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Jornalismo internacional

Chama-se Jornalismo Internacional a especialização da profissão jornalística nos eventos estrangeiros ao país onde está sediado o veículo de imprensa em que o jornalista trabalha. Por isso, a definição é relativa por natureza: o que é assunto "doméstico" num determinado país será "internacional" em todos os demais. Este fato faz com que o Jornalismo Internacional seja provavelmente a área do Jornalismo com maior abrangência de temas entre todas, já que deve dar conta de política, economia, cultura, acidentes, natureza e todos os assuntos que aconteçam fora de seu país de origem.

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Repórter entrevista Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, em 2002

O Jornalismo como atividade profissional já teria nascido Internacional em seus primórdios, pois os veículos de imprensa pioneiros - criados no contexto da ascensão da burguesia na Europa nos séculos XVII e XVIII - foram criados principalmente para informar leitores locais (em grande parte, comerciantes e banqueiros) sobre fatos acontecidos no exterior.

A partir do século XIX, com jornais já consolidados na Europa, nos Estados Unidos e em determinados países - como o Brasil -, e com as inovações nas telecomunicações, como o telégrafo, as notícias do estrangeiro ganharam novo impulso. Começaram a ser formadas as primeiras agências de notícias, inicialmente como associações entre jornais para cobrir eventos de grande relevância, como guerras e revoluções. Os primeiros conflitos a receber ampla cobertura jornalísticas foram a Guerra da Criméia e a Guerra Civil Americana dos EUA.

Agências de Notícias

Ver tópico específico Agência de notícias.

Caro leitor e leitora vêm neste momento denunciar um atentado espanhol a nossa economia por parte de uma empresa espanhola. Neste preciso momento desde a 3 anos a esta parte esta empresa espanhola se esta infiltrando no nosso mercado com trabalhadores portugueses dos quais são aliciados com um grande e avultado ordenado e com aliciantes comissões. Esta empresa que se chama ZORELOR que é uma empresa que se situa em Espanha em ZURRUPIETA; 24(pol. industrial de jundiz) apdo.5050.01015 vitoria, a esta parte tem cometido um grande erro fatal em Portugal porque os funcionários comissionistas espanhóis ou portugueses perante os ordenados não pagam ao estado os impostos desde segurança social a IRS ao regime de IVA. se quiserem mais declarações contactem DAVID Andrade (965728509) director comercial da zona sul o qual aufere um ordenando acima de 2500€ e e Carlos da zona norte de Portugal (938786028), ou então os devidos comerciais que andam devidamente identificados com carros alusivos á empresa ZORELOR. Já são cerca de 15 comerciais em todo o pais 2 no Algarve (Ester e Luís) na zona de Lisboa (davide, Orlando, Marília, José cruz antigo vendedor da WURT) zona centro Tiago Lopes zona norte (Carlos, jõao etc.) Se quiserem mais esclarecimentos contactem a zorelor e o seu representante Jesus ou então o director comercial de Portugal Manuel ou luís calvo telefone de contacto é +34945290120. Temos que denunciar esta situação assim Portugal não pode andar para a frente português é muito ingénuo assim não da, pedia-vos que fosse denunciada toda esta situação. Ate breve

Correspondência de Guerra

 
Ellis Ashmead-Bartlett foi um correspon- dente inglês na I Guerra Mundial

O trabalho de Correspondente de Guerra propriamente dito surgiu na segunda metade do século XIX, com o envio de repórteres europeus e norte-americanos para conflitos como a Guerra da Criméia, Guerra do México, Guerra do Ópio, Guerra Civil dos EUA, Guerra do Paraguai e Guerra Hispano-Americana.

Entretanto, antes mesmo já havia os chamados "cronistas de guerra", que produziam relatos sobre os conflitos - sem que houvesse, na época, técnicas de produção jornalística. O general romano Júlio César, por exemplo, escreveu crônicas de guerra em seu diário De Bello Galico. A diferença para os correspondentes modernos é que estes são enviados especificamente para cobrir conflitos para um veículo determinado (jornal, TV, rádio, revista etc.).

O correspondente de guerra pode ficar baseado numa cidade perto da zona de conflito (por haver mais infraestrutura e acesso a comunicação com a redação da sede) ou ir direto para o front de combate, se as condições e os militares permitirem. Tecnologias de comunicação recentes, como a internet, permitiram maior mobilidade ao correspondente de guerra, já que ele agora pode enviar textos, sons e imagens de praticamente qualquer ponto do mapa, incluindo o campo de batalha. O trabalho é de altíssimo risco, mas cada informação obtida tem valor igualmente alto. Correspondentes de guerra estão entre as maiores vítimas de casualidades (mortes por assassinatos ou acidentes) entre jornalistas.

Jornalismo Internacional no Brasil

No Brasil, alguns dos maiores expoentes profissionais em Jornalismo Internacional são os repórteres e redatores Newton Carlos, Joel Silveira, Argemiro Ferreira, Clóvis Rossi, William Waack, Hermano Henning e Geneton Moraes Neto. Entre os já falecidos, houve Antônio Callado, Paulo Francis e Araújo Neto.

Jornalismo Internacional em Portugal

A RTPi (Rádio e Televisão Portuguesa Internacional) foi a primeira emissora a anunciar o início da invasão norte-americana ao Iraque, em março de 2003, com seu enviado especial Carlos Fino.

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