ILIMITADO
A FESTA DO PERU
Na natureza, apresenta-se grande no tamanho, com até 16 quilos de peso, esquisito no porte e desengonçado no andar. Tem plumagem preta, branca, bronzeada ou vermelho-tijolo. Conforme a região do país, enfrenta concorrentes à mesa. Mas o primado é seu. Ave galiforme forasteira, descendente da espécie selvagem Meleagris gallopavo, domesticada há mais de 200 anos no México, o peru reina na festa comemorativa do nascimento de Jesus Cristo graças à fartura da sua carne firme e saborosa.
Desembarcou no Brasil percorrendo um caminho sinuoso. Originário do México e sul dos Estados Unidos, onde foi domesticado há mais de mil anos, o peru chegou aqui vindo de Portugal, que por sua vez o importou da França. Era no começo iguaria senhorial. “A entrada triunfal do peru na mesa real europeia terá acontecido em França, no casamento de Carlos IX com Isabel da Áustria, em 1567”, observa José Quitério, no “Livro de Bem Comer” (Assírio e Alvim, Lisboa, 1987). Na primeira obra de culinária lusitana, “Arte de Cozinha”, do chef beirão Domingos Rodrigues, publicada em 1680, havia cinco receitas de peru. “O Cozinheiro Imperial”, livro pioneiro da cozinha do Brasil,
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