final do processo metabólico.
Portanto, a via glicolítica gerou poucos ATPs (2 ATPs), mas gerou também 2 NADH e 2
Piruvatos (C3 -H4 -O3). Podemos notar que essa via também gera pouca energia (2 ATPs) por
molécula de glicose. Dessa forma, essa via metabólica sustenta atividades de curta duração,
mas por outro lado, em alta intensidade.
SISTEMA OXIDATIVO
e é a que gera a maior quantidade de ressíntese de ATP e faz parte do metabolismo aeróbico
por utilizar o oxigênio disponível para gerar energia. Essa via é conhecida via oxidativa e/ou
cadeia respiratória e está associada ao ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs.
Seguindo o ciclo a partir de cada piruvato, com a presença de oxigênio o piruvato entra no
ciclo de reações químicas dentro da matriz mitocondrial chamado ciclo de Krebs, no qual o
piruvato será oxidado (perderá energia) gerando muitos 4 NADH, 1 FADH( carregador de
elétron, mas com menor capacidade em comparação ao NAD) e 1 ATP (1 GTP, gonina
trifosfato, mas o nosso organismo converte rapidamente a gonina em adenina). Além disso,
serão retiradas do nosso organismo 3 moléculas de carbono por meio da respiração pulmonar
eliminando dióxido de oxigênio (CO2) de cada piruvato (C3-H4-O3). O metabolismo anterior
gerou 2 piruvatos, e, dessa forma, teremos o saldo fnal de 8 NADH, 2 FADH e 2 ATPs. Notem
que o ciclo de Krebs gerou poucos ATPs (apenas 2), mas, por outro lado, oxidou por completo
a molécula de glicose e gerou muita energia contida agora nos NADH e FADH.
Essa energia contida nos NADH e FADH serão atraídas pelo oxigênio dentro da matriz
mitocondrial e liberadas entre as membranas interna e externa da mitocôndria, carregador
fosfato e enzima ATP sintetase (em alguns livros ATP sintetase). O NADH e o FADH liberam sua
energia e com isso a enzima ATP sintetase será acionada ressintetizando o ADP ao juntar 1
fosfato inorgânico (Pi). Cada NADH pode ressintetizar aproximadamente 2,5 ATPs e o FADH
1,5. Dessa forma, o saldo total de ATPs ressintetizado por meio metabolismo aeróbico será de
aproximadamente 32 ATPs
β-oxidação dos ácidos graxos - transformação de ácidos graxos em acetil-CoA, para posterior
utilização pelo ciclo de Krebs.