Liga Feminina de Moçambique
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A Liga Feminina de Moçambique, também conhecida por seu acrônimo LIFEMO, foi uma organização contectada à FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), fundada em 1962. Visava apoiar as famílias de combatentes durante a guerra de independência e divulgar os princípios da Frente. Selina Simango ocupou sua presidência, e Priscila Gumane, a vice-presidência. Além da participação no Congresso Pan-africano de Mulheres, tais dirigentes viajavam com certa frequência, estabelecendo uma rede de apoio com países ou organizações que colaboraram com as lutas pela independência na África.[1][2]
Contudo, com o início do conflito armado em Moçambique, novas exigências foram impostas. Diante da necessidade de defesa e mobilização das zonas libertadas, e nas ainda controladas por Portugal, surge em 1967, um ano após o fim da LIFEMO, o Destacamento Feminino. Composto por guerrilheiras que solicitaram treinamento militar à direção da FRELIMO, essas combatentes ocuparam territórios reservados aos homens, provocando uma revolução nas zonas camponesas e conservadoras, delimitando o poder e controle dos homens sobre a função produtiva e reprodutiva das mulheres.[3][4]
Ver também
editar- Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)
Referências
editar- ↑ Pyl, Bianca (10 de abril de 2020). «Mulheres moçambicanas na luta pela independência». Le Monde Diplomatique. Consultado em 11 de abril de 2023
- ↑ Carneiro Santos, Amanda (2018). «Lute como uma mulher: Josina Machel e o movimento de libertação em Moçambique (1962- 1980)» (PDF). Consultado em 11 de abril de 2023
- ↑ Júlia Tainá, Monticeli Rocha (2018). «DO "VENTO DA EMANCIPAÇÃO" À "FORÇA MOTRIZ DA REVOLUÇÃO": A MULHER NOS DISCURSOS DE SAMORA MOISÉS MACHEL (MOÇAMBIQUE) (1973 – 1980)» (PDF). Consultado em 11 de abril de 2023
- ↑ «MHN: OMM». www.mozambiquehistory.net. Consultado em 11 de abril de 2023