Jornalismo internacional: diferenças entre revisões
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Chama-se '''Jornalismo Internacional''' a especialização da [[Jornalismo|profissão jornalística]] nos eventos estrangeiros ao país onde está sediado o veículo de [[imprensa]] em que o jornalista trabalha. Por isso, a definição é relativa por natureza: o que é assunto "doméstico" num determinado país será "internacional" em todos os demais. Este fato faz com que o Jornalismo Internacional seja provavelmente a área do Jornalismo com maior abrangência de temas entre todas, já que deve dar conta de política, economia, cultura, acidentes, natureza e todos os assuntos que aconteçam fora de seu país de origem.
O
A partir do [[século XIX]], com jornais já consolidados na [[Europa]], nos [[
==Agências de
Ver tópico específico [[Agência de notícias]].
==Correspondentes e
Há dois tipos de reportagem que podem ser feitas no exterior: o trabalho de ''
O ''
Já o ''
Quando jornalistas trabalham no exterior sem vínculos fixos com veículos de imprensa ou em regime de prestação de serviço, são chamados de ''
==Correspondência de
[[Ficheiro:Williamhowardrussell.jpg|thumb|240px|W.H. Russell, primeiro correspondente, durante a Guerra da Criméia]]
O trabalho de ''
Entretanto, antes mesmo já havia os chamados "cronistas de guerra", que produziam relatos sobre os conflitos - sem que houvesse, na época, técnicas de produção jornalística. O general romano [[Júlio César]], por exemplo, escreveu crônicas de guerra em seu diário ''De Bello Galico''. A diferença para os correspondentes modernos é que estes são enviados especificamente para cobrir conflitos para um veículo determinado (jornal, TV, rádio, revista etc.).
O correspondente de guerra pode ficar baseado numa cidade perto da zona de conflito (por haver mais infraestrutura e acesso a comunicação com a redação da sede) ou ir direto para o ''front'' de combate, se as condições e os militares permitirem. Tecnologias de comunicação recentes, como a [[
A origem do jornalismo de guerra pode remontar à Guerra da
Houve muitos exemplos deste estilo de então até agora, pois os meios de comunicação contam com poder suficiente para dar a cara ao que mais convém (tanto em
▲A origem do jornalismo de guerra pode remontar à Guerra da Criméia, primeiro conflito coberto por agências de notícias (Havas e Reuters) e por um correspondente. Depois, com a invenção do [[cinematógrafo]], o público pôde testemunhar pela primeira vez a Guerra Hispano-Americana em [[Cuba]] e nas [[Filipinas]] ([[1898]]-[[1899]]). Foi nessa guerra que ficou constatada a grande influência que os [[meios de comunicação]] podiam ter sobre a [[opinião pública]]. Um exemplo conhecido que reflete este fato tem como protagonista [[William Randolph Hearst]]: este magnata da imprensa estadunidense teria dado a ordem a um de seus correspondentes que se encontravam em [[Havana]] de que, houvesse ou não houvesse conflito, mandasse fotografias que ele mesmo providenciaria a guerra.
No [[Brasil]], alguns dos maiores expoentes profissionais em
As editorias de internacional dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "
▲Houve muitos exemplos deste estilo de então até agora, pois os meios de comunicação contam com poder suficiente para dar a cara ao que mais convém (tanto em nivel político como econômico) de uma guerra. É o caso da famosa fotografia da menina correndo [http://newsimg.bbc.co.uk/media/images/41090000/jpg/_41090447_050429ninna203b1.jpg] durante a [[Guerra do Vietnã]], dando assim a má imagem que se queria dar das tropas estadunidenses.
Os únicos veículos brasileiros dedicados exclusivamente à cobertura internacional são a revista ''[[Cadernos do Terceiro Mundo]]'' (1974-2006) e o website ''[[Opera Mundi]]'' (fundado em 2008).
▲==Jornalismo Internacional no Brasil==
▲No [[Brasil]], alguns dos maiores expoentes profissionais em [[Jornalismo Internacional]] são os repórteres e redatores [[Newton Carlos]], [[Joel Silveira]], [[Argemiro Ferreira]], [[Clóvis Rossi]], [[Diogo Schelp]], [[William Waack]], [[Hermano Henning]], [[José Hamilton Ribeiro]] e [[Geneton Moraes Neto]]. Entre os já falecidos, houve [[Antônio Callado]], [[Paulo Francis]] e [[Araújo Neto]].
Na televisão, alguns programas de referência são o ''[[Sem Fronteiras]]'' e o ''[[Milênio (programa)|Milênio]]'', ambos do canal [[Globo News]].▼
▲As editorias de internacional dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "'''Internacional'''" no ''[[Jornal do Brasil|JB]]'', "'''Internacional'''" no ''[[Correio do Povo]], "'''Mundo'''" na ''[[Folha de S.Paulo]]'', "'''Internacional'''" em ''[[O Estado de S.Paulo]]'', "'''O Mundo'''" em ''[[O Globo]]'', "'''Mundo'''" em ''[[O Dia]]'', "'''Mundo'''" no ''[[Zero Hora]]'', "'''Internacional'''" no ''[[Estado de Minas]]'', "'''Mundo'''" em ''[[A Tarde]]'', "'''Mundo'''" no ''[[Diário de Pernambuco]]'', "'''Mundo'''" no ''[[Correio Braziliense]]'',"'''Internacional'''"no ''[[Diário do Nordeste]]'' "'''Mundo'''" na ''[[Gazeta do Povo]]'',"'''Mundo'''" no ''[[O Povo]]'' e "'''Mundo'''" em ''[[O Popular]]''.
▲Na televisão, alguns programas de referência são o ''[[Sem Fronteiras]]'' e o ''[[Milênio]]'', ambos do canal [[Globo News]].
A [[Rádio e Televisão de Portugal]] mantém vários correspondentes no exterior, entre eles [[Luís Baila]] ([[Brasil]]), [[Daniela Santiago]] ([[Espanha]]), [[Rosário Salgueiro]] ([[França]]), [[Noé Monteiro]] ([[Suíça]]), [[Márcia Rodrigues (jornalista)|Márcia Rodrigues]] ([[EUA]]) e [[Francisco Piedade]] ([[Timor-Leste]]). Entre os antigos correspondentes internacionais da RTP inclui-se o de [[Evgueni Mouravitch]], que foi correspondente da estação na [[Federação Russa]]) até março de 2022.
==Ver também==
▲==Jornalismo Internacional em Portugal==
* [[Prémio Pulitzer de Reportagem Internacional]]
{{referências}}
==Bibliografia==
* [[José Arbex Junior|ARBEX, JR., José]].
* ARNETT, Peter.
* BEER, Arnold S. & MERRILL, John (orgs.).
* BIAL, Pedro.
* BIAL, Pedro & CASTELO BRANCO, Renée.
* BRITTO, Denise F.
* CARRUTHERS, Susan L..
* COLOMBO, Furio.
* CÁDIMA, Francisco Rui.
* DORNELES, Carlos.
* EPPRECHT, Catharina.
* FALLOWS, James & WOLFF, Fausto.
* FINO, Carlos.
* FRIEDMAN, Thomas.
* GOODMAN Al & POLLACK, John.
* GOYZUETA, Verônica, OGIER, Thierry et alii (orgs.).
* HANNERZ, Ulf.
* HENNING, Hermano.
* HESS, Stephen.
* HOHENBERG, John.
* HOHENBERG, John.
* HÂSKOVEC, Slavoj. FIRST, Jaroslav.
* KNIGHTLEY, Philip.
* KUHN, Adriana S.
* [[Laurindo Lalo Leal Filho|LEAL FILHO, Laurindo]].
* MATTA, Fernando Reyes (org).
* McLAUGHLIN, Gregory.
* NATALI, João Batista.
* REALI JR. (em depoimento a CARTA, Gianni).
* [[Clóvis Rossi|ROSSI, Clovis]].
* SALINAS, Raquel.
* SANTANA, Marcelle.
* SANTOS, José Rodrigues dos.
* SEIB, Philip.
* SHANOR, Donald.
* [[Carlos Eduardo Lins da Silva|SILVA, Carlos Eduardo Lins da]]. ''Correspondente Internacional''. São Paulo: Contexto, 2011.
* SILVEIRA, Joel. ''Tempo de Contar''. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993
* SOUZA, José Carlos Aronchi de. * STEELE, Jon.
* STEINBECK, John.
* TRALLI, César.
* UNESCO - Comissão Internacional para o Estudo dos Problemas da Comunicação.
* VAN GINNEKEN, J..
* [[William Waack|WAACK, William]] & CAMPOS MELLO, Hélio.
* WEAVER, David H. & WU, Wei.
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[[Categoria:Jornalismo internacional| ]]
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