Câmbio Negro
Câmbio Negro é uma banda de rap, formada em 1990 na Ceilândia, Distrito Federal. Os temas abordados são os mais variados, desde a violência policial, o racismo, a discriminação, a politização e conscientização em conteúdo como o encarceramento em massa. Em determinados momentos fala de amor, mas sem ser piegas. Letras que também contém pitadas de sarcasmo e acidez. A composição sempre é construída com muito critério, um som pesado com referências de bandas como Boo-Yaa T.R.I.B.E., N.W.A. e Public Enemy que são seus comtemporâneos.
Câmbio Negro | |
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Informação geral | |
Origem | Ceilândia, Distrito Federal |
País | Brasil |
Gênero(s) | Rap, rap rock, soul, funk |
Período em atividade | 1990 − 2000 2018 − presente |
Gravadora(s) | Discovery |
Afiliação(ões) | Baseado Nas Ruas, DJ Raffa, Dino Black, Código Penal, Falso Sistema, Vera Verônika, GOG, Gerson King Combo, Thaíde & DJ Hum, Rappin' Hood, Posse Mente Zulu, Código 13, Z'África Brasil, RPW, Sepultura, Da Guedes, Planet Hemp, Marcelo D2, B. Negão, Ryo Radical Raps, Chico Science & Nação Zumbi, Opanijé, Nego Dé, Visão de Rua, Consciência Humana, Barão Vermelho |
Integrantes | X (vocal) Ralph Sardela (guitarra) Denizar Marques (bateria) Moisés Pacífico (baixo) Beetles (DJ) |
Ex-integrantes | DJ Jamaika DJ Chocolaty DJ Marcelinho Zeca (Baixo) Daniel (Baixo) Bell (Guitarra) Ritchie (Bateria) |
História
editarO Câmbio Negro surgiu em 1990, na Ceilândia, DF. A primeira formação tinha X e DJ Jamaika (Jefferson Alves) nos vocais além de DJ Chocolaty nos toca-discos. O primeiro álbum, intitulado Sub-Raça, foi lançado em julho de 1993 pela gravadora independente Discovery. Pelo mesmo selo, em 1995 o grupo lançou seu segundo disco: Diário de um Feto, vendendo duas mil cópias nos primeiros quinze dias.[1] No mesmo ano, concorreu ao Video Music Brasil, na categoria Melhor Grupo de Rap, fato que se repetiria no ano seguinte, e somente na edição de 1999 é que o grupo conquistou o prêmio, além de concorrer na categoria de Melhor Edição, com a música Círculo Vicioso, no ano anterior após ter lançado o álbum homônimo Câmbio Negro, pela gravadora Trama.
O Câmbio Negro encerrou suas atividades após a saída do vocalista X no final do ano 2000, visando lançar discos solos e outros segmentos do Hip-Hop, outras áreas de atuação como palestras, oficinas, workshops. Em 2015 os integrantes da banda decidem por fazer uma reunião para gravação de um CD e DVD ao vivo. Três anos depois em 2018 o vocalista X anuncia através de uma entrevista o retorno definitivo da banda. E, no mesmo ano lançaram o single "Ninguém Toma" com videoclipe. No ano de 2022 lançaram o single "Fogo no Canavial", que fala de um Brasil atual e racista. X lembra de uma das formas dos escravizados de se rebelarem contra seus senhores atingindo "onde doía mais, que era o bolso". O Câmbio Negro segue em atividade produzindo novos sons e fazendo shows pelo Brasil.
Integrantes
editarDiscografia
editar- 1993: Sub-Raça
- 1995: Diário de um Feto
- 1998: Esse é Meu País (single)
- 1998: Câmbio Negro
- 2015: Ao Vivo
- 2018: Ninguém Toma (single)
- 2022: Fogo no Canavial (single)
Filmografia
editarAno | Nome | Personagem |
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2001 | Domésticas | Ausprício (X) |
Prêmios
editarAno | Prêmio | Categoria |
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1995 | Rádios Especializadas no Gênero Rap | Revelação Rap |
1999 | MTV Brasil | Melhor Vídeoclipe do Ano |
2010 | Prêmio Preto Ghóez - Reconhecimento | Ministério da Cultura |
2010 | Prêmio Hip-Hop Zumbi - Reconhecimento | Coletivo ArteSam |
2010 | Festival Brasília Outros 50 | Homenagem |
2017 | Primeiro Prêmio Hip-Hop | Reconhecimento |
Referências
- ↑ Câmbio Negro Arquivado em 29 de outubro de 2013, no Wayback Machine. Yahoo! Música, acessado, acessado em 13 de janeiro de 2010