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John Byrne (West Bromwich, 6 de julho de 1950) é um famoso desenhista e roteirista de histórias em quadrinhos inglês naturalizado canadense. Já trabalhou com os principais super-heróis dos quadrinhos norte-americanos, sendo que ficou mais conhecido por sua fase na revista dos X-Men durante os anos 80, e também no Quarteto Fantástico e Superman. Em 2015, entrou para o Hall of Fame do Eisner Awards.[1]

John Byrne
John Byrne
John Byrne em 2017
Nome completo John Lindley Byrne
Nascimento 6 de julho de 1950 (74 anos)
West Bromwich, Midlands Ocidental, Inglaterra, Reino Unido
Nacionalidade britânico
canadense (naturalizado)
Principais trabalhos
Prémios Eagle Awards
Melhor Quadrinhista, 1978, 1979.
Inkpot Award, 1980.
Squiddy Award
Melhor Desenhista, 1993.
Eisner Awards
Hall da Fama, 2015.
Área roteirista, desenhista, arte-finalista, letrista
Página oficial
http://www.byrnerobotics.com/

Carreira

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Primeiros trabalhos

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Vivendo no Canadá, matriculou-se no curso de belas artes do Alberta College of Art, em Calgary. Porém não concluiu o curso. Começou a trabalhar com quadrinhos efetivamente na editora Charlton Comics, em meados dos anos 70.[2]

Seu primeiro trabalho na Marvel foi no ano de 1975, em Giant-Size Dracula #05. Começou a ser notado em Marvel Premiere, e posteriormente em Iron Fist (vol. 1) com histórias do Punho de Ferro. Também desenhou Marvel Team-Up e Marvel Preview, este último numa história do Senhor das Estrelas com Chris Claremont como escritor.[3]

O auge na Marvel

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Entrou no título Uncanny X-Men como desenhista em 1977, em parceria com o roteirista Chris Claremont. Byrne logo passou a auxiliá-lo no roteiro, ajudando a criar uma das mais aclamadas fases do grupo. Histórias como A Saga da Fênix Negra e Dias de um Futuro Esquecido são reconhecidas como algumas das melhores do título mutante.[4] Nas páginas de X-Men lançou a Tropa Alfa, grupo de super-heróis canadenses que perseguiam seu ex-membro Wolverine. A Tropa Alfa ganhou popularidade a ponto de ter um título solo por mais de cem edições. O cuidado especial de Byrne com Wolverine, aliás, ajudou-o a que se transformasse num dos maiores heróis Marvel do novo século.[5]

Após deixar a revista dos X-Men, assumiu o Quarteto Fantástico. Sua fase durou cinco anos e é considerada como uma das melhores de todos os tempos, abaixo somente do Quarteto de Stan Lee e Jack Kirby.[6] A frente do título, tratou de substituir o Coisa pela Mulher-Hulk, uma de suas personagens favoritas, a quem dedicou até uma graphic novel. Ainda escreveu e desenhou dois números de Further Adventures of Indiana Jones, e em 1985, inicia seu trabalho em The Incredible Hulk.[3]

DC Comics e retorno a Marvel

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Em 1986, passa a trabalhar na DC Comics. Anteriormente, Byrne havia trabalhado em uma minissérie do Batman em parceria com o artista Jim Aparo e o roteirista Len Wein, intitulada The Untold Legend of the Batman, publicada em 1980.[7] Contratado pela DC, foi incumbido de escrever e desenhar a revista do Superman, mais especificamente a minissérie The Man of Steel, onde reinterpreta a origem do personagem pós-Crise nas Infinitas Terras.[8] John Byrne declarou em entrevistas que partiu do editor Dick Giordano o convite para o projeto, após o término de seu contrato com a Marvel.[9] Ele seguiria adiante com o personagem, escrevendo as revistas Superman e Action Comics. Na mesma época, desenharia o crossover Lendas.[6]

Com o sucesso do seu Superman, voltou a Marvel. Em 1987 assumiu a revista Star Brand, pertencente ao selo Novo Universo.[10] Posteriormente seguiu adiante trabalhando em publicações de personagens como Vingadores da Costa Oeste, Mulher-Hulk, Namor, e Homem de Ferro, entre outros trabalhos de menor destaque.[6]

Anos 90 - atualmente

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Durante os anos 90, Byrne contribuiu com as duas grandes editoras, além de obras autorais. Criou vários personagens como Next Men, Danger Unlimited e Babe.[2] Em 1994, foram lançadas as primeiras histórias do personagem Hellboy, criação do artista Mike Mignola. O autor convidou John Byrne para ajudá-lo no roteiro, pois até então, não tinha experiência como escritor. Dessa forma, Byrne colaborou com o roteiro da primeira minissérie do personagem, Seed of Destruction.[11]

Byrne também escreveu e desenhou a Mulher-Maravilha, e recontou as primeiras aventuras do Homem-Aranha, em Spider-Man: Chapter One.[6] No final da década, voltaria a trabalhar com os X-Men no título X-Men: The Hidden Years, que acabaria sendo cancelado pelo então novo editor-chefe da Marvel, Joe Quesada.[12] Byrne não ficou feliz com o cancelamento e desistiu de um projeto que pretendia reuni-lo com Claremont para uma história dos X-Men.[5] Desde então, não trabalhou mais para a editora.

Nos anos 2000 trabalhou principalmente para a DC Comics. Voltou ao Superman em Superman: True Brit, colaborando com o comediante John Cleese, e com a escritora Gail Simone, desenhou o novo Eléktron, na série All-New Atom.[6] No ano de 2012, lançou o autoral Trio, pela IDW.[13] Em 2013, roteirizou uma fotonovela de Star Trek.[14]

Controvérsias

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Enquanto estava na Marvel, Byrne se envolveu em controvérsia quando afirmou ter orgulho de ser um "homem de empresa" e que os criadores deveriam "viver dentro das regras enquanto estão por perto", em resposta as alegações de Jack Kirby de que ele não era tratado de forma justa pela empresa enquanto criou a maioria de seus icônicos personagens. Em resposta, Kirby e Steve Gerber criaram uma paródia de Byrne chamada Booster Cogburn[nota 1] nas páginas de Destroyer Duck, que tinha espinha dorsal removível e declarava: "Sou o funcionário leal... não recebo para ter opinião".[6][15]

Quando assumiu a revista Star Brand, da linha Novo Universo, Byrne escreveu o personagem acidentalmente destruindo a cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, por conta de problemas com o editor Jim Shooter, natural de Pittsburgh.[10]

Notas

  1. Booster Cog em português, engrenagem; burn pronúncia do sobrenome Byrne.

Referências

  1. Arrant, Chris (11 de julho de 2015). «2015 Eisner Awards Winners (Full List)». Newsarama. Consultado em 9 de abril de 2017 
  2. a b «John Byrne». lambiek.net (em inglês). Consultado em 9 de abril de 2017 
  3. a b «John Byrne, Máquina de Escrever e Desenhar – A ERA MARVEL – Dinamo Estúdio». www.dinamo.art.br. 31 de julho de 2014. Consultado em 9 de abril de 2017 
  4. Pereira, Andréa (21 de maio de 2007). «Mundo dos Super-Heróis elege as 10 melhores HQs dos X-Men». HQ Maniacs. Consultado em 9 de abril de 2017 
  5. a b Hunter, Pedro (9 de maio de 2003). «Os X-Men de Chris Claremont e John Byrne». Omelete. Consultado em 9 de abril de 2017 
  6. a b c d e f Shiach, Kieran (6 de julho de 2016). «Looking Back At The Great Comics Works of John Byrne» (em inglês). Comics Alliance. Consultado em 20 de abril de 2017 
  7. Bondurant, Tom (10 de dezembro de 2016). «Becoming the Bat: The History of Batman's Many Origins». CBR (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2019 
  8. de Medeiros, Marcus Vinicius (1 de março de 2013). «The Man of Steel # 1». Universo HQ. Consultado em 9 de abril de 2017 
  9. «John Byrne: Criatividade e polêmica a toda prova». Universo HQ. 6 de abril de 2002. Consultado em 31 de agosto de 2019 
  10. a b Codespoti, Sérgio (2 de junho de 2015). «A breve história do Novo Universo». Universo HQ. Consultado em 31 de outubro de 2017 
  11. Hunter, Pedro (29 de julho de 2004). «Os quadrinhos de Hellboy». Omelete. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  12. Martins, Jotapê (16 de novembro de 2000). «Começam os cancelamentos de revistas mutantes». Omelete. Consultado em 9 de abril de 2017 
  13. Di Sessa, Leonardo Vicente (24 de fevereiro de 2012). «Trio: o novo trabalho de John Byrne». HQ Maniacs. Consultado em 20 de abril de 2017 
  14. Colás, Thiago (9 de setembro de 2013). «Fotonovela de Star Trek por John Byrne». HQ Maniacs. Consultado em 20 de abril de 2017 
  15. Howe, Sean (2013). Marvel Comics: A história secreta. Traduzido por Assis, Érico. [S.l.]: Leya. p. 276. ISBN 978-8580448801 

Ligações externas

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