Papers by Kênia M Gaedtke
Mediações, 2019
Este trabalho é parte de uma reflexão acerca dos cuidados humanos nos processos de adoecimento, e... more Este trabalho é parte de uma reflexão acerca dos cuidados humanos nos processos de adoecimento, envelhecimento e morte de animais de estimação. Em uma pesquisa empírica realizada a partir do universo de um hospital veterinário, constatou-se que há hoje uma configuração social de afeto que coloca aos indivíduos humanos como amar seus animais, numa espécie de modelo a ser seguido sobre cuidados e consumos. Enquanto isso, aos indivíduos animais, agora inseridos num - sempre controverso - processo de antropomorfização, cabe uma vida cada vez mais controlada e organizada a partir do modelo de civilidade humano. Nessa organização familiar multiespecífica, há espaço para afetos e desafetos, e emoções ambivalentes, tais como em uma família exclusivamente humana.
This work is part of a discussion about human care in cases of illness, aging and death of pets. In an empirical research carried out from the universe of a veterinary hospital, it was noted that today there is a social configuration of affection that imposes on human individuals how to love your pets, with some kind of model to be followed about care and consumption. Meanwhile, those animals, now entered a-always controversial-anthropormofization process, have a life one increasingly controlled and organized from the model of human civilization. In this multispecies family organization, there's place for affections and disaffections, and ambivalent emotions, such as in a family exclusively human.
O trabalho busca apontar um conjunto de justificativas para que a teoria sociológica passe a aten... more O trabalho busca apontar um conjunto de justificativas para que a teoria sociológica passe a atentar mais profundamente para a relação entre humanos e não-humanos, especialmente para o papel dos animais de estimação na sociedade contemporânea. Discutem-se os impedimentos e resistências ainda encontrados pelo tema no interior da produção sociológica e apresenta-se um panorama daquilo que já vem sendo trabalhado.
As relações interespecíficas estão presentes em nosso cotidiano desde o início do que se convenci... more As relações interespecíficas estão presentes em nosso cotidiano desde o início do que se convencionou chamar Humanidade, e vêm transformando e sofrendo transformações, marcadas por uma trajetória não necessariamente linear, mas com ambiguidades e controvérsias. Num intento de compreender, a partir de uma mirada sociológica, os cuidados humanos nos processos de adoecimento, envelhecimento e morte de animais de estimação, realizei uma etnografia em um hospital veterinário localizado num bairro de classe média alta na cidade de Curitiba – PR, acompanhando veterinárias e responsáveis pelos animais. Este trabalho expõe as principais reflexões advindas desse contato, especialmente ligadas a emoções e modelo social de afeto, expansão da produção e consumo ligados à saúde animal, luto e procedimentos funerários. Mais do que isso, pretendo apresentar as primeiras impressões surgidas a partir de um grupo focal, desenvolvido posteriormente à etnografia, com estudantes de Educação de Jovens e Adultos na cidade de Jaraguá do Sul - SC, que já atuaram como cuidadoras de animais ou empregadas domésticas em residências em que havia animais de estimação. Diante da dificuldade de compreender aquilo que os próprios cães ou gatos sentem em relação aos humanos, uma saída metodológica interessante é a de contrapor as diferentes visões humanas acerca da relação entre os animais de estimação e seus responsáveis humanos.
Faced with a society that increasingly humanizes pets, we can see the expansion of offers and the... more Faced with a society that increasingly humanizes pets, we can see the expansion of offers and the complexification of products and services destined to care in the processes of sickness, aging and / or death of these animals. The medicalization of life, already much discussed in relation to human life, has extended in recent years also to animal species considered as pets of humans, including an-imal mental health. This process was identified by Vlahos (2008), Segata (2012) and other authors. This paper proposes a reflection on the relationship between the medicalization of animal life and the significant increase in animal health investments made by the largest pharmaceutical companies in the world. The methodology used includes data collection of investments, material analysis of advertising campaigns for medicines for pets, interviews with veterinarians and responsible for pets and proposes an analysis in light of the literature that points out the ills and weaknesses of the pharmaceutical industry (Illich, 1981, Girona, Rovirá y Homedes, 2009, Pignarre, 2005 and others). Among the fifteen largest pharmaceutical companies in the world, it is possible to investigate in-vestments in animal health in five of them, which bought divisions of three other companies. Com-panies that have divested themselves of their animal health divisions, it seems, have done so much less for commercial interest in the area and much more for agreements between the industries them-selves - to focus on particular areas. In the last twenty years, the veterinary practice was to prescribe, for animals, medicines developed for humans. However, companies have invested heavily in exper-imentation with a more direct strategy: selling drugs developed especially for pets, including behav-ioral modification and lifestyle, often on demand by the animal's own. This all seems to be linked to the crisis that pharmaceutical companies have been facing in recent years, pointed out by the authors above. What they seem to have not identified is the incredible ability of these industries to expand their business by making it interspecies. What is perceived is a strong persuasion of both veterinari-ans (who already starts during the undergraduate course and remains during the clinical practice) and those responsible, through advertising campaigns that link medicalization to affection in the sense "Loves Cares". Thus, the motivations, strategies and impacts of the expansion of interspecies consumption targeted by the pharmaceutical industries are discussed in this paper.
Diante de uma sociedade que humaniza cada vez mais os animais de estimação, percebe-se a ampliação de ofertas e a complexificação de produtos e serviços destinados aos cuidados nos processos de adoecimento, envelhecimento e/ou morte desses animais. A medicalização da vida, já bastante discutida em relação à vida humana, se estende nos últimos anos também para as espécies animais tidas como pets dos humanos, inclusive para a saúde mental animal. Este processo foi identificado por Vlahos (2008), Segata (2012) e outros autores. Este trabalho propõe uma reflexão acerca da relação entre a medicalização da vida animal e o aumento significativo de investimentos na área da saúde animal realizados pelas maiores indústrias farmacêuticas do mundo. A metodologia utilizada alia levantamento de dados de investimentos, análise de material de campanhas publicitárias de medicamentos para pets, entrevistas com veterinários e responsáveis por animais de estimação e propõe uma análise à luz da literatura que aponta as mazelas e fragilidades da indústria farmacêutica (Illich, 1981; Girona, Rovirá y Homedes, 2009; Pignarre, 2005 e outros). Dentre as quinze maiores indústrias farmacêuticas do mundo, é possível averiguar investimentos na área de saúde animal em cinco delas, que compraram divisões de outras três empresas. As empresas que se desfizeram de suas divisões de saúde animal, ao que tudo indica, o fizeram muito menos por interesse comercial na área e muito mais por acordos realizados entre as próprias indústrias – de concentrar-se em determinadas áreas. Nos últimos vinte anos, a prática veterinária era a de prescrever, para animais, medicamentos desenvolvidos para humanos. No entanto, as empresas têm investido fortemente na experimentação com uma estratégia mais direta: vender drogas desenvolvidas especialmente para animais de estimação, inclusive de modificação comportamental e de estilo de vida, muitas vezes, sob demanda dos próprios responsáveis pelos animais. Isso tudo demonstra estar ligado à crise que as indústrias farmacêuticas vêm enfrentando nos últimos anos, apontada pelos autores acima. O que eles parecem não ter identificado é a incrível capacidade dessas indústrias de expandir o seu negócio, tornando-o interespécie. O que se percebe é uma forte persuasão tanto de médicos veterinários (que já inicia durante o curso de graduação e permanece durante a prática clínica) quanto dos responsáveis, através de campanhas publicitárias que vinculam medicalização ao afeto, no sentido do “quem ama cuida”. Sendo assim, as motivações, estratégias e os impactos da expansão do consumo interespécie visado pelas indústrias farmacêuticas são discutidas neste trabalho.
Em Tese, 2015
O trabalho propõe uma análise dos novos livros didáticos de sociologia disponibilizados pelo Mini... more O trabalho propõe uma análise dos novos livros didáticos de sociologia disponibilizados pelo Ministério da Educação a partir do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2014, com enfoque específico na forma como a noção de classe é tratada em cada um dos materiais em questão. Partindo da noção de classe defendida pelo historiador britânico E.P.Thompson, observam-se avanços na qualidade teórico-conceitual dos livros disponibilizados pelo programa, mas ainda um distanciamento da proposta thompsoniana, que enxerga classe não como um conceito estanque, mas como relação que se dá como processo ativo e histórico.
Política e Sociedade, 2011
O ineditismo e as proporções dos conselhos de saúde como ação de publicização do Estado fomentara... more O ineditismo e as proporções dos conselhos de saúde como ação de publicização do Estado fomentaram uma produção acadêmica bastante considerável sobre o tema. Grande parte destas produções apresenta o fato de que a institucionalização dos conselhos de saúde não garante necessariamente o efetivo controle social, participação e democratização nas/das políticas de saúde. Este trabalho procura rever parte desta literatura, mapeando os limites apontados e apresentando-os através das relações estabelecidas no e a partir do conselho municipal de saúde. Espera-se demonstrar que as dificuldades encontradas pelos conselhos para sua efetividade e legitimidade resultam de diversos fatores interdependentes, que, se analisados isoladamente, podem levar a conclusões simplistas.
Este texto procura apresentar uma síntese da discussão de trabalho de conclusão de curso (Gaedtke... more Este texto procura apresentar uma síntese da discussão de trabalho de conclusão de curso (Gaedtke, 2007), fruto de uma pesquisa de campo sobre as representações sociais em saúde e doença e os itinerários terapêuticos de famílias de crianças e adolescentes em situação de rua da Grande Florianópolis. A ênfase principal se dá na tentativa de mostrar como as vivências cotidianas no espaço das ruas influenciam discursos e práticas destes indivíduos em relação à saúde e doença. Através dos dados do campo, pode-se evidenciar que há, de fato, forte influência, sendo a rua, para esta população, um espaço tanto de adoecimento (através da exposição prolongada a elementos nocivos diversos) quanto de cura (obtendo ajuda de terceiros).
Thesis Chapters by Kênia M Gaedtke
Diante de relações entre humanos e animais de estimação cada vez mais complexas e visibilizadas, ... more Diante de relações entre humanos e animais de estimação cada vez mais complexas e visibilizadas, essa tese busca compreender tais relações a partir de uma perspectiva sociológica, explicitando as interdependências existentes entre indivíduos – humanos e animais -, família, mercado e Estado. A partir de um olhar acerca dos cuidados humanos nos processos de adoecimento, envelhecimento e morte de pets, as reflexões aqui
apresentadas indicam que há hoje uma configuração social de afeto que
coloca aos indivíduos humanos como amar seus animais, numa espécie
de modelo a ser seguido sobre cuidados e consumos, profundamente
influenciado pelos interesses de mercado pet (sobretudo das indústrias
farmacêuticas e alimentícias) e pela vigilância biopolítica do Estado.
Enquanto isso, aos indivíduos animais, agora inseridos num – sempre
controverso – processo de antropomorfização, cabe uma existência cada vez mais vigiada, controlada e civilizada. Essas reflexões são
provenientes de uma retomada da literatura da sociologia em específico e das ciências humanas em geral, bem como de pesquisa de campo em
hospital veterinário e crematório de animais, entrevistas, grupo focal,
análise imagética-discursiva de material publicitário e análise
documental, caracterizando-se como um estudo predominantemente
qualitativo.
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Papers by Kênia M Gaedtke
This work is part of a discussion about human care in cases of illness, aging and death of pets. In an empirical research carried out from the universe of a veterinary hospital, it was noted that today there is a social configuration of affection that imposes on human individuals how to love your pets, with some kind of model to be followed about care and consumption. Meanwhile, those animals, now entered a-always controversial-anthropormofization process, have a life one increasingly controlled and organized from the model of human civilization. In this multispecies family organization, there's place for affections and disaffections, and ambivalent emotions, such as in a family exclusively human.
Diante de uma sociedade que humaniza cada vez mais os animais de estimação, percebe-se a ampliação de ofertas e a complexificação de produtos e serviços destinados aos cuidados nos processos de adoecimento, envelhecimento e/ou morte desses animais. A medicalização da vida, já bastante discutida em relação à vida humana, se estende nos últimos anos também para as espécies animais tidas como pets dos humanos, inclusive para a saúde mental animal. Este processo foi identificado por Vlahos (2008), Segata (2012) e outros autores. Este trabalho propõe uma reflexão acerca da relação entre a medicalização da vida animal e o aumento significativo de investimentos na área da saúde animal realizados pelas maiores indústrias farmacêuticas do mundo. A metodologia utilizada alia levantamento de dados de investimentos, análise de material de campanhas publicitárias de medicamentos para pets, entrevistas com veterinários e responsáveis por animais de estimação e propõe uma análise à luz da literatura que aponta as mazelas e fragilidades da indústria farmacêutica (Illich, 1981; Girona, Rovirá y Homedes, 2009; Pignarre, 2005 e outros). Dentre as quinze maiores indústrias farmacêuticas do mundo, é possível averiguar investimentos na área de saúde animal em cinco delas, que compraram divisões de outras três empresas. As empresas que se desfizeram de suas divisões de saúde animal, ao que tudo indica, o fizeram muito menos por interesse comercial na área e muito mais por acordos realizados entre as próprias indústrias – de concentrar-se em determinadas áreas. Nos últimos vinte anos, a prática veterinária era a de prescrever, para animais, medicamentos desenvolvidos para humanos. No entanto, as empresas têm investido fortemente na experimentação com uma estratégia mais direta: vender drogas desenvolvidas especialmente para animais de estimação, inclusive de modificação comportamental e de estilo de vida, muitas vezes, sob demanda dos próprios responsáveis pelos animais. Isso tudo demonstra estar ligado à crise que as indústrias farmacêuticas vêm enfrentando nos últimos anos, apontada pelos autores acima. O que eles parecem não ter identificado é a incrível capacidade dessas indústrias de expandir o seu negócio, tornando-o interespécie. O que se percebe é uma forte persuasão tanto de médicos veterinários (que já inicia durante o curso de graduação e permanece durante a prática clínica) quanto dos responsáveis, através de campanhas publicitárias que vinculam medicalização ao afeto, no sentido do “quem ama cuida”. Sendo assim, as motivações, estratégias e os impactos da expansão do consumo interespécie visado pelas indústrias farmacêuticas são discutidas neste trabalho.
Thesis Chapters by Kênia M Gaedtke
apresentadas indicam que há hoje uma configuração social de afeto que
coloca aos indivíduos humanos como amar seus animais, numa espécie
de modelo a ser seguido sobre cuidados e consumos, profundamente
influenciado pelos interesses de mercado pet (sobretudo das indústrias
farmacêuticas e alimentícias) e pela vigilância biopolítica do Estado.
Enquanto isso, aos indivíduos animais, agora inseridos num – sempre
controverso – processo de antropomorfização, cabe uma existência cada vez mais vigiada, controlada e civilizada. Essas reflexões são
provenientes de uma retomada da literatura da sociologia em específico e das ciências humanas em geral, bem como de pesquisa de campo em
hospital veterinário e crematório de animais, entrevistas, grupo focal,
análise imagética-discursiva de material publicitário e análise
documental, caracterizando-se como um estudo predominantemente
qualitativo.
This work is part of a discussion about human care in cases of illness, aging and death of pets. In an empirical research carried out from the universe of a veterinary hospital, it was noted that today there is a social configuration of affection that imposes on human individuals how to love your pets, with some kind of model to be followed about care and consumption. Meanwhile, those animals, now entered a-always controversial-anthropormofization process, have a life one increasingly controlled and organized from the model of human civilization. In this multispecies family organization, there's place for affections and disaffections, and ambivalent emotions, such as in a family exclusively human.
Diante de uma sociedade que humaniza cada vez mais os animais de estimação, percebe-se a ampliação de ofertas e a complexificação de produtos e serviços destinados aos cuidados nos processos de adoecimento, envelhecimento e/ou morte desses animais. A medicalização da vida, já bastante discutida em relação à vida humana, se estende nos últimos anos também para as espécies animais tidas como pets dos humanos, inclusive para a saúde mental animal. Este processo foi identificado por Vlahos (2008), Segata (2012) e outros autores. Este trabalho propõe uma reflexão acerca da relação entre a medicalização da vida animal e o aumento significativo de investimentos na área da saúde animal realizados pelas maiores indústrias farmacêuticas do mundo. A metodologia utilizada alia levantamento de dados de investimentos, análise de material de campanhas publicitárias de medicamentos para pets, entrevistas com veterinários e responsáveis por animais de estimação e propõe uma análise à luz da literatura que aponta as mazelas e fragilidades da indústria farmacêutica (Illich, 1981; Girona, Rovirá y Homedes, 2009; Pignarre, 2005 e outros). Dentre as quinze maiores indústrias farmacêuticas do mundo, é possível averiguar investimentos na área de saúde animal em cinco delas, que compraram divisões de outras três empresas. As empresas que se desfizeram de suas divisões de saúde animal, ao que tudo indica, o fizeram muito menos por interesse comercial na área e muito mais por acordos realizados entre as próprias indústrias – de concentrar-se em determinadas áreas. Nos últimos vinte anos, a prática veterinária era a de prescrever, para animais, medicamentos desenvolvidos para humanos. No entanto, as empresas têm investido fortemente na experimentação com uma estratégia mais direta: vender drogas desenvolvidas especialmente para animais de estimação, inclusive de modificação comportamental e de estilo de vida, muitas vezes, sob demanda dos próprios responsáveis pelos animais. Isso tudo demonstra estar ligado à crise que as indústrias farmacêuticas vêm enfrentando nos últimos anos, apontada pelos autores acima. O que eles parecem não ter identificado é a incrível capacidade dessas indústrias de expandir o seu negócio, tornando-o interespécie. O que se percebe é uma forte persuasão tanto de médicos veterinários (que já inicia durante o curso de graduação e permanece durante a prática clínica) quanto dos responsáveis, através de campanhas publicitárias que vinculam medicalização ao afeto, no sentido do “quem ama cuida”. Sendo assim, as motivações, estratégias e os impactos da expansão do consumo interespécie visado pelas indústrias farmacêuticas são discutidas neste trabalho.
apresentadas indicam que há hoje uma configuração social de afeto que
coloca aos indivíduos humanos como amar seus animais, numa espécie
de modelo a ser seguido sobre cuidados e consumos, profundamente
influenciado pelos interesses de mercado pet (sobretudo das indústrias
farmacêuticas e alimentícias) e pela vigilância biopolítica do Estado.
Enquanto isso, aos indivíduos animais, agora inseridos num – sempre
controverso – processo de antropomorfização, cabe uma existência cada vez mais vigiada, controlada e civilizada. Essas reflexões são
provenientes de uma retomada da literatura da sociologia em específico e das ciências humanas em geral, bem como de pesquisa de campo em
hospital veterinário e crematório de animais, entrevistas, grupo focal,
análise imagética-discursiva de material publicitário e análise
documental, caracterizando-se como um estudo predominantemente
qualitativo.