Elmo da Silva Amador: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada |
m ajuste(s), typos fixed: cujo qual → por cuja, pra → para |
||
Linha 12:
|local_morte = [[Rio de Janeiro]]
|pais_de_residencia = [[Brasil]]
|nacionalidade = {{BRAb}} [[Brasil
|campo =
|instituicao_trabalho = [[Instituto de Geociências (UFRJ)|Instituto de Geociências, da UFRJ]]
Linha 29:
== Biografia ==
===Infância e adolescência===
Filho de Anselmo André Amador, [[marinheiro]] da [[Lloyd Brasileiro|Companhia Lóide Brasileiro]], e Paulina Maria da Silva Amador, [[professora primária|professora]]. Foi o primeiro filho do casal, de um total de três.<ref name="
Mais tarde, ainda criança e junto com seus pais, mudou-se de estado; saindo de Santa Catarina para passar a residir no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] na [[região]] da [[Baixada Fluminense]], na cidade de [[Duque de Caxias (cidade)|Duque de Caxias]], nas proximidades do [[Rio Meriti]].<ref name="MP"/> Aos quatorze anos retorna
===Carreira profissional===
Em [[1964]] faz vestibular para o curso de [[Sociologia]] e Ciências Sociais; mas não consegue entrar na faculdade. Entra para o ''Conservatório de Teatro'' e, mais tarde, entra para o curso de [[Geografia]] e trabalha no [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE). Na mesma época tornou-se assistente do [[deputado estadual]] Alfredo Tranjan.<ref name="MP"/>
Passou a fazer parte do [[Partido Comunista do Brasil]], no grupo da militância estudantil e do [[Comando de Libertação Nacional]] (COLINA). Acusado de colaborar com a guerrilha comunista no Brasil, após investigações realizadas pela [[Marinha do Brasil]], Elmo conseguiu burlar os investigadores e provar sua inocência, mas teve que se afastar de seus grupos políticos; justificou sua atitude por estar casado e ser pai de filhos pequenos.<ref name="MP"/>
Linha 40:
Em 1969 casa-se com Zulmira Amador. Na universidade tornou-se bolsista de iniciação científica do [[CNPq]], com a professora chamada Maria Regina Mousinho de Meis, e fazia pesquisa [[Geologia|geológicas]] na região da Baía de Guanabara; o que no futuro iria exercer grande influência em sua carreira profissional e de ambientalista. Através de seus estudos aprofundou-se em assuntos relacionados a [[manguezal|manguezais]], [[sedimento]]s e [[assoreamento]]s na Baía de Guanabara, bem como a sua história e a degradação ambiental.<ref name="MP"/>
Foi mestre e doutor em ciências pela [[UFRJ]] e especialista em Geologia Marinha pela [[UFRGS]]. Desde [[1971]] foi Professor do [[Instituto de Geociências (UFRJ)|Instituto de Geociências]] - UFRJ, atuou na graduação e pós-graduação dos cursos de [[Geografia]] e [[Geologia]].<ref name="Uerj"/
Chefiou o Laboratório de Sedimentologia do Departamento de Geologia, onde desenvolveu pesquisas, desde a década de 1970, relacionadas à Geologia do Quaternário, Ambientes Costeiros e Meio Ambiente. Foi Consultor Ad Hoc do CNPq, FAPERJ e FINEP. Participou como organizador, conferencista, palestrante e debatedor em mais de 200 congressos, simpósios, seminários, mesas redondas e outras reuniões científicas nacionais e internacionais. É autor de 152 trabalhos científicos em periódicos nacionais e internacionais; 8 livros e capítulos de livros e de dezenas de pareceres técnicos sobre questões relacionadas ao Meio Ambiente. Orientou mais de 60 bolsistas de Iniciação Cientifica e Aperfeiçoamento pelo CNPq, CEPG-UFRJ e FAPERJ; 9 teses em nível de mestrado e doutorado, nos Programas de Pós-Graduação em Geologia e Geografia da UFRJ. Participou de 25 bancas de mestrado e doutorado em diversos Programas de Pós-Graduação. Seu principal objeto de pesquisas tem sido a Baía de Guanabara, com mais de 50 trabalhos publicados e mais de uma centena de comunicações técnicas.<ref name="MP">{{Citar web|url=https://museudapessoa.org/historia-de-vida/dar-de-si-para-mudar-o-mundo/|titulo=Dar de si para mudar o mundo|acessodata=2024-03-03|website=[[Museu da Pessoa]]|lingua=pt-br|autor=|data=}}</ref>
Linha 48:
Ao longo da década de 1990 Elmo propagou a expressão ''“cemitério de embarcações”'', para denunciar o perigo ambiental das centenas de navios e outras embarcações abandonadas dentro da Baía da Guanabara, que contêm substâncias e materiais potencialmente perigosos ao meio ambiente, à saúde e à navegação.<ref name="DRJ"/>
Como resultado de suas pesquisas e militância política e ambiental foram obtidas importantes vitórias para a Baía de Guanabara<ref name="IBGE"/>, entre as quais: Criação da ''Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim'' (APA de Guapimirim), que foi a primeira a surgir no país com o objetivo de protege o ecossistema dos manguezais<ref name="MP"/>; inclusão da Baía de Guanabara na Constituição Estadual como Área de Preservação Permanente e de Relevante Interesse Ecológico, e a consequente redução dos aterros previstos no Projeto Rio; Ação Popular (a primeira no Brasil contra crime ambiental) que impediu o loteamento do espelho d’água da [[Lagoa de Itaipu]]; declaração da Baía de Guanabara como [[Patrimônio da Humanidade]] pelo Fórum Global, durante a [[Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento|Conferência Rio-92]]; e inclusão do assoreamento como problema ambiental da baía.<ref name="
Ocupou diversos cargos públicos, entre os quais: Diretor do Instituto de Geociências da UFRJ; Diretor do Departamento de Apoio Técnico Científico da FEEMA, Vice-Diretor da ADUFRJ (Associação de Docentes da UFRJ); Diretor (por dois mandatos) da Comissão Técnico Científica do Quaternário, Diretor de Publicações da SBG (Sociedade Brasileira de Geologia) Núcleo Rio de Janeiro; Vice-Presidente da AGB (Associação Brasileira de Geógrafos) Núcleo Rio de Janeiro. Foi fundador e membro de diversas entidades ambientais: FAMA (Federação das Associações Fluminenses de Meio Ambiente); APEDEMA e do Movimento Baía Viva.
Linha 61:
==Homenagens==
A lei estadual que prevê a conservação da Baía de Guanabara, de 1990, leva o nome de ''“Lei Elmo Amador”''.<ref name="Aero">{{Citar web|url=https://aeroin.net/ong-entrara-na-justica-contra-privatizacao-do-aeroporto-santos-dumont-rj/|titulo=ONG entrará na justiça contra privatização do Aeroporto Santos Dumont (RJ)|acessodata=3 de abril de 2024 |website=Aeroin|lingua=pt-br|autor=|data=20 de novembro de 2021}}</ref>
Em reconhecimento ao seu trabalho pela preservação ambiental, a [[prefeitura]] do [[município]] de [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]] denominou o ''Mirante da Contemplação'' como sendo ''Mirante de Contemplação Elmo Amador'', cujo panorama se descortina uma ampla visão da Baía de Guanabara, [[ecossistema]]
No município de [[Maricá]] a antiga ''Rua 32'', localizada no Loteamento Jardim Atlântico Oeste, no [[bairro]] [[Itaipuaçu]], passou a receber a denominação de ''Rua Geógrafo Elmo da Silva Amador'', em 16 de novembro de 2015.<ref name="PMM">{{Citar web|url=https://marica.processolegislativo.com.br/areapublica/documento/?Lei/856|titulo=Lei 2632 de 16/11/2015|acessodata=3 de abril de 2024 |website=Prefeitura Municipal de Maricá|lingua=pt-br|autor=|data=16/11/2015}}</ref>
==Publicações==
Inúmeros foram seus estudos e publicações. Autor de dois livros e de uma tese de doutorado sobre a Baía de Guanabara, destaca-se “Baía de Guanabara e Ecossistemas Periféricos: Homem e Natureza”.<ref name="MP"/><ref name="FSP">{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1911200014.htm|titulo=Baía de Guanabara tem área sem vida|acessodata=3 de abril de 2024 |website=jornal [[Folha de S.Paulo]]|data=19 de novembro de 2000 |lingua=pt-br|autor1=Sérgio Torres|autor2=Antônio Carlos de Faria|data=22/07/2022}}</ref>
== Ver também ==
Linha 90:
{{Portal3|Biografias|Geografia|Educação|Santa Catarina}}
{{Controle de autoridade}}
{{DEFAULTSORT:Elmo Silva Amador}}
[[Categoria:Professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro]]
|