Iamade: diferenças entre revisões
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}}
Iarinlim I foi sucedido por seu filho {{lknb|Hamurabi|I}}, que reinou pacificamente. Ele foi capaz de forçar Carquemis a submissão,<ref name=Ha254 /> e enviou tropas para ajudar Hamurabi da Babilônia contra [[Larsa]] e [[Elão]].{{sfn|Charpin|2010|p=102}} A aliança terminou, contudo, quando o rei babilônio saqueou Mari e destruiu-a. A Babilônia não atacou Iamade, e as relações entre os reis permaneceram pacíficas nos anos posteriores.<ref name=Li234 /> Hamurabi I foi sucedido por seu filho {{lknb|
=== Declínio e fim ===
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[[Imagem:God Head Djabul Louvre AO10831.jpg|thumb|esquerda|upright=0.8|Cabeça de um deus descoberta próximo de {{ilc|Jabul|Lago Jabul|Sabkhat al-Jabbul|Mamlahat al-Jabbul|Lago Jabbul}} (ca. {{AC|1600|x}})]]
A era dos sucessores de
A ascensão do [[Império Hitita]] no norte representou a maior ameaça para Iamade,{{sfn|Bryce|2014|p=27}} embora Iarinlim III e seu sucessor {{lknb|Hamurabi|III}} foram capazes de resistir as agressões do [[rei hitita]] {{lknb|Hatusil|I}} através de alianças com os principados [[hurritas]].<ref name=Ha255 /> Hatusil escolheu não atacar Halabe diretamente e passou a conquistar os vassalos e aliados de Iamade, começando com Alalaque no segundo ano de suas campanhas sírias ca. {{AC|1650|x}} ([[cronologia média]]) ou ligeiramente depois.{{sfn|name=Li260|Liverani|2013|p=260}}{{sfn|Collon|1995|p=97}} Hatusil então dirigiu seus ataques aos hurritas em Ursu, a nordeste de Halabe, que foram derrotados apesar do apoio militar de Halabe e Carquemis.{{sfn|Hamblin|2006|p=289}} O rei hitita então derrotou Iamade na Batalha do Monte Atalur, e saqueou Hassum junto com várias outras cidades hurritas no sexto ano de suas guerras sírias.<ref name=Li260 /> Após muitas campanhas, Hatusil I finalmente atacou Halabe. O ataque foi fracassado e o rei hitita foi ferido, vindo a morrer mais tarde, em ca. {{AC|1620|x}}.{{sfn|Bryce|2014|p=29}}{{sfn|Burney|2004|p=107}} As campanhas de Hatusil enfraqueceram consideravelmente Iamade, causando seu declínio em estatuto: o monarca deixou de ser estilizado como grande rei.{{sfn|Bryce|1999|p=152}}
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{| class="nowraplinks" cellspacing="0" cellpadding="4" rules="all" style="background:#fbfbfb; border-style: solid; border-width: 1px; font-size:90%; empty-cells:show; border-collapse:collapse"
|- style="background:#f6e6ae;"
[[Imagem:Abba-El I seal.jpg|thumb|Selo de {{lknb|
[[Imagem:Niqmi-Epuh Seal.jpg|thumb|Selo de [[Niquemiepu]]]]
! Rei !! Reinado !! Título !! Relação com o rei anterior
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| {{lknb|Hamurabi|I}} || c. 1764 – c. {{AC|1750|x}} || Grande rei || Filho.{{sfn|Frayne|1990|p=783}}
|-
| {{lknb|
|-
| {{lknb|Iarinlim|II}} || c. 1720 – c. {{AC|1700|x}} || Grande rei || Filho.{{sfn|Frayne|1990|p=788}}
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| [[Sarra-El]] || Começo do {{-séc|XVI}} || Rei || Possivelmente filho de Iarinlim III.<ref name=As382 />
|-
| {{lknb|
|-
| {{lknb|Ilim-Ilima|I}} || Meados do {{séc|XVI}} – c. {{AC|1525|x}}{{ref label2|a}} || Rei || Possivelmente filho.{{sfn|Astour|1989|p=19}}
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== Povo e cultura ==
[[Imagem:Abba-El II seal.jpg|thumb|esquerda|Selo de [[
Os habitantes de Iamade eram amoritas e falavam a [[língua amorita]], e além de algumas influências [[Mesopotâmia|mesopotâmicas]], [[Antigo Egito|egípcias]] e [[Civilizações egeias|egeias]],{{sfn|Aruz|2013|p=3; 10}} Iamade pertenceu principalmente à cultura síria da Idade do Bronze Média. Esta cultura influenciou a arquitetura e função dos templos, que foram principalmente cúlticos, enquanto a autoridade política foi investida num palácio real, em contraste à importância política desempenhada nos templos na Mesopotâmia.{{sfn|Liverani|2013|p=232}}
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As pessoas de Iamade praticaram a religião amorita,{{sfn|Insoll|2011|p=896}} e principalmente cultuaram as divindades semíticas do noroeste. As mais importantes delas foram [[Dagom]], que foi considerado pai dos deuses,{{sfn|Fleming|2000|p=90}} e [[Adade]], que foi a mais importante divindade e chefe do panteão. O reino foi conhecido como "terra de Adade", que foi famoso como deus dos trovões de Halabe desde meados do {{AC|III milênio|x}}.{{sfn|name=Ta121|Taracha|2009|p=121}} Seu principal templo estava localizado na colina cidadela no centro da cidade e permaneceu em uso do {{-séc|XXIV}}{{sfn|Kennedy|2006|p=166}} até ao menos o {{-séc|IX}}.{{sfn|Necipoğlu|2010|p=114}}
O título "amado de Adade" foi um dos títulos reais.<ref name=Ta121 />{{sfn|Oldenburg|1969|p=67}} Adade era o deus patrono do reino, e todos os tratados foram concluídos em seu nome, e ele foi também utilizado para ameaçar outros reinos{{sfn|Oldenburg|1969|p=160}} e declarar guerras.{{sfn|Green|2003|p=181}} A medida que a presença hurrita aumentou, a influência religiosa deles também, com algumas das divindades hurritas encontrando lugar no panteão iamadita. O rei
Além dos deuses gerais, os reis tinham um "deus da cabeça" com o qual possuíam íntima conexão. O rei Iarinlim I descreveu Adade como o deus do Estado, mas a divindade mesopotâmica [[Nana (mitologia suméria)|Sim]] como o deus de sua cabeça. Seu filho Hamurabi fez o mesmo.{{sfn|Toorn|1996|p=77; 88}}
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