Duarte Gomes da Silveira
Duarte Gomes da Silveira (Olinda, 1555 — Filipeia, 1644), também citado como «Marquês da Copaoba», foi um administrador colonial e rico senhor de engenho luso-brasileiro da capitania da Paraíba no século XVI.[nota 1] Seu casarão, alto e com uma galeria ao redor, estava situado sobre um monte no vale do Obim–Cabocó,[3] e junto existiu um engenho chamado Velho, que caio em ruínas mas depois foi aí levantado um novo engenho pelo mencionado Duarte Gomes.[3] Por sua propriedade, situada na Várzea Paraibana, passava o caminho que segue para o norte, rumando ao Mamanguape.[3][nota 2]
Duarte da Silveira | |
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Nome completo | Duarte Gomes da Silveira |
Nascimento | 1555 (aprox.) Olinda Pernambuco |
Morte | 1644 Filipeia (atual João Pessoa Paraíba |
Nacionalidade | português brasileiro |
Ocupação | Administrador colonial |
Sobre sua atuação nos sertões paraibanos pode-se ler nos anais (vol. 4) da revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro:
(...) Um nome singular é o desse Duarte da Silveira, veterano das guerras iniciais, palmilhando as areias da costa até Acejutibiró, subindo o Mamanguape até o Arassagi, varrendo a Copaoba, plantando moirões das fazendas de gado (...)[4]
Na época do domínio holandês no Brasil, Duarte da Silveira escreveu em 8 de novembro de 1643 ao o conde Maurício de Nassau pedindo a intervenção deste, já que alegara sofrer crua perseguição do capitão neerlandês Ipo Eysens, perseguição que também assolava outros usineiros luso-brasileiros.
Duarte da Silveira construiu com recursos próprios, ainda no século XVI, a Igreja da Misericórdia.[5] Sobre tal obra há vários textos bibliográficos que a confirmam, como a Descrição geral da capitania da Paraíba, documento do século XVII escrito pelos batavos:
(...) a igreja da Misericórdia está quase acabada; os Portugueses servem-se delia em lugar da matriz. O seu fundador foi Duarte Gomes da Silveira, senhor de engenho, que a construiu a sua custa, assim como tem promovido a edificação desta cidade, auxiliando com dinheiro a muitos moradores que desejavam construir casas. Ele próprio levantou um magnifico prédio ao lado ocidental do convento de S. Bento para lhe servir de casa (...)[3]
Após a morte, foram depositados os restos mortais dele e de sua esposa na referida igreja.[5]
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ ALMEIDA,Horácio de (1966). História de Paraíba, Volume 1 – coleção documentos paraibanos. [S.l.]: Impr. Universitária
- ↑ OLIVEIRA, Gilberto Osório de; OLIVEIRA, Manuel Correia de (1959). Os rios do açúcar do Nordeste Oriental, volume 3. [S.l.]: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais. 154 páginas
- ↑ a b c d Confraria do IAGP (1883). «Descrição geral da capitania da Paraíba». Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano (IAGP). Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ Confraria do IHGB (1950). Anais, volume 4 da revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasiliero. [S.l.]: Imprensa Nacional
- ↑ a b PINTO, Irineu Ferreira (1977). Datas e notas para a historia da Parahyba, volume 1. [S.l.]: Imprensa official