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Colinas de Golã

território capturado e ocupado por Israel da Síria desde 1967

As colinas de Golã ou montes Golã (em árabe: هضبة الجولان, Hadhbat al-Jaulan, Haḍbatu 'l-Jawlān ou مرتفعات الجولان, Murtafaʕātu 'l-Jawlān; em hebraico: רמת הגולן Ramat HaGolan), antes conhecidas como colinas Sírias,[2][3][4][5] são uma região localizada no Levante.

Colinas de Golã
هضبة الجولان
רמת הגולן
Lago Ram próximo ao monte Hérmon (ao fundo), no nordeste das colinas de Golã.
Lago Ram próximo ao monte Hérmon (ao fundo), no nordeste das colinas de Golã.
Lago Ram próximo ao monte Hérmon (ao fundo), no nordeste das colinas de Golã.
Localização
Localização das colinas de Golã.
Localização das colinas de Golã.
Localização das colinas de Golã.
Coordenadas
País Território sírio ocupado por Israel.[1]
Características geográficas
Área total 1 800 km²

A área exata definida como o território das colinas de Golã muda de acordo com a disciplina abordada:

  • Como região geopolítica, as colinas de Golã são a área conquistada por Israel da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, e posteriormente anexada pelo governo israelense em 1981. Esta região inclui os dois terços ocidentais das colinas de Golã geológicas, assim como a parte do monte Hérmon sob ocupação israelense. Internacionalmente reconhecida como território sírio, as colinas de Golã estão sob ocupação e administração de Israel desde 1967, quando a área foi capturada durante a Guerra dos Seis Dias. Após o cessar-fogo entre Israel e Síria, a chamada Linha Roxa passou a funcionar como limite entre os dois países.[6]

História

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Os primeiros indícios de ocupação humana remontam ao período Paleolítico Superior.[7]

De acordo com o relato bíblico, um reino amorita em Basã foi conquistado pelos hebreus durante o reinado de Ogue.[8] Durante todo o período do Antigo Testamento, Golã era "o foco de uma luta de poder entre os reis de Israel e os arameus que estavam baseados perto da atual Damasco".[9] Na Mixná, a região é chamada de Gablān, nome similar aos nomes em aramaico: Gawlāna, Guwlana e Gublānā.[10]

Os iturianos, um povo árabe ou aramaico, estabeleceram-se na região no século II a.C. e lá permaneceram até o final do período bizantino. Na época, a região era chamada de "Gaulanita" (em grego: Γαυλανῖτις, transl.: Gaulanitis).[10][11][12][13] Assentamentos judaicos organizados na região chegaram ao fim do ano 636, quando a área foi conquistada pelos árabes sob Omar.[14] No século XVI, Golã foi conquistada pelo Império Otomano e foi parte do Vilaiete de Damasco, até ser transferida para o controle francês em 1918. Quando o mandato terminou em 1946, a região tornou-se parte da recém-independente República Árabe Síria.

Em 19 de junho de 1967, o gabinete israelense votou por devolver Golã à Síria em troca de um acordo de paz. Essas ofertas foram recusadas pelo mundo árabe com a Resolução de Cartum em 1 de setembro de 1967.[15][16] Após a Guerra do Yom Kippur em 1973, Israel concordou em devolver cerca de 5% do território ao controle civil sírio. Esta parte foi incorporada a uma zona desmilitarizada ao longo da linha de cessar-fogo e se estende à leste. Essa faixa está sob o controle militar da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (UNDOF).

A construção de assentamentos israelenses começou no restante do território mantido por Israel, que estava sob administração militar até que Israel aprovou a Lei das Colinas de Golã, estendendo a legislação e a administração israelense a todo o território em 1981.[17] Esta atitude foi condenada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na Resolução 497,[18] afirmando que "a decisão de Israel de impor suas leis, jurisdição e administração nas ocupadas colinas de Golã sírias é nula e sem efeito jurídico internacional". Israel afirma que tem o direito de manter Golã, citando o texto da Resolução 242 da ONU, que clama por "fronteiras seguras e reconhecidas, livres de ameaças ou atos de força".[19] No entanto, a comunidade internacional rejeita as reivindicações israelenses de posse da área e considera a região como um território soberano sírio.[20]

Os primeiros-ministros israelenses, Yitzhak Rabin, Ehud Barak e Ehud Olmert afirmaram que estavam dispostos a trocar Golã pela paz com a Síria. Aproximadamente 10% dos drusos sírios que vivem em Golã aceitaram a cidadania israelense.[21] De acordo com o CIA World Factbook, em 2010, "existiam 41 assentamentos israelenses e terras de uso civil nas Colinas de Golã ocupadas por Israel".[22]

Mar da Galileia e no sul do Colinas de Golã, de Umm Qais, na Jordânia.

Ver também

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Referências

  1. «Golan Heights profile». BBC. Consultado em 30 de novembro de 2011 
  2. Reuven Pedatzur (25 Nov. 2009). «Keeping the Golan won't protect Israel from Syria». Haaretz 
  3. Edgar S. Marshall (2002). Israel: Current Issues and Historical Background. [S.l.]: Nova Science Publishers. p. 32. ISBN 159033325X 
  4. H.P. Willmott (2002). When Men Lost Faith in Reason: Reflections on War and Society in the Twentieth Century. [S.l.]: Greenwood Press. p. 189. ISBN 0275976653 
  5. Baruch Kimmerling (2003). Politicide: Ariel Sharon's war against the Palestinians. [S.l.]: Verso Books. p. 28. ISBN 1859845177 
  6. «Agreement on Disengagement between Israeli and Syrian Force». Report of the Secretary-General concerning the Agreement on Disengagement between Israeli and Syrian Forces. United Nations. Consultado em 29 de novembro de 2011. Arquivado do original em 21 de abril de 2012 
  7. Tina Shepardson. Stones and Stories: Reconstructing the Christianization of the Golan Arquivado em 15 de abril de 2001, no Wayback Machine., Biblisches Forum, 1999.
  8. Deuteronômio 3:1, Deuteronômio 3:2, Deuteronômio 3:3, Deuteronômio 3:4, Deuteronômio 3:5, Deuteronômio 3:6, Deuteronômio 3:7
  9. Tatro, Nicolas. «The Golan Heights: A Battlefield of the Ages». The Los Angeles Times. Consultado em 29 de novembro de 2011 
  10. a b Moshe Sharon (2004). Corpus inscriptionum Arabicarum Palaestinae, (CIAP) Hardcover ed. [S.l.]: Brill Academic Publishers. p. 211. ISBN 90-04-13197-3 
  11. Avraham Negev, Shimon Gibson (2005). Archaeological Encyclopedia of the Holy Land Paperback ed. [S.l.]: Continuum. p. 249. ISBN 0-8264-8571-5 
  12. Dan Urman; Paul Virgil McCracken Flesher (1998). Ancient synagogues: historical analysis and archaeological discovery. [S.l.]: BRILL. p. 423. ISBN 978-90-04-11254-4. Consultado em 2 de março de 2011 
  13. Eric M. Meyers (1996). The Oxford encyclopedia of archaeology in the Near East, Volume 2 Hardcover ed. [S.l.]: Oxford University Press. p. 421. ISBN 0-19-511216-4 
  14. «The Golan Heights: Geography, Geology and History». Jewish Virtual Library. Consultado em 29 de novembro de 2011 
  15. Dunstan, Simon (2009). The Six Day War 1967: Jordan and Syria. [S.l.]: Osprey 
  16. Herzog, Chaim, The Arab Israeli Wars, New York: Random House (1982) p.190-191
  17. Golan Heights Law, MFA.
  18. UN Security Council Resolution 497
  19. Y.Z Blum "Secure Boundaries and Middle East Peace in the Light of International Law and Practice" (1971) pages 24–46
  20. International Labour Office (2009). The situation of workers of the occupied Arab territories International government publication ed. [S.l.]: International Labour Office. p. 23. ISBN 978-92-2-120630-9 
  21. At a Glance: The Golan Heights World News Australia, 6 June 2011
  22. CIA - The World Factbook - Syria

Ligações externas

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