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Guiados pela Palavra: 365 meditações bíblicas
Guiados pela Palavra: 365 meditações bíblicas
Guiados pela Palavra: 365 meditações bíblicas
E-book385 páginas4 horas

Guiados pela Palavra: 365 meditações bíblicas

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Sobre este e-book

365 medicações bíblicas para acompanhar a Jornada de Leitura da Bíblia, com o qual devem ser lidas.
Cada meditação contém a leitura bíblica do dia, com um versículo, e breve texto inspirativo, baseado no texto bíblico.
O volume 2 do Guiados pela Palavra deve ser lido também, já que a Jornada é para dois anos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jan. de 2021
ISBN9786589202042
Guiados pela Palavra: 365 meditações bíblicas

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    Guiados pela Palavra - Israel Belo de Azevedo

    26

    Estação 1

    O Messias Anunciado
    Salmos Messiânicos
    (Salmos 2, 16, 22, 40, 41, 68, 89 e 118)

    Janeiro

    1 Jan

    Salmos 2 e 16

    Salmo 2.2

    Os reis da terra se levantam, e as autoridades conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido.

    O livro completo

    A Bíblia forma um conjunto de 66 livros como se fosse uma orquestra em que todos os instrumentos trabalham de modo harmonioso.

    O chamado Antigo Testamento (39 livros) e o chamado Novo Testamento (27 livros) foram inspirados pelo mesmo Senhor Deus que não se contradiz.

    Assim, o Antigo e o Novo Testamentos se complementam. Eles escrevem uma longa história, a história do amor de Deus, que começou na criação do mundo (como lemos em Gênesis e nos Salmos, sobretudo), continuou na recriação por meio de Jesus (como lemos nos Evangelhos e nas cartas apostólicas) e chegará à sua apoteose no final dos tempos (como especialmente em Apocalipse).

    Os Antigo e o Novo Testamentos se completam. Todo o plano de Deus fica bem evidente quando o Messias Jesus se mostra como promessa (como nos salmos messiânicos e em Isaías, por exemplo) e como realização (como lemos em centenas de versículos do Novo Testamento).

    O Antigo e o Novo Testamentos se explicam. Quando lemos o poeta do Salmo profetizando que os reis da terra se levantam, e as autoridades conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido. (Salmo 2.2), encontramos aí a explicação do apóstolo Pedro no calor dos eventos:

    Disseste por meio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo que (...) os reis da terra se levantaram, e as autoridades se juntaram contra o Senhor e contra o seu Ungido, porque, de fato, nesta cidade, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, se juntaram contra o teu santo Servo Jesus, a quem ungiste. (Atos 4.25-27)

    Os Antigo e Novo Testamentos se fundem para nos dizer quem é Deus e o que faz em nós, para nós e através de nós.

    2 Jan

    Salmo 22

    Salmo 22.18

    Repartem entre si as minhas roupas e sobre a minha túnica lançam sortes.

    Roupas sorteadas

    Há profecia (no sentido de previsão de coisas que vão acontecer) e há poesia (no mesmo sentido) nos autores da Bíblia. Um deles foi inspirado a escrever que suas roupas seriam rasgadas e repartidas entre as testemunhas da história. (Salmo 22.18)

    Quando pesquisamos nos Evangelhos, sobre a morte de Jesus, encontramos a seguinte informação, em TODOS eles:

    Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte. (Mateus 27.35)

    Então, o crucificaram e repartiram entre si as vestes dele, lançando- lhes sorte, para ver o que levaria cada um. (Marcos 15.24)

    Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa- lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. (Lucas 23.34)

    Dos quatro, João é o mais preciso, por conter uma interpretação:

    "Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo.

    Disseram, pois, uns aos outros:

    - Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver a quem caberá.

    [Eles agiram assim] para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes.

    Assim, pois, o fizeram os soldados". (João 19.23-24)

    As promessas de Deus, portanto, se cumprem, na Bíblia e na nossa vida.

    3 Jan

    Salmos 40 e 41

    Salmo 40.1

    Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.

    Soberana vontade

    Como o salmista, cada um de nós pode cantar:

    "Porque precisei de socorro, ao Senhor eu gritei.

    Porque perdi a esperança, no Senhor esperei.

    Porque estava quase caindo, ao Senhor eu clamei.

    E ele se inclinou para mim com bondade.

    E ele me escutou com sua atenção de amor.

    E não me pediu nada, mas eu lhe entoei uma canção

    e acolhi a sua lei bem dentro do meu coração,

    para viver no arco da sua soberana vontade".

    Podemos confiar porque é grande o seu amor.

    Para sermos atendidos, não precisamos fazer sacrifícios. Jesus já o fez em nosso lugar.

    Por isto, ao entrar no mundo, Cristo disse:‘Sacrifício e oferta não quiseste, mas preparaste um corpo para mim; não te agradaste de holocaustos e ofertas pelo pecado. (Hebreus 10.5)

    4 Jan

    Salmo 68

    Salmo 68.18

    Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro; recebeste homens por dádivas, até mesmo rebeldes, para que o Senhor Deus habite no meio deles.

    O doador de dons

    O poeta menciona uma personagem que subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e recebeu honras até dos rebeldes (Salmo 68.18).

    A quem se referia?

    Quem fez isto, senão Jesus? Quem subiu às alturas, senão Jesus Cristo?

    O evangelista João conclui uma mensagem de Jesus, como se respondesse a esta pergunta:

    Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem [que está no céu]. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. (João 3.13-15)

    O apóstolo Paulo amplia este movimento (subir e descer) como uma manifestação da graça de Deus e como um convite a uma vida regulada por dons espirituais:

    A graça foi concedida a cada um de nós, segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: ‘Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens’. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Efésios 4.7-11)

    5 Jan

    Salmo 89

    Salmo 89.1

    Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade.

    Pela esperança, cantamos

    Quando tudo vai bem conosco, cantamos, cantarolamos, assobiamos de felicidade.

    Dizemos que Deus é fiel.

    O desafio é continuar cantando mesmo quando as coisas não nos sorriem.

    Cantar tem a ver com confiança e com esperança. Cantamos porque confiamos.

    Confiamos porque temos esperança.

    Esperança é um sentimento que deve nos mover quando a nossa visão vê outra coisa.

    Quando nossos sentidos veem a dor, a nossa esperança vê o alívio.

    Quando a nossa história parece caminhar para a solidão, nossa esperança desenha a comunhão.

    Quando o nosso medo vê o abandono, nossa esperança vê o cuidado de Deus para conosco.

    Deus continua fiel, não importam as aparências e as circunstâncias.

    Podemos continuar cantando.

    Todos os primeiros cristãos liam o Salmo 89 e viam Jesus.

    É assim que devemos ler o maravilhoso poema.

    6 Jan

    Salmo 118

    Salmo 118.22

    A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.

    Somos também sacerdotes

    Jesus aplicou a profecia sobre a pedra angular, rejeitada, a si mesmo, quando perguntou:

    Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’ Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos. Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó. (Mateus 21.42-44; cf. Marcos 12.10 e Lucas 20.17)

    Pedro faz uma aplicação que nos acolhe completamente:

    Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, ` pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular’ e ‘pedra de tropeço e rocha de ofensa’. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. (1Pedro 2.7-10)

    Não é maravilhoso para nós?

    Estação 2

    A vida de Jesus
    A História de Jesus, Segundo João, 1

    (João 1 a 10)

    7 Jan

    João 1 a 2

    João 1.1

    No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

    Meu nome não é Nicodemos

    Podemos ler o prólogo de João (João 1.1-14) ao seu Evangelho e concluir que Jesus é mesmo Deus.

    Podemos investigar estas palavras iniciais de Jesus e pensar na doutrina da Trindade, concluindo que é verdadeira.

    Podemos escutar este prelúdio ao livro de João e recolher nossas dúvidas.

    Tudo isto se aplica, mas não transforma.

    O que transforma é saber que Jesus é Deus. Sendo ele Deus, devo submeter minha vida a ele.

    O que salva é reconhecer que Jesus, o Espírito Santo e o Pai fazem uma linda conspiração para nos resgatar. Tendo a Trindade proposto me livrar, aceito.

    O que dirige a minha vida é perceber que Jesus mostrou o caminho e espera que eu ande por ele.

    Então, dirijo-me a você que ama a Jesus, que aprecia o amor de Deus e que se encanta com o seu cuidado e o convido: receba a Jesus como Senhor, seja batizado e leve adiante a bandeira do Salvador.

    Não continue de longe. Você não precisa se chamar Nicodemos.

    O lindo prólogo (abertura) de João mostra que Jesus é a Palavra de Deus completa ao homem. Por isto, se alguém quiser entender o que é a comunicação no seu estado puro, basta ler esse prólogo ao Evangelho. As leis do processo da comunicação ali estão. A excelência da comunicação acontece quando o Emissor se torna igual ao receptor, convive com ele, mostra o seu poder e permite que o receptor seja transformado por sua Palavra.

    Se você já aceitou a verdade dessa comunicação, é convidado a torná-la verdadeira para outras pessoas também.

    Se você ainda não aceitou, o oferecimento continua. O Verbo (Deus em Jesus) veio para dar direção e plenitude à sua vida.

    8 Jan

    João 3 a 4

    João 4.6

    Ali ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do meio-dia.

    Na hora do cansaço

    Jesus ficou cansado da viagem.

    Todos podemos ficar cansados da viagem e mesmo da vida.

    Quando estamos cansados, precisamos fazer como Jesus: precisamos descansar.

    Estar cansado é uma condição de muitas pessoas. Essa condição pode ser temporária ou permanente.

    O cansaço pode ser definido como escassez de energia para a vida. Uma pessoa cansada recebe uma carga de energia insuficiente para as demandas da sua vida. Imagine a sua casa; às vezes, o disjuntor não desarma? Em geral, o disjuntor desarma quando a energia gasta está acima da energia destinada para aquela casa.

    O cansaço pode ser físico, emocional e espiritual ou físico, emocional e espiritual ao mesmo tempo.

    O cansaço é um sintoma; há algo mais profundo. Se é físico, demanda uma disposição. Se é emocional, demanda uma atitude. Se é espiritual, demanda uma escolha.

    Você está fisicamente cansado? Descanse. Tem alguém fisicamente cansado em sua família? Ajude-o.

    A promessa de Deus é animadora: Fortaleçam as mãos cansadas, deem firmeza aos joelhos fracos. Digam aos desanimados: Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos. (Isaías 35.3-4)

    Jesus tornou visível para todos esta verdade e deixou o convite que chega aos nossos ouvidos até hoje:

    Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. (Mateus 11.28)

    9 Jan

    João 5 a 6

    João 6.20

    "Mas Jesus lhes disse:
    – Sou eu. Não tenham medo!"

    A diferença da fé

    Nossas vidas, por vezes, enfrentam ondas indomáveis, movimentadas por ventos fortes.

    Não é fácil nos mantermos no barco, nessas horas. Eis que Jesus - foi assim nesta história - vem ao nosso encontro. Nossas reações são as mais diversas, até ser a única possível: sim, Jesus está vindo ao nosso encontro. Nós pedimos que Ele venha em nosso socorro, mas quando vem, enchemo-nos de dúvida, temor e tremor. Felizmente, podemos ouvir a mesma voz que acalma a tempestade nos dizer para não termos medo. Mas, como é difícil ouvir a voz de Jesus, que produz a calma, na hora do vendaval. No entanto, é nesta hora que a fé tem que fazer diferença, para nós e para os outros.

    Com Jesus ao lado, os medos se vão.

    Com Jesus ao lado, o ódio se parte ao meio.

    Com Jesus ao lado, a tristeza beija a luz.

    Com Jesus ao lado, a aflição é suportada.

    Vem, Jesus, acalmar o nosso coração.

    Vem, Jesus, ser o nosso esteio.

    Vem, Jesus, nos fazer olhar para a cruz.

    Vem, Jesus, deixar nossa experiência acalmada.

    10 Jan

    João 7

    João 7.24

    Não julguem segundo a aparência, mas julguem pela reta justiça.

    A arte de julgar os outros

    Não julgar os outros é um dos valores áureos do cristianismo (e também de outras religiões). Foi claramente ensinado por Jesus Cristo (Mateus 7.1; Lucas 6.37)

    Este é valor plenamente válido para quem julga.

    Pensemos naquele que é julgado. Quem é julgado deve tomar cuidado para não usar o princípio (não julguem) para se colocar acima do bem e do mal. Não é para ser usado como reforço da ideologia da privacidade, do tipo: ninguém tem nada com a minha vida. Não é para ser manejado como um escudo para evitar a crítica, às vezes, muitíssimo necessária. Todos devemos muito a pessoas que, amorosamente, nos chamaram num canto e nos advertiram do nosso erro.

    Agora pensemos em quem julga.

    Na verdade, Jesus condena o julgamento feito com motivação errada.

    Julgar demanda uma série de perguntas feitas a nós mesmos:

    Não estamos julgando o erro do outro para desviar a atenção do nosso?

    Não estamos nos achando os juízes do mundo, sempre prontos a dar cartão amarelo ou vermelho à menor falta?

    Estamos dispostos a ouvir o outro, dando-lhe o direito de se fazer ouvir e, quem sabe (como muitas vezes acontece), detonar a certeza que tínhamos?

    Podemos, em sã consciência, afirmar que o que estamos fazendo é motivado por um real interesse pelo bem-estar do outro?

    Se formos aprovados no teste da motivação e no exercício da responsabilidade, temos o dever de contribuir para que as pessoas sejam melhores, assim como elas devem nos ajudar a ser também melhores. A convivência humana implica em mutualidade, já que não somos ilhas, se o que importa ao outro nos importa.

    O oposto disto é uma vida no deserto, que nenhum de nós quer.

    11 Jan

    João 8

    João 8.12b

    Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.

    Amemos a luz

    Passei por duas experiências que ilustram que Jesus é a luz do mundo.

    Certa ocasião, viajávamos do Rio para Belo Horizonte, quando as trevas se abateram sobre nós. Eram umas trevas brancas e espessas, em forma de neblina. O motorista não conseguia ver a estrada e tivemos que parar e esperar pela luz do dia e, então, prosseguir viagem.

    Em outra situação, nessa mesma estrada, eu dirigindo, as trevas chegaram sob a forma de chuva e neblina. Parte da viagem conseguimos fazer, eu e minha família, atrás das luzes de outros veículos. Quando os veículos sumiram do meu horizonte, eu não sabia onde estava trafegando. Eu andava nas trevas e não sabia para onde ia. Não podia sequer parar. Num momento, o que me parecia uma pista segura era, na verdade, a mureta de separação. Só a luz interior de Deus nos permitiu chegar ao fim daquela inesquecível e dolorosa viagem.

    Quem segue a Jesus sabe para onde vai. Mesmo que não saiba, por serem espessas as trevas e longo o túnel, esta é a promessa: ele será dirigido por Deus.

    Jesus é a luz do mundo.

    Amemos esta Luz. Compreendamos esta Luz. Tenhamos sede do calor desta Luz. Permitamos que esta Luz nos guie, que a sua força venha até nós, para que vivamos de um modo a permitir que esta Luz brilhe por nosso intermédio ao mundo.

    12 Jan

    João 9

    João 9.39

    Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos.

    A arte da cura

    Jesus pede ao ex-cego para ir se lavar no tanque de Siloé.

    Jesus está nos ensinando que o Deus Pai pode usar meios naturais para nos alcançar. Os cristãos podem e devem usar os recursos da medicina (sejam exames, remédios, procedimentos ou cirurgias) em busca do restabelecimento de sua saúde.

    Segundo noticiaram os jornais, Sandra Nascimento (filha de Edson Arantes do Nascimento, que não foi digno o suficiente para reconhecê-la) estava com câncer no seio, mas se recusou ao tratamento porque o seu pastor lhe dissera que estava curada. Se os fatos são verdadeiros, trata-se de um lamentável equívoco, que pode ter contribuído para o fim precoce de uma vida. Trata-se também de uma falta de compreensão do modo como Deus age. Precisamos de discernimento para saber que o Deus que dá inteligência ao homem para desenvolver técnicas médicas é o mesmo que diz para nos utilizarmos dela.

    Deus não se contradiz. Nós é que confundimos as coisas.

    13 Jan

    João 10

    João 10.27

    As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.

    Compreender Jesus

    Os discípulos tinham dificuldade para entender Jesus. Se era difícil para os amigos de Jesus compreenderem quem ele era, não devemos estranhar que enfrentemos os mesmos problemas. Neste sentido, o Evangelho de João é singular. Os outros também nos ensinam quem é Jesus, mas João tem esta dificuldade em mente.

    Os discípulos de Jesus tinham dificuldade para entender a linguagem de Jesus.

    Há momentos em que parece que Jesus fala outro idioma. Ele convida seus discípulos para uma caminhada até à casa de Lázaro para morrer com ele e um deles (Tomé) imagina que vai começar uma guerrilha política. No entanto, Jesus falava do luto da família do seu amigo. Era hora de chorar. E Jesus chorou. (João 11.35). Ainda hoje, muitos fazem da indiferença (diante do sofrimento do outro) a sua linguagem.

    Os discípulos de Jesus tinham dificuldade para entender a missão de Jesus. Para completar sua tarefa, era preciso que morresse. Quando isso acontecesse, atrairia todos a ele (João 12.32). Todos o veriam. Todos os que o vissem poderiam ser salvos, mediante o sacrifício dele. Ainda hoje, muitos acham que precisam fazer algum sacrifício para merecer a salvação.

    A história de Jesus, segundo João, 2

    (João 11 a 21)

    14 Jan

    João 11 a 12

    João 11.25

    Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

    Os três irmãos

    Jesus chega a Betânia, onde uma família amiga (composta por Lázaro, Marta e Maria) vive, mas Lázaro está morto. Havia muitos amigos na casa do morto para consolar suas irmãs.

    Quando corre a notícia de que Jesus vem vindo, os amigos correm em sua direção e o alcançam fora da aldeia. Marta, indignada com a demora - tanto seus irmãos fizeram por ele - também corre. Maria, também indignada com a demora - grande era a amizade deles, desde quando lhe ungiu os pés com os cabelos (cf. João 12.3) - não corre: fica em casa.

    Jesus sente sua falta e manda chamá-la.

    Ela se aproxima, acompanhada pelos que a consolavam em casa. Quando Jesus a vê em prantos, chora também e, guiado pela amiga, vai até o túmulo de Lázaro, uma gruta protegida por uma pesada pedra.

    Diante de exclamações diversas sobre seu amor pelo falecido, sobre sua omissão em sua enfermidade e sobre o cheiro forte que vinha do sepulcro, Jesus dá a primeira ordem aos amigos ali:

    - Tirem a pedra.

    E eles tiraram a pedra.

    Jesus olha para dentro do sepulcro e faz uma curta oração, curta e serena:

    - Pai, graças te dou porque me ouviste.

    Então, com a mesma serenidade, o coração em chamas, dá a segunda ordem, diretamente a Lázaro:

    - Vem para fora!

    Diante de olhos perplexos, o amigo vem saindo do sepulcro, caminhando com dificuldade, por causa da sua mortalha.

    Jesus dá a terceira ordem, agora para os amigos novamente:

    - Tirem a mortalha dele, para que possa ir embora.

    E Lázaro volta para casa.

    15 Jan

    João 13 a 14

    João 13.1b

    Tendo Jesus amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

    Lavar pés

    Jesus lavou os pés dos seus discípulos, exatamente como os escravos lavavam os pés dos seus senhores.

    Uma fotografia daquele momento levaria imediatamente à sua identificação como um escravo, embora ele fosse o senhor. Na verdade, o Senhor.

    Chegados da rua, em lugar de água escassa, os homens lavavam as suas mãos, tiravam parte de suas roupas de rua e lavavam os pés: aqueles que podiam (e alguns podiam) tinham-nos lavados por seus escravos. (O gesto permaneceu: os escravos modernos davam banho em seus patrões...)

    A toalha na cintura era o uniforme dos escravos no momento de lavar os pés dos seus senhores.

    Jesus lavou os pés dos discípulos porque os considerava como superiores a si mesmo.

    Jesus lavou os pés dos discípulos porque não há tarefas menores na vida, quando feitas com amor.

    Jesus lavou os pés dos discípulos porque honroso é servir, não ser servido.

    Na atitude oposta, queremos, como Pedro, ter os nossos pés lavados.

    Embora em nossa cultura não lavamos os pés, mas tomamos banho, devemos ter a toalha na cintura e o corpo inclinado (às vezes, ajoelhado) como símbolo de como vemos e consideramos o nosso próximo.

    A toalha na cintura deve ser o uniforme do cristão.

    16 Jan

    João 15 a 16

    João 16.33

    Falei essas coisas para que em mim vocês tenham paz. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo.

    Escutar

    Escutemos Jesus.

    Imaginemo-nos, talvez, no Jardim das Oliveiras, assentados numa pedra, tendo o templo de Jerusalém ao fundo, enquanto Jesus nos fala:

    - Digo-lhes que, certamente, vocês chorarão e se lamentarão, mas o mundo se alegrará. Vocês se entristecerão, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria.

    Precisamos escutar que, no mundo, teremos aflições (João 16.33), mas que as aflições não são o último capítulo de nossas biografias.

    Precisamos escutar que pessoas com os valores deste mundo encontrarão prazer em nossa desgraça, seja um tropeço, seja uma enfermidade. Enquanto Jesus agonizava na cruz, os soldados não se divertiam? No fim, porém, não reconheceram que ele era mesmo o Filho de Deus?

    Precisamos escutar que plantaremos com lágrimas, mas colheremos com alegrias (Salmo 126.5). Choraremos pelos nossos queridos em quem semeamos o amor; embora prefiram outros prazeres, ainda os veremos ajoelhados diante do Pai. Por que desanimar de amá-los e de orar por eles?

    Precisamos escutar que a alegria passageira não é alegria. Estamos a caminho da preciosa alegria, que sorveremos no céu. A de agora, por mais intensa que seja, não passa de uma simples gotinha, que pinga da alegria completa e escancarada que experimentaremos quando estivermos

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