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Dormentes (português brasileiro) ou travessas/chulipas (português europeu) são as peças colocadas transversalmente à via férrea e sobre as quais os carris (português europeu) ou trilhos (português brasileiro) assentam e são fixos. Podem ser de madeira, metal, metal e betão (português europeu) ou concreto (português brasileiro), só betão, polímeros, e outros materiais.[1]

Dormente
 Nota: Para o acessório que se usa na cabeça, veja Testeira.

Funções

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As travessas desempenham a função de suporte dos carris, e transmissão dos esforços ao balastro (português europeu) ou lastro (português brasileiro), e de garantir a bitola da via, mantendo a distância entre os carris.

Travessas de madeira

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Travessas de madeira.

As travessas de madeira, também designadas por chulipas, necessitam de ser protegidas contra a humidade e corrosão, seja do clima, seja de animais xilofágicos, num processo de impregnação em autoclave por creosoto, o processo designa-se genericamente por creosotagem e confere e às travessas de madeira o seu cheiro e cor negra característicos.

Em Portugal o principal centro creosotagem é no Entroncamento, enquanto no Brasil, entre os vários, alguns deles deram mesmo o nome a localidades, como no caso de Creosotagem em Benfica (Juiz de Fora), na Estrada de Ferro Central do Brasil.[carece de fontes?]

Travessas de betão

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Travessas de betão.

Actualmente as travessas de betão são as mais utilizadas, nas variantes de travessas de betão bi-bloco, e de travessas de betão monobloco.

Travessas de betão bi-bloco

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As travessas de betão bi-bloco são compostas por dois blocos de betão armado, unidos por um por um perfil de aço, designado de cantoneira, com função de tirante.

Travessas de betão monobloco

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As travessas de betão monobloco são compostas por uma única peça de betão armado, e no respeitante ao processo de fabrico são designadas por pré-tensionadas quando a tensão (esforço) é aplicado durante a betonagem, ou pós-tensionadas quando a tensão é aplicada após a betonagem e a secagem, presa (português europeu) ou cura (português brasileiro), parcial do betão

A tensão aplicada é suficientemente elevada para que a travessa nunca sofra tracções por virtude das cargas a que estará submetida na passagem dos comboios (português europeu) ou trens (português brasileiro).

Se as travessas não forem submetidas previamente a tensões terão uma probabilidade elevada de sofrer deformações, nomeadamente o destacamento de betão na sua superfície, ficando as armaduras de aço expostas à acção dos agentes químicos e atmosféricos.

Nas linhas novas e em renovação em Portugal, estão a ser instaladas, desde 2008, travessas monobloco polivalentes, cujo perfil permite uma mudança da posição dos carris durante o futuro plano de conversão de bitola, mudando-se a actual bitola ibérica de 1668 mm para a bitola internacional de 1435mm.[2]

Travessas metálicas

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Travessas de metal.

As travessas metálicas, fabricadas de uma única peça de aço, são utilizadas em África, e em linhas mineiras e industriais na Europa.

Outras travessas

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Travessas de plástico.

Têm sido desenvolvidos testes com travessas feitas com outros materiais, nomeadamente celulose e polímeros.[carece de fontes?]

Ver também

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Referências

  1. Houaiss, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Ojetiva, 2007. ISBN 857302383X
  2. Carlos Moura Pedro. «"Todas as linhas novas estarão preparadas para bitola europeia"». Transportes em Revista. Consultado em 23 de Julho de 2013 
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