Sem Dúvidas a Português
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Sobre este e-book
Quer seja um iniciante a tentar resolver dúvidas comuns ou um especialista à procura de desafios, este livro é para si.
Sem Dúvidas a Português, da professora Lúcia Vaz Pedro, autora, formadora e consultora do Ciberdúvidas da Lingua Portuguesa, é o livro de que precisa para esclarecer todas as suas dúvidas, da oralidade à escrita. Entre centenas de ensinamentos e exemplos claros, aprenda:
a colocar a vírgula e todos os outros sinais de pontuação;
a usar corretamente maiúsculas e minúsculas;
quando uma palavra deve ou não ser hifenizada;
as especificidades das formas verbais e as respetivas regências;
as regras de concordância entre os elementos de uma frase;
a escrever e a pronunciar dezenas de palavras que motivam erros.
Um manual para escrever e falar bem, capaz de lhe evitar embaraços e de lhe elevar o Português.
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Sem Dúvidas a Português - Lúcia Vaz Pedro
NOTA DA AUTORA
Quase trezentos milhões de pessoas têm o português como língua oficial. O Brasil tem mais de duzentos e dez milhões, no entanto existem mais oito países que falam português no dia a dia.
A Língua Portuguesa tem uma importância tão grande que é capaz de conduzir à criação de organismos internacionais entre os seus falantes. Assim, no mundo atual, dominá-la é uma mais-valia a nível pessoal, académico ou profissional.
Porém, aprender a escrever corretamente passa, necessariamente, por um hábito de leitura inteligentemente conduzido.
Cabe, pois, aos encarregados de educação e aos professores incentivar os mais jovens a ler o que os outros de bom escreveram, para que assimilem as estruturas linguísticas utilizadas, compreendendo-as, através de uma análise ou desmontagem do texto.
Na verdade, a aprendizagem da redação deve ir a par de uma autêntica pedagogia da leitura, o que implica uma verdadeira política do livro na sala de aula ou em casa. Esta proximidade contribuirá para tornar o ato de escrita mais simples e organizado.
Saber escrever implica ainda a aquisição de algumas competências básicas até ao domínio de competências mais avançadas. Daí que toda a produção escrita seja o resultado de uma aprendizagem e o fruto de um trabalho árduo e moroso.
Urge, ainda, salientar a importância do conhecimento explícito da língua, uma vez que existe uma correlação entre a gramática e a escrita que deve ser feita através de um estudo raciocinado das estruturas e potencialidades linguísticas, explorando regras e manipulando, por meio de exercícios de transformação, os elementos da frase e do texto.
Por tudo isto, a leitura, a gramática e a escrita são indissociáveis para o domínio da Língua Portuguesa.
Este livro tem como objetivo principal privilegiar o conhecimento de regras que permitem dominar a Língua Portuguesa e compreender o modo como as palavras se articulam numa frase. O nosso cérebro tem a capacidade de sistematizar estruturas que, exercitadas, se organizam, segundo a lógica das regras que lhes estão inerentes.
Muitos dos problemas dos utilizadores do português passam por um total desconhecimento dessas regras. É esse caráter normativo que organiza o pensamento de uma forma lógica, melhorando a capacidade de compreensão, de expressão escrita, aperfeiçoando a capacidade de comunicação.
Essa atividade de descoberta é essencial para o domínio do português padrão, para o aperfeiçoamento e a diversificação do uso do idioma e para a aprendizagem de línguas estrangeiras. É necessário, igualmente, para o desenvolvimento de valores e o treino das capacidades cognitivas. Vamos a isso? Bom trabalho!
CAPÍTULO I
A PONTUAÇÃO
PARA QUE SERVE A PONTUAÇÃO?
A pontuação não serve para respirar, quando lemos um texto! A pontuação dá sentido ao texto.
De forma geral, a pontuação desempenha quatro funções: indica a alteração da curva melódica da voz, delimita as unidades sintáticas, diferencia as componentes do discurso e sinaliza formalmente o tipo gráfico e gramatical.
São vários os sinais de pontuação: vírgula, ponto e vírgula, ponto, dois pontos, reticências, ponto de interrogação, ponto de exclamação, aspas, parêntesis curvos e parêntesis retos, asterisco, barra oblíqua e dupla, apóstrofo, negrito ou bold, itálico.
Os sinais da pontuação são, pois, uma convenção cultural, aceite pela comunidade linguística, de que não podemos prescindir.
O ponto de exclamação
O ponto de exclamação (!) imprime à frase a entoação específica da exclamação, admiração, espanto ou surpresa:
Parece impossível que me tenhas feito isto! Fantástico!
O ponto de interrogação
O ponto de interrogação (?) serve para interrogar, fazer uma pergunta, inquirir:
Conheceste o meu pai?
Vens à escola hoje?
O ponto final
O ponto final é o sinal gráfico (.) que delimita os períodos gramaticais, simbolizando a sua pausa final:
Comprei um livro sobre Língua Portuguesa.
O ponto e vírgula
O ponto e vírgula (;) tem maior duração na pausa do que a vírgula. Emprega-se nas seguintes circunstâncias:
Para delimitar grupos conexos de coisas ou de factos constitutivos de sucessões.
A minha mãe foi ao supermercado e comprou maçãs, morangos, peras; peixe; loiça; um lençol e uma fronha.
A Maria foi às compras. Comprou camisolas, casacos, vestidos, calças; fruta, iogurtes, carne, peixe; canetas, lápis, cadernos.
Nas alíneas de um artigo legislativo:
1 - São objeto de publicação na parte A da 1.ª série do Diário da República: a) As leis constitucionais; b) As convenções internacionais, os respetivos decretos presidenciais e avisos de ratificação, bem como os restantes avisos a elas respeitantes; c) As leis orgânicas, as leis, os decretos-leis e os decretos legislativos regionais;
O candidato deve provar que: a) possui as habilitações académicas requeridas; b) não exerce nenhum outro cargo público; c) tem nacionalidade portuguesa.
As reticências
As reticências (...) denotam uma suspensão propositada no decurso de uma frase por se pretender propositadamente não completar a expressão da ideia que se estava a enunciar. Serve igualmente para substituir o etc:
Ele não sabia mais o que lhe dizer...
COMO USAR A VÍRGULA?
Ninguém separa aquilo que não pode ser separado. Assim funciona a vírgula: só é usada com lógica, com regras e muita expressividade.
A vírgula é um sinal de pontuação que levanta sempre dúvidas. Tal como os outros sinais de pontuação, para além de ser um sinal gráfico utilizado na escrita para representar alguns aspetos da entoação, também serve para delimitar constituintes da frase, para veicular valores discursivos ou para representar tipos de frase.
Relativamente à utilização da vírgula, existem regras que não devem ser quebradas. Assim, urge salientar que, nas frases, existem elementos que desempenham determinadas funções sintáticas e nunca podem ser separados, pois dependem uns dos outros.
Ao nível da frase, o sujeito (simples ou composto) não pode ser separado do predicado com vírgula:
O