Resumo: O artigo oferece a ideia de que o trabalho de orientação de um professor acadê-mico pode ... more Resumo: O artigo oferece a ideia de que o trabalho de orientação de um professor acadê-mico pode ser comparado ao de um guia espiritual. Nesse viés, a experiência do aluno de pós-graduação também retrata alguns aspectos similares à experiência de um iniciado. O artigo faz uso do texto bíblico de João 9 (história do cego de nascença), traçando paralelos entre o enredo bíblico e a tese do artigo. Os personagens joaninos são sobrepostos aos personagens do professor orientador e do aluno pós-graduando, denotando aspectos de maturação espiritual à medida que a razão emerge em meio ao estilo especulativo de vida. O artigo trabalha com a simbologia da cegueira e da visão como dois polos de um processo, cujo motor é o centro acadêmico, espaço de desenvolvimento intelectual e, segundo a tese do artigo, espiritual. Palavras-chave: Espiritualidade. Mística cristã. Aconselhamento pastoral. Cura. Academic advising: An exercise in spirituality? Abstract: This article offers the idea that the work...
Os imigrantes senegaleses procuram o Brasil a procura de trabalho e melhores condicoes de vida. E... more Os imigrantes senegaleses procuram o Brasil a procura de trabalho e melhores condicoes de vida. Eles trazem consigo a religiosidade muculmana: seus valores e ritos. Como esta a concretizacao deste sonho imigrante? Para responder a esta pergunta, foi realizada uma pesquisa de campo, onde 14 senegaleses foram entrevistados. As entrevistas abordaram questoes de trabalho, documentacao e religiao. As entrevistas deixam entrever que ha uma relacao entre os valores da fe muculmana e o acesso dos senegaleses ao mercado de trabalho, na regiao litorânea nordeste do RS. Os resultados sinalizam um uso descabido dos imigrantes, pelo mercado de trabalho brasileiro. Majoritariamente, os senegaleses se encontram no mercado informal de trabalho, desprotegidos dos direitos trabalhistas basicos.
O artigo se propoe a apresentar a Abordagem Nao-Diretiva como um ferramental para a mediacao extr... more O artigo se propoe a apresentar a Abordagem Nao-Diretiva como um ferramental para a mediacao extrajudicial. O problema que emerge e se ha possibilidade para tanto. Com isto, o artigo objetiva responder a esta problematica, apresentando o universo dos meios alternativos de solucao de conflito, situando nele a mediacao e a tecnica da Abordagem Nao-Diretiva . A suspeita e que haja a possibilidade de aplicacao da tecnica rogeriana a esfera da mediacao extrajudicial. O tema se justifica na medida em que o judiciario tem incrementando fortemente o uso dos metodos alternativos de solucao de conflito, em especial a mediacao, incentivando a sociedade civil a aplica-la tambem, ao sancionar a Lei de Mediacao.
This article offers the idea that the work of academic guidance of a teacher can be compared to a... more This article offers the idea that the work of academic guidance of a teacher can be compared to a spiritual guide. In the same way, the experience of a post-graduate student also reveals similar aspects to the experience of the initiated one. The article uses the biblical text of John 9 (history of the man born blind), drawing parallels between the biblical story and the thesis of the article. The johannine characters are superimposed on the images of the advisor and his graduate student, showing aspects of spiritual development as the reason emerges from the speculative thinking. The article deals with the symbolism of blindness and vision as two poles of a process, whose motivating force is the academic core, place of intellectual and, according to the thesis of the article, spiritual development.
Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o uso de recursos ... more Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o uso de recursos espirituais na prática de aconselhamento pastoral. No primeiro capítulo é desenvolvida uma avaliação bibliográfica de certos autores representativos da área do aconselhamento pastoral. Nesta avaliação, averiguamos o valor que os autores conferem aos recursos espirituais. No segundo capítulo, a partir do pensamento teológico de Eugen Drewermann, apresentamos idéias que recuperam valores pertencentes aos recursos espirituais da Bíblia e do rito, mas ausentes na prática de aconselhamento pastoral. No terceiro capítulo, a partir da mística cristã, apresentamos idéias que recuperam valores pertencentes ao recurso espiritual da oração. No quarto capítulo, apresentamos idéias aplicativas, a partir das contribuições do pensamento teológico de Eugen Drewermann e da mística cristã, para enriquecimento da prática de aconselhamento pastoral. Neste capítulo, procuramos recuperar o espaço devido aos recursos espirituais na prática de aconselhamento pastoral.
A study on spirituality in communities around the world, taking into consideration the praying, a... more A study on spirituality in communities around the world, taking into consideration the praying, as a spiritual exercise.
O que nos faz pensar em trabalhar o livro de Jonas é o estudo desenvolvido em torno da psicologia... more O que nos faz pensar em trabalhar o livro de Jonas é o estudo desenvolvido em torno da psicologia analítica de Carl Gustav Jung. Temos lido este autor e recentemente começamos a alimentar a ideia de utilizar os conhecimentos adquiridos dentro do estudo da teologia. Assim, direcionaremos nossa atenção para este trabalho veterotestamentário com o fim de cooptar as duas ciências.
Escolhemos o livro de Jonas pela suspeita de que encontraríamos elementos mitológicos em sua narrativa. Com algumas leituras preliminares, percebemos que o símbolo do grande peixe, que engole o profeta Jonas, não tinha uma definição exata. Os comentaristas parecem um pouco desorientados quando têm que esclarecer o tema do grande peixe. Deste modo, chegamos a nossa intenção básica com este trabalho: o de buscar, a partir de uma hermenêutica psicológica, a possibilidade de um novo sentido por trás do grande peixe.
Esta intenção se confirma quando percebemos uma incongruência entre a ideia popular acerca do livro de Jonas e as idéias científicas em torno do mesmo. A princípio, quando se menciona o nome do profeta “Jonas”, todos lembram logo de que ele foi engolido por uma “baleia”, e não tanto dos outros aspectos do livro (o barco, a cidade de Nínive, o mamoneiro, o verme). Já os cientistas bíblicos (exegetas e comentaristas) demonstram parecer que têm pouco o que falar acerca do grande peixe. Parece que, por não compreenderem qual o sentido deste elemento, sentem-se perdidos ao analisá-lo. A conseqüência é um silêncio entre eles. Existem algumas tentativas alegóricas de interpretação, mas estas não conseguem o apoio geral; ou seja, não há consenso entre os comentaristas e exegetas.
A partir disto, procuramos desenvolver nossas idéias em torno do livro de Jonas, tendo em mente a pergunta sobre o sentido do grande peixe neste enredo. O trabalho é assim estruturado:
No primeiro capítulo procuramos resumir as várias interpretações e comentários acerca do livro de Jonas, com o motivo básico de situar o trabalho dentro da pesquisa atual. Este é o primeiro passo neste capítulo; o segundo é uma investigação mitológica acerca do enredo de Jonas. Neste passo analisamos a possibilidade do livro de Jonas ser considerado ou não um mito. O terceiro passo é o desenvolvimento da chave hermenêutica que nos ajudará a interpretar o tema do grande peixe dentro do enredo maior.
No segundo capítulo, desenvolvemos o texto de Jn 1.1-16. Mesmo que este texto não faça menção direta ao tema do grande peixe, ele é imprescindível, pois oferece as razões do porquê do aparecimento do elemento em questão, no texto subseqüente (Jn 2.1-3.3a).
No terceiro capítulo, o texto de Jn 2.1-3.3a é trabalhado. Aqui analisamos a fundo a função e senti-do do grande peixe dentro do relato de Jn 1.1-3.3a. Pelo fato deste tema não aparecer no restante do texto de Jonas (Jn 3.3b-4.11) e pelo limite de tempo de que dispomos, nos ateremos apenas ao contexto menor de Jn 1.1-3.3a.
Na conclusão pretendemos apontar uma possível função deste grande peixe, o que atrai a atenção de muitos, não obstante haver um espaço vazio na pesquisa sobre a compreensão do termo. Não pretendemos preencher este vazio com esta pesquisa, apenas investigar mais uma interpretação dentre as já existentes, a partir de um foco normalmente não utilizado pelos teólogos. Assim, cremos estar contribuindo para o universo de interpretações presentes em nossas escolas teológicas.
Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o Símbolo Religios... more Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o Símbolo Religioso entre a Fé Mística e a Fé Racional, sob a perspectiva da Psicologia Profunda de Carl Gustav Jung. No primeiro capítulo é desenvolvida uma visão histórica acerca dos dois tipos de fé, visão esta que desemboca numa avaliação do pensamento de Rudolf Bultmann e de Rudolf Otto com relação ao símbolo religioso. No segundo capítulo encontra-se um resumo das principais idéias da Psicologia Profunda de Carl Gustav Jung, relacionadas ao tema central da Dissertação: o símbolo. No terceiro capítulo há um diálogo entre a Teologia e a Psicologia, tendo como representantes, Rudolf Otto e C. G. Jung, respectivamente. Procura-se, neste capítulo, respaldar o uso da análise psicológica de Jung como um instrumento válido para a Teologia, também no contexto latino-americano. No quarto capítulo são analisados alguns hinos religiosos, exemplificando o uso da análise psicológica de Jung dentro da esfera teológica.
O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Direito objetiva recuperar o valor político e jurídi... more O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Direito objetiva recuperar o valor político e jurídico do Decálogo, mormente reconhecido como máximas morais e meramente religiosas. Através da hermenêutica de GADAMER e da sua teoria da fusão de horizontes, a recuperação é realizada mediante uma análise sociológica do contexto existencial do Decálogo, procurando encontrar aspectos políticos e jurídicos inerente nos primeiros três Mandamentos. O 1º Mandamento desvela o poder de um Estado virtual, racional, forjado nos primórdios da história humana. O 2º Mandamento revela o meio jurídico pelo qual aquele poder pôde se manifestar e se articular. O 3º Mandamento manifesta aportes ao Direito Trabalhista, ao Direito Civil, ao Direito Econômico e ao Direito Ambiental. A análise hermenêutica demonstra que o Decálogo emerge de um experimento sociopolítico sui generis no período compreendido entre 1.250 e 1.050 a.C., fomentando o surgimento de uma organização distinta das demais de sua época, mediante princípios basilares: a busca por uma sociedade promotora de liberdade, justiça e igualdade. Este experimento social resultou na formação de leis pertinentes a estes princípios que mais tarde se decantaram sinteticamente no Decálogo. Este códice legal, com forte ênfase política, foi recepcionado pela história, sendo preservado e repassado entre horizontes superpostos até chegar à idade da razão, norteando os iluministas na formulação do Contrato Social, uma proposta similar à encontrada na Aliança mosaica, pacto feito entre uma associação de igualmente despossuídos, desejosos por liberdade e justiça, e sua divindade.
Resumo: O artigo oferece a ideia de que o trabalho de orientação de um professor acadê-mico pode ... more Resumo: O artigo oferece a ideia de que o trabalho de orientação de um professor acadê-mico pode ser comparado ao de um guia espiritual. Nesse viés, a experiência do aluno de pós-graduação também retrata alguns aspectos similares à experiência de um iniciado. O artigo faz uso do texto bíblico de João 9 (história do cego de nascença), traçando paralelos entre o enredo bíblico e a tese do artigo. Os personagens joaninos são sobrepostos aos personagens do professor orientador e do aluno pós-graduando, denotando aspectos de maturação espiritual à medida que a razão emerge em meio ao estilo especulativo de vida. O artigo trabalha com a simbologia da cegueira e da visão como dois polos de um processo, cujo motor é o centro acadêmico, espaço de desenvolvimento intelectual e, segundo a tese do artigo, espiritual. Palavras-chave: Espiritualidade. Mística cristã. Aconselhamento pastoral. Cura. Academic advising: An exercise in spirituality? Abstract: This article offers the idea that the work...
Os imigrantes senegaleses procuram o Brasil a procura de trabalho e melhores condicoes de vida. E... more Os imigrantes senegaleses procuram o Brasil a procura de trabalho e melhores condicoes de vida. Eles trazem consigo a religiosidade muculmana: seus valores e ritos. Como esta a concretizacao deste sonho imigrante? Para responder a esta pergunta, foi realizada uma pesquisa de campo, onde 14 senegaleses foram entrevistados. As entrevistas abordaram questoes de trabalho, documentacao e religiao. As entrevistas deixam entrever que ha uma relacao entre os valores da fe muculmana e o acesso dos senegaleses ao mercado de trabalho, na regiao litorânea nordeste do RS. Os resultados sinalizam um uso descabido dos imigrantes, pelo mercado de trabalho brasileiro. Majoritariamente, os senegaleses se encontram no mercado informal de trabalho, desprotegidos dos direitos trabalhistas basicos.
O artigo se propoe a apresentar a Abordagem Nao-Diretiva como um ferramental para a mediacao extr... more O artigo se propoe a apresentar a Abordagem Nao-Diretiva como um ferramental para a mediacao extrajudicial. O problema que emerge e se ha possibilidade para tanto. Com isto, o artigo objetiva responder a esta problematica, apresentando o universo dos meios alternativos de solucao de conflito, situando nele a mediacao e a tecnica da Abordagem Nao-Diretiva . A suspeita e que haja a possibilidade de aplicacao da tecnica rogeriana a esfera da mediacao extrajudicial. O tema se justifica na medida em que o judiciario tem incrementando fortemente o uso dos metodos alternativos de solucao de conflito, em especial a mediacao, incentivando a sociedade civil a aplica-la tambem, ao sancionar a Lei de Mediacao.
This article offers the idea that the work of academic guidance of a teacher can be compared to a... more This article offers the idea that the work of academic guidance of a teacher can be compared to a spiritual guide. In the same way, the experience of a post-graduate student also reveals similar aspects to the experience of the initiated one. The article uses the biblical text of John 9 (history of the man born blind), drawing parallels between the biblical story and the thesis of the article. The johannine characters are superimposed on the images of the advisor and his graduate student, showing aspects of spiritual development as the reason emerges from the speculative thinking. The article deals with the symbolism of blindness and vision as two poles of a process, whose motivating force is the academic core, place of intellectual and, according to the thesis of the article, spiritual development.
Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o uso de recursos ... more Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o uso de recursos espirituais na prática de aconselhamento pastoral. No primeiro capítulo é desenvolvida uma avaliação bibliográfica de certos autores representativos da área do aconselhamento pastoral. Nesta avaliação, averiguamos o valor que os autores conferem aos recursos espirituais. No segundo capítulo, a partir do pensamento teológico de Eugen Drewermann, apresentamos idéias que recuperam valores pertencentes aos recursos espirituais da Bíblia e do rito, mas ausentes na prática de aconselhamento pastoral. No terceiro capítulo, a partir da mística cristã, apresentamos idéias que recuperam valores pertencentes ao recurso espiritual da oração. No quarto capítulo, apresentamos idéias aplicativas, a partir das contribuições do pensamento teológico de Eugen Drewermann e da mística cristã, para enriquecimento da prática de aconselhamento pastoral. Neste capítulo, procuramos recuperar o espaço devido aos recursos espirituais na prática de aconselhamento pastoral.
A study on spirituality in communities around the world, taking into consideration the praying, a... more A study on spirituality in communities around the world, taking into consideration the praying, as a spiritual exercise.
O que nos faz pensar em trabalhar o livro de Jonas é o estudo desenvolvido em torno da psicologia... more O que nos faz pensar em trabalhar o livro de Jonas é o estudo desenvolvido em torno da psicologia analítica de Carl Gustav Jung. Temos lido este autor e recentemente começamos a alimentar a ideia de utilizar os conhecimentos adquiridos dentro do estudo da teologia. Assim, direcionaremos nossa atenção para este trabalho veterotestamentário com o fim de cooptar as duas ciências.
Escolhemos o livro de Jonas pela suspeita de que encontraríamos elementos mitológicos em sua narrativa. Com algumas leituras preliminares, percebemos que o símbolo do grande peixe, que engole o profeta Jonas, não tinha uma definição exata. Os comentaristas parecem um pouco desorientados quando têm que esclarecer o tema do grande peixe. Deste modo, chegamos a nossa intenção básica com este trabalho: o de buscar, a partir de uma hermenêutica psicológica, a possibilidade de um novo sentido por trás do grande peixe.
Esta intenção se confirma quando percebemos uma incongruência entre a ideia popular acerca do livro de Jonas e as idéias científicas em torno do mesmo. A princípio, quando se menciona o nome do profeta “Jonas”, todos lembram logo de que ele foi engolido por uma “baleia”, e não tanto dos outros aspectos do livro (o barco, a cidade de Nínive, o mamoneiro, o verme). Já os cientistas bíblicos (exegetas e comentaristas) demonstram parecer que têm pouco o que falar acerca do grande peixe. Parece que, por não compreenderem qual o sentido deste elemento, sentem-se perdidos ao analisá-lo. A conseqüência é um silêncio entre eles. Existem algumas tentativas alegóricas de interpretação, mas estas não conseguem o apoio geral; ou seja, não há consenso entre os comentaristas e exegetas.
A partir disto, procuramos desenvolver nossas idéias em torno do livro de Jonas, tendo em mente a pergunta sobre o sentido do grande peixe neste enredo. O trabalho é assim estruturado:
No primeiro capítulo procuramos resumir as várias interpretações e comentários acerca do livro de Jonas, com o motivo básico de situar o trabalho dentro da pesquisa atual. Este é o primeiro passo neste capítulo; o segundo é uma investigação mitológica acerca do enredo de Jonas. Neste passo analisamos a possibilidade do livro de Jonas ser considerado ou não um mito. O terceiro passo é o desenvolvimento da chave hermenêutica que nos ajudará a interpretar o tema do grande peixe dentro do enredo maior.
No segundo capítulo, desenvolvemos o texto de Jn 1.1-16. Mesmo que este texto não faça menção direta ao tema do grande peixe, ele é imprescindível, pois oferece as razões do porquê do aparecimento do elemento em questão, no texto subseqüente (Jn 2.1-3.3a).
No terceiro capítulo, o texto de Jn 2.1-3.3a é trabalhado. Aqui analisamos a fundo a função e senti-do do grande peixe dentro do relato de Jn 1.1-3.3a. Pelo fato deste tema não aparecer no restante do texto de Jonas (Jn 3.3b-4.11) e pelo limite de tempo de que dispomos, nos ateremos apenas ao contexto menor de Jn 1.1-3.3a.
Na conclusão pretendemos apontar uma possível função deste grande peixe, o que atrai a atenção de muitos, não obstante haver um espaço vazio na pesquisa sobre a compreensão do termo. Não pretendemos preencher este vazio com esta pesquisa, apenas investigar mais uma interpretação dentre as já existentes, a partir de um foco normalmente não utilizado pelos teólogos. Assim, cremos estar contribuindo para o universo de interpretações presentes em nossas escolas teológicas.
Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o Símbolo Religios... more Este trabalho ocorre na área de concentração da Teologia Prática e versa sobre o Símbolo Religioso entre a Fé Mística e a Fé Racional, sob a perspectiva da Psicologia Profunda de Carl Gustav Jung. No primeiro capítulo é desenvolvida uma visão histórica acerca dos dois tipos de fé, visão esta que desemboca numa avaliação do pensamento de Rudolf Bultmann e de Rudolf Otto com relação ao símbolo religioso. No segundo capítulo encontra-se um resumo das principais idéias da Psicologia Profunda de Carl Gustav Jung, relacionadas ao tema central da Dissertação: o símbolo. No terceiro capítulo há um diálogo entre a Teologia e a Psicologia, tendo como representantes, Rudolf Otto e C. G. Jung, respectivamente. Procura-se, neste capítulo, respaldar o uso da análise psicológica de Jung como um instrumento válido para a Teologia, também no contexto latino-americano. No quarto capítulo são analisados alguns hinos religiosos, exemplificando o uso da análise psicológica de Jung dentro da esfera teológica.
O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Direito objetiva recuperar o valor político e jurídi... more O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Direito objetiva recuperar o valor político e jurídico do Decálogo, mormente reconhecido como máximas morais e meramente religiosas. Através da hermenêutica de GADAMER e da sua teoria da fusão de horizontes, a recuperação é realizada mediante uma análise sociológica do contexto existencial do Decálogo, procurando encontrar aspectos políticos e jurídicos inerente nos primeiros três Mandamentos. O 1º Mandamento desvela o poder de um Estado virtual, racional, forjado nos primórdios da história humana. O 2º Mandamento revela o meio jurídico pelo qual aquele poder pôde se manifestar e se articular. O 3º Mandamento manifesta aportes ao Direito Trabalhista, ao Direito Civil, ao Direito Econômico e ao Direito Ambiental. A análise hermenêutica demonstra que o Decálogo emerge de um experimento sociopolítico sui generis no período compreendido entre 1.250 e 1.050 a.C., fomentando o surgimento de uma organização distinta das demais de sua época, mediante princípios basilares: a busca por uma sociedade promotora de liberdade, justiça e igualdade. Este experimento social resultou na formação de leis pertinentes a estes princípios que mais tarde se decantaram sinteticamente no Decálogo. Este códice legal, com forte ênfase política, foi recepcionado pela história, sendo preservado e repassado entre horizontes superpostos até chegar à idade da razão, norteando os iluministas na formulação do Contrato Social, uma proposta similar à encontrada na Aliança mosaica, pacto feito entre uma associação de igualmente despossuídos, desejosos por liberdade e justiça, e sua divindade.
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Escolhemos o livro de Jonas pela suspeita de que encontraríamos elementos mitológicos em sua narrativa. Com algumas leituras preliminares, percebemos que o símbolo do grande peixe, que engole o profeta Jonas, não tinha uma definição exata. Os comentaristas parecem um pouco desorientados quando têm que esclarecer o tema do grande peixe. Deste modo, chegamos a nossa intenção básica com este trabalho: o de buscar, a partir de uma hermenêutica psicológica, a possibilidade de um novo sentido por trás do grande peixe.
Esta intenção se confirma quando percebemos uma incongruência entre a ideia popular acerca do livro de Jonas e as idéias científicas em torno do mesmo. A princípio, quando se menciona o nome do profeta “Jonas”, todos lembram logo de que ele foi engolido por uma “baleia”, e não tanto dos outros aspectos do livro (o barco, a cidade de Nínive, o mamoneiro, o verme). Já os cientistas bíblicos (exegetas e comentaristas) demonstram parecer que têm pouco o que falar acerca do grande peixe. Parece que, por não compreenderem qual o sentido deste elemento, sentem-se perdidos ao analisá-lo. A conseqüência é um silêncio entre eles. Existem algumas tentativas alegóricas de interpretação, mas estas não conseguem o apoio geral; ou seja, não há consenso entre os comentaristas e exegetas.
A partir disto, procuramos desenvolver nossas idéias em torno do livro de Jonas, tendo em mente a pergunta sobre o sentido do grande peixe neste enredo. O trabalho é assim estruturado:
No primeiro capítulo procuramos resumir as várias interpretações e comentários acerca do livro de Jonas, com o motivo básico de situar o trabalho dentro da pesquisa atual. Este é o primeiro passo neste capítulo; o segundo é uma investigação mitológica acerca do enredo de Jonas. Neste passo analisamos a possibilidade do livro de Jonas ser considerado ou não um mito. O terceiro passo é o desenvolvimento da chave hermenêutica que nos ajudará a interpretar o tema do grande peixe dentro do enredo maior.
No segundo capítulo, desenvolvemos o texto de Jn 1.1-16. Mesmo que este texto não faça menção direta ao tema do grande peixe, ele é imprescindível, pois oferece as razões do porquê do aparecimento do elemento em questão, no texto subseqüente (Jn 2.1-3.3a).
No terceiro capítulo, o texto de Jn 2.1-3.3a é trabalhado. Aqui analisamos a fundo a função e senti-do do grande peixe dentro do relato de Jn 1.1-3.3a. Pelo fato deste tema não aparecer no restante do texto de Jonas (Jn 3.3b-4.11) e pelo limite de tempo de que dispomos, nos ateremos apenas ao contexto menor de Jn 1.1-3.3a.
Na conclusão pretendemos apontar uma possível função deste grande peixe, o que atrai a atenção de muitos, não obstante haver um espaço vazio na pesquisa sobre a compreensão do termo. Não pretendemos preencher este vazio com esta pesquisa, apenas investigar mais uma interpretação dentre as já existentes, a partir de um foco normalmente não utilizado pelos teólogos. Assim, cremos estar contribuindo para o universo de interpretações presentes em nossas escolas teológicas.
Escolhemos o livro de Jonas pela suspeita de que encontraríamos elementos mitológicos em sua narrativa. Com algumas leituras preliminares, percebemos que o símbolo do grande peixe, que engole o profeta Jonas, não tinha uma definição exata. Os comentaristas parecem um pouco desorientados quando têm que esclarecer o tema do grande peixe. Deste modo, chegamos a nossa intenção básica com este trabalho: o de buscar, a partir de uma hermenêutica psicológica, a possibilidade de um novo sentido por trás do grande peixe.
Esta intenção se confirma quando percebemos uma incongruência entre a ideia popular acerca do livro de Jonas e as idéias científicas em torno do mesmo. A princípio, quando se menciona o nome do profeta “Jonas”, todos lembram logo de que ele foi engolido por uma “baleia”, e não tanto dos outros aspectos do livro (o barco, a cidade de Nínive, o mamoneiro, o verme). Já os cientistas bíblicos (exegetas e comentaristas) demonstram parecer que têm pouco o que falar acerca do grande peixe. Parece que, por não compreenderem qual o sentido deste elemento, sentem-se perdidos ao analisá-lo. A conseqüência é um silêncio entre eles. Existem algumas tentativas alegóricas de interpretação, mas estas não conseguem o apoio geral; ou seja, não há consenso entre os comentaristas e exegetas.
A partir disto, procuramos desenvolver nossas idéias em torno do livro de Jonas, tendo em mente a pergunta sobre o sentido do grande peixe neste enredo. O trabalho é assim estruturado:
No primeiro capítulo procuramos resumir as várias interpretações e comentários acerca do livro de Jonas, com o motivo básico de situar o trabalho dentro da pesquisa atual. Este é o primeiro passo neste capítulo; o segundo é uma investigação mitológica acerca do enredo de Jonas. Neste passo analisamos a possibilidade do livro de Jonas ser considerado ou não um mito. O terceiro passo é o desenvolvimento da chave hermenêutica que nos ajudará a interpretar o tema do grande peixe dentro do enredo maior.
No segundo capítulo, desenvolvemos o texto de Jn 1.1-16. Mesmo que este texto não faça menção direta ao tema do grande peixe, ele é imprescindível, pois oferece as razões do porquê do aparecimento do elemento em questão, no texto subseqüente (Jn 2.1-3.3a).
No terceiro capítulo, o texto de Jn 2.1-3.3a é trabalhado. Aqui analisamos a fundo a função e senti-do do grande peixe dentro do relato de Jn 1.1-3.3a. Pelo fato deste tema não aparecer no restante do texto de Jonas (Jn 3.3b-4.11) e pelo limite de tempo de que dispomos, nos ateremos apenas ao contexto menor de Jn 1.1-3.3a.
Na conclusão pretendemos apontar uma possível função deste grande peixe, o que atrai a atenção de muitos, não obstante haver um espaço vazio na pesquisa sobre a compreensão do termo. Não pretendemos preencher este vazio com esta pesquisa, apenas investigar mais uma interpretação dentre as já existentes, a partir de um foco normalmente não utilizado pelos teólogos. Assim, cremos estar contribuindo para o universo de interpretações presentes em nossas escolas teológicas.