Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los ma... more Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los mapuche en Chile, en la defensa de sus tierras, tradiciones, medios productivos y otros elementos centrales de su existencia. Como punto fundamental, nos centramos en la relación entre guerra y espacio, destacando el papel activo de la mantención de sus vínculos con los espacios culturales, socioeconómicos y políticos en la resistencia contra los grupos invasores, desde la llegada de Pedro de Valdivia (1541) hasta las paces de Quillín (1641). Intentaremos entender la dinámica guerrera y las reordenaciones técnicas y sociopolíticas que transformaron a los pueblos originarios para enfrentar a los españoles en las guerras fronterizas. Planteamos que la lucha buscaba impedir la invasión de sus tierras comunes y espacios de existencia, una urgencia previa a todos los desarrollos deletéreos del proceso colonial, comúnmente señalados para explicar la guerra de Arauco, como los trabajos personales...
RESUMO: Tierra de Guerra foi um termo usualmente utilizado nos escritos hispânicos referentes ao ... more RESUMO: Tierra de Guerra foi um termo usualmente utilizado nos escritos hispânicos referentes ao Chile colonial. Ele descrevia um espaço de beligerância, onde a guerra funcionava como um constante mecanismo de produção de territórios, entre outros aspectos. A guerra, nesse cenário, moldou uma forma indissiocrática de relação entre os grupos de conquistadores e povoadores espanhóis e os povos indígenas que habitavam o atual território chileno. Destacar-se-iam pela sua resistência os promaucaes, como os chamaram os incas, mas que ficaram mais conhecidos como araucanos ou mapuches, como foram identificados em tempos posteriores. Disso emergem certas problemáticas: em que consistia a Tierra de Guerra? Como era pensada? Como pacificá-la? Qual a importância da persistente resistência indígena na sua manutenção? Que relações político-espaciais engendrava? Entender os conflitos coloniais hispano-mapuches é parte fundamental para ensaiar respostas para essas dúvidas. Começamos, portanto, na gênese desse conflito: as conquistas da América. Foram as ideias ibéricas de expansionismo, religião, direito, guerra e relação com o outro que permitiram que alguns fidalgos chegassem tão longe quanto Pedro de Valdivia à Nueva Extremadura. A partir daí, passamos a buscar a compreensão dos fatores gerais que levaram à conquista, fixação e formação hispânica de um novo território, o mais austral do seu espraiado império americano: o Reino do Chile, cuja fundação política, em 1541, começou bastante imbricada com a guerra movida contra os grupos indígenas que cercavam à capital Santiago. Sequelado por décadas de constantes conflitos contra uma população indígena dita “rebelada” ou “de guerra”, os espanhóis, distendidos do Copiapó a Chiloé em rincões isolados e cidades sitiadas, tiveram que lidar com um levante indígena de proporções descomunais (1598-1604). A queda e abandono das cidades e fortes ao sul do rio Biobío devido à bem sucedida rebelião araucana foi o marco disruptivo do fracasso espanhol na conquista e pacificação da terra de guerra. Disso desenvolveu-se, no decorrer do século XVII, uma situação fronteiriça muito debatida. A Fronteira seria uma marca indelével dessa realidade colonial, consubstanciada em uma grande variedade de fronteiras de guerra ou de paz: nascia, portanto, um prolongado complexo fronteiriço, marcado pela alteridade, pelos conflitos e pela noção de limite subjacente. Por fim, advém perguntar como os sujeitos históricos pensavam, deliberavam e planejavam alterar, manter ou obliterar a Tierra de Guerra. Perpassamos obrigatoriamente pela ideação e efetivação da guerra defensiva do padre jesuíta Luis de Valdivia, contraposta pela proposta de guerra ofensiva, a fuego y sangre, levada a cabo por vários comandantes e governadores, entre os quais destacou-se Alonso de Ribera. Capitães, jesuítas, vice-reis e líderes indígenas conviviam e digladiavam-se em torno de diferentes projetos políticos para esse espaço. Palco de conflitos históricos centenários, a Tierra de Guerra é parte fundamental das renhidas relações entre espanhóis e indígenas. Altíssona, emite vultosos ecos que são ouvidos até os dias de hoje.
PALAVRAS-CHAVE: Tierra de Guerra, Espaço, Resistência, Mapuches, Fronteira, Espanhóis, Indígenas.
ABSTRACT: Tierra de Guerra (land of war) was a common definition used in the Hispanic texts about colonial Chile. It commonly described a warlike space, in which the war functioned as a constant mechanism for the construction of territories, among other aspects. In this scenario, warfare shaped an idiosyncratic form of relationship between the Spanish conquerors and settlers and the indigenous peoples who lived in the present-day Chilean territory. The Promaucaes, as they were called by the Incas, also known as Araucanians or Mapuches in later times, would stand out for their resistance. From this vision, some questions emerge: What constituted the Tierra de Guerra? How was it conceived? How could it be "pacified"? What was the relevance of the long period of indigenous resistance to maintain it? What kind of political and spatial relations did this produce? Understanding Hispanic-Mapuche colonial conflicts is fundamental to drafting answers to these problems. We begin with the origins of the conflict: the Conquests of America. The Iberic ideas of expansionism, religion, law, war, and otherness permitted some hidalgos to explore and conquer distant places, as Pedro de Valdivia did in Nueva Extremadura. From there, we started questioning the understanding of the general factors that led to the conquest, occupation, and Hispanic formation of a new territory, the southernmost in the scattered empery of Spain: The Kingdom of Chile, whose political foundation, in 1541, began entangled with the war waged against several indigenous groups surrounding Santiago, the capital. Afflicted by decades of constant wars and rebellions against an indigenous population, so-called "rebelada" or "de guerra", the Spaniards, settled and dispersed from Copiapó to Chiloé, living in isolated fortresses and besieged towns, had to deal with monumental native uprisings between 1598 and 1604. The fall and abandonment of the cities and fortresses south of the Biobío River was a disruptive milestone in the Spanish failure to conquer and pacify the land of war. From this, a much-debated frontier situation would develop in the 17th century. The Frontier would be an indelible mark of this colonial reality, embodied by several frontiers of war and peace. Thereafter, a long-standing complex of frontiers was established, characterized by otherness, conflicts, and the notion of the existence of a limit. In closing, it is necessary to question how historical subjects thought, deliberated, and planned to change, maintain, or obliterate the Tierra de Guerra. We mandatorily passed through the idealization and concretization of the defensive war thought by Father Luis de Valdivia, in opposition to the offensive war proposal, a Fuego y Sangre (by fire and blood), led by several commanders and governors, among them the notable Alonso de Ribera. Captains, Jesuits, viceroys, and indigenous leaders coexisted and fought over different political projects for that spatiality. The stage for historical and centenary battles, the Land of War is a fundamental part of the fierce conflicts between Spaniards and Indigenous peoples. Loudly, this land emits echoes that can be heard even today.
KEYWORDS: Tierra de Guerra (Land of War), Space, Resistance, Mapuches, Frontier, Spaniards, Indigenous.
Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los ma... more Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los mapuche en Chile, en la defensa de sus tierras, tradiciones, medios productivos y otros elementos centrales de su existencia. Como punto fundamental, nos centramos en la relación entre guerra y espacio, destacando el papel activo de la mantención de sus vínculos con los espacios culturales, socioeconómicos y políticos en la resistencia contra los grupos invasores, desde la llegada de Pedro de Valdivia (1541) hasta las paces de Quillín (1641). Intentaremos entender la dinámica guerrera y las reordenaciones técnicas y sociopolíticas que transformaron a los pueblos originarios para enfrentar a los españoles en las guerras fronterizas. Planteamos que la lucha buscaba impedir la invasión de sus tierras comunes y espacios de existencia, una urgencia previa a todos los desarrollos deletéreos del proceso colonial, comúnmente señalados para explicar la guerra de Arauco, como los trabajos personales y la esclavitud indígena.
Vozes, Pretérito & Devir: Revista de historia da UESPI, 2020
Busco demonstrar como um conjunto documental conhecido como Relaciones Geograficas de Indias serv... more Busco demonstrar como um conjunto documental conhecido como Relaciones Geograficas de Indias serviu como ferramenta de poder, possibilitando que os poderes imperiais espanhóis conhecessem elementos naturais e humanos dos seus domínios ultramarinos. Encabeçando a discussão, conceituo Império, colocando a fonte documental analisada dentro de um aparato imperial de poder. Objetivo, portanto, exemplificar como funcionava essa ferramenta imperial e como ela foi implementada durante o século XVI no ultramar. De forma mais específica, os documentos analisandos são a Relacion Geografica de 1573 e as Leyes de Población do Código de Segovia (1573), ambos produzidos na administração, como presidente do Consejo de Indias, de Juan de Ovando. No geral, buscamos relacionar as demandas dos documentos supracitados com a ideia corrente de império no mundo hispânico de então.
I expect to demonstrate as a documentary set knew as Relaciones Geograficas de Indias was used as a tool of power, making possible that the Spanish imperial powers knew natural and human elements of the oversea domain. Heading the discussion, I conceptualize Empire¸ putting the analyzed documental source into an imperial apparatus of power. I aim, therefore, exemplify as functioned this imperial tool and as it was implemented during the XVI century in oversea domains. Specifically, the documents analyzed are a Relacion Geografica of the 1573 and the Leyes de Población of the Código de Segovia (1573), produced at the administration, as president of the Consejo de Indias¸ of Juan de Ovando y Godoy. Overall, we wished to relation the document’s demands with the common idea of empire in the Hispanic world of then.
Dissertação (Mestrado) -Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Pós-Graduação em História, 2019
Baseados no conceito de dominium, amplamente debatido por letrados, intelectuais e teólogo... more Baseados no conceito de dominium, amplamente debatido por letrados, intelectuais e teólogos ibéricos no século XVI, balizamos a nossa análise sobre o uso dos espaços pelo império espanhol nas Indias Occidentales. O estudo é centrado entre fins do século XV e a oitava década do XVI. Ne período, o Novo Mundo emerge como território de conquista de um poder quase que sempre virtual, El Rei. Daí surgem pontos fulcrais desse estudo: a função da coroa, o papel da legitimação teológica, os objetivos da Igreja, o trato com o espaço e sua população humana e a importância dos novos e antigos saberes. Saber e dominium se interligam numa relação frequentemente cooperativa. O espaço surge como escopo principal. Sentenciado a uma relação de forças entre diferentes vetores da epopeia colonial, transforma-se em unidade administrativa, o território. Fazendo um levantamento histórico, buscamos entender como o domínio espanhol foi implementado sobre espaços outros, e como o saber esclareceu, legitimou ou auxiliou nesse processo.
Tendo em vista o expansionismo dos principais reinos ibéricos em fins do século XV, ... more Tendo em vista o expansionismo dos principais reinos ibéricos em fins do século XV, buscamos trazer uma breve análise do conjunto documental conhecido como “bulas papais”. Basicamente,tratam-se de textos diplomáticos e jurídicos que balizaram a expansão e a missão inerente à mesma. Sobretudo, são importantes ferramentas geopolíticas, estabelecendo diretrizes de domínio e áreas de influência. Nossa análise versa sobre sua importância para a época e seus efeitos na conjuntura estudada.
O presente artigo possui como escopo discutir as primeiras percepções sobre o Novo Mundo, especia... more O presente artigo possui como escopo discutir as primeiras percepções sobre o Novo Mundo, especialmente no âmbito da visão espacial sobre as novas terras e da caracterização do seu elemento humano, tendo como base o conceito de alteridade negada. Para tal empreitada, optou-se por metodologicamente efetivar uma análise textual nos escritos do então Almirante do Mar-oceano, o navegador Cristóvão Colombo, visto que estes escritos refletem e prenunciam um conjunto de perspectivas sobre o espaço das Indias, desdobradas em um processo de conquista, ocidentalização e numa visão de “esvaziamento” destes espaços. A partir de um debate correlato ao panorama historiográfico inerente à temática, buscamos contribuir com a discussão em torno das relações entre seres humanos e espaços no neófito Novo Mundo.
Esse trabalho deseja tratar sobre formas de representação das mulheres a meríndias nos textos fun... more Esse trabalho deseja tratar sobre formas de representação das mulheres a meríndias nos textos fundacionais do Novo Mundo. Especificamente, analisaremos sob a égide do conceito central de representação, as cartas de Américo Vespúcio Mundus Novus ) e de Pero Vaz de Caminha (para o rei D. Manuel), junto aos diários do Almirante Cristóvão Colombo. Fundamentado na noção de uma construção hierárquica de gênero, buscamos demonstrar como diferentes autores europeus criaram uma narrativa de alteridade sobre as mulheres que encontraram quando aportaram, de forma pioneira, nos territórios do Novo Mundo. Essas narrativas ensejam uma caracterização e uma relação de poder baseada num imaginário especificamente exterior à realidade que narram. Sendo assim, estereotipam os nativos e preconizam um processo brutal de dominação: a empreitada colonial.
Este capítulo do livro "Dinâmicas Imperiais, Circulação e Trajetórias" tem como base a análise do... more Este capítulo do livro "Dinâmicas Imperiais, Circulação e Trajetórias" tem como base a análise do conjunto epistolar de Pedro de Valdivia durante seus anos de ação no sul da América Espanhola. O objetivo principal é perceber como o conquistador buscou caracterizar imageticamente o Chile e como suas cartas enunciaram esse espaço de conquista. Dessa forma, a pergunta fundamental aqui é: como Pedro de Valdivia, em suas Relaciones, criou um arcabouço de descrições e narrativas que passaram a caracterizar imageticamente o Chile? Dentro de um plano de expansão imperial, a constituição de um domínio europeu sobre os espaços do Novo Mundo não se limitou à ocupação física. Às letras, dar-se-ia a função de “contar” sobre ele, dando-lhe forma a partir de uma visão exterior: uma perspectiva cristã, arraigada a uma lógica de violência legitimada e a um panorama de dominação do outro.
Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los ma... more Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los mapuche en Chile, en la defensa de sus tierras, tradiciones, medios productivos y otros elementos centrales de su existencia. Como punto fundamental, nos centramos en la relación entre guerra y espacio, destacando el papel activo de la mantención de sus vínculos con los espacios culturales, socioeconómicos y políticos en la resistencia contra los grupos invasores, desde la llegada de Pedro de Valdivia (1541) hasta las paces de Quillín (1641). Intentaremos entender la dinámica guerrera y las reordenaciones técnicas y sociopolíticas que transformaron a los pueblos originarios para enfrentar a los españoles en las guerras fronterizas. Planteamos que la lucha buscaba impedir la invasión de sus tierras comunes y espacios de existencia, una urgencia previa a todos los desarrollos deletéreos del proceso colonial, comúnmente señalados para explicar la guerra de Arauco, como los trabajos personales...
RESUMO: Tierra de Guerra foi um termo usualmente utilizado nos escritos hispânicos referentes ao ... more RESUMO: Tierra de Guerra foi um termo usualmente utilizado nos escritos hispânicos referentes ao Chile colonial. Ele descrevia um espaço de beligerância, onde a guerra funcionava como um constante mecanismo de produção de territórios, entre outros aspectos. A guerra, nesse cenário, moldou uma forma indissiocrática de relação entre os grupos de conquistadores e povoadores espanhóis e os povos indígenas que habitavam o atual território chileno. Destacar-se-iam pela sua resistência os promaucaes, como os chamaram os incas, mas que ficaram mais conhecidos como araucanos ou mapuches, como foram identificados em tempos posteriores. Disso emergem certas problemáticas: em que consistia a Tierra de Guerra? Como era pensada? Como pacificá-la? Qual a importância da persistente resistência indígena na sua manutenção? Que relações político-espaciais engendrava? Entender os conflitos coloniais hispano-mapuches é parte fundamental para ensaiar respostas para essas dúvidas. Começamos, portanto, na gênese desse conflito: as conquistas da América. Foram as ideias ibéricas de expansionismo, religião, direito, guerra e relação com o outro que permitiram que alguns fidalgos chegassem tão longe quanto Pedro de Valdivia à Nueva Extremadura. A partir daí, passamos a buscar a compreensão dos fatores gerais que levaram à conquista, fixação e formação hispânica de um novo território, o mais austral do seu espraiado império americano: o Reino do Chile, cuja fundação política, em 1541, começou bastante imbricada com a guerra movida contra os grupos indígenas que cercavam à capital Santiago. Sequelado por décadas de constantes conflitos contra uma população indígena dita “rebelada” ou “de guerra”, os espanhóis, distendidos do Copiapó a Chiloé em rincões isolados e cidades sitiadas, tiveram que lidar com um levante indígena de proporções descomunais (1598-1604). A queda e abandono das cidades e fortes ao sul do rio Biobío devido à bem sucedida rebelião araucana foi o marco disruptivo do fracasso espanhol na conquista e pacificação da terra de guerra. Disso desenvolveu-se, no decorrer do século XVII, uma situação fronteiriça muito debatida. A Fronteira seria uma marca indelével dessa realidade colonial, consubstanciada em uma grande variedade de fronteiras de guerra ou de paz: nascia, portanto, um prolongado complexo fronteiriço, marcado pela alteridade, pelos conflitos e pela noção de limite subjacente. Por fim, advém perguntar como os sujeitos históricos pensavam, deliberavam e planejavam alterar, manter ou obliterar a Tierra de Guerra. Perpassamos obrigatoriamente pela ideação e efetivação da guerra defensiva do padre jesuíta Luis de Valdivia, contraposta pela proposta de guerra ofensiva, a fuego y sangre, levada a cabo por vários comandantes e governadores, entre os quais destacou-se Alonso de Ribera. Capitães, jesuítas, vice-reis e líderes indígenas conviviam e digladiavam-se em torno de diferentes projetos políticos para esse espaço. Palco de conflitos históricos centenários, a Tierra de Guerra é parte fundamental das renhidas relações entre espanhóis e indígenas. Altíssona, emite vultosos ecos que são ouvidos até os dias de hoje.
PALAVRAS-CHAVE: Tierra de Guerra, Espaço, Resistência, Mapuches, Fronteira, Espanhóis, Indígenas.
ABSTRACT: Tierra de Guerra (land of war) was a common definition used in the Hispanic texts about colonial Chile. It commonly described a warlike space, in which the war functioned as a constant mechanism for the construction of territories, among other aspects. In this scenario, warfare shaped an idiosyncratic form of relationship between the Spanish conquerors and settlers and the indigenous peoples who lived in the present-day Chilean territory. The Promaucaes, as they were called by the Incas, also known as Araucanians or Mapuches in later times, would stand out for their resistance. From this vision, some questions emerge: What constituted the Tierra de Guerra? How was it conceived? How could it be "pacified"? What was the relevance of the long period of indigenous resistance to maintain it? What kind of political and spatial relations did this produce? Understanding Hispanic-Mapuche colonial conflicts is fundamental to drafting answers to these problems. We begin with the origins of the conflict: the Conquests of America. The Iberic ideas of expansionism, religion, law, war, and otherness permitted some hidalgos to explore and conquer distant places, as Pedro de Valdivia did in Nueva Extremadura. From there, we started questioning the understanding of the general factors that led to the conquest, occupation, and Hispanic formation of a new territory, the southernmost in the scattered empery of Spain: The Kingdom of Chile, whose political foundation, in 1541, began entangled with the war waged against several indigenous groups surrounding Santiago, the capital. Afflicted by decades of constant wars and rebellions against an indigenous population, so-called "rebelada" or "de guerra", the Spaniards, settled and dispersed from Copiapó to Chiloé, living in isolated fortresses and besieged towns, had to deal with monumental native uprisings between 1598 and 1604. The fall and abandonment of the cities and fortresses south of the Biobío River was a disruptive milestone in the Spanish failure to conquer and pacify the land of war. From this, a much-debated frontier situation would develop in the 17th century. The Frontier would be an indelible mark of this colonial reality, embodied by several frontiers of war and peace. Thereafter, a long-standing complex of frontiers was established, characterized by otherness, conflicts, and the notion of the existence of a limit. In closing, it is necessary to question how historical subjects thought, deliberated, and planned to change, maintain, or obliterate the Tierra de Guerra. We mandatorily passed through the idealization and concretization of the defensive war thought by Father Luis de Valdivia, in opposition to the offensive war proposal, a Fuego y Sangre (by fire and blood), led by several commanders and governors, among them the notable Alonso de Ribera. Captains, Jesuits, viceroys, and indigenous leaders coexisted and fought over different political projects for that spatiality. The stage for historical and centenary battles, the Land of War is a fundamental part of the fierce conflicts between Spaniards and Indigenous peoples. Loudly, this land emits echoes that can be heard even today.
KEYWORDS: Tierra de Guerra (Land of War), Space, Resistance, Mapuches, Frontier, Spaniards, Indigenous.
Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los ma... more Este trabajo aborda el desarrollo etnohistórico de las luchas coloniales de resistencia de los mapuche en Chile, en la defensa de sus tierras, tradiciones, medios productivos y otros elementos centrales de su existencia. Como punto fundamental, nos centramos en la relación entre guerra y espacio, destacando el papel activo de la mantención de sus vínculos con los espacios culturales, socioeconómicos y políticos en la resistencia contra los grupos invasores, desde la llegada de Pedro de Valdivia (1541) hasta las paces de Quillín (1641). Intentaremos entender la dinámica guerrera y las reordenaciones técnicas y sociopolíticas que transformaron a los pueblos originarios para enfrentar a los españoles en las guerras fronterizas. Planteamos que la lucha buscaba impedir la invasión de sus tierras comunes y espacios de existencia, una urgencia previa a todos los desarrollos deletéreos del proceso colonial, comúnmente señalados para explicar la guerra de Arauco, como los trabajos personales y la esclavitud indígena.
Vozes, Pretérito & Devir: Revista de historia da UESPI, 2020
Busco demonstrar como um conjunto documental conhecido como Relaciones Geograficas de Indias serv... more Busco demonstrar como um conjunto documental conhecido como Relaciones Geograficas de Indias serviu como ferramenta de poder, possibilitando que os poderes imperiais espanhóis conhecessem elementos naturais e humanos dos seus domínios ultramarinos. Encabeçando a discussão, conceituo Império, colocando a fonte documental analisada dentro de um aparato imperial de poder. Objetivo, portanto, exemplificar como funcionava essa ferramenta imperial e como ela foi implementada durante o século XVI no ultramar. De forma mais específica, os documentos analisandos são a Relacion Geografica de 1573 e as Leyes de Población do Código de Segovia (1573), ambos produzidos na administração, como presidente do Consejo de Indias, de Juan de Ovando. No geral, buscamos relacionar as demandas dos documentos supracitados com a ideia corrente de império no mundo hispânico de então.
I expect to demonstrate as a documentary set knew as Relaciones Geograficas de Indias was used as a tool of power, making possible that the Spanish imperial powers knew natural and human elements of the oversea domain. Heading the discussion, I conceptualize Empire¸ putting the analyzed documental source into an imperial apparatus of power. I aim, therefore, exemplify as functioned this imperial tool and as it was implemented during the XVI century in oversea domains. Specifically, the documents analyzed are a Relacion Geografica of the 1573 and the Leyes de Población of the Código de Segovia (1573), produced at the administration, as president of the Consejo de Indias¸ of Juan de Ovando y Godoy. Overall, we wished to relation the document’s demands with the common idea of empire in the Hispanic world of then.
Dissertação (Mestrado) -Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Pós-Graduação em História, 2019
Baseados no conceito de dominium, amplamente debatido por letrados, intelectuais e teólogo... more Baseados no conceito de dominium, amplamente debatido por letrados, intelectuais e teólogos ibéricos no século XVI, balizamos a nossa análise sobre o uso dos espaços pelo império espanhol nas Indias Occidentales. O estudo é centrado entre fins do século XV e a oitava década do XVI. Ne período, o Novo Mundo emerge como território de conquista de um poder quase que sempre virtual, El Rei. Daí surgem pontos fulcrais desse estudo: a função da coroa, o papel da legitimação teológica, os objetivos da Igreja, o trato com o espaço e sua população humana e a importância dos novos e antigos saberes. Saber e dominium se interligam numa relação frequentemente cooperativa. O espaço surge como escopo principal. Sentenciado a uma relação de forças entre diferentes vetores da epopeia colonial, transforma-se em unidade administrativa, o território. Fazendo um levantamento histórico, buscamos entender como o domínio espanhol foi implementado sobre espaços outros, e como o saber esclareceu, legitimou ou auxiliou nesse processo.
Tendo em vista o expansionismo dos principais reinos ibéricos em fins do século XV, ... more Tendo em vista o expansionismo dos principais reinos ibéricos em fins do século XV, buscamos trazer uma breve análise do conjunto documental conhecido como “bulas papais”. Basicamente,tratam-se de textos diplomáticos e jurídicos que balizaram a expansão e a missão inerente à mesma. Sobretudo, são importantes ferramentas geopolíticas, estabelecendo diretrizes de domínio e áreas de influência. Nossa análise versa sobre sua importância para a época e seus efeitos na conjuntura estudada.
O presente artigo possui como escopo discutir as primeiras percepções sobre o Novo Mundo, especia... more O presente artigo possui como escopo discutir as primeiras percepções sobre o Novo Mundo, especialmente no âmbito da visão espacial sobre as novas terras e da caracterização do seu elemento humano, tendo como base o conceito de alteridade negada. Para tal empreitada, optou-se por metodologicamente efetivar uma análise textual nos escritos do então Almirante do Mar-oceano, o navegador Cristóvão Colombo, visto que estes escritos refletem e prenunciam um conjunto de perspectivas sobre o espaço das Indias, desdobradas em um processo de conquista, ocidentalização e numa visão de “esvaziamento” destes espaços. A partir de um debate correlato ao panorama historiográfico inerente à temática, buscamos contribuir com a discussão em torno das relações entre seres humanos e espaços no neófito Novo Mundo.
Esse trabalho deseja tratar sobre formas de representação das mulheres a meríndias nos textos fun... more Esse trabalho deseja tratar sobre formas de representação das mulheres a meríndias nos textos fundacionais do Novo Mundo. Especificamente, analisaremos sob a égide do conceito central de representação, as cartas de Américo Vespúcio Mundus Novus ) e de Pero Vaz de Caminha (para o rei D. Manuel), junto aos diários do Almirante Cristóvão Colombo. Fundamentado na noção de uma construção hierárquica de gênero, buscamos demonstrar como diferentes autores europeus criaram uma narrativa de alteridade sobre as mulheres que encontraram quando aportaram, de forma pioneira, nos territórios do Novo Mundo. Essas narrativas ensejam uma caracterização e uma relação de poder baseada num imaginário especificamente exterior à realidade que narram. Sendo assim, estereotipam os nativos e preconizam um processo brutal de dominação: a empreitada colonial.
Este capítulo do livro "Dinâmicas Imperiais, Circulação e Trajetórias" tem como base a análise do... more Este capítulo do livro "Dinâmicas Imperiais, Circulação e Trajetórias" tem como base a análise do conjunto epistolar de Pedro de Valdivia durante seus anos de ação no sul da América Espanhola. O objetivo principal é perceber como o conquistador buscou caracterizar imageticamente o Chile e como suas cartas enunciaram esse espaço de conquista. Dessa forma, a pergunta fundamental aqui é: como Pedro de Valdivia, em suas Relaciones, criou um arcabouço de descrições e narrativas que passaram a caracterizar imageticamente o Chile? Dentro de um plano de expansão imperial, a constituição de um domínio europeu sobre os espaços do Novo Mundo não se limitou à ocupação física. Às letras, dar-se-ia a função de “contar” sobre ele, dando-lhe forma a partir de uma visão exterior: uma perspectiva cristã, arraigada a uma lógica de violência legitimada e a um panorama de dominação do outro.
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Papers by Erick Rodrigues
PALAVRAS-CHAVE: Tierra de Guerra, Espaço, Resistência, Mapuches, Fronteira, Espanhóis, Indígenas.
ABSTRACT: Tierra de Guerra (land of war) was a common definition used in the Hispanic texts about colonial Chile. It commonly described a warlike space, in which the war functioned as a constant mechanism for the construction of territories, among other aspects. In this scenario, warfare shaped an idiosyncratic form of relationship between the Spanish conquerors and settlers and the indigenous peoples who lived in the present-day Chilean territory. The Promaucaes, as they were called by the Incas, also known as Araucanians or Mapuches in later times, would stand out for their resistance. From this vision, some questions emerge: What constituted the Tierra de Guerra? How was it conceived? How could it be "pacified"? What was the relevance of the long period of indigenous resistance to maintain it? What kind of political and spatial relations did this produce? Understanding Hispanic-Mapuche colonial conflicts is fundamental to drafting answers to these problems. We begin with the origins of the conflict: the Conquests of America. The Iberic ideas of expansionism, religion, law, war, and otherness permitted some hidalgos to explore and conquer distant places, as Pedro de Valdivia did in Nueva Extremadura. From there, we started questioning the understanding of the general factors that led to the conquest, occupation, and Hispanic formation of a new territory, the southernmost in the scattered empery of Spain: The Kingdom of Chile, whose political foundation, in 1541, began entangled with the war waged against several indigenous groups surrounding Santiago, the capital. Afflicted by decades of constant wars and rebellions against an indigenous population, so-called "rebelada" or "de guerra", the Spaniards, settled and dispersed from Copiapó to Chiloé, living in isolated fortresses and besieged towns, had to deal with monumental native uprisings between 1598 and 1604. The fall and abandonment of the cities and fortresses south of the Biobío River was a disruptive milestone in the Spanish failure to conquer and pacify the land of war. From this, a much-debated frontier situation would develop in the 17th century. The Frontier would be an indelible mark of this colonial reality, embodied by several frontiers of war and peace. Thereafter, a long-standing complex of frontiers was established, characterized by otherness, conflicts, and the notion of the existence of a limit. In closing, it is necessary to question how historical subjects thought, deliberated, and planned to change, maintain, or obliterate the Tierra de Guerra. We mandatorily passed through the idealization and concretization of the defensive war thought by Father Luis de Valdivia, in opposition to the offensive war proposal, a Fuego y Sangre (by fire and blood), led by several commanders and governors, among them the notable Alonso de Ribera. Captains, Jesuits, viceroys, and indigenous leaders coexisted and fought over different political projects for that spatiality. The stage for historical and centenary battles, the Land of War is a fundamental part of the fierce conflicts between Spaniards and Indigenous peoples. Loudly, this land emits echoes that can be heard even today.
KEYWORDS: Tierra de Guerra (Land of War), Space, Resistance, Mapuches, Frontier, Spaniards, Indigenous.
I expect to demonstrate as a documentary set knew as Relaciones Geograficas de Indias was used as a tool of power, making possible that the Spanish imperial powers knew natural and human elements of the oversea domain. Heading the discussion, I conceptualize Empire¸ putting the analyzed documental source into an imperial apparatus of power. I aim, therefore, exemplify as functioned this imperial tool and as it was implemented during the XVI century in oversea domains. Specifically, the documents analyzed are a Relacion Geografica of the 1573 and the Leyes de Población of the Código de Segovia (1573), produced at the administration, as president of the Consejo de Indias¸ of Juan de Ovando y Godoy. Overall, we wished to relation the document’s demands with the common idea of empire in the Hispanic world of then.
Books by Erick Rodrigues
durante seus anos de ação no sul da América Espanhola. O objetivo principal é perceber como o conquistador buscou caracterizar imageticamente o Chile e como suas cartas enunciaram esse espaço de conquista. Dessa forma, a pergunta fundamental aqui é: como Pedro de Valdivia, em suas Relaciones, criou um arcabouço de descrições e narrativas que passaram a caracterizar imageticamente o Chile? Dentro de um plano de expansão imperial, a constituição de um domínio europeu sobre os espaços do Novo Mundo não se limitou à ocupação física. Às letras, dar-se-ia a função de “contar” sobre ele, dando-lhe forma a partir de uma visão exterior: uma perspectiva cristã, arraigada a uma lógica de violência legitimada e a um panorama de dominação do outro.
PALAVRAS-CHAVE: Tierra de Guerra, Espaço, Resistência, Mapuches, Fronteira, Espanhóis, Indígenas.
ABSTRACT: Tierra de Guerra (land of war) was a common definition used in the Hispanic texts about colonial Chile. It commonly described a warlike space, in which the war functioned as a constant mechanism for the construction of territories, among other aspects. In this scenario, warfare shaped an idiosyncratic form of relationship between the Spanish conquerors and settlers and the indigenous peoples who lived in the present-day Chilean territory. The Promaucaes, as they were called by the Incas, also known as Araucanians or Mapuches in later times, would stand out for their resistance. From this vision, some questions emerge: What constituted the Tierra de Guerra? How was it conceived? How could it be "pacified"? What was the relevance of the long period of indigenous resistance to maintain it? What kind of political and spatial relations did this produce? Understanding Hispanic-Mapuche colonial conflicts is fundamental to drafting answers to these problems. We begin with the origins of the conflict: the Conquests of America. The Iberic ideas of expansionism, religion, law, war, and otherness permitted some hidalgos to explore and conquer distant places, as Pedro de Valdivia did in Nueva Extremadura. From there, we started questioning the understanding of the general factors that led to the conquest, occupation, and Hispanic formation of a new territory, the southernmost in the scattered empery of Spain: The Kingdom of Chile, whose political foundation, in 1541, began entangled with the war waged against several indigenous groups surrounding Santiago, the capital. Afflicted by decades of constant wars and rebellions against an indigenous population, so-called "rebelada" or "de guerra", the Spaniards, settled and dispersed from Copiapó to Chiloé, living in isolated fortresses and besieged towns, had to deal with monumental native uprisings between 1598 and 1604. The fall and abandonment of the cities and fortresses south of the Biobío River was a disruptive milestone in the Spanish failure to conquer and pacify the land of war. From this, a much-debated frontier situation would develop in the 17th century. The Frontier would be an indelible mark of this colonial reality, embodied by several frontiers of war and peace. Thereafter, a long-standing complex of frontiers was established, characterized by otherness, conflicts, and the notion of the existence of a limit. In closing, it is necessary to question how historical subjects thought, deliberated, and planned to change, maintain, or obliterate the Tierra de Guerra. We mandatorily passed through the idealization and concretization of the defensive war thought by Father Luis de Valdivia, in opposition to the offensive war proposal, a Fuego y Sangre (by fire and blood), led by several commanders and governors, among them the notable Alonso de Ribera. Captains, Jesuits, viceroys, and indigenous leaders coexisted and fought over different political projects for that spatiality. The stage for historical and centenary battles, the Land of War is a fundamental part of the fierce conflicts between Spaniards and Indigenous peoples. Loudly, this land emits echoes that can be heard even today.
KEYWORDS: Tierra de Guerra (Land of War), Space, Resistance, Mapuches, Frontier, Spaniards, Indigenous.
I expect to demonstrate as a documentary set knew as Relaciones Geograficas de Indias was used as a tool of power, making possible that the Spanish imperial powers knew natural and human elements of the oversea domain. Heading the discussion, I conceptualize Empire¸ putting the analyzed documental source into an imperial apparatus of power. I aim, therefore, exemplify as functioned this imperial tool and as it was implemented during the XVI century in oversea domains. Specifically, the documents analyzed are a Relacion Geografica of the 1573 and the Leyes de Población of the Código de Segovia (1573), produced at the administration, as president of the Consejo de Indias¸ of Juan de Ovando y Godoy. Overall, we wished to relation the document’s demands with the common idea of empire in the Hispanic world of then.
durante seus anos de ação no sul da América Espanhola. O objetivo principal é perceber como o conquistador buscou caracterizar imageticamente o Chile e como suas cartas enunciaram esse espaço de conquista. Dessa forma, a pergunta fundamental aqui é: como Pedro de Valdivia, em suas Relaciones, criou um arcabouço de descrições e narrativas que passaram a caracterizar imageticamente o Chile? Dentro de um plano de expansão imperial, a constituição de um domínio europeu sobre os espaços do Novo Mundo não se limitou à ocupação física. Às letras, dar-se-ia a função de “contar” sobre ele, dando-lhe forma a partir de uma visão exterior: uma perspectiva cristã, arraigada a uma lógica de violência legitimada e a um panorama de dominação do outro.