Um dos arquétipos politológicos mais significativos da história latino-americana, o homem cordial... more Um dos arquétipos politológicos mais significativos da história latino-americana, o homem cordial teorizado por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil (1936), e durante décadas considerado politicamente incorreto em seu próprio país, chegou à Itália graças à tradução de Cesare Rivelli publicada pelos Irmãos Bocca em 1954. Mas haveria, pelo contrário, no contexto italiano, uns poucos sinais de interesse no outro homem cordial, aquele teorizado alguns anos antes num pequeno artigo escrito pelo brasileiro Ruy Ribeiro Couto, veiculado internacionalmente por Alfonso Reyes com o título espanhol El Hombre Cordial, produto americano. Questionar as razões que poderiam ter deixado na sombra o homem cordial ribeiriano permite compreender por quais razões o debate latino-americano da década de 30 continua ainda hoje muito atual. E como o arquétipo buarquiano do homem cordial continua a ser uma das chaves interpretativas fundamentais também a nível internacional, com todas as suas implica...
Para uma gramática brasileira do pensamento de-colonial:de alcunhas inaceitáveis como O País do C... more Para uma gramática brasileira do pensamento de-colonial:de alcunhas inaceitáveis como O País do Carnavalao Brasil, um país do futuro como manifesto contra o racismo
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n2p17Recordamos neste 2017 os 90 anos da “Ata de incin... more http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n2p17Recordamos neste 2017 os 90 anos da “Ata de incineração” que destruiu mais de 1600 livros de Jorge Amado, e entre eles 214 exemplares de O Paiz do Carnaval, romance cuja primeira tradução – para o italiano, como de propósito escolhido pelo escritor – apareceria somenteem 1984, com uma “nota” de Luciana Stegagno Picchio. Partindo do pressuposto que, antes da publicação da primeira edição do romance (1931), o lexicógrafo italiano Panzini já rejeitara, para a Itália, as antigas alcunhas inglesas carnival land e land of carnival; este artigo visa focalizar quais interpretações foram veiculadas, além do paratexto da tradução italiana também por aquele da tradução francesa (1990), da autoria de Alice Raillard. Tradutora que, porém, se beneficiou no seu paratexto da sua célebre entrevista Conversando com Jorge Amado (1990) que abriria novos rumos à crítica amadiana internacional.
Um dos arquétipos politológicos mais significativos da história latino-americana, o homem cordial... more Um dos arquétipos politológicos mais significativos da história latino-americana, o homem cordial teorizado por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil (1936), e durante décadas considerado politicamente incorreto em seu próprio país, chegou à Itália graças à tradução de Cesare Rivelli publicada pelos Irmãos Bocca em 1954. Mas haveria, pelo contrário, no contexto italiano, uns poucos sinais de interesse no outro homem cordial, aquele teorizado alguns anos antes num pequeno artigo escrito pelo brasileiro Ruy Ribeiro Couto, veiculado internacionalmente por Alfonso Reyes com o título espanhol El Hombre Cordial, produto americano. Questionar as razões que poderiam ter deixado na sombra o homem cordial ribeiriano permite compreender por quais razões o debate latino-americano da década de 30 continua ainda hoje muito atual. E como o arquétipo buarquiano do homem cordial continua a ser uma das chaves interpretativas fundamentais também a nível internacional, com todas as suas implica...
Para uma gramática brasileira do pensamento de-colonial:de alcunhas inaceitáveis como O País do C... more Para uma gramática brasileira do pensamento de-colonial:de alcunhas inaceitáveis como O País do Carnavalao Brasil, um país do futuro como manifesto contra o racismo
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n2p17Recordamos neste 2017 os 90 anos da “Ata de incin... more http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n2p17Recordamos neste 2017 os 90 anos da “Ata de incineração” que destruiu mais de 1600 livros de Jorge Amado, e entre eles 214 exemplares de O Paiz do Carnaval, romance cuja primeira tradução – para o italiano, como de propósito escolhido pelo escritor – apareceria somenteem 1984, com uma “nota” de Luciana Stegagno Picchio. Partindo do pressuposto que, antes da publicação da primeira edição do romance (1931), o lexicógrafo italiano Panzini já rejeitara, para a Itália, as antigas alcunhas inglesas carnival land e land of carnival; este artigo visa focalizar quais interpretações foram veiculadas, além do paratexto da tradução italiana também por aquele da tradução francesa (1990), da autoria de Alice Raillard. Tradutora que, porém, se beneficiou no seu paratexto da sua célebre entrevista Conversando com Jorge Amado (1990) que abriria novos rumos à crítica amadiana internacional.
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