A fotógrafa Susan Meiselas chegou à Nicarágua em 1978 para uma cobertura jornalística sobre a in... more A fotógrafa Susan Meiselas chegou à Nicarágua em 1978 para uma cobertura jornalística sobre a insurreição popular que acontecia naquele país e que culminou com a Revolução Sandinista. Em 1981, insatisfeita com o uso que havia sido feito de suas fotos por jornais e revistas, ela publicou o livro fotográfico Nicaragua – June 1978 – July 1979, fazendo a sua própria narrativa do conflito. O livro é considerado um clássico do fotojornalismo contemporâneo. Dez anos depois, Meiselas voltou à Nicarágua, dessa vez acompanhada dos cineastas Alfredo Guzzetti e Richard Rogers. O objetivo era reencontrar personagens fotografados e entrevista-los, além de retornar aos locais das fotos. O resultado deste trabalho é o documentário Pictures from a Revolution, lançado em 1991. Mais tarde, em 2004, nas comemorações dos 25 anos da Revolução, há um novo retorno ao país, dessa vez para uma instalação de murais de suas fotos nos locais em que foram originalmente registradas. Desse projeto também nasceu um filme curta-metragem mostrando as reações das pessoas observando as fotos, chamado Reframing History. O objetivo dessa pesquisa é tratar das motivações que levaram Susan Meiselas a publicar o livro Nicaragua e as razões que a levaram a voltar ao país e realizar novos projetos a partir das suas fotografias da Revolução. Além disso, outro objetivo é refletir sobre a relação entre fotografia e memória (incluindo o cinema nessa relação) e também sobre os usos da fotografia. Para isso, será apresentada a sua trajetória no país e as histórias do livro, do filme e da instalação.
As Armas e o Povo é um documentário de realização coletiva produzido
pelo Sindicato de Trabalhad... more As Armas e o Povo é um documentário de realização coletiva produzido pelo Sindicato de Trabalhadores da Produção do Cinema e Televisão durante as manifestações da Revolução dos Cravos em abril de 1974. Aos diversos cineastas portugueses que saíram às ruas para filmar, juntou-se o brasileiro Glauber Rocha, recém desembarcado em Lisboa para viver os primeiros dias da Revolução. A participação do realizador brasileiro é de destaque: entre todos, ele é o único a aparecer em cena no filme.
Esta pesquisa tem por objetivo estudar mais a fundo este capítulo dentro da filmografia de Glauber Rocha, que é a sua participação em As Armas e o Povo. Para isso, em um primeiro momento vamos falar um pouco sobre o filme, trazendo mais detalhes sobre a sua produção e montagem. Depois, vamos explicar como se deu a chegada de Glauber Rocha em Portugal e como surgiu a ideia de ele participar do filme, para então partirmos para análise da sua participação e atuação no documentário.
A fotógrafa Susan Meiselas chegou à Nicarágua em 1978 para uma cobertura jornalística sobre a in... more A fotógrafa Susan Meiselas chegou à Nicarágua em 1978 para uma cobertura jornalística sobre a insurreição popular que acontecia naquele país e que culminou com a Revolução Sandinista. Em 1981, insatisfeita com o uso que havia sido feito de suas fotos por jornais e revistas, ela publicou o livro fotográfico Nicaragua – June 1978 – July 1979, fazendo a sua própria narrativa do conflito. O livro é considerado um clássico do fotojornalismo contemporâneo. Dez anos depois, Meiselas voltou à Nicarágua, dessa vez acompanhada dos cineastas Alfredo Guzzetti e Richard Rogers. O objetivo era reencontrar personagens fotografados e entrevista-los, além de retornar aos locais das fotos. O resultado deste trabalho é o documentário Pictures from a Revolution, lançado em 1991. Mais tarde, em 2004, nas comemorações dos 25 anos da Revolução, há um novo retorno ao país, dessa vez para uma instalação de murais de suas fotos nos locais em que foram originalmente registradas. Desse projeto também nasceu um filme curta-metragem mostrando as reações das pessoas observando as fotos, chamado Reframing History. O objetivo dessa pesquisa é tratar das motivações que levaram Susan Meiselas a publicar o livro Nicaragua e as razões que a levaram a voltar ao país e realizar novos projetos a partir das suas fotografias da Revolução. Além disso, outro objetivo é refletir sobre a relação entre fotografia e memória (incluindo o cinema nessa relação) e também sobre os usos da fotografia. Para isso, será apresentada a sua trajetória no país e as histórias do livro, do filme e da instalação.
As Armas e o Povo é um documentário de realização coletiva produzido
pelo Sindicato de Trabalhad... more As Armas e o Povo é um documentário de realização coletiva produzido pelo Sindicato de Trabalhadores da Produção do Cinema e Televisão durante as manifestações da Revolução dos Cravos em abril de 1974. Aos diversos cineastas portugueses que saíram às ruas para filmar, juntou-se o brasileiro Glauber Rocha, recém desembarcado em Lisboa para viver os primeiros dias da Revolução. A participação do realizador brasileiro é de destaque: entre todos, ele é o único a aparecer em cena no filme.
Esta pesquisa tem por objetivo estudar mais a fundo este capítulo dentro da filmografia de Glauber Rocha, que é a sua participação em As Armas e o Povo. Para isso, em um primeiro momento vamos falar um pouco sobre o filme, trazendo mais detalhes sobre a sua produção e montagem. Depois, vamos explicar como se deu a chegada de Glauber Rocha em Portugal e como surgiu a ideia de ele participar do filme, para então partirmos para análise da sua participação e atuação no documentário.
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Dez anos depois, Meiselas voltou à Nicarágua, dessa vez acompanhada dos cineastas Alfredo Guzzetti e Richard Rogers. O objetivo era reencontrar personagens fotografados e entrevista-los, além de retornar aos locais das fotos. O resultado deste trabalho é o documentário Pictures from a Revolution, lançado em 1991. Mais tarde, em 2004, nas comemorações dos 25 anos da Revolução, há um novo retorno ao país, dessa vez para uma instalação de murais de suas fotos nos locais em que foram originalmente registradas. Desse projeto também nasceu um filme curta-metragem mostrando as reações das pessoas observando as fotos, chamado Reframing History.
O objetivo dessa pesquisa é tratar das motivações que levaram Susan Meiselas a publicar o livro Nicaragua e as razões que a levaram a voltar ao país e realizar novos projetos a partir das suas fotografias da Revolução. Além disso, outro objetivo é refletir sobre a relação entre fotografia e memória (incluindo o cinema nessa relação) e também sobre os usos da fotografia. Para isso, será apresentada a sua trajetória no país e as histórias do livro, do filme e da instalação.
pelo Sindicato de Trabalhadores da Produção do Cinema e Televisão durante as manifestações da Revolução dos Cravos em abril de 1974. Aos diversos cineastas portugueses que saíram às ruas para filmar, juntou-se o brasileiro Glauber Rocha, recém desembarcado em Lisboa para viver os primeiros dias da Revolução. A participação do realizador brasileiro é de destaque: entre todos, ele é o único a aparecer em cena no filme.
Esta pesquisa tem por objetivo estudar mais a fundo este capítulo dentro
da filmografia de Glauber Rocha, que é a sua participação em As Armas e o
Povo. Para isso, em um primeiro momento vamos falar um pouco sobre o filme, trazendo mais detalhes sobre a sua produção e montagem. Depois, vamos explicar como se deu a chegada de Glauber Rocha em Portugal e como surgiu a ideia de ele participar do filme, para então partirmos para análise da sua participação e atuação no documentário.
Dez anos depois, Meiselas voltou à Nicarágua, dessa vez acompanhada dos cineastas Alfredo Guzzetti e Richard Rogers. O objetivo era reencontrar personagens fotografados e entrevista-los, além de retornar aos locais das fotos. O resultado deste trabalho é o documentário Pictures from a Revolution, lançado em 1991. Mais tarde, em 2004, nas comemorações dos 25 anos da Revolução, há um novo retorno ao país, dessa vez para uma instalação de murais de suas fotos nos locais em que foram originalmente registradas. Desse projeto também nasceu um filme curta-metragem mostrando as reações das pessoas observando as fotos, chamado Reframing History.
O objetivo dessa pesquisa é tratar das motivações que levaram Susan Meiselas a publicar o livro Nicaragua e as razões que a levaram a voltar ao país e realizar novos projetos a partir das suas fotografias da Revolução. Além disso, outro objetivo é refletir sobre a relação entre fotografia e memória (incluindo o cinema nessa relação) e também sobre os usos da fotografia. Para isso, será apresentada a sua trajetória no país e as histórias do livro, do filme e da instalação.
pelo Sindicato de Trabalhadores da Produção do Cinema e Televisão durante as manifestações da Revolução dos Cravos em abril de 1974. Aos diversos cineastas portugueses que saíram às ruas para filmar, juntou-se o brasileiro Glauber Rocha, recém desembarcado em Lisboa para viver os primeiros dias da Revolução. A participação do realizador brasileiro é de destaque: entre todos, ele é o único a aparecer em cena no filme.
Esta pesquisa tem por objetivo estudar mais a fundo este capítulo dentro
da filmografia de Glauber Rocha, que é a sua participação em As Armas e o
Povo. Para isso, em um primeiro momento vamos falar um pouco sobre o filme, trazendo mais detalhes sobre a sua produção e montagem. Depois, vamos explicar como se deu a chegada de Glauber Rocha em Portugal e como surgiu a ideia de ele participar do filme, para então partirmos para análise da sua participação e atuação no documentário.