Checoslováquia: diferenças entre revisões

|região = [[LesteEuropa EuropeuCentral]]

|evento_fim = [[Dissolução da TchecoslováquiaChecoslováquia]]

|bandeira = Bandeira da Checoslováquia

|imagem_escudo =Coat_of_arms_of_the_Czech_and_Slovak_Federal_RepublicCoat of arms of the Czech and Slovak Federal Republic.svg

|lema_nacional = Pravda vítězí ([[Língua checa|checo]])<br />''Veritas Vincit'' ([[latim]]) ([[1989]]–[[1992]]1989–1992)<br />"A verdade prevalece"

|hino_nacional = [[Hino nacional da República ChecaChéquia|Kde domov můj]] + [[Nad Tatrou sa blýska]]<br />

A '''{{PEPB|Checoslováquia'''|Tchecoslováquia}} (no Brasil também se usa '''Tchecoslováquia'''; em [[língua checa|checo]] e em [[língua eslovaca|eslovaco]]: ''Československo'', ''Česko-Slovensko'') foi um [[país]] que existiu na [[Europa Central]] entre [[1918]] e [[1992]] (com a excepçãoexceção do período da [[Segunda Guerra Mundial]], ver [[Acordo de Munique]]).<ref>{{Citar web|url=https://ipc.digital/122027/|titulo=Eslováquia e República Tcheca: Os 2 países que formavam a Checoslováquia até 1992|acessodata=2018-11-20|obra=ipc.digital|ultimo=Yamamoto|primeiro=Henry|lingua=pt-BR}}</ref>

Seu primeiro presidente foi [[Tomás Masaryk]].<ref>PRECLÍK, Vratislav. Masaryk a legie (TGM e legioni), váz. kniha, 219 str., vydalo nakladatelství Paris Karviná, Žižkova 2379 (734 01 Karviná, Republica ceca) ve spolupráci s Masarykovým demokratickým hnutím, 2019, ISBN 978-80-87173-47-3</ref> Em [[1989]], a [[Revolução de Veludo]] permitiu a redemocratização do país; em [[1993]], os dois entes [[federação|federados]] da Checoslováquia -— a [[República ChecaChéquia]] e a [[Eslováquia]] -— decidiram dissolver a federação e declararam suas respectivas independências. Este último capítulo da história do país ficou conhecido como [[Dissolução da TchecoslováquiaChecoslováquia|Separação ou Divórcio de Veludo]], devido ao seu caráter pacífico.

Criada dos ombros do [[Império Austro-Húngaro]] pelo [[tratado de Saint-Germain-en-Laye]], a Checoslováquia reuniu num mesmo [[Estado]] duas [[nação|nações]] de [[língua]] similar, os [[checos]] e os [[eslovacos]] (além de algumas outras [[minoria étnica|minorias étnicas]]), com capital em [[Praga]]. Seu território correspondia às actuaisatuais [[República ChecaChéquia]] e [[Eslováquia]], bem como, até [[1945]], a [[Rutênia]].

A convivência entre os dois povos nem sempre era tranquila; os eslovacos se ressentiam da preeminência checa. Uma primeira partição ocorreu durante a [[Segunda Guerra Mundial]], quando [[nacionalismo|nacionalistas]] eslovacos aproveitaram a desagregação do país após os [[Acordo de Munique|Acordos de Munique]] de [[1938]] para proclamar um Estado independente, chefiado pelo padre [[Jozef Tiso]], simpático à [[Alemanha nazista]].

Após a guerra, o país foi reunificado. Todos os alemães étnicos foram mortos ou expulsos e a Rutênia foi cedida à [[União Soviética]]. Em seguida ao [[Golpe de Praga]], de [[1948]], os [[comunismo|comunistas]] tomaram o poder e a Checoslováquia foi o último Estado europeu a passar para o lado soviético da "[[Cortina de Ferro]]". Nos anos 1950, a Checoslováquia registou um elevado crescimento económico (7% por ano, em média), o que permitiu um aumento substancial dos salários e do nível de vida, promovendo assim a estabilidade do regime.<ref>Chris Harman, ''A People's History of the World'', 1999, p 625</ref> Uma tímida liberalização em [[1968]], a chamada [[Primavera de Praga]], terminou com uma intervenção das forças do [[Pacto de Varsóvia]] que manteria o país fechado pelos vinte anos seguintes.

Aproveitando-se da política de tolerância da [[URSS]] durante o governo de [[Gorbatchev]], o país abandonou o comunismo e recobrou sua liberdade em [[1989]], com a [[Revolução de Veludo]], sob a liderança do [[dramaturgo]] e [[dissidente]] [[Václav Havel]]. Este, porém, não lograria impedir que susceptibilidades nacionais, encorajadas por dirigentes políticos [[populismo|populistas]], causassem a separação amigável da [[República ChecaChéquia]] e da [[Eslováquia]] em 1993, extinguindo-se a Checoslováquia, na chamada [[Dissolução da TchecoslováquiaChecoslováquia|Separação ou Divórcio de Veludo]].

Em [[2004]], ambas as repúblicas entraram para a [[União Europeia]] (UE).

* Constituição temporária de [[14 de Novembro]]novembro de [[1918]]: criava um Estado [[democracia|democrático]], com o nome oficial de ''República Checoslovaca'';

* Constituição de [[1920]]: democrática, permaneceu em vigor, com emendas, até [[1948]];

* Constituição de [[1960]]: manteve o Estado comunista (até 1989); foi emendada em [[1968]] (para tornar a Checoslováquia um [[federação|Estado federal]]), [[1989]] (para abolir o papel institucional do [[Partido Comunista da TchecoslováquiaChecoslováquia|Partido Comunista]]) e diversas vezes entre [[1990]] e [[1992]] (alteração do nome, incorporação de uma declaração de [[direitos humanos]]). Entre 1960 e 1990, o Estado chamou-se ''República Socialista Checoslovaca''; entre 1990 e 1992, ''República Federativa Checa e Eslovaca''.

Em [[1991]], a [[população]] checoslovaca totalizava 15,6 milhões de habitantes, dos quais 54,1% de [[checos]], 31% de [[eslovacos]], 8,7% de [[morávios]], 3,8% de [[húngaros]], 0,7% de [[ciganos]], 0,3% de [[silesia]]nos e o restante distribuído entre [[rutenos]], [[ucranianos]], [[alemães]], [[polacos]] e [[judeus]].

A composição [[etnia|étnica]] em 1991 diferia da encontrada no início da república, quando ainda havia um grande contingente de alemães nos [[Sudetos]] (expulsos após a [[Segunda Guerra Mundial]]) e o país ainda possuía a [[Rutênia Subcarpática]] (cedida à [[URSS]] em [[1945]]).

{{Portal3|Checoslováquia|Chéquia|Estados extintos|História|Eslováquia}}