Jamil Haddad
Jamil Haddad GOMM (Rio de Janeiro, 2 de abril de 1926 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2009) foi um médico e político brasileiro filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi ministro da Saúde durante os governos Collor e Itamar Franco. Pelo Rio de Janeiro, foi senador e deputado federal e estadual, ambos por dois mandatos. Pela capital homônima, foi também prefeito.[2][3][4]
Jamil Haddad | |
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Jamil Haddad | |
Deputado federal pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1.º- 1º de fevereiro de 1991 a 1º de fevereiro de 1995 2.º- 13 de janeiro de 1999 a 1º de fevereiro de 1999 |
30.º Ministro da Saúde do Brasil | |
Período | 8 de outubro de 1992 a 13 de agosto de 1993 |
Presidentes |
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Antecessor(a) | Adib Jatene |
Sucessor(a) | Saulo Moreira |
Senador pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1986 a 1º de fevereiro de 1991 |
Titular | Manuel Adão Pereira Nunes |
4.º Prefeito do Rio de Janeiro | |
Período | 15 de março de 1983 a 5 de dezembro de 1983 |
Antecessor(a) | Júlio Coutinho |
Sucessor(a) | Marcello Alencar |
Deputado estadual da Guanabara | |
Período | 1963 a 1969 (2 mandatos consecutivos)[a] |
1.° Presidente Nacional do PSB | |
Período | 2 de julho de 1985 até 13 de agosto de 1993 |
Antecessor(a) | Cargo Criado |
Sucessor(a) | Miguel Arraes |
Dados pessoais | |
Nascimento | 2 de abril de 1926 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 11 de dezembro de 2009 (83 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Partido | PSB (1960–1965) MDB (1966–1979) PDT (1980–1985) PSB (1985–2009) |
Profissão | médico, político |
Biografia
editarOriundo de uma família de comerciantes libaneses,[5] formou-se médico pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1949, com especialização em ortopedia,[3][6] ingressou na vida política em 1962, quando foi eleito deputado estadual do então Estado da Guanabara,[2][7] pela aliança entre o PTB e o PSB.[4][8] Reeleito em 1966, filiou-se ao MDB, mas teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos.[3][4][7][8]
Em 1983, filiado ao PDT (desde 1979), foi indicado pelo governador Leonel Brizola para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro,[8] permanecendo no cargo de março a dezembro daquele ano,[2][4] quando renunciou,[3] por discordar do projeto político executado pelo seu partido.[7]
Em 1985, com a eleição de Saturnino Braga como prefeito, assumiu uma cadeira no Senado na condição de suplente.[4][6][7][8] Foi um dos fundadores do novo Partido Socialista Brasileiro, em 1985, partido que presidiu entre 1985 e 1993 e do qual recebeu o título de presidente de honra.[2][3][4][6][9][10]
Em 1990, com o fim de seu mandato como senador, foi eleito deputado federal.[4][8]
Em 1992, foi convidado pelo presidente Itamar Franco (1992-1994) para assumir o ministério da Saúde.[2][3][4][6][7][8] Em sua gestão, o Sistema Único de Saúde foi implantado em quatrocentos municípios brasileiros e foi precursor dos medicamentos genéricos, tendo sido autor do Decreto nº 793, de 5 de abril de 1993.[2][3][8][11] Entre outras determinações, o decreto preconizava que todo estabelecimento de dispensação de medicamentos deveria dispor, em local visível e de fácil acesso, a lista de medicamentos correspondentes às denominações genéricas e os seus correspondentes de nome ou marca. Assim, o componente ativo (denominação genérica) do fármaco deveria obrigatoriamente figurar na embalagem.[12] Haddad também propôs a ampliação do orçamento da Central de Medicamentos (CEME), a fim de fabricar remédios mais baratos nos laboratórios oficiais.[11]
Em agosto de 1993, como ministro, Haddad foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Em 1994, com o rompimento do PSB com o governo Itamar Franco, deixou o ministério.[carece de fontes]
Em 14 de março de 2003, já no governo Lula, assumiu a direção geral do Instituto Nacional do Câncer (INCA),[13] mas renunciou ao cargo após cinco meses,[7] em meio a uma crise da instituição.[3][4][14][15][16]
Morte
editarJamil Haddad tinha 83 anos quando faleceu, em decorrência de um infarto, em sua residência, no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.[2][3][4][8]
Em 2011, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), órgão normatizador de procedimentos de ortopedia no Brasil, passou a chamar-se Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad.[17]
Notas
- ↑ Mandato cassado em 1969.
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
- ↑ a b c d e f g Bonin, Robson (11 de dezembro de 2009). «Jamil Haddad é um amigo 'que deixará saudade', diz Lula». G1. Consultado em 17 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 14 de dezembro de 2009
- ↑ a b c d e f g h i «Jamil Haddad, ex-ministro da Saúde e ex-prefeito, morre aos 83 anos no Rio». EXTRA. 10 de dezembro de 2010. Consultado em 17 de agosto de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j Torres, Sergio (12 de dezembro de 2009). «Infarto mata ministro da Saúde Jamil Haddad, aos 83 anos, no Rio». Folha. Consultado em 17 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 10 de abril de 2021
- ↑ Bittencourt Francisco, Júlio (2003). Memórias da Imigração: Sírios e Libaneses no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Rio. 25 páginas
- ↑ a b c d «JAMIL HADDAD, Biografia». Câmara dos deputados. Consultado em 17 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2023
- ↑ a b c d e f «Jamil Haddad». Rio. Consultado em 21 de agosto de 2024. Arquivado do original em 27 de março de 2024
- ↑ a b c d e f g h «Jamil Haddad, médico e ex-ministro da Saúde». Senado. 12 de dezembro de 2009. Consultado em 17 de agosto de 2024
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é mal formado: save command (ajuda) - ↑ «EBC». memoria.ebc.com.br. Consultado em 17 de agosto de 2024
- ↑ «Nossa História». PSB. Consultado em 21 de agosto de 2024
- ↑ a b «Dr. Jamil Haddad». INCA. Consultado em 17 de agosto de 2024. Arquivado do original em 12 de junho de 2017
- ↑ «Legislação Informatizada - DECRETO Nº 793, DE 5 DE ABRIL DE 1993 - Publicação Original». Câmara dos deputados. Consultado em 21 de agosto de 2024
- ↑ «EBC». memoria.ebc.com.br. Consultado em 17 de agosto de 2024
- ↑ «Folha de S.Paulo - Saúde: Falta de remédios derruba diretoria do Inca - 26/08/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 17 de agosto de 2024
- ↑ «EBC». memoria.ebc.com.br. Consultado em 17 de agosto de 2024
- ↑ Ministério pediu a Jamil Haddad para permanecer no cargo. Agência Brasil, 25 de agosto de 2003.
- ↑ «Institucional». INTO. Consultado em 17 de agosto de 2024. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2017
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