ILIMITADO
O Assunto #03: 40 anos depois, o que significa a Lei de Anistia? de O Assuntonotas:
Duração:
29 minutos
Lançados:
5 de jan. de 2024
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
O nome do padre Júlio Lancellotti foi colocado no meio de uma disputa política depois que um vereador do União Brasil pediu a abertura de uma CPI para investigar a ação de ONGs que trabalham com a população de rua na cidade de São Paulo. Por trás dessa disputa, um problema de mais de três décadas: a Cracolândia, região da capital paulista onde dependentes químicos alimentam o vício a céu aberto. Para entender o trabalho de assistência feito com a população em situação de rua, Natuza Nery conversa com o padre Júlio Lancelotti, e com Aluízio Marino, coordenador do LabCidade da USP e doutor em Planejamento e Gestão de Território pela Universidade Federal do ABC. Neste episódio:
- O padre Júlio Lancellotti reflete porque o nome dele foi parar na boca de quem pede a abertura de uma CPI na Câmara Municipal de SP. “Talvez porque identifiquem em mim as pessoas com quem eu convivo. Pessoas que incomodam a sociedade, em situação de rua, dependentes químicos”, diz, ao citar uma população que “ninguém quer ver”;
- Atuante há quatro décadas, padre Júlio faz uma retrospectiva do que viu e testemunhou sobre o crescimento da Cracolândia. E aponta como a política para lidar com a população de rua muda a cada quatro anos, com a mudança nos governos locais: “a questão da população de rua não é tratada como política de estado, mas como política de governo, por isso sofre com a questão de continuidade”, resume;
- Padre Júlio classifica como “simplista” o raciocínio de que o auxílio à população de rua e a dependentes químicos estimula o crescimento do problema. “Até na guerra os prisioneiros não são privados de água e de alimento. Por que que nós queremos penalizar e criminalizar o dependente químico, proibindo dar comida a eles?”, questiona;
- Aluízio Marino relembra como a Cracolândia nasceu e cresceu, em uma área da cidade onde o território sempre foi marcado pela “imoralidade” de diversas naturezas. “É importante pensar que o nome serve para delimitar um lugar marcado para morrer”, expõe.
- O padre Júlio Lancellotti reflete porque o nome dele foi parar na boca de quem pede a abertura de uma CPI na Câmara Municipal de SP. “Talvez porque identifiquem em mim as pessoas com quem eu convivo. Pessoas que incomodam a sociedade, em situação de rua, dependentes químicos”, diz, ao citar uma população que “ninguém quer ver”;
- Atuante há quatro décadas, padre Júlio faz uma retrospectiva do que viu e testemunhou sobre o crescimento da Cracolândia. E aponta como a política para lidar com a população de rua muda a cada quatro anos, com a mudança nos governos locais: “a questão da população de rua não é tratada como política de estado, mas como política de governo, por isso sofre com a questão de continuidade”, resume;
- Padre Júlio classifica como “simplista” o raciocínio de que o auxílio à população de rua e a dependentes químicos estimula o crescimento do problema. “Até na guerra os prisioneiros não são privados de água e de alimento. Por que que nós queremos penalizar e criminalizar o dependente químico, proibindo dar comida a eles?”, questiona;
- Aluízio Marino relembra como a Cracolândia nasceu e cresceu, em uma área da cidade onde o território sempre foi marcado pela “imoralidade” de diversas naturezas. “É importante pensar que o nome serve para delimitar um lugar marcado para morrer”, expõe.
Lançados:
5 de jan. de 2024
Formato:
Episódio de podcast
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