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Claude Monet

pintor francês (1840-1926)
 Nota: Para outros significados de outros resultados para Monet, veja Monet (desambiguação).

Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.[1]

Claude Monet
Claude Monet
Nascimento Oscar-Claude Monet
14 de novembro de 1840
Paris, Île-de-France, Reino da França
Morte 5 de dezembro de 1926 (86 anos)
Giverny, Normandia, República Francesa
Batizado 20 de maio de 1841
Residência Giverny, Villa Saint-Louis, Argenteuil, Vétheuil
Sepultamento cemitério de Giverny
Nacionalidade francês
Cidadania França
Cônjuge Camille Doncieux, Alice Hoschedé
Filho(a)(s) Jean Monet, Michel Monet
Irmão(ã)(s) Léon Monet
Alma mater
  • Escola Nacional Superior das Belas-Artes
Ocupação pintor
Principais trabalhos Impressão, nascer do sol
Femmes au jardin
Banhistas na Grenouillière
Obras destacadas Impressão, nascer do sol, Jardim em Sainte-Adresse, Houses of Parliament serie, La Corniche near Monaco, Nenúfares, Catedral de Ruão
Movimento estético Impressionismo
Causa da morte câncer de pulmão
Assinatura

O termo Impressionismo surgiu a partir de uma crítica a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", feita à obra pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha.[2] A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, tendo consciência da revolução que estavam a iniciar na pintura.

Primeiros anos

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Mulheres no jardim, de 1866

Claude Monet nasceu em Paris, em [14 de novembro] de 1840 na 9º arrondissement.[3] Seu pai, Claude - Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar. Foi a sua tia Marie-Jeanne Lecadre que o apoiou a seguir a carreira artística, pois ela também foi pintora.

Em 1851, Monet entrou para a escola secundária de artes e acabou se tornando conhecido na cidade pelas caricaturas que fazia. Nas praias da Normandia, Monet conheceu, por volta de 1856, Eugène Boudin, um artista que trabalhava extensivamente com pintura ao ar livre nessas mesmas praias, e que lhe ensinou algumas técnicas ao ar livre.

Em 28 de janeiro de 1857, sua mãe morreu e, aos 16 anos, Monet abandonou a escola e foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre.

No mesmo ano, Monet foi para Paris estudar pintura, e foi aí que conheceu a sua primeira mulher, Camille Monet, a quem retratou muitas vezes, em quadros onde ela aparecia mais do que uma vez na mesma pintura.

Estudo na arte

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Em 1859, Monet mudou-se para Paris. Frequentava muito a academia suíça de Paris, onde copiava os grandes pintores. Em 1861, foi obrigado a servir no Exército na Argélia. Sua tia Lecadre concordou em conseguir sua dispensa do serviço caso Monet se comprometesse a cursar arte na universidade. Deixou o exército, mas não lhe agradou o tradicionalismo da pintura acadêmica.

Decepcionado com o ensino da pintura acadêmica na Universidade, em 1862, ele foi estudar artes com Charles Gleyer em Paris, onde conheceu Camille Pissarro e Gustave Courbet. Juntos desenvolveram a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que mais tarde seria conhecido como Impressionismo.

Carreira artística

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A ponte Japonesa (The Bridge in Monet's Garden), de 1900

Em 1863, ajudado por seu amigo, Monet alugou um pequeno estúdio em Paris. No mesmo ano, Monet entraria para o Salão oficial de pintura de Paris: "Estuário do Sena" e "Ponte sobre Hève na Vazante".

No ano seguinte, Monet novamente expôs duas telas no salão de Paris: "Camille" ou "O vestido verde" e "A floresta em Fontainebleu". A tela "O vestido verde" recebeu grandes elogios por parte dos críticos e ganhou um prêmio no salão de Paris. Em "Camille", Monet retratou Camille Doncieux, que se tornaria sua futura mulher. No ano de 1867, Monet tentou inscrever a obra "Mulheres no Jardim" no Salão, que não a aceitou. A tela era tão grande que ele construiu uma vala para poder enterrar a parte inferior e atingir a parte superior da tela ao pintar. No mesmo ano, Monet e Camille teriam seu primeiro filho, Jean.

 
Camille (1866), Monet, atualmente no Kunsthalle de Bremen, Alemanha

Em 1868, Monet entrou em dificuldades financeiras, teve um quadro inscrito no Salão de Paris, "Navio deixando o cais de Le Havre", que recebeu uma crítica negativa. Recebeu, no mesmo ano, medalha de prata na Exposição Marítima Internacional de Le Havre pela tela "O molhe de Le Havre".

Em 1870, Camille e Monet se casaram após o nascimento do primeiro filho do casal. No mesmo ano, com o início da guerra franco-prussiana, Monet e sua família se refugiaram em Londres. De volta à França e com o pai já morto, refugiar-se em Le Havre não o atraía mais, por isso Monet mudou-se para Argenteuil, onde passou a receber seus amigos impressionistas (Édouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e outros). Na cidade, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.

 
Impressão, nascer do sol

Em 1872, Monet pintou Impressão, nascer do sol (Impression: Soleil Levant, atualmente no Museu Marmottan de Paris), uma paisagem do Havre, exibida na primeira exposição impressionista de 1874. O quadro deu origem ao nome usado para definir o movimento impressionista.

 
Os nenúfares (1904)

Em 1878, Monet mudou-se para Paris com a família devido à crise financeira. No mesmo ano, nasceria seu segundo filho, Michel. Em férias com o casal Hoschédé, Monet acabou apaixonando-se pela mulher do Sr. Hoschédé, Alice. Um ano depois, Camille Doncieux morreu de cancro aos trinta e dois anos de idade.

Em 1883, Monet mudou-se para Giverny, na Normandia. Monet trocava correspondência com Alice até a morte de seu marido em 1891. No ano seguinte ele e Alice Hoschédé casaram-se.

Na década após o seu casamento, Monet pintou uma série da Catedral de Ruão em vários horários e pontos de vista diferentes. Vinte pinturas da catedral foram exibidas na galeria Durand-Ruel em 1895. Ele também fez uma série de pinturas de pilhas de feno.

Em 1899, Monet pintou em Giverny a famosa série de quadros chamadas "Nenúfares". Em sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um gênio da pintura.

Monet ao pintar Nenúfares se baseou no lago e a ponte japonesa de sua própria casa, no outono, porque era nessa época do ano em que as flores caiam sobre o lago criando uma linda visão na qual Monet resolveu pintar. A técnica de Monet para pintar quadros era bastante peculiar para as pessoas e outros artistas que o viam pintando, mas a técnica de Monet desenvolvida na época foi considerada mais tarde como umas das mais belas do mundo, que é o impressionismo, que aparenta ser de perto apenas borrões mas ao distanciar a visão, o quadro se forma nitidamente.

Últimos anos

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Nenúfares
 
Catedral em Ruão

Monet teve uma catarata no fim da sua vida (1907). A doença o atacou por causa das muitas horas com seus olhos expostos ao sol, pois gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários do dia e em várias épocas do ano, o que foi outra característica do Impressionismo. Durante sua doença Monet não parou de pintar, - usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros.

Em 1923, o pintor estava quase totalmente cego. Depois de uma operação de catarata, teve uma melhora.

Monet morreu a 1926, aos 86 anos, sem nunca ter parado de pintar, em consequência de um câncer de pulmão e está enterrado no cemitério da igreja de Giverny, departamento de Eure, na Alta Normandia, norte da França.[4]

Obras de Oscar-Claude Monet

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 Ver artigo principal: Lista de pinturas de Claude Monet

Entre as muitas obras de Monet, podem destacar-se:

Leilões

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Charing Cross Bridge

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Em 13 de novembro de 2019 a Sotheby's vendeu a pintura de Claude Monet, "Charing Cross Bridge", por 27,6 milhões de dólares (25 milhões de euros), em Nova Iorque num leilão de arte impressionista e moderna.

O trabalho de Monet reflete a ponte ferroviária de Charing Cross, imersa no nevoeiro e na luz brilhante que emerge numa composição luminosa de Londres.[5]

Galeria

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Ver também

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Referências

  1. House, John, et al.: Monet in the 20th century, page 2, Yale University Press, 1998.
  2. «Claude MONET biography» (em inglês). Giverny.org. 2 de dezembro de 2009. Consultado em 14 de novembro de 2012 
  3. P. Tucker Claude Monet: Life and Art, p. 5
  4. Claude Monet (em inglês) no Find a Grave[fonte confiável?]
  5. «Pintura de Monet rende 25 milhões de euros em leilão» 
  6. «Search the Collection » Norton Simon Museum». nortonsimon.org 
  7. «Musée d'Orsay: Claude Monet Women in the Garden». musee-orsay.fr. Consultado em 18 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2015 
  8. «Claude Monet – Garden at Sainte-Adresse». Metropolitan Museum of Art 
  9. «Das Städel Museum – Kunstmuseum in Frankfurt». Städel Museum 
  10. «Claude Monet – La Grenouillère». Metropolitan Museum of Art 
  11. «Artwork». Museum of Fine Arts, Budapest. Consultado em 22 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 8 de janeiro de 2015 
  12. London, The National Gallery. «Claude Monet - The Beach at Trouville - NG3951 - National Gallery, London». nationalgallery.org.uk 

Leitura adicional

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  • La Casa De Papel
  • Kendall, Richard Monet by Himself, (Macdonald & Co 1989, atualizada Time Warner Books 2004), ISBN 0-316-72801-2
  • Tucker, Paul Hayes, Monet in the '90s. (Museu de Belas Artes em associação com Yale University Press, New Haven e Londres, 1989).
  • Tucker, Paul Hayes Claude Monet: Life and Art Amilcare Pizzi, Italy 1995 ISBN 0-300-06298-2
  • Tucker, Paul Hayes, Monet in the 20th century. (Royal Academy of Arts, Londres, Museu de Belas Artes, Boston e imprensa da Universidade de Yale. 1998).

Ligações externas

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