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Francisco Nascimento

ator português

Francisco Meneses do Nascimento (Lisboa, 26 de Novembro de 1972) é um actor português.

Francisco Nascimento
Nome completo Francisco Meneses do Nascimento
Nascimento 26 de novembro de 1972 (51 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade português
Ocupação Ator

Biografia

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Destaca-se a sua colaboração com o realizador José Nascimento, tendo por exemplo feito parte do elenco dos filmes Mar à Vista, de 1989,[1] Tarde Demais, de 2000,[2] e Lobos, de 2007.[3] Também desempenhou papéis principais nos filmes Corte de Cabelo, realizado por Joaquim Sapinho em 1995,[4] A Casa, do realizador Šarūnas Bartas (1997),[5] Longe da Vista de João Mário Grilo (1998),[6] Pele de Fernando Vendrell (2006),[7] e Jogo da Glória, de Fernando Vendrell, produzido em 2002 para a SIC.[8] Em 2001 fez parte do elenco do filme Combate de Amor em Sonho, de Raoul Ruiz,[9] e em 2012 no A Vingança de Uma Mulher, realizado por Rita Azevedo Gomes.[10] Também participou na curta-metragem As sacrificadas, de Aurélie Oliveira Pernet.[11] Participou igualmente no documentário Outra Forma de Luta, realizado por João Pinto Nogueira em 2014,[12] tendo o crítico Rui Pedro Tendinha, do Diário de Notícias, classificado Francisco Nascimento como «mais do que competente como Carlos Antunes».[13]

Trabalhou com frequência com o actor Pedro Hestnes, por exemplo nos filmes Tempos Difíceis, Combate de Amor em Sonho e Lobos.[14] Na sequência do falecimento de Pedro Hestnes, em 2011, Francisco Nascimento foi entrevistado pelo jornal Público, onde revelou que «O Pedro não era um actor de personagens mas de questões, e isso, muitas vezes, é desconfortável. Era difícil, sofria com isso também, e o cinema português não soube tratá-lo bem. Depois vêm as televisões e a descoberta que se pode fazer dinheiro com o produto nacional. O Pedro foi apanhado nesse caos em que se fizeram filmes maus», tendo acrescentado que «O Pedro era ultra-minucioso: cada palavra, cada som, cada pausa, cada olhar e cada razão contavam. Punha questões continuamente, e é mais difícil filmar assim».[14]

Em 1999, o jornalista Mário Jorge Torres, do Público, enalteceu a sua participação no filme Longe da Vista, tendo comentado que o papel do companheiro de cela foi interpretado por «um Francisco Nascimento no seu melhor, manietado por um rigor quase sonâmbulo».[15] Foi distinguido com o prémio Shooting Star da European Film Promotion.[16]

A sua carreira enveredou igualmente pelo teatro, tendo por exemplo interpretado em 1999 a personagem João na peça Shopping and Fucking, no Teatro Plástico, no Porto, com encenação de António Pires,[17] e em 2000 participou na peça Os desastres de Cupido, no Teatro da Cornucópia, em Lisboa,[18] tendo nesse ano incorpado igualmente o papel de Lucky na peça À Espera de Godot, no Teatro da Comuna, em Lisboa.[19] Em 2006 fez parte do elenco da peça infantil O Principezinho, no âmbito da Feira do Livro de Lisboa.[20]

Cinema

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Teatro

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  • 2007 – “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente,Encenação António Pires, Ar de Filmes
  • 2005 – “O Principezinho” de Antoine Saint-Exupéry, Encenação Paulo Pinto, Tangente
  • 2004 – “Auto da India” de Gil Vicente, Ençenação colectiva, Tangente
  • 2003 – “Nós depois Telefonamos” de Mário Botequilha, Patrícia Castanheira, Encenação António Pires, Teatro Municipal Maria Matos
  • 2001 – “Transfer” de Carla Bolito, Ençenação Carla Bolito, CCB;
  • 2000 – “À Espera de Godot” de Samuel Becket, Encenação Miguel Guilherme, Teatro da Comuna;
  • 2000 – “Cimbelino” de William Shakespeare, Encenação Luís Miguel Cintra, Teatro da Cornucópia
  • 2000 – “Amor/ Enganos” de Gil vicente, Encenação Luís Miguel Cintra, Teatro da Cornucópia;
  • 1999 – “O Aumento” de George Perec, Encenação António Pires, CCB;
  • 1999 – “Shopping and Fucking” de Marc Ravenhill, Encenação António Pires, Teatro Carlos Alberto;
  • 1997 – “Os Sete Infantes”, Encenação Luís Miguel Cintra, Teatro da Cornucópia;
  • 1996 – “A Minha Noite com o Gil” de Kevin Elyot, Encenação Fernando Heitor, Teatro Aberto;
  • 1995 – “Parabéns a Você “de Helder Costa, Ençenação Helder Costa, Teatro Cinearte;
  • 1995 – “Linhas Cruzadas” de João Alface e Ruben A. , Encenação José Nascimento, Cineteatro Monumental;
  • 1994 – “A Grande Magia” de Eduardo di Filippo, Encenação Mário Viegas, Teatro Mário Viegas;
  • 1994 – “Roberto Zucco” de Bernard Marie Koltés, Encenação Inês Câmara Pestana

Referências

  1. «Mar à Vista». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  2. «Tarde Demais». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  3. «Lobos». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  4. «Corte de Cabelo». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  5. «A Casa». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  6. «Longe da Vista». Público. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  7. «Pele». Público. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  8. «Jogo da Glória». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  9. RATO, Vanessa (18 de Maio de 2001). «Somos várias imagens». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  10. «A Vingança de Uma Mulher». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  11. Agência Lusa (15 de Dezembro de 2022). «Seis curtas de produção portuguesa na competição do festival de Clermont-Ferrand». Observador. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  12. «Outra Forma de Luta». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  13. TENDINHA, Rui Pedro (16 de Abril de 2015). «Outra Forma de Luta». Diário de Notícias. Consultado em 2 de Novembro de 2024 
  14. a b «A vida era o ecrã». Público. 2 de Setembro de 2011. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  15. TORRES, Mário Jorge (2 de Abril de 1999). «Serena Harmonia». Público. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  16. RATO, Vanessa (29 de Maio de 2005). «Festróia com 140 filmes até 5 de Junho». Público. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  17. OLIVEIRA, Maria José (14 de Maio de 1999). «Para maiores de 18 anos». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  18. SOUSA, Rui Ferreira e (18 de Fevereiro de 2000). «Os desastres de Cupido». Público. Consultado em 1 de Novembro de 2024 
  19. HENRIQUES, Joana Gorjão (10 de Novembro de 2000). «Godot, eternamente misterioso». Público. Consultado em 31 de Outubro de 2024 
  20. PINTO, Maria João (1 de Junho de 2006). «'O Principezinho' em palco no ano do seu 60.º aniversário». Diário de Notícias. Consultado em 2 de Novembro de 2024