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Jornalismo internacional: diferenças entre revisões

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{{Jornalismo}}
[[Image:Karzai-reporter.jpg|thumb|300px|left|Repórter entrevista Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, em 2002]]
Chama-se '''Jornalismo Internacional''' a especialização da [[Jornalismo|profissão jornalística]] nos eventos estrangeiros ao país onde está sediado o veículo de [[imprensa]] em que o jornalista trabalha. Por isso, a definição é relativa por natureza: o que é assunto "doméstico" num determinado país será "internacional" em todos os demais. Este fato faz com que o Jornalismo Internacional seja provavelmente a área do Jornalismo com maior abrangência de temas entre todas, já que deve dar conta de política, economia, cultura, acidentes, natureza e todos os assuntos que aconteçam fora de seu país de origem.
 
O '''Jornalismo'''jornalismo como atividade profissional já teria nascido '''Internacional'internacional'' em seus primórdios, pois os veículos de imprensa pioneiros - criados no contexto da ascensão da [[burguesia]] na [[Europa]] nos séculos [[século XVII|XVII]] e [[século XVIII|XVIII]] - foram criados principalmente para informar leitores locais (em grande parte, comerciantes e banqueiros) sobre fatos acontecidos no exterior.
 
A partir do [[século XIX]], com jornais já consolidados na [[Europa]], nos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]] e em determinados países - como o [[Brasil]] -, e com as inovações nas [[telecomunicações]], como o [[telégrafo]], as notícias do estrangeiro ganharam novo impulso. Começaram a ser formadas as primeiras [[Agência de notícias|agências de notícias]], inicialmente como associações entre jornais para cobrir eventos de grande relevância, como guerras e revoluções. Os primeiros conflitos a receber ampla cobertura jornalísticas foram a [[Guerra da CriméiaCrimeia]] e a [[Guerra Civil Americana]] dos EUA.
 
==Agências de Notíciasnotícias==
Ver tópico específico [[Agência de notícias]].
 
==Correspondentes e enviados==
Caro leitor e leitora vêm neste momento denunciar um atentado espanhol a nossa economia por parte de uma empresa espanhola.
Há dois tipos de reportagem que podem ser feitas no exterior: o trabalho de ''correspondência estrangeira'' (ou ''correspondência internacional'') e o do ''enviado especial ao exterior''. Embora haja semelhanças entre ambos, as diferenças se dão no quotidiano do trabalho e da produção de material para seus respectivos veículos de imprensa.
Neste preciso momento desde a 3 anos a esta parte esta empresa espanhola se esta infiltrando no nosso mercado com trabalhadores portugueses dos quais são aliciados com um grande e avultado ordenado e com aliciantes comissões. Esta empresa que se chama ZORELOR que é uma empresa que se situa em Espanha em ZURRUPIETA; 24(pol. industrial de jundiz) apdo.5050.01015 vitoria, a esta parte tem cometido um grande erro fatal em Portugal porque os funcionários comissionistas espanhóis ou portugueses perante os ordenados não pagam ao estado os impostos desde segurança social a IRS ao regime de IVA.
se quiserem mais declarações contactem DAVID Andrade (965728509) director comercial da zona sul o qual aufere um ordenando acima de 2500€ e e Carlos da zona norte de Portugal (938786028), ou então os devidos comerciais que andam devidamente identificados com carros alusivos á empresa ZORELOR.
Já são cerca de 15 comerciais em todo o pais 2 no Algarve (Ester e Luís) na zona de Lisboa (davide, Orlando, Marília, José cruz antigo vendedor da WURT) zona centro Tiago Lopes zona norte (Carlos, jõao etc.)
Se quiserem mais esclarecimentos contactem a zorelor e o seu representante Jesus ou então o director comercial de Portugal Manuel ou luís calvo telefone de contacto é +34945290120.
Temos que denunciar esta situação assim Portugal não pode andar para a frente português é muito ingénuo assim não da, pedia-vos que fosse denunciada toda esta situação. Ate breve
 
O ''correspondente'' é um repórter baseado fixamente numa cidade estrangeira - muitas vezes a capital de um país -, cobrindo uma região, um país ou às vezes até um continente inteiro. Ele deve enviar matérias regularmente para a redação da sede de seu veículo. Para isso, ele acompanha toda a imprensa local, mantém contatos frequentes com jornalistas e colegas correspondentes e identifica fontes estratégicas - como entidades, governos, diplomatas, militares e outras que possam fornecer informações importantes. Na maior parte das vezes, o correspondente é auto-pautado - ou seja, ele mesmo define sobre o que irá escrever, o que irá apurar, que assuntos vai selecionar. O correspondente deve ter conhecimento profundo da realidade local e um talento discricionário elevadíssimo para identificar os fatos mais relevantes no país onde trabalha e ao mesmo tempo interessantes para seu país de origem.
==Correspondência de Guerra==
 
[[Image:Ellis Ashmead-Bartlett.jpg|thumb|240px|Ellis Ashmead-Bartlett foi um correspon- dente inglês na I Guerra Mundial]]
Já o ''enviado especial'' é um repórter expatriado com um tema previamente definido para cobrir ou investigar (uma guerra, uma crise, uma epidemia etc.). Diferente do correspondente, o enviado especial pode produzir uma única matéria, se for o caso, ou uma série, sem necessidade de envio regular de produção. Normalmente, o enviado especial é selecionado entre os profissionais da redação por ter maiores conhecimentos sobre o tema ou o lugar dos fatos. Muitas vezes, o enviado passa poucos dias no local e retorna à sede logo em seguida.
O trabalho de '''Correspondente de Guerra''' propriamente dito surgiu na segunda metade do século XIX, com o envio de repórteres europeus e norte-americanos para conflitos como a [[Guerra da Criméia]], [[Guerra do México]], [[Guerra do Ópio]], [[Guerra Civil Americana|Guerra Civil dos EUA]], [[Guerra do Paraguai]] e [[Guerra Hispano-Americana]].
 
Quando jornalistas trabalham no exterior sem vínculos fixos com veículos de imprensa ou em regime de prestação de serviço, são chamados de ''stringers''. Estes são mais comuns em locais onde a mídia não acha tão interessante ou compensatório manter um correspondente fixo, como em países do [[Terceiro Mundo]]. ''Stringers'' geralmente produzem matérias para várias empresas diferentes ao mesmo tempo.
 
==Correspondência de Guerraguerra==
[[Ficheiro:Williamhowardrussell.jpg|thumb|240px|W.H. Russell, primeiro correspondente, durante a Guerra da Criméia]]
O trabalho de '''Correspondentecorrespondente de Guerra''' propriamente dito surgiu na segunda metade do século XIX, com o envio de repórteres europeus e norte-americanos para conflitos como a [[Guerra da CriméiaCrimeia]], [[Guerra do México]], [[Guerra do Ópio]], [[Guerra Civil Americana|Guerra Civil dos EUA]], [[Guerra do Paraguai]] e [[Guerra Hispano-Americana]]. Segundo registros, o primeiro correspondente de guerra da História da Imprensa foi o irlandês [[William Howard Russell]].
 
Entretanto, antes mesmo já havia os chamados "cronistas de guerra", que produziam relatos sobre os conflitos - sem que houvesse, na época, técnicas de produção jornalística. O general romano [[Júlio César]], por exemplo, escreveu crônicas de guerra em seu diário ''De Bello Galico''. A diferença para os correspondentes modernos é que estes são enviados especificamente para cobrir conflitos para um veículo determinado (jornal, TV, rádio, revista etc.).
 
O correspondente de guerra pode ficar baseado numa cidade perto da zona de conflito (por haver mais infraestrutura e acesso a comunicação com a redação da sede) ou ir direto para o ''front'' de combate, se as condições e os militares permitirem. Tecnologias de comunicação recentes, como a [[internetInternet]], permitiram maior mobilidade ao correspondente de guerra, já que ele agora pode enviar textos, sons e imagens de praticamente qualquer ponto do mapa, incluindo o campo de batalha. O trabalho é de altíssimo risco, mas cada informação obtida tem valor igualmente alto. Correspondentes de guerra estão entre as maiores vítimas de casualidades (mortes por assassinatos ou acidentes) entre jornalistas.
 
A origem do jornalismo de guerra pode remontar à Guerra da Crimeia, primeiro conflito coberto por agências de notícias (Havas e Reuters) e por um correspondente. Depois, com a invenção do [[cinematógrafo]], o público pôde testemunhar pela primeira vez a Guerra Hispano-Americana em [[Cuba]] e nas [[Filipinas]] ([[1898]]-[[1899]]). Foi nessa guerra que ficou constatada a grande influência que os [[meios de comunicação]] podiam ter sobre a [[opinião pública]]. Um exemplo conhecido que reflete este facto tem como protagonista [[William Randolph Hearst]]: este magnata da imprensa dos Estados Unidos teria dado a ordem a um de seus correspondentes que se encontravam em [[Havana]] de que, houvesse ou não houvesse conflito, mandasse fotografias que ele mesmo providenciaria a guerra.
 
Houve muitos exemplos deste estilo de então até agora, pois os meios de comunicação contam com poder suficiente para dar a cara ao que mais convém (tanto em nível político como econômico) de uma guerra. É o caso da famosa fotografia da menina correndo [http://newsimg.bbc.co.uk/media/images/41090000/jpg/_41090447_050429ninna203b1.jpg] durante a [[Guerra do Vietnã]], dando assim a má imagem que se queria dar das tropas estadunidenses. Atualmente, os jornalistas tem pouca segurança para retratar conflitos, sendo que segundo o manual de guerra de junho de 2015 do governo dos [[Estados Unidos]] defende que alguns jornalistas poderiam ser rotulados como terroristas e passam a ser um alvo legítimo de operações militares.<ref>http://www.defense.gov/pubs/Law-of-War-Manual-June-2015.pdf DEPARTMENT OF DEFENSE LAW OF WAR MANUAL]</ref>
 
==Jornalismo Internacionalinternacional emno PortugalBrasil==
No [[Brasil]], alguns dos maiores expoentes profissionais em [[Jornalismojornalismo Internacional]]internacional são os repórteres e redatores [[Newton Carlos]], [[JoelArgemiro Silveira]]Ferreira, [[ArgemiroClóvis FerreiraRossi]], [[ClóvisDiogo RossiSchelp]], [[William Waack]], [[Hermano Henning]] e [[GenetonJosé MoraesHamilton NetoRibeiro]]. Entre os já falecidos, houve [[Antônio Callado]], [[Paulo Francis]], [[Araújo Neto]], [[Joel Silveira]] e [[AraújoGeneton Moraes Neto]].
 
As editorias de internacional dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "''Internacional''" no ''[[Jornal do Brasil|JB]]'', "''Internacional''" no ''[[Correio do Povo]], "''Mundo''" na ''[[Folha de S.Paulo]]'', "''Internacional''" em ''[[O Estado de S.Paulo]]'', "''O Mundo''" em ''[[O Globo]]'', "''Mundo''" em ''[[O Dia]]'', "''Mundo''" no ''[[Zero Hora]]'', "''Internacional''" no ''[[Estado de Minas]]'', "''Mundo''" em ''[[A Tarde]]'', "''Mundo''" no ''[[Diário de Pernambuco]]'', "''Mundo''" no ''[[Correio Braziliense]]'',"''Internacional''"no ''[[Diário do Nordeste]]'' "''Mundo''" na ''[[Gazeta do Povo]]'',"''Mundo''" no ''[[O Povo]]'' e "''Mundo''" em ''[[O Popular]]''.
 
Os únicos veículos brasileiros dedicados exclusivamente à cobertura internacional são a revista ''[[Cadernos do Terceiro Mundo]]'' (1974-2006) e o website ''[[Opera Mundi]]'' (fundado em 2008).
 
Na televisão, alguns programas de referência são o ''[[Sem Fronteiras]]'' e o ''[[Milênio (programa)|Milênio]]'', ambos do canal [[Globo News]].
 
==Jornalismo Internacionalinternacional noem BrasilPortugal==
A [[Rádio e Televisão de Portugal]] mantém vários correspondentes no exterior, entre eles [[Luís Baila]] ([[Brasil]]), [[Daniela Santiago]] ([[Espanha]]), [[Rosário Salgueiro]] ([[França]]), [[Noé Monteiro]] ([[Suíça]]), [[Márcia Rodrigues (jornalista)|Márcia Rodrigues]] ([[EUA]]) e [[Francisco Piedade]] ([[Timor-Leste]]). Entre os antigos correspondentes internacionais da RTP inclui-se o de [[Evgueni Mouravitch]], que foi correspondente da estação na [[Federação Russa]]) até março de 2022.
No [[Brasil]], alguns dos maiores expoentes profissionais em [[Jornalismo Internacional]] são os repórteres e redatores [[Newton Carlos]], [[Joel Silveira]], [[Argemiro Ferreira]], [[Clóvis Rossi]], [[William Waack]], [[Hermano Henning]] e [[Geneton Moraes Neto]]. Entre os já falecidos, houve [[Antônio Callado]], [[Paulo Francis]] e [[Araújo Neto]].
 
==Ver também==
==Jornalismo Internacional em Portugal==
* [[Prémio Pulitzer de Reportagem Internacional]]
 
{{referências}}
A [[RTPi]] (Rádio e Televisão Portuguesa Internacional) foi a primeira emissora a anunciar o início da [[Guerra do Iraque|invasão norte-americana ao Iraque]], em março de [[2003]], com seu enviado especial [[Carlos Fino]].
 
==Bibliografia==
==Referências bibliográficas==
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* WEAVER, David H. & WU, Wei. '''The Global Journalist: news and people around the world'''. Hampton Press, 1998
 
==LinksLigações externosexternas==
*[http://www.newspaperindex.com/pt/ - Jornais do Mundo - Online Newspaper Index]
* [http://groups.yahoo.com/group/jornalismointernacional Rede de Pesquisa sobre Jornalismo Internacional] (lista de discussão e links)
* [https://web.archive.org/web/20060622110941/http://www.eco.ufrj.br/pet/jorninter/jornalismointernacional_apostila.pdf Apostila do curso de Jornalismo Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro] (formato [[Adobe Acrobat]] ou [https://web.archive.org/web/20060622155716/http://www.eco.ufrj.br/pet/jorninter/jornalismointernacional_apostila.doc HTML])
* [https://web.archive.org/web/20051031062101/http://journalism.utexas.edu/internationalreporting/links.html ementa do curso International Reporting na Universidade do Texas] (em inglês)
* [https://web.archive.org/web/20050721032350/http://www.nyu.edu/globalbeat/ GlobalBeat - referências para o jornalista global, na Universidade de Nova York] (em inglês)
* [http://www.wnpolitics.com/ WorldNews Politics] (em inglês)
* [http://www.mondotimes.com Mondo Times]
 
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