A META é sobre ciência e educação. Acredito que estas duas palavras sofreram abusos a ponto de pe... more A META é sobre ciência e educação. Acredito que estas duas palavras sofreram abusos a ponto de perder seus significados originais em uma névoa de excessivo respeito e mistério. Ciência, para mim e para a vasta maioria de notórios cientistas, não é sobre os segredos da natureza ou mesmo sobre verdades. Ciência é simplesmente o método que usamos para tentar rotular um conjunto mínimo de pressupostos que pode explicar, através de uma derivação francamente lógica, a existência de vários fenómenos da natureza. A Lei da Conservação da Energia da Física não é verdade. Ela é apenas uma hipótese que é válida para explicar um enorme número de fenómenos da natureza. Tal hipótese nunca pode ser provada, pois, mesmo que um infinito número de fenómenos possa ser explicado por ela, não prova sua aplicação universal. Por outro lado, ela pode ser reprovada por um simples fenómeno que não possa ser explicado pela hipótese. Tal reprovação não invalida a hipótese. Ela apenas evidencia a necessidade ou mesmo a existência de outra hipótese que seja mais válida. Este é o caso da hipótese da conservação de energia, que foi substituída pelo mais global, mas válido postulado de Einstein da conservação da energia e massa. A hipótese de Einstein não é verdadeira, da mesma forma que a anterior não era "verdade". De alguma forma, restringimos a conotação de ciência a uma montagem muito seletiva, limitada, de fenómeno natural. Nos referimos à ciência quando tratamos de física, química ou biologia. Devemos perceber que existem muito mais fenómenos da natureza que não se enquadram nestas categorias, como por exemplo, aqueles fenómenos que vemos nas organizações, particularmente nas organizações industriais. Se estes fenómenos não são fenómenos da natureza, o que são eles? Queremos colocar o que vemos nas organizações no campo da ficção em vez da realidade? Este livro é uma tentativa de mostrar que podemos postular um bem pequeno número de hipóteses e utilizá-las para explicar um espectro muito amplo de fenómenos industriais. Você, leitor, pode julgar se a lógica do livro, derivada das hipóteses para os fenómenos que vemos diariamente em nossas fábricas, é ou não tão perfeita que você pode chamá-la de senso comum. A propósito, senso comum não é tão comum como se espera, sendo o mais alto prémio que se dá para uma sequência de conclusões lógicas.
A META é sobre ciência e educação. Acredito que estas duas palavras sofreram abusos a ponto de pe... more A META é sobre ciência e educação. Acredito que estas duas palavras sofreram abusos a ponto de perder seus significados originais em uma névoa de excessivo respeito e mistério. Ciência, para mim e para a vasta maioria de notórios cientistas, não é sobre os segredos da natureza ou mesmo sobre verdades. Ciência é simplesmente o método que usamos para tentar rotular um conjunto mínimo de pressupostos que pode explicar, através de uma derivação francamente lógica, a existência de vários fenómenos da natureza. A Lei da Conservação da Energia da Física não é verdade. Ela é apenas uma hipótese que é válida para explicar um enorme número de fenómenos da natureza. Tal hipótese nunca pode ser provada, pois, mesmo que um infinito número de fenómenos possa ser explicado por ela, não prova sua aplicação universal. Por outro lado, ela pode ser reprovada por um simples fenómeno que não possa ser explicado pela hipótese. Tal reprovação não invalida a hipótese. Ela apenas evidencia a necessidade ou mesmo a existência de outra hipótese que seja mais válida. Este é o caso da hipótese da conservação de energia, que foi substituída pelo mais global, mas válido postulado de Einstein da conservação da energia e massa. A hipótese de Einstein não é verdadeira, da mesma forma que a anterior não era "verdade". De alguma forma, restringimos a conotação de ciência a uma montagem muito seletiva, limitada, de fenómeno natural. Nos referimos à ciência quando tratamos de física, química ou biologia. Devemos perceber que existem muito mais fenómenos da natureza que não se enquadram nestas categorias, como por exemplo, aqueles fenómenos que vemos nas organizações, particularmente nas organizações industriais. Se estes fenómenos não são fenómenos da natureza, o que são eles? Queremos colocar o que vemos nas organizações no campo da ficção em vez da realidade? Este livro é uma tentativa de mostrar que podemos postular um bem pequeno número de hipóteses e utilizá-las para explicar um espectro muito amplo de fenómenos industriais. Você, leitor, pode julgar se a lógica do livro, derivada das hipóteses para os fenómenos que vemos diariamente em nossas fábricas, é ou não tão perfeita que você pode chamá-la de senso comum. A propósito, senso comum não é tão comum como se espera, sendo o mais alto prémio que se dá para uma sequência de conclusões lógicas.
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Papers by Victor Ribeiro