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Terceira Batalha de Ypres

(Redirecionado de Batalha de Passchendaele)

A Terceira Batalha de Ypres, ou, na sua forma portuguesa, de Ipres,[2] também conhecida como Batalha de Paschendale foi uma campanha da Primeira Guerra Mundial que opôs os britânicos, e os seus Aliados (canadenses, sul-africanos e as unidades ANZAC), ao Império Alemão. A batalha teve lugar na Frente Ocidental, entre junho e novembro de 1917, e o seu objectivo era controlar as zonas a sul e leste da cidade belga de Ypres, na região da Flandres Ocidental, como parte integrante de uma estratégia decidida pelos Aliados em uma conferência em novembro de 1916 e maio de 1917.[3] Paschendale fica situada na última colina a leste de Ypres, a 8 km de um entroncamento ferroviário em Roulers, uma parte vital do sistema de abastecimentos do Quarto Exército alemão.[4] A fase seguinte da estratégia Aliada era um avanço até Thourout – Couckelaere, para bloquear o caminho-de-ferro controlado pelos alemães entre Roulers e Thourout, que só ocorreria em 1918. As operações adicionais e o apoio britânico ao ataque da costa belga de Niewpoort, juntamente com um desembarque anfíbio, chegariam a Bruges e à fronteira holandesa.[5] A resistência do Quarto Exército alemão, um clima muito húmido, o começo do Inverno e a mudança dos recursos franceses e britânicos para Itália, a seguir à vitória austro-germânica na Batalha de Caporetto, (24 de outubro – 19 de novembro), permitiu aos alemães evitar uma retirada geral, que lhes parecia inevitável em outubro.[6] A campanha terminou em Novembro quando o Corpo Canadiano capturou Passchendaele.[7] Em 1918, a Batalha de La Lys[8] e a Quinta Batalha de Ypres,[9] tiveram lugar antes de os Aliados ocuparem a costa belga e terem chegado à fronteira holandesa.[10]

Terceira Batalha de Ypres
Batalha de Paschendale
Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial
Atiradores australianos na Floresta de Château, próxima a Hooge, em 29 de outubro de 1917.
Atiradores australianos na Floresta de Château, próxima a Hooge, em 29 de outubro de 1917. Foto de Frank Hurley.
Data 31 de julho de 1917 a 6 de novembro de 1917
Local Passendale (em Zonnebeke), Bélgica
Desfecho Vitória táctica Aliada
Beligerantes
Reino Unido Império Britânico França
 Bélgica
Império Alemão
Comandantes
Reino Unido Douglas Haig
Reino Unido Hubert Gough
Reino Unido Herbert Plumer
Austrália John Monash
Arthur Currie
François Anthoine
Erich Ludendorff
Ruperto da Baviera
Friedrich Bertram Sixt von Armin
Forças
50 divisões britânicas e 6 francesas 77 a 83 divisões alemãs
Baixas
448 614 mortos, feridos, desaparecidos ou capturados[1] 410 000 mortos, feridos, desaparecidos ou capturados[1]

Uma campanha na Flandres era um assunto controverso em 1917, e assim continuou. O Primeiro-ministro britânico Lloyd George opunha-se à ofensiva[11] tal como o general Foch, o o Chefe-de-Estado francês.[12] O comandante britânico, marechal-de-campo Sir Douglas Haig, teve que aguardar aprovação para a operação na Flandres do Gabinete de Guerra até 25 de Julho.[13] Algumas questões controversas entre os participantes na batalha, escritores e historiadores, incluem a visão de efectuar uma estratégia ofensiva após a mal-sucedida Ofensiva Nivelle, em vez de aguardar pela chegada dos exércitos americanos a França; a escolha da Flandres em vez de outras zonas mais a sul ou a Frente italiana; o clima e as condições atmosféricas na Flandres; a escolha do general Hubert Gough por Haig e o Quinto Exército para liderar a ofensiva; a forma de dar início ao ataque; o intervalo de tempo entre a Batalha de Messines e o ataque de abertura das Batalhas de Ypres; a influência dos problemas internos dos exércitos franceses na persistência dos britânicos na ofensiva; o efeito da lama nas operações; a decisão de continuar a ofensiva em Outubro com a mudança nas condições meteorológicas; e o custo das perdas humanas da campanha nos exército alemão[14] e britânico.[15]

Ver também

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Notas

Referências

  1. a b James Ellis & Michael Cox, World War I Databook
  2. Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda. 
  3. Edmonds 1948, pp. 22–25.
  4. Terraine 1977, p. 336.
  5. Edmonds 1948, pp. 124–125.
  6. Terraine 1977, p. 299.
  7. Prior & Wilson 1996, p. 179.
  8. Davies, Edmonds & Maxwell-Hyslop 1937, p. 138-452.
  9. Edmonds & Maxwell-Hyslop 1947, pp. 57–93.
  10. Edmonds & Maxwell-Hyslop 1947, pp. 269–293 & 426–453.
  11. Terraine 1977, pp. 159–163 & 198–199.
  12. Terraine 1977, p. 111.
  13. Edmonds 1948, p. 106.
  14. Sheldon 2007, p. 315.
  15. Prior & Wilson 1996, pp. 194–200.

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