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Sistemas Energéticos - ATP

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A fisiologia do exercício pode ser entendida como todos os processos fisiológicos que

ocorrem no corpo humano durante o esforço.

Tais processo fisiológicos exigem do nosso corpo demanda energética de aproximadamente


15-20 vezes acima do valor de repouso. Além da demanda energética, temos os ajustes
cardiovasculares, pulmonares, circulatórios e metabólicos como parte desse processo.

Dessa forma, o nosso organismo deve ser ajustado rapidamente ao aumento da demanda em
curto e médio período de tempo (efeito agudo e efeitos subagudos). Essa exigência em curto
e médio período de tempo faz com que o nosso organismo torne alguns desses mecanismos
fisiológicos mais eficientes ao longo do tempo (efeito crônico).

Tanto os efeitos agudos/subagudos quanto os efeitos crônicos estão associados ao tipo de


esforço realizado.

A atividade física pode ser definida como qualquer gasto energético acima do repouso em
função da contração muscular. Dessa forma, podemos entender que qualquer movimento
muscular gera gasto calórico acima de valores de repouso, por exemplo, limpar a casa exige
uma demanda de energia (gasto calórico) acima do valor de repouso. No entanto, quando
pensamos em atividade física frequentemente associamos aos exercícios.

Contudo, por definição, exercícios são atividades programadas, sistematizadas com metas e
objetivos pré-estabelecidos.

Quando falamos de metas e objetivos dos exercícios estamos falando indiretamente da


prescrição, que podemos definir como manipulação das variáveis de volume, frequência e
intensidade (dose-resposta) a fim de atingir as metas e os objetivos.
Por exemplo, quando perguntamos a um indivíduo que está acima do peso corporal ideal qual é o seu objetivo, o
mesmo responderá que o seu objetivo é reduzir o seu peso corporal e sua meta (a ser alcançada) será de, por
exemplo, 10 kg. Dessa forma, devemos manipular de forma correta as variáveis de volume e intensidade para
alcançarmos a meta do indivíduo e, consequentemente, seus objetivos .

Qual exercício o indivíduo deve realizar para alcançar mais rápido sua meta?

todos os exercícios podem ser prescritos, pois o importante nesse momento não é o tipo de
exercício associado ao metabolismo, a execução mecânica do movimento e/ou aos benefícios
musculares que os exercícios podem acarretar. Todos os exercícios podem ser prescritos, pois
o que os diferenciam na prescrição será a dose-resposta, e não o tipo do exercício.

A dose-resposta do exercício pode ser definida como a manipulação das variáveis (volume,
frequência e intensidade) para um determinado objetivo e meta

Quando um indivíduo está acima do peso corporal devemos então prescrever exercício, mas o
exercício em si não é o fator determinante para alcançar os objetivos e as metas. O fator
determinante será a dose e a resposta que será aplicada àquele indivíduo. Nesse contexto, os
exercícios podem ser diferentes em relação à sua execução, ao material utilizado e até ao seu
objetivo e meta, mas, por outro lado, podem exigir demandas fisiológicas iguais. Por exemplo,
esteira (andar ou correr), bicicleta ou elíptico, são exercícios com características de
movimentos diferentes, mas geram ajustes fisiológicos semelhantes caso sejam realizados com
a mesma dose e para os mesmos objetivos e metas.

Portanto, quando falamos em exercícios devemos levar em consideração suas variáveis de


volume, frequência e intensidade. Dessa forma, um indivíduo pode emagrecer realizando
frequência de treinamento de 2 vezes na semana, andando na esteira à 6 km/h durante 1
hora, mas também pode realizar a mesma frequência semanal de 2 vezes por semana, mas ao
invés de andar ele correrá à 12 km/h durante 30 minutos. A pergunta será: qual dessas
prescrições podem levar o indivíduo a alcançar seus resultados mais rapidamente? Com
certeza, nesse momento muitos devem ter pensado na segunda opção (correr à 12 km/h
durante 30 minutos) em comparação com a primeira opção (andar à 6 km/h durante 1 hora).
Ficarão surpresos ao dizer que ambas as prescrições, correr à 12 km/h durante 30 minutos ou
andar à 6 km/h durante 1 hora, tem a mesma dose-resposta. Portanto, o produto final será de
ambos será de 6 km percorridos e a longo prazo o resultado será o mesmo associado ao
emagrecimento e gasto calórico do indivíduo, por exemplo.

o importante não é o exercício, ou uma variável isolada e sim a combinação das variáveis que
determinará o resultado final. Dessa forma, andar a 6km/h durante 1 hora ou correr o dobro
de velocidade da primeira prescrição (à 12 km/h) na metade do tempo, ou seja, 30 minutos
trará os mesmos resultados.

Portanto, o exercício não é o fator determinante, e sim a dose-resposta do exercício que será
determinante para alcançar as metas e objetivos desejados.

Seguindo a ideia de que o exercício não é o determinante, o exercício que mais auxilia no
emagrecimento será aquele através do qual a dose-resposta for maior e não o tipo de
exercício.

Outro aspecto importante nesse processo de ajuste fisiológico e dose-resposta do exercício é a


demanda enérgica. Para manter a demanda energética adequado para o exercício, o nosso
organismo utiliza diversos alimentos que contêm nutrientes com funções biológicas que serão
transformados em substratos energéticos para o trabalho celular

Dessa forma, podemos definir o trabalho celular como o metabolismo de todas as células.

O corpo humano utiliza material orgânico como carboidratos, proteínas e gorduras


(macronutrientes) e transforma seus substratos glicose, aminoácidos e triacilglicerol em
energia química para ser utilizado pela célula sempre que necessário, como por exemplo, para
realizar contrações musculares, ou simplesmente para manter funcionando o nosso organismo
durante o período de baixo esforço e repouso. Todos os alimentos e seus substratos
energéticos são transformados pelo nosso organismo em uma única moeda energética
quimicamente chamada de adenosina trifosfato – ATP

VIAS METABOLICAS

Os nutrientes orgânicos consumidos na forma de alimentos constituem as principais fontes de


energia (combustível) que abastecem o corpo humano. As fontes de energia consumidas na
forma de alimentos (nutrientes) são convertidas em substratos, possibilitando assim que o
organismo absorva compostos orgânicos e que as células do nosso corpo os transformem em
energia química por meio das vias metabólicas, que será utilizada pelo nosso corpo para
manutenção do metabolismo ou gerar energia necessária para qualquer atividade física

O processo químico de conversão do alimento em energia é denominado em bioenergética.


No corpo humano, quando os substratos energéticos (glicose, ácido graxo e aminoácido) dos
macronutrientes (carboidrato, gordura e proteínas) são quebrados, liberam energia contidas
em suas ligações químicas tornando-a em energia mecânica, resultando nas contrações
musculares.
Cada vez que o nosso organismo consegue quebrar (hidrolisar) 1 ATP, o mesmo liberará essa
energia química armazenada em suas ligações. Portanto, o nosso organismo deve encontrar
uma forma de realizar ressíntese do ATP que foi depletado pela demanda energética

Contudo, para que algumas reações químicas aconteçam e produzam ATP é necessária
quantidade suficiente de oxigênio. Quando temos disponibilidade suficiente de oxigênio,
obtemos energia pelo metabolismo aeróbico. No entanto, ainda é possível produzir ATP
mesmo quando não houver quantidades suficientes de oxigênio. Dessa forma, quando a
produção de ATP ocorrer sem a presença de oxigênio o metabolismo é anaeróbico.

O metabolismo anaeróbico pode ser subdividido em dois: alático e LÁTICO

ATP-PC

Curta duração e alta intensidade – capacidade de manter o esforço por 30s

A primeira via metabólica faz parte do metabolismo anaeróbico, ou seja, sem a presença
suficiente de oxigênio para gerar energia. Outro fator interessante é que essa via metabólica
também é conhecida como alático, ou seja, não forma lactato como subproduto final.
Portanto, o nosso organismo utiliza a via chamada ATP-CP ou sistema fosfagênio como
primeira via energética com objetivo de ressintetizar ATP. Para que isso ocorra, essa via utiliza
a fosfocreatina (Creatina + Fosfato inorgânico – CP + Pi) armazenada dentro do músculo em
pequenas quantidades, e, por meio da enzima creatinaquinase, quebra a fosfocreatina
liberando seu fosfato rico em energia e ressintetizando o ATP utilizado.

Nosso organismo não é capaz de armazenar grandes quantidades de creatina fosfato no


músculo, invariavelmente somos capazes de manter o esforço por aproximadamente 10-15
segundos com predominância dessa via metabólica. Dessa forma, essa via metabólica sustenta
atividades de alta intensidade e curta duração, por exemplo, prova de 100 metros no
atletismo, levantamento de peso olímpico, 50 metros na natação entre outras.

SISTEMA GLICOLÍTICO

metabolismo anaeróbico lático, na qual ocorre a formação de lactato como seu subproduto
final. Essa via metabólica utiliza o substrato energético glicose (C6 -H12-O6) para restaurar o
ATP.

Essa via metabólica tem duas fases importantes e distintas, sendo a primeira de investimento
de energia e a segunda fase de ganhos “lucro”. Na primeira fase, o nosso organismo investe
energia para posteriormente ganhar. Dessa forma, 1 molécula de glicose será inicialmente
quebrada em dois gliceroldeído- -3-fosfato, e para que isso ocorra, é necessário o investimento
de 2 ATPs. Note que a molécula de uma (1) glicose foi dividida em duas, o que será importante
para o salto fnal em ATPs. Após a fase de investimento, iniciamos a fase mais importante do
ciclo que são os “lucros”. Dessa forma, a partir de cada molécula de gliceroldeído-3-fosfato
teremos 2 moléculas de piruvato e durante esse processo metabólico serão produzidos 2 ATPs
por gliceroldeído-3-fosfato. Como cada 1 molécula de glicose gera 2 gliceroldeído-3-fosfato,
então o saldo fnal será de 4 ATPs

A via metabólica glicólica não rende muitos ATPs, ou seja, ao final de seu processo metabólico
temos o saldo de apenas 2 ATPs, pois utilizamos 2 ATPs para iniciar o ciclo na fase de
investimento. Portanto, ao final do ciclo o saldo de 4 ATPs na verdade será de 2 ATPs. Mas a
via glicolítica faz outro papel muito importante, gerando alguns NADH. O NAD são
carregadores de elétrons (energia), têm um papel importante no final do processo metabólico.
Portanto, a via glicolítica gerou poucos ATPs (2 ATPs), mas gerou também 2 NADH e 2
Piruvatos (C3 -H4 -O3). Podemos notar que essa via também gera pouca energia (2 ATPs) por
molécula de glicose. Dessa forma, essa via metabólica sustenta atividades de curta duração,
mas por outro lado, em alta intensidade.

SISTEMA OXIDATIVO

e é a que gera a maior quantidade de ressíntese de ATP e faz parte do metabolismo aeróbico
por utilizar o oxigênio disponível para gerar energia. Essa via é conhecida via oxidativa e/ou
cadeia respiratória e está associada ao ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs.

A partir de cada piruvato, quando há oxigênio suficiente presente, seguimos para o


metabolismo conhecido como aeróbico. Quando falamos em presença suficiente de oxigênio,
entende-se como quantidade adequada de oxigênio chegando na célula muscular. Dessa
forma, o oxigênio que respiramos durante o exercício está tendo tempo hábil entre captação,
consumo e absorção. Para que isso aconteça, o exercício não pode ser de alta intensidade,
mas, por outro lado, pode ser de longa duração

Seguindo o ciclo a partir de cada piruvato, com a presença de oxigênio o piruvato entra no
ciclo de reações químicas dentro da matriz mitocondrial chamado ciclo de Krebs, no qual o
piruvato será oxidado (perderá energia) gerando muitos 4 NADH, 1 FADH( carregador de
elétron, mas com menor capacidade em comparação ao NAD) e 1 ATP (1 GTP, gonina
trifosfato, mas o nosso organismo converte rapidamente a gonina em adenina). Além disso,
serão retiradas do nosso organismo 3 moléculas de carbono por meio da respiração pulmonar
eliminando dióxido de oxigênio (CO2) de cada piruvato (C3-H4-O3). O metabolismo anterior
gerou 2 piruvatos, e, dessa forma, teremos o saldo fnal de 8 NADH, 2 FADH e 2 ATPs. Notem
que o ciclo de Krebs gerou poucos ATPs (apenas 2), mas, por outro lado, oxidou por completo
a molécula de glicose e gerou muita energia contida agora nos NADH e FADH.

Essa energia contida nos NADH e FADH serão atraídas pelo oxigênio dentro da matriz
mitocondrial e liberadas entre as membranas interna e externa da mitocôndria, carregador
fosfato e enzima ATP sintetase (em alguns livros ATP sintetase). O NADH e o FADH liberam sua
energia e com isso a enzima ATP sintetase será acionada ressintetizando o ADP ao juntar 1
fosfato inorgânico (Pi). Cada NADH pode ressintetizar aproximadamente 2,5 ATPs e o FADH
1,5. Dessa forma, o saldo total de ATPs ressintetizado por meio metabolismo aeróbico será de
aproximadamente 32 ATPs

A cadeia respiratória só acontecerá quando houver a presença de oxigênio suficiente para a


demanda energética do exercício. Quando isso não acontecer, o piruvato será transformado
em lactato (aceitando dois elétrons do NADH, tornando-se NAD novamente e podendo auxiliar
o reinício do metabolismo a partir de outra molécula de glicose). Esse processo metabólico é
conhecido como fermentação lática. A enzima lactato desidrogenase (LSH) é responsável pela
conversão do piruvato para lactato. As fibras subjacentes do tipo I contêm enzima LDH. É
possível tornar o lactato de volta a piruvato e de piruvato volta a ser glicose. Quando o lactato
entra na corrente sanguínea, chegando até o fígado e iniciando assim o ciclo conhecido como
ciclo de Cori, no qual, converte o lactato em glicose novamente, podendo armazenar a glicose
na forma de glicogênio hepático ou liberar a glicose para o sangue se os níveis glicêmicos
estiverem baixos
Existe uma grande variedade de vias metabólicas.

Glicólise - oxidação da glicose a fim de obter ATP.

Ciclo de Krebs - oxidação do acetil-CoA a fim de obter energia.

Fosforilação oxidativa - eliminação dos elétrons libertados na oxidação da glicose e do acetil-


CoA. Grande parte da energia libertada neste processo pode ser armazenada na célula sob a
forma de ATP.

β-oxidação dos ácidos graxos - transformação de ácidos graxos em acetil-CoA, para posterior
utilização pelo ciclo de Krebs.

Neoglicogênese - síntese de glicose a partir de moléculas não glicolíticas, para posterior


utilização pelos órgãos glicodependentes.

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