Paz e Arbitragem
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Paz e Arbitragem - Sebastião de Magalhães Lima
Project Gutenberg's Paz e Arbitragem, by Sebastião de Magalhães Lima
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Title: Paz e Arbitragem
Author: Sebastião de Magalhães Lima
Release Date: May 21, 2009 [EBook #28914]
Language: Portuguese
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Produced by Pedro Saborano. A partir da digitalização
disponibilizada pela bibRIA.
O IDEAL MODERNO
BIBLIOTHECA
POPULAR
DE
ORIENTAÇÃO
SOCIALISTA
PAZ E ARBITRAGEM
DIRECTORES
MAGALHÃES LIMA
E
TEIXEIRA BASTOS
COMP.A N.AL EDITORA
SECÇÃO EDITORIAL
ADM. J. GUEDES—LISBOA
O IDEAL MODERNO
======
PAZ E ARBITRAGEM
POR
MAGALHÃES LIMA
Membro do Bureau Internacional permanente da paz
LISBOA
SECÇÃO EDITORIAL DA COMPANHIA NACIONAL EDITORA
Administrador—JUSTINO GUEDES
50, Largo do Conde Barão, Lisboa
AGENCIAS
Porto, Largo dos Loyos, 47, 1.º
38, Rua da Quitanda, Rio de Janeiro
1897
Á Senhora Baroneza de Suttner
Á Senhora Baroneza de Suttner, a brilhante evangelista do movimento pacifico, auctora do famoso romance Abaixo as armas, que tem feito a volta do mundo com um successo nunca visto—dedico e consagro este livrinho. No ultimo congresso da paz que se realizou, em Hamburgo, no passado mez de agosto, do corrente anno, foi esta illustre senhora quem mais se esforçou, para que a nova reunião se effectuasse em Lisbôa, pondo, em nosso favor, a sua palavra eloquente e a sua influencia prestigiosa.
Com esta pequena e insignificante offerta, desejo provar-lhe, em primeiro logar, a altissima consideração em que é tido, entre nós, o seu nome aureolado, e, em segundo logar, pretendo manifestar-lhe publicamente o meu inolvidavel reconhecimento na obra grandiosa da paz e da arbitragem internacional que proseguimos solidariamente.
I
O movimento pacifico
No fim do seculo XIX, nota-se este contraste singular e monstruoso: ao passo que as industrias attingem um desenvolvimento maximo, nunca o poder do militarismo foi maior do que em nossos dias. A guerra é um crime no ponto de vista humanitario; é um crime no ponto de vista social; é um crime no ponto de vista moral; e é um crime no ponto de vista economico e financeiro. O movimento pacifico tem tomado, por toda a parte, proporções assombrosas. Só na Allemanha existem mais de sessenta sociedades da paz. Os Estados-Unidos da America e a Inglaterra revelam-nos, a cada passo, a tendencia para as idéas pacificas, pela pratica da arbitragem. O principio da arbitragem é a maior conquista d'este seculo. É a acção do individuo substituindo-se cada vez mais á acção do Estado. Os amigos da paz, além da suppressão dos exercitos permanentes, pretendem resolver pela arbitragem todos os litigios internacionaes. Nada mais racional e nada mais justo. A democracia moderna fez da arbitragem uma das suas primeiras reivindicações. Haja vista o que succede em todas as grandes republicas; como a Suissa, onde existe um verdadeiro partido pacifico, organisado e disciplinado, tendo por orgão o interessante jornal—Os Estados Unidos da Europa, fundado por Charles Lemonnier e como meio de propaganda a Liga da Paz e da Liberdade que foi presidida, nas suas primeiras sessões, por Garibaldi e Victor Hugo; o Brazil que, ainda ha pouco, recorreu a nós na questão relativa á ilha da Trindade; os Estados-Unidos da America que, n'este momento, negoceiam com a Inglaterra um tratado de arbitragem permanente. Os amigos da paz encontram o seu principal ponto de apoio no desenvolvimento intellectual e material das sociedades. As condições economicas hão de impor o desarmamento, n'uma épocha mais ou menos proxima. A guerra só pode aproveitar aos chefes de Estado, ambiciosos de glorias e de conquistas. A guerra e a paz armada constituem um mesmo mal e uma mesma calamidade. A affirmação da paz e a condemnação da guerra entra hoje, como ponto obrigado, de todas as reivindicações operarias. Por occasião do ultimo congresso socialista, que se reuniu em Londres, o meeting de Hyde-Park, em favor da paz, foi de uma imponencia desusada. Affirmar a paz é affirmar o respeito pela vida e pela dignidade humana. Affirmar a paz o mesmo é que consagrar o principio do trabalho. A guerra só pode interessar aos reis e aos imperadores que n'ella encontram o esteio ás suas ambições