Multifilmes
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Multifilmes foi uma empresa brasileira produtora de filmes.
História
editarSurgimento e planejamento
editarEsse empreendimento foi construído em 1952[1] pelo paulista Anthony Assunção, fazendeiro e proprietário de duas indústrias: uma de rádios e outra de refrigerantes. Para a construção dessa empresa, foi necessário que o italiano Mário Civelli, produtor egresso de Maristela, investisse junto com Anthony na indústria de cinema.[2]
Os investidores escolheram um local estratégico para construir os estúdios de gravação, pois quando construíram em Mairiporã, a Rodovia Fernão Dias estava em construção, no entanto, a entrega da obra concluída prevista para 1954, só foi realizada em 1960.[3]
Com o planejamento de produzir de produzir dez filmes no primeiro ano de funcionamento da companhia para em anos seguintes aumentar essa marca, a empresa não conseguiu atingir a marca planejada por falta de empréstimo do Banco do Brasil e do Banespa[2], e pelo alto custo de "Destino em apuros" que foi de Cr$6 milhões[4] e foi desativada em 1954.(Caraça 2018, p. 22)
Estrutura
editarCom investimento de cerca de 25 milhões de cruzeiros, a Multifilmes foi construída em um terreno de 50 mil m² localizado em Mairiporã, na Serra da Cantareira.
A empresa contava ainda com aproximadamente 200 empregados, 25 edifícios, quatro grandes palcos de filmagem, um laboratório fotográfico, departamentos de maquilagem, cenografia, som, marcenaria, oficinas e garagens próprias, uma frota de veículos bem equipada, bar e restaurante, camarins, fábrica de refletores, duas câmeras Mitchell, uma Super-Parvo Debrie, duas Arriflex com todos os acessórios, carrinhos para interior e exterior, refletores para preto e branco e arcos para cor, grupos de geradores e conversores.[2]
Filmes
editarProduzidos
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A cor em ação
editarA Multifilmes foi a primeira produtora no lançamento de filmes a cores no Brasil. porém foi justamente seu pioneirismo que custou a empresa.
A produtora lançou em colorido o filme "Destino em apuros", que como os negativos em cores precisavam ser revelados nos Estados Unidos, o filme custou 5 milhões de cruzeiros, valor muito superior ao estipulado para a conclusão da obra. Além disso, como havia sido revelado em laboratório estrangeiro, o Departamento de Censura não concedeu o certificado de filme brasileiro, o que gerou inúmeras despesas e fez com que a obra não conseguisse recuperar nas bilheterias o dinheiro que fora investido em sua produção.[5]
Notas
editar- ↑ Ou "A ponte da Esperança"
- ↑ Produzido em co-produção com a produtora carioca Atlântida Cinematográfica.
Bibliografia
editar- Caraça, Leandro César (2018). Destino, apuros e papagaios: A história da Multifilmes (PDF). [S.l.]: Universidade de Campinas (UNICAMP). Consultado em 31 de maio de 2020
Referências
- ↑ Livro Vera Nunes - Raro Talento, pág. 78 Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - acessado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c Adami, Antonio; Heller, Barbara; Cardoso, Haydée Dourado de Faria (2003). Mídia, Cultura, Comunicação.2. São Paulo: Arte & Ciência. p. 39, 40. 412 páginas. Consultado em 21 de novembro de 2017
- ↑ «Acervo da Multifilmes pode desaparecer - Cultura - Estadão». Estadão. 1 de março de 2002. Consultado em 22 de novembro de 2017
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Estúdio da Multifilmes ainda existe em Mairiporã - 13/03/2001». www1.folha.uol.com.br. Folha de S. Paulo. 13 de março de 2001. Consultado em 22 de novembro de 2017
- ↑ a b «Qual foi o primeiro filme colorido do Brasil?». noticias.terra.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2017
Ligações externas
editar- «Multifilmes» (em inglês) no IMDb