Para não desistir do amor
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Sobre este e-book
Matheus Rocha é autor de Pressa de ser feliz, Não me julgue pela capa e de O cuidador de pássaros (conto pandêmico). É autor destaque da coleção Outros Cronistas, do selo Outro Planeta.
Lançado em março de 2018, Pressa de ser feliz tem como tema a ansiedade. Não me julgue pela capa seguiu o sucesso do primeiro: crônicas destinadas ao público jovem, com ilustrações e textos afetivos, com os quais é impossível não se identificar. Nesse segundo livro, o mote foi a insegurança, algo bastante frequente nas preocupações dos leitores mais jovens, principal público do autor.
Para não desistir do amor é o terceiro livro físico de Matheus a sair pela Editora Planeta. Nele, o autor retoma o tema que o fez conhecido nas redes sociais: amor, relacionamentos e autoestima.
"Há muitas formas de viver e entender o amor. Você pode começar se apaixonando pelo desconhecido, enfrentando o refl exo que o espelho te mostra, reconhecendo sua principal rede de apoio ou quem sabe abrindo esse livro e se enxergando de verdade em uma relação com uma certa distância pela primeira vez em anos.
Nessa leitura, cada página te faz perceber o que realmente acontece com as nossas feridas secretas e mais doloridas depois que elas cicatrizam."
– BRUNA VIEIRA
Leia mais títulos de Matheus Rocha
Pressa de ser feliz: crônicas de um ansioso Nota: 5 de 5 estrelas5/5Não me julgue pela capa: Inseguranças de um ansioso Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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Avaliações de Para não desistir do amor
7 avaliações1 avaliação
- Nota: 4 de 5 estrelas4/5Livro bom, leitura leve, me identifiquei muito com o autor que deixou meu coração quentinho.
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Para não desistir do amor - Matheus Rocha
CANTADA
Queria te convidar para ver a Lua
Não uma, mas as nove que enfeitam a minha cabeceira
E queria te beijar de todas as fases
Minguante, crescente, cheia
Inteira
Inteiro
Para mim
Queria te convidar para ver o mar
Mas não qualquer um dos oceanos
O que invadiu o meu quarto
De um azul-margem-de-lago
Meio acinzentado para combinar
Com a poluição da cidade
Com a saudade
Com a lágrima que escorre desse sentimento
Queria te convidar para ver as luzes da cidade
Não em um teto solar de um carro alugado
Financiado
Mas as que pintam a minha janela
As dos apartamentos cheios
Porque os vazios já se apagaram
Queria te fazer mil convites
Mas você não responde às minhas mensagens
Você não retorna as minhas ligações
Você não ouve o meu chamado
Talvez porque você simplesmente não queira
Ou, talvez, quem sabe,
Porque eu só te chamei pelo nome errado
Como você prefere ser chamado?
Só tenho grafado – amor
É por esse apelido que tenho te buscado
SEGUNDA PRIMEIRA IMPRESSÃO
Não sou mais o mesmo
Mas não sei como dizer
Não é que eu tenha me transformado
Não sou uma coisa nova
Apesar de existirem em mim grandes novidades
Sou de novo quem deixei de tentar ser
Quem tentei esquecer ser
Quem anulei para um outro existir
O outro que você conheceu
Então, por favor, me desconheça
Apague os meus trejeitos
Apague o meu vocabulário
Mas não apague meu número
Não apague também o gosto do meu beijo
Não me destrua por completo
Me destrua apenas a ponto de ter, de novo, uma primeira
[impressão
Dizem que ela é que fica
E eu quero ficar
Ao seu lado
Então, prazer
Espero poder te apresentar quem sou agora
E espero ainda que isso te agrade
Senão, desculpa
Eu não consigo abdicar de mim
De novo
Mesmo que seja para ter você
EU SEI QUE TUDO VAI FICAR BEM
Coração na boca
Gosto amargo
Sabor ansiedade
Ou seria dissabor?
Peito cheio
Pulmão vazio
Falta de ar
Falta de chão
Falta de lar
Falta de mim
Falta de tudo
Compressão
Implosão
Pensamentos
Acelerados pensamentos
Pensamentos acelerados
Fluxo sanguíneo acelerado
Mão tremendo
Frio na barriga Frio pelo corpo inteiro
Olhos sem foco
Ouvidos cheios de barulhos
Poros abertos e transpirantes
Olhos transbordando
Narinas em represa de ar
É uma crise
NEM TODO MUNDO MERECE A MINHA INTENSIDADE
Durante a minha vida inteira, fui intenso demais. Me doei, me entreguei de bandeja, me esforcei para suprir carências, necessidades, dos mais variados tipos, desde afeto até atenção, mas, pouquíssimas vezes, encontrei reciprocidade. Era sempre aquilo de me doar e me doer. E isso se dava em todos os tipos e níveis de relações e relacionamentos. Desde a cama até um dos mais puros e singelos sentimentos como o de amizade.
Mas uma hora a gente cansa, né? A gente fica exausto de se doar para os outros e não receber quase nada de volta. E me desculpe se você é altruísta o suficiente para só se dar sem a intenção de receber. Eu não sou assim. Aprendi que ninguém dedica tempo, atenção e carinho para cuidar de uma semente que plantou sem esperar que dali nasça algo. Se eu planto amor, espero, minimamente, colher amor. Mas eu colhia migalhas, indiferença e descaso.
E foi assim que fui entendendo que crescer era meio que esfriar
. Não completamente, é claro, mas era guardar aquela chama que tentam apagar a todo custo, para que queime só quando for a hora.
Nem todo mundo merece a minha intensidade. Aprendi isso depois de chorar muito sozinho na minha cama, na companhia dos meus sete travesseiros. Nem todo mundo que se diz disponível para você realmente está. Nem todo mundo que se diz interessado realmente está. Muita gente, na verdade, gosta de como você as faz se sentirem. E é por isso que elas continuam ali. Guardam você em suas geladeiras emocionais e tiram de lá apenas quando a barriga ronca de fome de amor, de atenção e de afago, que muita gente também não dá, mas com você… Ah… Com você é diferente. Eles sabem que irão