Alfredo Luís Campos
Alfredo Luís Campos (Angra do Heroísmo, 19 de Março de 1856 — Angra do Heroísmo, 13 de Janeiro de 1931) foi um professor, escritor e jornalista açoriano de renome, que escreveu diversas obras para o teatro e volumosa colaboração em vários jornais, alguns do quais ajudou a fundar. Era professor de português da Escola Industrial e Comercial Madeira Pinto de Angra do Heroísmo. É autor, entre outras obras publicadas, da Memória da visita Régia à Ilha Terceira.[1] Usou o pseudónimo Alcampos.
Alfredo Luís Campos | |
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Nascimento | 18 de março de 1856 Angra do Heroísmo |
Morte | 13 de janeiro de 1931 (74 anos) Angra do Heroísmo |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Ocupação | professor, jornalista, escritor |
Biografia
editarEra filho natural de Frederico Ferreira Campos, um importante político angrense de origem lisboeta, que entre outras funções, foi vereador da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e vogal do Conselho Distrital, e de Maria Carlota Martins. Colocado na roda, apenas foi legitimado em 1859. Foi casado com Carlota Augusta de Sousa Pinto.[2]
Foi o fundador dos jornais O Heroísmo (2. ° do mesmo nome), O Lutador, O Industrial e Ateneu, que redigiu, conjuntamente com Alfredo Pamplona Machado Corte Real, o primeiro; com Casimiro Mourato e João José de Aguiar, o segundo; e com vários jornalistas, o terceiro e o quarto.
Na ausência do Dr. José da Fonseca Abreu Castelo Branco, quando este foi eleito deputado, ficou, durante duas legislaturas, com a direcção política do jornal Angrense; colaborou nos jornais terceirenses Artista, Voz do Artista, Luís de Camões, União, Gazeta de Notícias, Terceira, Imparcial e Liberal, e no Diário dos Açores, um jornal editado na ilha de São Miguel.[3]
Foi vogal da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, sendo na política um dos mais fiéis seguidores de Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara, o 1.º conde da Praia. Fez parte de diversas comissões encarregadas de organizar celebrações cívicas.[4]
Obras publicadas
editarAlfredo Luís de Campos é autor de uma vasta obra dramática, para além de colaboração política dispersa por múltiplos periódicos. A lista que se segue é muito incompleta:
- Memória da visita Régia à Ilha Terceira, uma crónica da visita de D. Carlos I de Portugal à Terceira em 1901;
- Fidalgos e Plebeus, comédia-drama em quatro actos, representada por amadores no Teatro Angrense;
- Cenas da Vida, comédia-drama em quatro actos, representada por amadores e pela actriz Carolina Santos;
- Alda, a Filha do Sargento, comédia-drama em quatro actos, representada pela companhia do actor Justino Marques;
- O Segredo de Albertina, comédia ornada de música com versos do jornalista e poeta António Casimiro Mourato;
- Em Família, comédia em um acto, ornada de música com versos de Azevedo Cabral;
- Um Quarteto de Amor, comédia em um acto;
- O Dominó Vermelho, comédia em um acto (estas três últimas produções foram representadas por crianças no Teatro Angrense).
Referências
editar- ↑ Nota biográfica na Enciclopédia Açoriana.
- ↑ António Ornelas Mendes e Jorge Forjaz, Genealogias da Ilha Terceira, vol. IV, pp: 433-434. Lisboa: Dislivro Histórica, 2007 (ISBN 978-972-8876-98-2).
- ↑ Memória da Visita Régia, p. 397.
- ↑ Francisco Lourenço Valadão, Evocando figuras terceirenses. Angra do Heroísmo, Tipografia Andrade, 1964 (23-28).
Bibliografia
editar- Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira. Angra do Heroísmo: Imprensa Municipal, 1903.
- Francisco Lourenço Valadão Júnior, Evocando figuras terceirenses. Angra do Heroísmo, Tipografia Andrade, 1964.
- Jornal O Angrense n.º 2981, edição de 3 de março de 1904.