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{{Mais notas|data=junho de 2020}}
{{Formas de governo}}
[[Ficheiro:Historical_totalitarian_leaders.jpg|miniaturadaimagem|293x293px|Líderes frequentemente acusados ​​de governar regimes totalitários, da esquerda para a direita e de cima para baixo na imagem, incluem [[Josef Stalin|Joseph Stalin]], ex-secretário-geral do [[Partido Comunista da União Soviética]]; [[Adolf Hitler]], ex-Führer da [[Alemanha Nazista]]; [[Mao Tsé-Tung|Mao Zedong]], ex-presidente do [[Partido Comunista da China]]; [[Benito Mussolini]], ex-[[Duce]] da [[Itália Fascista]]; e [[Kim Il-sung]], o [[Líderes eternos da Coreia do Norte|eterno presidente]] da [[Coreia do Norte]]]]
'''Totalitarismo''' é um [[sistema político]] ou uma [[forma de governo]] que proíbe partidos de oposição, que restringe a oposição individual ao Estado e às suas alegações e que exerce um elevado grau de controle na vida pública e privada dos cidadãos. É considerado a forma mais extrema e completa de [[autoritarismo]]. Nos estadosEstados totalitários, o [[Poder|poder político]] é geralmente detido por [[Autocracia|autocratas]] que recorrem a extensas campanhas de [[propaganda]] difundidas por [[meios de comunicação social|meios de comunicação de massa]] detidos pelo Estado.<ref name="reflections2">{{citar livro|primeiro =Robert|último =Conquest|título=Reflections on a Ravaged Century|data=1999|isbn=0-393-04818-7|página=74}}</ref>
 
Os regimes totalitários são muitas vezes caracterizados por extensa [[repressão política]], ausência de [[democracia]], [[culto de personalidade]] generalizado, [[Economia planificada|controlo absoluto da economia]], [[censura]], [[vigilância em massa]] e uso recorrente de [[terrorismo de Estado]]. Entre outras características comuns de regimes totalitários estão o recurso a [[campos de concentração]], [[polícia secreta]] repressiva, [[perseguição religiosa]], prática disseminada de [[pena de morte]], a possível posse de [[armas de destruição em massa]], [[Fraude eleitoral|fraudes eleitorais]] ou inexistência de eleições, e em alguns casos [[Assassínio em massa|assassínios em massa]] e [[genocídio]]s perpetrados pelo Estado. O historiador [[Robert Conquest]] descreve um Estado totalitário como aquele que não reconhece limites à sua autoridade, qualquer que seja a esfera da vida pública ou privada, e que impõe essa autoridade por todos os meios ao seu dispor.<ref name="reflections2">{{citar livro|primeiro =Robert|último =Conquest|título=Reflections on a Ravaged Century|data=1999|isbn=0-393-04818-7|página=74}}</ref>
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== A propaganda no totalitarismo ==
{{MaisArtigo informaçõesprincipal|Propaganda comunista|Propaganda nazista}}
 
{{Mais informações|Propaganda comunista|Propaganda nazista}}
 
Elemento de destaque constituiu a propaganda entre os movimentos totalitários do [[século XX]]. Aspirando ao domínio total da população em regimes pautados por [[teorias conspiratórias]] e uma realidade fictícia criada em meio a um desprezo pela realidade dos fatos, a propaganda totalitária foi essencial para, num primeiro momento, a conquista das massas e arregimentar em torno de si uma enorme quantidade de simpatizantes, e, principalmente, para mantê-las sob controle posteriormente. Já empossados da máquina governamental, a [[violência de Estado]], ainda restrita na ascensão dos movimentos ao poder, assume sua forma mais acabada, e, com isso, constitui-se no melhor instrumento de persuasão destes regimes: dão realidade às afirmações fictícias do regime. Como exemplo, [[Josef Stalin]], ao divulgar que acabara com o [[desemprego]] na [[União Soviética]], uma inverdade de fato, extinguiu os programas de benefícios para desempregados; ao afirmarem, os nazistas, que poloneses não tinham [[intelecto]], começaram o extermínio de intelectuais poloneses.<ref>[http://www.panzerdivision.pzd.com.br/03_01_cinema.htm]</ref>
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Desta forma, o uso da [[propaganda]] nos regimes totalitários é tido como parte da violência, e vice-versa, sendo ambas complementares. E a primeira só vai substituir a segunda na medida em que a dominação vá se efetuando completamente. A propaganda, inicialmente, é destinada aos elementos externos ao movimento, àqueles que ainda não se domina, como estrangeiros, já o [[terror]] é perpetrado entre aqueles já dominados e que não mais oferecem resistência ao regime, alcançando sua perfeição nos [[campos de concentração]] e [[Campo de extermínio|extermínio]] onde a propaganda é totalmente substituída pela [[violência]]. {{Carece de fontes|data=Janeiro de 2009}} Assim, o terror torna-se uma fonte de convencimento, semelhante à propaganda.
 
Também são apontadas semelhanças entre a propaganda totalitária e a propaganda comercial de massa ([[publicidade]]) que se desenvolvia nos [[Estados Unidos]] naquele início de século<ref name="Não-nomeado-xXBd-1">[http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=2&PHPSESSID=7344ed5e82e51d5534f731688bd39468 Chomsky, Noam. América Rebelde - Entrevista à Daniel Mermet. Le Monde Diplomatique Brasil. 19 de julho de 2010.]</ref> utilizando argumentos [[Cientificismo|cientificistas]] para suas afirmações justificando a supremacia de suas próprias razões {{Carece de fontes|data=Janeiro de 2009}}. A [[Cultura de massa|sociedade massificada]] em que dominavam os regimes totalitários mais [[Paradigma|paradigmáticos]] lidavam com um indivíduo atomizado que, para o espanto do mundo não totalitário, perdia até mesmo seu instinto de auto-conservação.<ref>[http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/008-53652-103-04-16-901-20090414STO53645-2009-13-04-2009/default_pt.htm Parlamento Europeu. A Europa e o seu passado.]</ref>
 
== Características do totalitarismo tradicional ==
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== O totalitarismo ou procedimentos totalitários na democracia ==
 
=== Bolivarianismo ===
 
{{artigo principal|Bolivarianismo}}
 
Desta forma, pensadores atuais, como [[Denis Lerrer Rosenfield|Denis Rosenfield]] têm se referido ao regime bolivariano como uma "democracia totalitária", admitindo que um regime poderia vir a ser concomitantemente, democrático e totalitário, não sendo os dois termos [[antônimo]]s absolutos.<ref>[http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090803/not_imp412618,0.php Rosenfield, Denis Lerrer. ''Democracia totalitária'' Estadão.com.br. 03 de agosto de 2009.]</ref>
 
O atual governo venezuelano possui ampla gama de apoiadores que chegou a ser de 71% em 2008, caindo para 60% em 2009 e 58% em 2010. Para as eleições presidenciais de 2012, segundo uma pesquisa realizada, [[Hugo Chávez]] teria apoio mais ou menos de 50% dos votos decididos contra um total de 28,4% de todos seus concorrentes, 34% dizem não saber ainda em quem votar e 13,2% não votaria em nenhuma das opções, inclusive Chávez.<ref name="Índice de aprovação de Chávez cai para 58%, diz pesquisa">http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,indice-de-aprovacao-de-chavez-cai-para-58-diz-pesquisa,509957,0.htm Reuters/Estadão. ''Índice de aprovação de Chávez cai para 58%, diz pesquisa''. 11 de fevereiro, 2010</ref><ref name="Índice de aprovação de Hugo Chávez chega a 50%">http://www.panoramabrasil.com.br/indice-de-aprovacao-de-hugo-chavez-chega-a-50-id61036.html ANSA. ''Índice de aprovação de Hugo Chávez chega a 50%''. 25 de março, 2011</ref>
 
=== Noam Chomsky ===
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Em texto dedicado a [[Noam Chomsky]], [[Jean Ziegler]] escreve: “Existem três totalitarismos: o totalitarismo stalinista, o totalitarismo nazista, e, agora, o "tina" (palavra formada com as iniciais da expressão inglesa ''there is no alternative'' ("não há alternativa"), utilizada por [[Margaret Thatcher]] para proclamar o caráter inelutável do [[capitalismo]] [[neoliberal]].
 
A "tina", em sua concepção de integração global, trabalharia para a [[Integração econômica total|integração econômica planetária]], mas somente em prol dos interesses das altas classes financeiras, dos bancos e dos [[fundo de pensão|fundos de pensão]], potências que controlariam também as [[mídia]]s. Assim, aqueles que se opõem a essa política são chamados de "anti-globalização", sendo sua crítica colocada à margem da mídia.<ref>[http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id name=2&PHPSESSID=7344ed5e82e51d5534f731688bd39468 Chomsky, Noam. América Rebelde "Não- Entrevista à Daniel Mermet. Le Monde Diplomatique Brasil. 19 de julho de 2010.]<nomeado-xXBd-1"/ref>
 
Considerando que a finalidade da [[democracia]] é que as pessoas possam decidir suas próprias vidas e fazer as escolhas políticas que lhes concernem, e que ela se sustenta na [[liberdade de expressão]], mesmo os [[Estados Unidos]], país símbolo da democracia, estariam sujeitos em dados momentos a um grau maior ou menor de totalitarismo, sustentado pela propaganda e pela pressão econômica sobre a livre expressão do pensamento. Considera ainda o pensador americano que a [[liberdade de expressão]] somente começou a ser exercida de forma mais plena nos Estados Unidos na [[década de 1960]].
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{{Portal3|História|Política|Direitos humanos}}
{{Controle de autoridade}}
 
[[Categoria:Totalitarismo| ]]
[[Categoria:Estatismo]]
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[[Categoria:Poder político]]
[[Categoria:Formas de governo]]
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