O presente artigo visa refletir acerca da violência contra a mulher, pensando especificamente na ... more O presente artigo visa refletir acerca da violência contra a mulher, pensando especificamente na necessidade do recorte racial na tratativa dessa temática. Entendendo a raça e a racialização da população brasileira como um ponto de partida para a compreensão da exploração e do estabelecimento das opressões contra o povo negro e consequentemente da estruturação da sociedade brasileira da forma como a conhecemos. Raça e violência são elementos que operam juntos na criação e manutenção das hierarquias sociais, essenciais ao modo de produção capitalista, criam hierarquias inclusive no gênero. Palavras-chave: Mulheres Negras. Violência Contra Mulher. Representação. Representatividade. This article aims to reflect on violence against women, specifically thinking about the need for a racial approach in dealing with this theme. Understanding the race and racialization of the Brazilian population as a starting point for understanding the exploitation and the establishment of oppression again...
Resumo: A reflexão aqui proposta se dá como uma parceria estabelecida a partir do que conseguimos... more Resumo: A reflexão aqui proposta se dá como uma parceria estabelecida a partir do que conseguimos desenvolver quanto aos nossos constantes processos de subjetivação individuais, e, especificamente quanto ao que vivenciamos no período de formação proporcionada pela participação no projeto A cor da Cultura nesse ano de 2017, sem desconsiderar a atual conjuntura política e como a mesma reverbera na organização do ensino. Entendemos nossa produção escrita como uma reflexão que é, sobretudo, busca e possibilidade de intervenção prática na atual conjuntura educativa. Tratamos aqui de um tema recorrente nos atuais debates pedagógicos, nacionais e internacionais, educação para as relações étnico raciais, e nos percebemos no que se evidencia na realidade da(o) profissional da educação que se dispõe a pensar os caminhos plurais de inserção docente, almejando sintonia com as realidades socioculturais dos lugares a que pertencem as instituições de ensino e os sujeitos com que nos deparamos. Seguimos caminhando pelo, e para, o estabelecimento de um pensamento pedagógico que compreenda a necessidade de direitos desiguais para os desiguais, que compreenda a importância de reivindicações e posicionamentos diferentes para criarmos condições realmente iguais de oportunidades na sociedade contemporânea. A atual realidade de ensino está aquém do que entendemos como necessário para romper com a reprodução de conteúdos e práticas que hierarquizam saberes; práticas que silenciam processos e sujeitos, que deturpam discursos e linguagens atuando na conservação de lugares socioculturais estruturalmente experimentados de forma restrita, atravessados por condicionantes interseccionais de raça, gênero e classe. Nesse sentido, reconhecemos a racialização assimétrica de nossas identidades como processos ininterruptos e constantemente atualizados de segregação sociocultural, não podendo percebê-los dissociados da experiência de classe e gênero, e o encarando-o como motor de uma luta que precisa da militância generalizada, e precisa/pode também ser pensada no que se refere à docência comprometida politicamente, no que se refere à atuação pedagógica fundamentada em conscientização histórico-crítica antirracista. Palavras chave: docência; relações étnico raciais; conscientização sociopolítica e ação pedagógica.
Resumo Buscamos uma reflexão quanto à pesquisa e produção acadêmica a partir da experiência possí... more Resumo Buscamos uma reflexão quanto à pesquisa e produção acadêmica a partir da experiência possível na disciplina referente às epistemologias da Educação ofertada na Universidade Federal de Uberlândia. Em uma análise baseada nas vivências institucionais e em proposições interventiva pela promoção de discussões quanto às formas de generificação e racialização assimétricas e arbitrárias institucionalizadas, bem como quanto às nossas produções e opções nesses espaços, no que corroboram irrefletidamente epistemologias e metodologias do conhecimento hegemônicas fundadas em desigualdades. Pensando a discência e docência, questionamos o simbolismo naturalizado em práticas no que conservam dos lugares e representações de determinados grupos sociais desde a gênese do campo da Educação no Brasil. Palavras-chave: Educação. Gênero. Epistemologias.
Resumo O ensaio questiona à manutenção de determinadas práticas, metodologias e epistemologias le... more Resumo O ensaio questiona à manutenção de determinadas práticas, metodologias e epistemologias legitimadas na gênese do campo acadêmico a partir de uma noção de racionalidade científica ocidental tida como universal. Buscamos averiguar a forma como o campo acadêmico opera uma lógica distintiva ao reproduzir hierarquizações socioculturais – de gênero, raça e classe – na categorização dos saberes, sujeitos e territórios referenciando a norma europeia. Discute-se a gênese do campo acadêmico considerando a noção de ciência moderna em relação à conservação de uma estrutura desigual que a origina, pensando práticas de manutenção da branquitude e colonialidade dos saberes/poderes nos espaços institucionalizados de onde se propaga o conhecimento reconhecido e oficializado como ciência no Brasil. Palavras-chave: Colonialidade. Branquitude. Educação. Ciência. Generificação e racialização assimétrica do conhecimento científico no Brasil Pensar a experiência histórica da academia no Brasil, considerando possíveis práticas de alteridade, permite averiguar alguns dos modos como as relações de interseccionalidade relativas às posições de gênero, raça e classe, articuladas à gênese das ciências modernas, atravessam ainda na atualidade as formas de representação e subjetivação social. Consequentemente, a produção do conhecimento reconhecido como científico, e os processos de (não) reconhecimento de determinados saberes e sujeitxs no âmbito do campo acadêmico atuam como instâncias homólogas às relações sociais. Compreender o lugar em que nos inserimos, sem desconsiderar o lugar do outro, requisita uma reflexão quanto às formas metodológicas não flexíveis e fundadas em epistemologias do conhecimento comprometidas pela própria concepção de uma ciência moderna enquanto subproduto e produtora da mesma
A (des)construção histórico-crítica de gênero, colocando em perspectiva a construção de normas e ... more A (des)construção histórico-crítica de gênero, colocando em perspectiva a construção de normas e representações hegemônicas de feminilidade no Brasil, evidencia processos que foram e são marcados por diferentes possibilidades de acesso cultural, e por distinções impostas nas formas de apropriação dos espaços de saber institucionalizados desde a gênese do campo da Educação. A abordagem visa o desvelamento de relações de força que norteiam experiências em educação forjadas na socialização desigualmente generificada e racializada de nossas vidas, a partir de um referencial simbólico patriarcal colonial originário, que caracterizou o fundante da estrutura social brasileira, especialmente no que ele se manifesta em atualizações e reminiscências reproduzidas pedagogicamente ao longo do tempo. Palavras-chave: Educação. Gênero. Reprodução. Gênero e o campo da Educação no Brasil: naturalização e reprodução de um desvalor
O presente artigo visa refletir acerca da violência contra a mulher, pensando especificamente na ... more O presente artigo visa refletir acerca da violência contra a mulher, pensando especificamente na necessidade do recorte racial na tratativa dessa temática. Entendendo a raça e a racialização da população brasileira como um ponto de partida para a compreensão da exploração e do estabelecimento das opressões contra o povo negro e consequentemente da estruturação da sociedade brasileira da forma como a conhecemos. Raça e violência são elementos que operam juntos na criação e manutenção das hierarquias sociais, essenciais ao modo de produção capitalista, criam hierarquias inclusive no gênero. Palavras-chave: Mulheres Negras. Violência Contra Mulher. Representação. Representatividade. This article aims to reflect on violence against women, specifically thinking about the need for a racial approach in dealing with this theme. Understanding the race and racialization of the Brazilian population as a starting point for understanding the exploitation and the establishment of oppression again...
Resumo: A reflexão aqui proposta se dá como uma parceria estabelecida a partir do que conseguimos... more Resumo: A reflexão aqui proposta se dá como uma parceria estabelecida a partir do que conseguimos desenvolver quanto aos nossos constantes processos de subjetivação individuais, e, especificamente quanto ao que vivenciamos no período de formação proporcionada pela participação no projeto A cor da Cultura nesse ano de 2017, sem desconsiderar a atual conjuntura política e como a mesma reverbera na organização do ensino. Entendemos nossa produção escrita como uma reflexão que é, sobretudo, busca e possibilidade de intervenção prática na atual conjuntura educativa. Tratamos aqui de um tema recorrente nos atuais debates pedagógicos, nacionais e internacionais, educação para as relações étnico raciais, e nos percebemos no que se evidencia na realidade da(o) profissional da educação que se dispõe a pensar os caminhos plurais de inserção docente, almejando sintonia com as realidades socioculturais dos lugares a que pertencem as instituições de ensino e os sujeitos com que nos deparamos. Seguimos caminhando pelo, e para, o estabelecimento de um pensamento pedagógico que compreenda a necessidade de direitos desiguais para os desiguais, que compreenda a importância de reivindicações e posicionamentos diferentes para criarmos condições realmente iguais de oportunidades na sociedade contemporânea. A atual realidade de ensino está aquém do que entendemos como necessário para romper com a reprodução de conteúdos e práticas que hierarquizam saberes; práticas que silenciam processos e sujeitos, que deturpam discursos e linguagens atuando na conservação de lugares socioculturais estruturalmente experimentados de forma restrita, atravessados por condicionantes interseccionais de raça, gênero e classe. Nesse sentido, reconhecemos a racialização assimétrica de nossas identidades como processos ininterruptos e constantemente atualizados de segregação sociocultural, não podendo percebê-los dissociados da experiência de classe e gênero, e o encarando-o como motor de uma luta que precisa da militância generalizada, e precisa/pode também ser pensada no que se refere à docência comprometida politicamente, no que se refere à atuação pedagógica fundamentada em conscientização histórico-crítica antirracista. Palavras chave: docência; relações étnico raciais; conscientização sociopolítica e ação pedagógica.
Resumo Buscamos uma reflexão quanto à pesquisa e produção acadêmica a partir da experiência possí... more Resumo Buscamos uma reflexão quanto à pesquisa e produção acadêmica a partir da experiência possível na disciplina referente às epistemologias da Educação ofertada na Universidade Federal de Uberlândia. Em uma análise baseada nas vivências institucionais e em proposições interventiva pela promoção de discussões quanto às formas de generificação e racialização assimétricas e arbitrárias institucionalizadas, bem como quanto às nossas produções e opções nesses espaços, no que corroboram irrefletidamente epistemologias e metodologias do conhecimento hegemônicas fundadas em desigualdades. Pensando a discência e docência, questionamos o simbolismo naturalizado em práticas no que conservam dos lugares e representações de determinados grupos sociais desde a gênese do campo da Educação no Brasil. Palavras-chave: Educação. Gênero. Epistemologias.
Resumo O ensaio questiona à manutenção de determinadas práticas, metodologias e epistemologias le... more Resumo O ensaio questiona à manutenção de determinadas práticas, metodologias e epistemologias legitimadas na gênese do campo acadêmico a partir de uma noção de racionalidade científica ocidental tida como universal. Buscamos averiguar a forma como o campo acadêmico opera uma lógica distintiva ao reproduzir hierarquizações socioculturais – de gênero, raça e classe – na categorização dos saberes, sujeitos e territórios referenciando a norma europeia. Discute-se a gênese do campo acadêmico considerando a noção de ciência moderna em relação à conservação de uma estrutura desigual que a origina, pensando práticas de manutenção da branquitude e colonialidade dos saberes/poderes nos espaços institucionalizados de onde se propaga o conhecimento reconhecido e oficializado como ciência no Brasil. Palavras-chave: Colonialidade. Branquitude. Educação. Ciência. Generificação e racialização assimétrica do conhecimento científico no Brasil Pensar a experiência histórica da academia no Brasil, considerando possíveis práticas de alteridade, permite averiguar alguns dos modos como as relações de interseccionalidade relativas às posições de gênero, raça e classe, articuladas à gênese das ciências modernas, atravessam ainda na atualidade as formas de representação e subjetivação social. Consequentemente, a produção do conhecimento reconhecido como científico, e os processos de (não) reconhecimento de determinados saberes e sujeitxs no âmbito do campo acadêmico atuam como instâncias homólogas às relações sociais. Compreender o lugar em que nos inserimos, sem desconsiderar o lugar do outro, requisita uma reflexão quanto às formas metodológicas não flexíveis e fundadas em epistemologias do conhecimento comprometidas pela própria concepção de uma ciência moderna enquanto subproduto e produtora da mesma
A (des)construção histórico-crítica de gênero, colocando em perspectiva a construção de normas e ... more A (des)construção histórico-crítica de gênero, colocando em perspectiva a construção de normas e representações hegemônicas de feminilidade no Brasil, evidencia processos que foram e são marcados por diferentes possibilidades de acesso cultural, e por distinções impostas nas formas de apropriação dos espaços de saber institucionalizados desde a gênese do campo da Educação. A abordagem visa o desvelamento de relações de força que norteiam experiências em educação forjadas na socialização desigualmente generificada e racializada de nossas vidas, a partir de um referencial simbólico patriarcal colonial originário, que caracterizou o fundante da estrutura social brasileira, especialmente no que ele se manifesta em atualizações e reminiscências reproduzidas pedagogicamente ao longo do tempo. Palavras-chave: Educação. Gênero. Reprodução. Gênero e o campo da Educação no Brasil: naturalização e reprodução de um desvalor
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