Checoslováquia
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Maio de 2010) |
A Checoslováquia (no Brasil também se usa Tchecoslováquia; em checo e em eslovaco: Československo, Česko-Slovensko) foi um país que existiu na Europa Central entre 1918 e 1992 (com a excepção do período da Segunda Guerra Mundial, ver Acordo de Munique).
Československo Checoslováquia/ Tchecoslováquia | |||||
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Lema nacional Pravda vítězí (checo) Veritas Vincit (latim) (1989–1992) "A verdade prevalece" | |||||
Hino nacional Kde domov můj + Nad Tatrou sa blýska
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Checoslováquia antes e após a Segunda Guerra Mundial | |||||
Continente | Europa | ||||
Região | Leste Europeu | ||||
Capital | Praga | ||||
Língua oficial | checo e eslovaco | ||||
Governo | República | ||||
Presidente | |||||
• 1918 - 1935 | Tomáš G. Masaryk (primeiro) | ||||
• 1989 - 1992 | Václav Havel (último) | ||||
Primeiro-ministro | |||||
• 1918 - 1919 | Karel Kramář (primeiro) | ||||
• 1992 | Jan Stráský (último) | ||||
História | |||||
• 28 de outubro de 1918 | Independência do Império Austro-Húngaro | ||||
• 15 de março de 1939 | Ocupação Alemã (II Guerra Mundial) | ||||
• 8 de maio de 1945 | Desocupação Alemã | ||||
• 31 de dezembro de 1992 | Dissolução da Tchecoslováquia | ||||
Área | |||||
• 1921 | 140 446 km2 | ||||
• 1993 | 127 900 km2 | ||||
População | |||||
• 1921 est. | 13 607 385 | ||||
Dens. pop. | 96,9 hab./km² | ||||
• 1993 est. | 15 600 000 | ||||
Dens. pop. | 122/km² | ||||
Moeda | coroa checoslovaca (Kčs) = 100 halers |
Seu primeiro presidente foi Tomás Masaryk. Em 1989, a Revolução de Veludo permitiu a redemocratização do país; em 1993, os dois entes federados da Checoslováquia - a República Checa e a Eslováquia - decidiram dissolver a federação e declararam suas respectivas independências. Este derradeiro capítulo da história do país ficou conhecido como Separação ou Divórcio de Veludo, devido ao seu caráter pacífico.
História
Criada dos ombros do Império Austro-Húngaro pelo tratado de Saint-Germain-en-Laye, a Checoslováquia reuniu num mesmo Estado duas nações de língua similar, os checos e os eslovacos (além de algumas outras minorias étnicas), com capital em Praga. Seu território correspondia às actuais República Checa e Eslováquia, bem como, até 1945, a Rutênia.
A convivência entre os dois povos nem sempre era tranquila; os eslovacos se ressentiam da preeminência checa. Uma primeira partição ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, quando nacionalistas eslovacos aproveitaram a desagregação do país após os Acordos de Munique de 1938 para proclamar um Estado independente, chefiado pelo padre Jozef Tiso, simpático à Alemanha nazista.
Após a guerra, o país foi reunificado. Todos os alemães étnicos foram mortos ou expulsos e a Rutênia foi cedida à União Soviética. Em seguida ao Golpe de Praga, de 1948, os comunistas tomaram o poder e a Checoslováquia foi o último Estado europeu a passar para o lado soviético da "Cortina de Ferro". Uma tímida liberalização em 1968, a chamada Primavera de Praga, terminou com uma intervenção das forças do Pacto de Varsóvia que manteria o país fechado pelos vinte anos seguintes.
Aproveitando-se da política de tolerância da URSS durante o governo de Gorbatchev, o país abandonou o comunismo e recobrou sua liberdade em 1989, com a Revolução de Veludo, sob a liderança do dramaturgo e dissidente Václav Havel. Este, porém, não lograria impedir que susceptibilidades nacionais, encorajadas por dirigentes políticos populistas, causassem a separação amigável da República Checa e da Eslováquia em 1993, extinguindo-se a Checoslováquia, na chamada Separação ou Divórcio de Veludo.
Em 2004, ambas as repúblicas entraram para a União Europeia (UE).
Evolução política
A Checoslováquia adotou as seguintes constituições ao longo de sua história (1918-1992);
- Constituição temporária de 14 de Novembro de 1918: criava um Estado democrático, com o nome oficial de República Checoslovaca;
- Constituição de 1920: democrática, permaneceu em vigor, com emendas, até 1948;
- Constituição de 1948: instituiu um Estado comunista, mantendo a denominação República Checoslovaca;
- Constituição de 1960: manteve o Estado comunista (até 1989); foi emendada em 1968 (para tornar a Checoslováquia um Estado federal), 1989 (para abolir o papel institucional do Partido Comunista) e diversas vezes entre 1990 e 1992 (alteração do nome, incorporação de uma declaração de direitos humanos). Entre 1960 e 1990, o Estado chamou-se República Socialista Checoslovaca; entre 1990 e 1992, República Federativa Checa e Eslovaca.
População e composição étnica
Em 1991, a população checoslovaca totalizava 15,6 milhões de habitantes, dos quais 54,1% de checos, 31% de eslovacos, 8,7% de morávios, 3,8% de húngaros, 0,7% de ciganos, 0,3% de silesianos e o restante distribuído entre rutenos, ucranianos, alemães, polacos e judeus.
A composição étnica em 1991 diferia da encontrada no início da república, quando ainda havia um grande contingente de alemães nos Sudetos (expulsos após a Segunda Guerra Mundial) e o país ainda possuía a Rutênia Subcarpática (cedida à URSS em 1945).