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Modo jônio

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Na teoria musical, o modo gregoriano jônio (em Portugal: jónio) ou modo litúrgico da Jónia, ou simplesmente chamado jônio, é um modo musical ou escala diatônica, integrante da cultura da Grécia antiga, baseada em torno da escala natural relativa em (sistema de cifras C, tocada por todas as teclas brancas do piano de dó a dó). Essa escala simples foi chamada de modo hipofrígio (subfrígio) na teoria grega, e o modo jônio atual deve ter sido originado a partir de uma variação deste.

The motet "Que est ista" by Loyset Pieton in Motetti del frutto (Venise, Gardano, 1549).

Classificada como modo maior segue o padrão intervalar:

(I) T (II) T (III) st (IV) T (V) T (VI) T (VII) st (VIII) - (onde tem-se 2T ST 3T ST)

História

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Na Grécia antiga, as formas de organizar os sons diferiam de região para região, conforme as tradições culturais e estéticas de cada uma. Assim, cada região originou a um modo musical (organização dos sons naturais), recebendo a denominação da região respectiva. Desta forma, apareceu o modo dórico (Dória), o modo frígio (da região da Frígia), o modo lídio (da Lídia), o modo jónio (da região da Jónia) e o modo eólio (da Eólia), e uma mistura dos modos lídio e dórico — denominado mixolídio.

O termo modo jônio caiu em desuso na Europa medieval, à medida que a música sacra baseou-se entorno de oito modos musicais: a escala natural relativa em (D), mi (E), (F) e sol (G), cada qual com seu modo autêntico e modo plagal em contrapartida. Contudo, a teoria musical helênica foi mal compreendida, e os modos em sol foram chamados mixolídio e hipomixolídio (modos autêntico e plagal respectivamente).

Em 1547, Heinrich Glarean publicou seu Dodecachordon, a obra tinha como premissa a existência de doze modos diatônicos ao invés de oito. Parece que o repertório popular de então usava parte desses modos adicionais, mas não o repertório oficial de música sacra. Glarean tomou emprestado o termo jônio para um modo um tanto diferente do original, adicionando como o nome do novo onzeno modo: o modo natural relativo em dó com a quinta como sua dominante. O décimo-segundo modo, a versão plagal do modo jônio, foi denominado hipônio (subjônio), baseado na mesma escala relativa, mas com uma terceira menor como sua dominante, e tendo o alcance melódico a partir de uma quarta perfeita abaixo da tônica até uma quinta perfeita acima desta.

Como a música polifônica substituiu a música monofônica medieval, os modos populares adicionados por Glarean tornaram-se as bases da divisão entre escala menor e escala maior, criadas pela música clássica europeia.

O modo hipônio criado por Glarean é efetivamente igual ao modo lídio original da grécia antiga, bem como o jônio é igual ao modo maior moderno.

Formato

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O modo jônio forma-se estabelecendo como tônica a primeira nota da escala diatônica, podendo ser classificado como um modo maior, e possui a seguinte relação intervalar:

T - T - st - T - T - T - st - (onde T = tom e st = semitom).

Exemplos

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1. Partindo da tonalidade C (dó), temos o dó jônio:

  • C - D - E - F- G - A - B - C

2. Partindo da tonalidade G (sol), temos o sol jônio:

  • G - A - B - C - D - E - F# - G

3. Partindo da tonalidade D (ré), temos o ré jônio:

  • D - E - F# - G - A - B - C# - D
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