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Discussão:Chega


Último comentário: 29 de outubro de 2019 de Odemirense no tópico Espectro político

Espectro político

Eu tenho visto diversas alterações no espectro político do partido, especialmente entre "direita" e "extrema-direita". Que tal definirmos aqui antes qual seria o melhor termo? Ou se, em último caso, caberia incluir os dois caso haja duplicidade de informação nas fontes, adicionando uma nota de rodapé sobre isso?—Teles«fale comigo» 14h17min de 18 de outubro de 2019 (UTC)Responder

No seguimento da justificação da minha última alteração, os textos integrais das fontes indicadas são os seguintes. Não vejo em nenhuma delas indicada só "direita", mas sempre "extrema-direita". Mas agradeço a leitura das mesmas:

1 - https://expresso.pt/europeias-2019/2019-05-23-Politico-sublinha-pouca-adesao-de-Portugal-ao-movimento-populista Europeias 2019 ‘Politico’ sublinha pouca adesão de Portugal ao movimento populista Artigo sobre a campanha para as europeias refere as escassas hipóteses de a coligação Basta eleger um eurodeputado e avança as razões para o país resistir à vaga de extrema-direita que atingiu o resto da Europa

Mafalda Ganhão 

Num artigo dedicado ao ambiente político em Portugal, a propósito da campanha para as Europeias, o “Politico” refere a pouca expressão do movimento populista representado pela coligação Basta e sublinha a escassa possibilidade de esta força eleger um eurodeputado no próximo domingo. “Uma semana antes das eleições para o Parlamento Europeu, são poucos os sinais de que o Basta consiga romper a imunidade de Portugal em relação à política nacionalista que atingiu grande parte da Europa, alcançando este ano a vizinha Espanha com o aparecimento do Vox com peso nas eleições regionais e nacionais”, pode ler-se. O artigo “Portugal's lonely populists” (Os solitários populistas de Portugal) cita uma das ações do Basta, em Agualva-Cacém, onde “apenas 14 pessoas” aguardavam o cabeça de lista da coligação. Ao “Politico”, André Ventura afirmou que a pequena escala da campanha corresponde a uma opção estratégica. Para “conseguirmos sair e ir ao encontro das pessoas”, sublinhou. Referindo que o PS lidera as sondagens, com 33% das intenções de voto, seguido do PSD, com 23%, a reportagem aponta as razões atribuídas para a resistência de Portugal em relação ao populismo e extrema-direita, enumerando a memória dos anos de ditadura; a pequena expressão de refugiados ou de imigrantes muçulmanos no país; e a influência ainda grande do PCP entre a classe trabalhadora. Odemirense (discussão) 11h21min de 23 de outubro de 2019 (UTC)Responder

2 - https://www.publico.pt/2019/01/26/politica/opiniao/chega-partido-populista-extremadireita-portugal-1859410/amp

Opinião Chega um partido populista de extrema-direita a Portugal Ventura aposta em temas e num discurso populista nos exactos termos em que se caracteriza hoje o populismo de extrema-direita. 26 de janeiro de 2019 Partilhar notícia • Partilhar no Facebook • Partilhar no Twitter • o Partilhar no LinkedIn o Enviar por email o André Ventura entregou, na quarta-feira, no Tribunal Constitucional 7500 assinaturas para formalizar um novo partido: Chega. Não há razão para o Tribunal Constitucional não legalizar esta formação política. O único impedimento constitucional para a criação de um partido é ele perfilhar o ideário fascista. Tal não transparece do que, até agora, é conhecido dos textos fundadores do Chega e das declarações do seu líder. O problema do Chega é outro – este é o primeiro partido assumidamente populista de extrema-direita que se afirma em Portugal nos mesmos termos em que outros o têm feito na Europa. Mas tal não é proibido por lei. Mais: o populismo tem tido experiências diversas em Portugal, no plano partidário e não só. Nas últimas europeias, foi protagonizado por Marinho e Pinto. O que André Ventura diz não se escreve PUB Assim como é bom lembrar que o discurso xenófobo sobre ciganos de Ventura contaminou as autárquicas de 2013, quando Ventura foi candidato a Loures pelo PSD e eleito vereador. Então, ainda que o CDS tivesse o bom senso de lhe retirar o apoio, Passos Coelho manteve-se firme na aposta eleitoral, mesmo com críticas internas de Pedro Duarte, José Eduardo Martins e Carlos Moedas. Por outro lado, a contaminação populista não surgiu só nos partidos, nem tem sido subestimada apenas pelos políticos. Em nome de audiências e de cliques, a comunicação social é cada vez mais dominada pelo populismo, não só no entretenimento, mas também nos conteúdos informativos e jornalísticos. Não é por defender coisas que para a grande maioria dos democratas são hoje absurdas – uma vez que preconizam princípios que chocam com os actuais valores civilizacionais sobre o que é a dignidade da vida humana e o respeito pela diversidade individual – que ao Chega pode ser retirado o direito à legalidade. Se a defesa de princípios anticonstitucionais fosse razão para rejeitar um partido, o PCP tinha sido extinto, já que no seu programa sempre defendeu a criação de uma sociedade comunista, o que não está previsto no articulado constitucional. Tudo o que Ventura tem defendido não permite catalogá-lo simplesmente como defensor de um ideário fascista ou fascizante. Colocar-lhe esse rótulo é redutor e beneficia-o. Oficialmente, nos textos fundadores, o Chega afirma-se como conservador, nacionalista e defensor da democracia liberal, embora o discurso de Ventura, na prática, contrarie, ataque e corroa a democracia liberal. PUB André Ventura: um homem do sistema levado ao colinho A este nível não é relevante a questão empolada da defesa da redução de deputados. Não é nova e insere-se no debate político sistémico tradicional. Foi proposta inúmeras vezes pelo PSD, com sucesso. Em 1976 a Constituição previa entre 240 e 250 deputados, a revisão de 1989 baixou-a para entre 230 e 235 e a de 1997 para entre 180 e 230. Mas Ventura aposta em temas e num discurso populista nos exactos termos em que se caracteriza hoje o populismo de extrema-direita. Exemplo disso é a sua defesa da pena de morte para o terrorismo, da prisão perpétua para outros crimes, baseado no princípio do olho por olho, dente por dente próprio da Pena de Talião. Mas também a defesa da castração dos pedófilos, a constitucionalização da proibição da eutanásia e a ilegalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, numa rejeição do que hoje está estabelecido sobre as democracias inclusivas e respeitadoras da diversidade individual. Também lá estão a exclusão dos ciganos e o combate à imigração, com a proposta de fecho de fronteiras, típicas da estigmatização e perseguição por critérios étnicos, rácicos e xenófobos. Ou a exclusão dos mais frágeis e desprotegidos que têm direitos garantidos pela Segurança Social dentro do actual Estado-providência, pilar do modelo social europeu. Ideias que tem defendido em palavras e em cartazes, como é exemplo o mais recente em Lisboa, onde se lê: “Andamos a sustentar quem não quer fazer nada.” Isto, por si só, não fará de Ventura um Bolsonaro, um Trump, uma Le Pen, um Orbán, um Morawiecki. Para ter sucesso eleitoral, o Chega terá de ter quem se reconheça no primarismo da sua mensagem e vote nele. É possível até que o Chega vá buscar eleitores a todos os partidos e que traga às urnas os que há muito ou desde sempre, por desconfiança no sistema político e nos seus actores, se têm refugiado na abstenção. Mas parte do sucesso que o Chega venha a ter será sempre responsabilidade dos partidos com assento na Assembleia da República. O populismo combate-se defendendo as regras e dignificando os princípios da democracia liberal na sua diversidade inclusiva. Saiba a comunicação social travar a deriva populista em que vive e os partidos tradicionais fazer face ao populismo dentro de si, com mais sucesso do que noutras democracias europeias, e o Chega não terá espaço para medrar. Odemirense (discussão) 11h22min de 23 de outubro de 2019 (UTC)Responder

O artigo https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/chega-extrema-direita-ou-populismo-de-direita-radical claramente diz que o partido é populista de direita radical e não de extrema-direita. Pode se ler neste parágrafo: "As diferenças para a extrema-direita, ainda assim, são reais. "Os partidos de extrema-direita são aqueles partidos anti-sistema que querem abater o sistema democrático através de processos subversivos e/ou revolucionários, que incluem também a violência", aponta Ricardo Marchi. Outra marca destes partidos – em Portugal representados pelo PNR, que teve 0,3% dos votos nestas legislativas – é "a filiação histórica e doutrinária nos autoritarismos da primeira metade do século XX", acrescenta o investigador, dando como exemplos o fascimos, o nacional-socialismo, o salazarismo ou o franquismo. Estes são os partidos assumidamente do racismo biológico e do nacionalismo exacerbado." Dizem assim então que o CHEGA é um partido de direita radical que aceita o jogo democrático, ou seja, aqui deveria ser considerado de direita a extrema-direita. --Rodrigospascoal (discussão) 12h11min de 26 de outubro de 2019 (UTC)Responder

Agora como está uma fonte fiável que diz "direita radical" e não "extrema direita", e como "direita radical" talvez fosse demasiado específico, como disse antes deixo de reverter. As outras considerações são para mim menos relevantes a nível do critério para o que se deve escrever ali de uma forma tão resumida. Se outros discordarem, então façam o que entenderem ser melhor. Odemirense (discussão) 16h35min de 29 de outubro de 2019 (UTC)Responder
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