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A dicção ou dição[1] (em latim: dictionem (nom. dictio), "um ditado, expressão, palavra"),[2] em seu significado original, são as escolhas de vocabulário distintivo de um escritor ou falante e estilo de expressão em um poema ou história.[3][4] Em seu significado comum, é a distinção da fala:[4][5][6] a arte de falar de modo que cada palavra seja claramente ouvida e compreendida em sua complexidade e extremidade máximas, e diz respeito à pronúncia e tom, em vez de escolha de palavras e estilo. Isso é mais precisamente e comumente expresso com o termo enunciação ou com seu sinônimo, articulação.[7]

A dicção tem múltiplas preocupações, das quais se destaca o registo, a adaptação do estilo e da formalidade ao contexto social.[8] A análise da dicção literária revela como uma passagem estabelece tom e caracterização, por exemplo, uma preponderância de verbos relacionados a movimentos físicos sugere um caráter ativo, enquanto uma preponderância de verbos relacionados a estados mentais retrata um caráter introspectivo. A dicção também tem impacto na escolha de palavras e na sintaxe.

Aristóteles, em Poética (20), define as partes da dicção (λέξις) como a letra,[8] a sílaba, a conjunção, o artigo, o substantivo, o verbo, o caso e a fala (λόγος),[9] embora um comentarista observe que "o texto é tão confuso e algumas das palavras têm uma variedade tão grande de significados que nem sempre se pode ter certeza do que o grego diz, muito menos do que Aristóteles quer dizer".[10]

Ver também

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Referências

  1. «Dição». Michaelis On-Line. Consultado em 25 de abril de 2023 
  2. "Diction" Arquivado em 2011-09-15 no Wayback Machine, Online Etymology Dictionary
  3. «diction». Merriam-Webster.com Dictionary. Springfield, Mass.: Merriam-Webster. Consultado em 24 de março de 2020 
  4. a b Crannell (1997) Glossary, p. 406
  5. Littré - Diction.
  6. Georges Le Roy, Traité pratique de la diction française, 1911.
  7. Crannell (1997) Part II, Speech, p. 84
  8. a b The Cambridge Greek Lexicon. [S.l.]: Cambridge University Press. 2021. 865 páginas. ISBN 978110-8836982 
  9. Barnes, Jonathan, ed. (1984). The Complete Works of Aristotle: The Revised Oxford Translation. 2. [S.l.]: Princeton University Press. 2331 páginas 
  10. Preston H. Epps. (1967). The Poetics of Aristotle: A translation and Commentary. [S.l.]: Univ. of North Carolina Press. ISBN 978-0807840177. Cópia arquivada em 7 de junho de 2004 
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