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Magã ou Macã[1] (em sumério: 𒈣𒃶; romaniz.: Magan ou Makkan) foi uma antiga região mencionada nos textos cuneiformes sumérios do início do século a.C. como fonte de cobre e diorita para a Mesopotâmia.

Localização

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A localização de Magan não é conhecida com certeza, porém a maior parte das evidências arqueológicas e geológicas sugerem que o local estaria no território do atual Omã.[2] Alguns arqueólogos, no entanto, o colocaram na região do Iêmen conhecida como Ma'in,[3] no sul do Alto Egito, na Núbia ou no Sudão, e outros até mesmo em partes do atual Irã ou Paquistão.[4] O acadêmico Ranajit Pal sustenta que o Omã e parte do Irã eram Magã; de acordo com o seu ponto de vista o rei Mânio (Manium) de Magan, que também seria conhecido como Mannu, era o célebre Manu, o primeiro sacrificador do texto sagrado indiano Rigveda. O nome Oman poderia até mesmo estar relacionado com Ooumi Manu, um dos diversos Manus. Pal também afirma que Magan é o antigo Mágada dos textos indianos.[5]

História

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Modelo do barco de Magã.

As primeiras menções sumérias de uma terra de Magã são feitas durante o período de Umal-Nar (2600–2000 a.C.), bem como referências aos 'Senhores de Magã'. As fontes sumérias também apontam para 'Tilmum' (aceito hoje como sendo centrado no atual Bahrein) e Melua (pensado para se referir ao Vale do Indo).[6] As campanhas acádias contra Magã ocorreram no século XXIII a.C., novamente possivelmente explicando a necessidade de fortificações, e tanto Narã-Sim quanto Manistusu, em particular, escreveram sobre uma campanha contra '32 senhores de Magã'.[6]

 
Inscrição dos cilindros de Gudea A IX: 19. Gudea menciona as devoções ao seu Templo: "Magã e Melua descerão de suas montanhas para comparecer".  As palavras Magã (𒈣𒃶) e Melua (𒈨𒈛𒄩) aparecem verticalmente na primeira coluna à direita.[7]

Narã-Sim deu o título acádio Maleque ao derrotado governante de Magã, um título que sobrevive em árabe para rei, maleque.[8]

Magã era famosa por sua construção naval e capacidade marítima. O rei Sargão da Acádia (r. 2371–2316 a.C.) gabava-se de que seus portos eram o lar de barcos de Dilmum, Magã e Melua. Seu sucessor, Narã-Sim, não apenas conquistou Magã, mas honrou o rei de Magã Manium ao nomear a cidade de Manium-Qui na Mesopotâmia em sua homenagem.

Comércio

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O comércio entre o vale do Indo e a Suméria ocorria por meio de Magã, embora esse comércio pareça ter sido interrompido, pois Ur-Namu (r. 2113–2096 a.C.) de Ur afirmou ter 'trazido de volta os navios de Magã'. Com o fim do comércio na região do Indo, o cobre de Magã foi substituído por importações de cobre de Alásia (antigo Chipre).[9] O comércio entre Magã e Ur foi extenso antes dos reinados dos reis gútios sobre Ur. Depois de terem sido depostos, Ur-Namu de Ur restaurou as estradas e o comércio entre as duas nações (por volta de 2 100 a.C.).[10]

Ver também

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Referências

  1. McGrail, Seán (2004). Boats of the World: From the Stone Age to Medieval Times (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  2. M. Redha Bhacker e Bernadette Bhacker. «Digging in the Land of Magan». Archaeological Institute of America 
  3. Hommel, F. Ethnologie und Geographie des alten Orients, (Handbuch der klassischen Altertumswissenschaft von W. Otto, III. Abtl. I, Teil, Bd. I, Munique 1926), 550, 578 ff.
  4. Lawton, John. «Oman - The Lost Land». Saudi Aramco World (Maio/Junho de 1983): 18–19. Consultado em 14 de agosto de 2009. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 
  5. Pal, Ranajit Non-Jonesian Indology and Alexander, Nova Delhi 2002, p.37.
  6. a b United Arab Emirates : a new perspective. Abed, Ibrahim., Hellyer, Peter. London: Trident Press. 2001. p. 40.
  7. «The Electronic Text Corpus of Sumerian Literature». etcsl.orinst.ox.ac.uk. Consultado em 12 de abril de 2021 
  8. Tosi, Maurizio (1986). «The Emerging Picture of Prehistoric Arabia». Annual Review of Anthropology: 461–490. ISSN 0084-6570. Consultado em 12 de abril de 2021 
  9. Donald., Hawley (1970). The Trucial States. Londres: Allen & Unwin. p. 27.
  10. Hamblin, William J. Warfare in the Ancient Near East to 1600 BC. Nova Iorque: Routledge, 2006.
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