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Arracão é uma região histórica costeira do sudeste da Ásia, localizada entre a baía de Bengala a oeste, o subcontinente indiano a norte e a Birmânia a leste. As Montanhas do Arracão isolaram a região e a tornaram acessível apenas pelo mar. A região atualmente forma o estado de Arracão em Mianmar.[1]

Os primeiros habitantes do Arracão provavelmente são o povo tibeto-birmanês, que atualmente compõem a maioria da região. Dada a sua proximidade com o subcontinente indiano, os povos de línguas indo-arianas estão presentes no Arracão desde a antiguidade. O Arracão tornou-se uma das primeiras regiões do sudeste da Ásia a abraçar as religiões dármicas, particularmente o budismo e o hinduísmo. O Islã chegou com os comerciantes árabes no século VIII. A partir do século XV, a influência islâmica cresceu durante a vassalagem arracanesa ao Sultanato de Bengala. O Reino de Mrauk U surgiu como um reino arracanês independente por 300 anos. Durante a Era dos Descobrimentos, o Arracão despertou o interesse do Império Português a partir de 1514 e no século XVII da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais. O Arracão tornou-se um centro de pirataria e outras áreas de comércio.

Após a conquista da Companhia Britânica das Índias Orientais, o Arracão tornou-se uma das divisões da Índia Britânica e recebeu colonos oriundos da região vizinha, a Divisão de Chatigão da Presidência de Bengala. Em 1937, tornou-se uma divisão da Birmânia britânica. A Divisão do Arracão foi na ocasião uma das principais exportadoras de arroz. Durante a Segunda Guerra Mundial, a região foi ocupada pelo Japão Imperial. As Forças Aliadas libertaram o Arracão durante a Campanha da Birmânia. Continuou sendo uma divisão administrativa depois da independência birmanesa; e mais tarde tornou-se uma província. No início de 1960, a parte norte do Arracão foi governada a partir de Rangum como a Distrito da Fronteira de Maiu.

Em 1982, a lei de nacionalidade birmanesa despojou muitos habitantes da região de sua cidadania. Em 1989, a junta militar birmanesa mudou o nome oficial da Birmânia para Mianmar. Na década de 1990, a junta mudou o nome do Estado do Arracão para Estado de Rakhine - um nome que reflete o domínio da maioria de Rakhine.[2] Muitos na minoria ruainga (rohingya) se opuseram fortemente a alteração. A região tem visto conflitos entre o Estado birmanês, os nacionalistas arracaneses e os rebeldes ruaingas. Em tempos mais recentes, o Estado de Rakhine tem se destacado pelo êxodo de refugiados para países vizinhos devido às operações militares do Tatmadaw (Exército de Mianmar).[1]

Etimologia

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Cláudio Ptolomeu identificou Arracão como Argiré.[3] Registros portugueses grafavam o topônimo como Arracão.[4] O topônimo foi escrito como Araccan em muitos mapas antigos e publicações europeias.[5] A região foi nomeada como "Divisão de Arracão" (Arakan Division) durante o domínio britânico na Birmânia.[6]

Outros nomes

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Os primeiros comerciantes árabes estavam familiarizados com o topônimo indiano de Rohang como o nome de Arracão.[7] A tradição birmanesa mantém o nome da região como sendo Rakhaing.[8]

História

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Primeiros habitantes

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Não está claro quem foram os primeiros habitantes; alguns historiadores acreditam que os primeiros colonizadores incluíram a tribo Mro birmanesa, mas há uma falta de evidência e nenhuma tradição clara de sua origem ou registros escritos de sua história.[9] A história tradicional birmanesa sustenta que o Arracão foi habitado pelos arracaneses desde 3 000 a.C.. Mas não há evidência arqueológica para apoiar essa reivindicação.[10]:17 De acordo com o historiador britânico Daniel George Edward Hall, que escreveu extensivamente sobre a história da Birmânia, "os birmaneses aparentemente não se estabeleceram no Arracão possivelmente até depois do século X Por isso, acredita-se que dinastias primitivas tenham sido indianas, dominando uma população similar à de Bengala. Todas as capitais conhecidas pela história foram no norte, perto da moderna Akyab".[11]

Antiga influência índica

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Um mapa mostrando o Arracão como vizinho dos reinos do delta do Ganges em 200
 
Um mapa mostrando o Arracão como vizinho do Império Gupta Indiano em 400

O Arracão ficou sob forte influência índica a partir do subcontinente indiano, particularmente os antigos reinos do delta do Ganges. O Arracão foi uma das primeiras regiões do sudeste da Ásia a adotar religiões dármicas e tornou-se um dos primeiros reinos indianizados do sudeste da Ásia. Missionários budistas do Império Máuria viajaram através do Arracão para outras partes do sudeste asiático.[12][13]

Primeiros estados

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Devido à evidência de inscrições em sânscrito encontradas na região, os historiadores acreditam que os fundadores do primeiro estado arracanês foram indianos.[10]:17 O primeiro estado arracanês desenvolveu-se em Daniauádi entre os séculos IV e VI. A cidade era o centro de uma grande rede comercial ligada à Índia, China e Pérsia.[10]:18 O poder então deslocou-se para a cidade de Uaitali, onde a dinastia Chandra governou. Uaitali tornou-se um porto comercial rico.[10]:18 O estado de Hariquela, regido pelos Chandra, era conhecido como Reino de Rumi para os árabes.[14]

Chegada do Islã

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Desde o século VIII, mercadores árabes começaram a conduzir atividades missionárias e muitos habitantes locais se converteram ao islamismo.[15] Alguns pesquisadores especularam que os muçulmanos usavam rotas de comércio na região para viajar à Índia e à China.[16] Um ramo do sul da Rota da Seda ligava a Índia, a Birmânia e a China desde o período neolítico.[17][18] Muitos comerciantes árabes se casaram com mulheres locais e se estabeleceram no Arracão. Como resultado do casamento e conversão, a população muçulmana no Arracão cresceu.[19]

Migração arracanesa

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Também não está claro que os arracaneses eram uma das tribos das Cidades-Estados Pyu porque os Pyus não estão relacionados com a etnia birmanesa. Eles começaram a migrar para o Arracão através das Montanhas do Arracão no século IX. Os arracaneses se estabeleceram no vale do rio Lemro. Suas cidades incluíam Sambawak I, Pyinsa, Parein, Hkrit, Sambawak II, Myohaung, Toungoo e Launggret. As cidades floresceram entre os séculos XI e XV. Os birmaneses invadiram o Arracão em 1406.[10]:18–20

Influência indo-islâmica

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Arracão sob o Sultanato de Bengala no século XV

Após a invasão birmanesa, Mim Sau Mom fugiu para Gaurh no Sultanato de Bengala, onde permaneceu no exílio por 24 anos depois de receber asilo pelo Sultão Queaçadim Azã Xá. O Sultanato de Bengala foi um dos principais estados islâmicos estabelecidos após a conquista muçulmana do subcontinente indiano.

Em 1430, Mim Sau Mom recuperou o controle do Arracão com a ajuda do Sultanato de Bengala. Ele estabeleceu sua nova capital na cidade de Mrauk U. O Arracão tornou-se um Estado vassalo do Sultanato de Bengala e reconheceu a soberania bengalesa sobre algum território do norte do Arracão. Os reis arracaneses adotaram títulos islâmicos e utilizaram o taka bengali. Mim Sau Mom intitulou-se como Solimão Xá. Os bengalis se estabeleceram no Arracão e formaram seus assentamentos.[10]:20[20][21]

Reino de Mrauk U

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O Reino de Mrauk U no século XVII

Os sucessores de Mim Sau Mom no Reino de Mrauk U procuraram acabar com a hegemonia do Sultanato de Bengala. Mim Cai (Ali Cã) foi o primeiro a desafiar a hegemonia bengali. Ba Sau Piu (Calima Xá) derrotou o sultão de Bengala Rocanadim Barbaque Xá em 1459. Mim Bim (Zabuque Xá) conquistou Chatigão. Tirando vantagem da campanha de invasão do Império Mogol em Bengala, a marinha e os piratas do Arracão dominaram uma linha costeira de 1000 milhas, abrangendo desde os Sundarbans até Moulmein. O litoral do reino era frequentado por árabes por portugueses ( a partir de 1514) e um século depois por holandeses, dinamarqueses . O controle dos vales do rio Kaladan e do rio Lemro levariam ao aumento do comércio internacional, tornando Mrauk U próspero. Os reinados de Mim Palaungue (Siquender Xá), Mim Rajagiri (Salim Xá I) e do neto Mim Camaungue (Huceine Xá) fortaleceram a riqueza e o poder de Mrauk U.[10]:20–21 O Arracão foi conivente no comércio de escravos com o assentamento português em Chatigão. Depois de conquistar a cidade portuária de Sirião em 1599, o Arracão nomeou o mercenário português Filipe de Brito e Nicote como o governador de Sirião. Mas Nicote depois transferiu Sirião para a autoridade da Índia portuguesa. [10]:21

Mesmo após a independência dos sultões de Bengala, os reis arracaneses continuaram o costume de manter títulos muçulmanos. [22] Eles compararam-se aos sultões e moldaram-se conforme os governantes mogóis. Também continuaram a empregar indianos e muçulmanos em posições de prestígio dentro da administração real. [23] A corte adotou os hábitos indianos e islâmicos da vizinha Bengala. [23][20] Mrauk U hospedou mesquitas, templos, santuários, seminários e bibliotecas. [10]:22 Syed Alaol foi um renomado poeta do Arracão.[24] A influência indiana e muçulmana continuaria nos assuntos arracaneses por 350 anos.

Em 1660, Xá Xuja, irmão do Imperador Aurangzeb e pretendente ao Trono do Pavão, recebeu asilo em Mrauk U. Membros da comitiva de Xuja foram recrutados no exército e na corte arracanesa, sendo dignitários em Arracão até à conquista birmanesa. [25] O Arracão sofreu uma grande derrota para as forças de Suba de Bengala durante a Batalha de Chatigão em 1666, quando Mrauk U e os seus aliados Portugueses perdeu o controle do sudeste de Bengala. O reinado da dinastia Mrauk U continuou até o século XVIII.

Conquista birmanesa

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A dinastia Konbaung conquistou o Arracão em 1784. Mrauk U foi devastada durante a invasão.[10]:22 O Império Birmanês executou milhares de homens e deportou uma porção considerável de pessoas da população arracanesa para a Birmânia central.[26]

Império Britânico

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Divisão Britânica do Arracão em 1931

O Império birmanês cedeu o Arracão à Companhia Britânica das Índias Orientais pelo Tratado de Yandabo de 1826. O Arracão tornou-se uma das divisões da Índia britânica. Inicialmente governada como parte da Presidência de Bengala, recebeu muitos colonos da Divisão de Chatigão.[27] Os colonos se tornaram influentes no comércio, na agricultura e na navegação. Em 1937, o Arracão tornou-se parte da província de Burma, que foi separada da Índia em uma colônia da coroa distinta. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Arracão padeceu a ocupação japonesa da Birmânia. O Exército Independente Birmanês e a V Force pró-britânica foram ativas na região.[27] As tensões sectárias se intensificaram durante os massacres no Arracão em 1942.[27] O domínio japonês terminou com a bem-sucedida Campanha da Birmânia pelas forças aliadas.

Durante o domínio britânico, a Divisão do Arracão foi uma das maiores exportadoras de arroz do mundo.[28] A divisão portuária e capital Akyab foram dominados pelos arracaneses ruaingas, o que causou tensão com os arracaneses birmaneses.[29] Ambos os grupos foram representados como nativos no Conselho Legislativo da Birmânia e na Legislatura da Birmânia. Nos anos 1940, os arracaneses muçulmanos apelaram a Muhammad Ali Jinnah para incorporar os distritos do vale do rio Maiu no Domínio do Paquistão.[30]

Independência birmanesa

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O Arracão tornou-se uma das divisões da União da Birmânia após a independência do domínio britânico. A Birmânia foi uma democracia parlamentar até o golpe de Estado de 1962. A parte norte do Arracão seria governada pelo governo central em Rangum no início dos anos 1960. Conhecido como Distrito da Fronteira de Maiu, abrangia municípios perto da fronteira com o Paquistão Oriental.[27]

Em 1982, a junta birmanesa promulgou a lei de nacionalidade birmanesa que não reconhecia os ruaingas como um dos grupos étnicos de Mianmar, assim despojando-os de sua cidadania. Em 1989, o governo birmanês alterou o nome do país de Birmânia para Mianmar. Na década de 1990, o Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento mudou o nome do Estado do Arracão para Estado de Rakhine. No entanto, o novo nome não é aceito como legítimo por muitos nas comunidades arracanesas e ruaingas, preferindo o termo histórico Arracão.

Grupos liderados pelos arracaneses, como o Exército de Libertação do Arracão, buscaram independência para a região. Outros grupos, incluindo a Organização Nacional dos Ruaingas do Arracão, exigiram autonomia. A região testemunhou repressão militar durante a Operação Dragão Rei em 1978; em 1991 e 1992 após a Revolta 8888 e eleição geral de 1990;[31] os motins de 2012, uma crise dos refugiados ruaingas em 2015 e a perseguição dos ruaingas a partir de 2016.


Referências

  1. a b Columbia Encyclopedia, s.v. "Rakhine State".
  2. «Arakanese - Definition, Location, & Ancient Kingdom» 
  3. Arthur Purves Phayre (1883). History of Burma. [S.l.]: Рипол Классик. p. 42. ISBN 978-5-87742-763-1 
  4. Frederick Charles Danvers (1988). The Portuguese in India: Being a History of the Rise and Decline of Their Eastern Empire. [S.l.]: Asian Educational Services. p. 528. ISBN 978-81-206-0391-2 
  5. Thomas Bankes; Edward Warren Blake; Alexander Cook; Thomas Lloyd (1800). A New, Royal, and Authentic System of Universal Geography, Ancient and Modern: Including All the Late Important Discoveries ... and a Genuine History and Description of the Whole World ... Together with a Complete History of Every Empire, Kingdom, and State ... to which is Added a Complete Guide to Geography, Astronomy, the Use of the Globes, Maps ... [S.l.: s.n.] p. 247 
  6. Cheng Siok-Hwa (2012). The Rice Industry of Burma, 1852-1940: (First Reprint 2012). [S.l.]: Institute of Southeast Asian Studies. p. 86. ISBN 978-981-230-439-1 
  7. Abū al-Faz̤l ʻIzzatī; A. Ezzati (2002). The Spread of Islam: The Contributing Factors. [S.l.]: ICAS Press. p. 482. ISBN 978-1-904063-01-8 
  8. Arthur P. Phayre (17 de Junho de 2013). History of Burma: From the Earliest Time to the End of the First War with British India. [S.l.]: Routledge. p. 41. ISBN 978-1-136-39848-3 
  9. Beniison, J.J (1933). Census of India, 1931: Burma Part I – Report. Rangoon: Office of Superintendent, Government Printing and Stationery, Burma. p. 149 
  10. a b c d e f g h i j William J. Topich; Keith A. Leitich (9 de janeiro de 2013). The History of Myanmar. [S.l.]: ABC-CLIO. ISBN 978-0-313-35725-1 
  11. D. G. E Hall, A History of South East Asia, New York, 1968, P. 389.
  12. British Academy (4 de dezembro de 2003). Proceedings of the British Academy, Volume 121, 2002 Lectures. [S.l.]: OUP/British Academy. p. 76. ISBN 978-0-19-726303-7 
  13. «Vaishali and the Indianization of Arakan - Noel F. Singer - Google Books». Books.google.com.bd. 24 de novembro de 1980 
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  15. Sunil S. Amrith (7 de outubro de 2013). Crossing the Bay of Bengal. [S.l.]: Harvard University Press. p. 37. ISBN 978-0-674-72846-2 
  16. «The thoroughfare of Islam - Dhaka Tribune». www.dhakatribune.com 
  17. Foster Stockwell (30 de dezembro de 2002). Westerners in China: A History of Exploration and Trade, Ancient Times through the Present. [S.l.]: McFarland. p. 15. ISBN 978-0-7864-8189-7 
  18. Fuxi Gan (2009). Ancient Glass Research Along the Silk Road. [S.l.]: World Scientific. p. 70. ISBN 978-981-283-357-0 
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  20. a b Aye Chan 2005, p. 398.
  21. Yegar 2002, p. 23.
  22. Yegar 2002, pp. 23–24.
  23. a b Yegar 2002, p. 24.
  24. Francesca Orsini; Katherine Butler Schofield (5 de outubro de 2015). Tellings and Texts: Music, Literature and Performance in North India. [S.l.]: Open Book Publishers. p. 424. ISBN 978-1-78374-102-1 
  25. Mohamed Nawab Mohamed Osman (19 de Junho de 2017). Islam and Peacebuilding in the Asia-Pacific. [S.l.]: World Scientific. p. 24. ISBN 978-981-4749-83-1 
  26. Aye Chan 2005, p. 399.
  27. a b c d Background Paper on Rakhine State by Myanmar-Institute of Strategic and International Studies (M-ISIS), 28 de Maio de 2018
  28. Georg Hartwig (1863). The Tropical World: a Popular Scientific Account of the Natural History of the Animal and Vegetable Kingdoms in the Equatorial Regions. [S.l.]: Longman, Green, Longman, Roberts, and Green. p. 159 
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  30. Yegar 1972, p. 10.
  31. «Myanmar: Muslims from Rakhine State: Exit and Return». Refworld. 1 de dezembro de 1993 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Arakan».