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Meu Pedacinho de Chão

telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo a primeira novela das seis
 Nota: Este artigo é sobre sobre a telenovela exibida no ano de 1971 a 1972. Para a novela exibida em 2014, veja Meu Pedacinho de Chão (2014).

Meu Pedacinho de Chão é uma telenovela brasileira, coproduzida e exibida simultaneamente pela TV Globo e pela TV Cultura de 16 de agosto de 1971 a 6 de maio de 1972, em 185 capítulos. Foi a "novela das seis" exibida pela TV Globo, sendo sucedida por Bicho do Mato.

Meu Pedacinho de Chão
Meu Pedacinho de Chão
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero romance
drama
Duração 50 minutos
Criador(es) Benedito Ruy Barbosa
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 185
Produção
Diretor(es) Dionísio Azevedo
Roteirista(s) Teixeira Filho
Tema de abertura "Meu Pedacinho de Chão", de Cleston Teixeira
Exibição
Emissora original TV Globo
TV Cultura
Formato de exibição preto e branco
Transmissão original 16 de agosto de 1971 – 6 de maio de 1972
Cronologia
Bicho do Mato
Programas relacionados Voltei pra Você
Meu Pedacinho de Chão (2014)

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, com a colaboração de Teixeira Filho, contou com a direção geral e de núcleo de Dionísio Azevedo. Foi reapresentada pela TVE Brasil em 1977.

Em 1983, Benedito Ruy Barbosa usou alguns personagens de Meu Pedacinho de Chão para estrelar sua novela Voltei pra Você. As crianças Serelepe, Pituca e Tuim (Aires Pinto, Patrícia Aires e Pelezinho) reapareciam adultos, vividos por Paulo Castelli, Cristina Mullins e Cosme dos Santos, respectivamente.

Enredo

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A trama conta a história da professora Juliana, que chega à fictícia vila de Santa Fé para lecionar para crianças e se depara com um povo humilde e acuado com os desmandos do coronel Epaminondas, um homem arrogante que resolve tudo com gritos e armas, e que dita as regras na região. A professora conhece o amor altruísta do peão Zelão, sempre disposto a protegê-la do assédio de Fernando, filho do coronel, um playboy mau-caráter que voltou da capital, onde gastou todo o dinheiro que o pai lhe mandara para os estudos. Em meio à guerra que se forma no vilarejo, as crianças Pituca, Serelepe e Tuim vivem suas aventuras em um mundo à parte, longe das preocupações e interesses dos adultos. A menina Pituca é Liliane, filha mais nova do coronel Epaminondas. E os meninos Serelepe e Tuim são agregados na fazenda, e, por essa razão, o coronel não vê com bons olhos a amizade pura entre sua filha e os dois garotos.

Elenco

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Ator Personagem
Renée de Vielmond Juliana Alves
Maurício do Valle José Aparecido Menezes (Zelão)
Ênio Carvalho Fernando Napoleão
Castro Gonzaga Coronel Epaminondas Napoleão
Cacilda Lanuza Maria Helena Napoleão
Janete Pires Regina Falcão (Gina)
Patrícia Aires Liliane Napoleão (Pituca)
Ayres Pinto José Augusto da Silva (Serelepe)
Pelezinho Renato da Silva (Tuim)
Renato Consorte Giácomo Brunneto
Ione Borges[1] Rosa de Freitas (Rosinha)
Leonor Lambertini Joana Menezes (Mãe Benta)
Dionísio Azevedo Furgêncio Falcão
Maria Aparecida Alves Tereza Falcão (Tiê)
Canarinho Rodapé
Hemílcio Fróes Prefeito das Antas
Carlos Castilho Janjão Escavadeira
Nilson Condé Renato Batista Júnior
Marilena de Carvalho Amância
Percy Aires Padre Santo
Renato Consorte Tuísca
Luís Carlos Arutim Geleia
Sílvia Leblon Milita
Lurdinha Félix Reyna
Claudinho Cunha Piteco
Flora Geni Romaria
Isaac Bardavid Jorjão
Cleston Teixeira Sérgio
Xandó Batista Xexênio
Jorge Cherques Xanguana
Edmundo José Nogueira Quintino

Produção

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Município de Itu, o cenário principal da trama.

A produção foi realizada pela TV Cultura, da Fundação Padre Anchieta, gravada em seus estúdios, localizados na Água Branca, na cidade de São Paulo. Grande parte de suas cenas externas foram gravadas em duas fazendas do município de Itu, interior de São Paulo. Ao assumir o governo do estado, Laudo Natel convidou Benedito Ruy Barbosa para exercer o cargo de assessor especial do governo na presidência da TV Cultura. Assim, Benedito teve a oportunidade de escrever essa novela rural e educativa. Benedito declarou: "A proposta de Pedacinho foi mostrar o problema do homem do campo, ensiná-lo sobre as doenças (tracoma, tétano, verminose), levá-lo para uma sala de aula, dar-lhe melhores condições de higiene e, ao mesmo tempo, mostrar o interesse das classes patronais (fazendeiros e autoridades) pelo camponês analfabeto, sem questionar nunca sua miséria e seus problemas.

Segundo Benedito Ruy Barbosa, como aquele foi o período de desenvolvimento do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), ele tentou com a novela, ajudar esse projeto de ensino no qual, na época, acreditava.[2] Ele chegou a escrever cinco capítulos num dia, datilografando em sua antiga máquina de escrever. Na época o país estava sob o regime da ditadura militar e segundo o autor, a novela enfrentou problemas com a censura, quanto à cena em que um personagem tocava violão e cantava o Hino Nacional Brasileiro para os caboclos. Depois disso, um aluno cantava o hino da escola, tendo a bandeira do Brasil estendida sobre a mesa. A censura cortou essas cenas, alegando que "o hino brasileiro não podia ser cantado naquele ambiente, e que a bandeira só podia aparecer em cenas especiais". O projeto para a novela veio de uma pesquisa de marketing que apontou o formato de telenovela como a melhor forma de atingir o grande público.

A história era um drama rural e transmitia ensinamentos úteis aos trabalhadores e à população do campo. Os autores contavam com informações fornecidas pelas secretarias municipais de Agricultura e Saúde para escrever sobre vacinação, desidratação infantil, higiene e técnicas agrícolas. Com o desenvolvimento do Mobral, na época a novela também abordou o problema do analfabetismo no campo, levando personagens adultos às salas de aula. A menina Patrícia Aires (filha do ator Percy Aires, que também estava no elenco), vinha do sucesso da novela A Pequena Órfã, produzida em 1968 pela TV Excelsior.

Exibição

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A telenovela inaugurou o horário das seis da TV Globo em 16 de agosto de 1971, a trama foi exibida até 6 de maio de 1972, sendo substituída por Bicho do Mato, e totalizando 185 capítulos.

Possivelmente preservada nos arquivos da TV Cultura, apenas o 1ª capítulo foi preservado no acervo da TV Globo.

Reprises

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A novela começou a ser reprisada na faixa da tarde enquanto estava no ar entre 24 de agosto de 1971 a 17 de maio de 1972 substituindo A Pequena Órfã e sendo substituída por O Primeiro Amor.

Foi reprisada pela TVE em 1977.

Remake

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Em 2014 a TV Globo realizou uma nova versão da telenovela sob o mesmo título no horário das 18 horas da emissora. O autor da original, Benedito Ruy Barbosa assinou o remake, com co-autoria de Edilene e Marcos Barbosa. A trama estreou em 7 de abril de 2014, substituindo Joia Rara. O elenco contava com nomes como Bruna Linzmeyer, Irandhir Santos, Johnny Massaro, Juliana Paes, Osmar Prado, Rodrigo Lombardi, Antônio Fagundes, Bruno Fagundes, Inês Peixoto e Emiliano Queiroz,[3] mais reduzido e com os figurinos e cenários mais fictícios para dar o sentido literal da obra, não relacionados à realidade.

Trilha sonora

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  1. "Meu Pedacinho de Chão" (Cleston Teixeira) - Cleston Teixeira
  2. "Tema da Professorinha" (Carlos Castilho e Cleston Teixeira - Cleston Teixeira
  3. "Canto de Amor de Juliana" (Cleston Teixeira e Teixeira Filho) - Wilson Miranda
  4. "Tema do Zelão" (Cleston Teixeira e Teixeira Filho) - José Milton

Compacto duplo gravado e lançado pela RCA Victor, direção musical de Carlos Castilho.

Referências

  1. «BIOGRAFIA DE IONE BORGES, PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA». Museu da TV. 2 de agosto de 2014. Consultado em 24 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 4 de junho de 2016 
  2. «Meu Pedacinho de Chão». Teledramaturgia. Consultado em 3 de janeiro de 2014 
  3. Fernando Oliveira (2 de janeiro de 2014). «'Meu Pedacinho de Chão', próxima novela das seis, ganha data de estreia». Blog Mundo da TV. R7. Consultado em 3 de janeiro de 2014 

Ligações externas

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