Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Paulo Freire

filósofo e educador brasileiro
 Nota: Para outros significados, veja Paulo Freire (desambiguação).

Paulo Reglus Neves Freire OMC (Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.

Paulo Freire
Paulo Freire
Nome completo Paulo Reglus Neves Freire
Nascimento 19 de setembro de 1921
Recife, PE
Morte 2 de maio de 1997 (75 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Elza Maia Costa de Oliveira (1944–86)
Ana Maria Araújo (1988–97)
Alma mater Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco
Ocupação educador
filósofo
Prêmios Ordem do Mérito Cultural (2011)
Empregador(a) Universidade de São Paulo
Universidade Estadual de Campinas
Universidade de Genebra
Universidade de Oldenburgo
Escola/tradição Personalismo
Existencialismo
Principais interesses Educação
Religião Catolicismo

Seu trabalho teórico envolve uma forte crítica da educação bancária comum em seu tempo, na qual o professor faz "depósitos" de conhecimento no aluno, que os recebe passivamente. Em vez disso, Freire propõe uma educação dialógica, isto é, fundamentada no diálogo. Tal educação é também problematizadora, pois induz os educandos a terem uma postura crítica ante a realidade que os oprime. Freire também é famoso por ter desenvolvido um método de alfabetização de adultos que busca desenvolver essa consciência crítica no momento da alfabetização. Freire, acreditando que todos os homens têm por vocação o ser mais, buscava que eles fossem sujeitos de suas ações, atingissem sua plena realização enquanto seres humanos e fossem capazes de transformar o mundo.[1]

Seu principal trabalho, Pedagogia do Oprimido, livro em que propõe sua pedagogia dialógica, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais, pois defendeu o diálogo com as pessoas simples, e não a imposição de ideias pré-concebidas sobre elas (o que, para Freire, é mero ativismo). Trata-se do terceiro livro mais citado em trabalhos acadêmicos de ciências sociais em todo o mundo.[2][3][4]

Foi o brasileiro mais homenageado da história, com pelo menos 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e recebeu diversos galardões como o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz em 1986.[5][6][7] Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a Lei nº 12 612, que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.[8] Embora suas ideias nunca tenham sido amplamente aplicadas em todo o território brasileiro, experiências pontuais são registradas.[9][10] Na cidade de Diadema, por exemplo, o referencial freireano foi orientador da política pública de educação, na gestão municipal de 2004 a 2008.[11] Segundo uma pesquisa envolvendo três estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais e Paraná), Paulo Freire é o nome de escola mais comum.[12]

Biografia

editar

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 no Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco.[13] Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha, Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles. A irmã Stela foi professora primária do Estado. Armando, funcionário da prefeitura da cidade do Recife, abandonou os estudos aos 18 anos, não chegou a concluir o curso ginasial. Temístocles entrou para o Exército. Aos dois, Paulo agradece emocionado, em uma de suas entrevistas a Edson Passetti, pois começaram a trabalhar muito jovens, para ajudar na manutenção da casa e possibilitar que Paulo continuasse estudando.[14][15]

 
Paulo Freire aos dez anos

Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. O talento como escritor o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.[16]

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart. Na política, integrou o Partido dos Trabalhadores, tendo sido Presidente da 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidária instituída pelo PT em 1981 (antecessora da Fundação Perseu Abramo); além de Secretário de Educação da Prefeitura Municipal de São Paulo na gestão petista de Luiza Erundina (1989-1992).[17]

Freire entrou para a então Universidade do Recife em 1943, hoje UFPE, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa. Em 1944, uniu-se em matrimônio com a colega de trabalho Elza Maia Costa de Oliveira, casamento este que durou até o ano de 1986, quando sua esposa morreu. Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo, apelidada de "Nita", que além de conhecida desde a infância era sua orientanda no programa de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde foi professor. Ambas as esposas foram reconhecidas por Paulo como importantes em sua carreira, inclusive quando o educador dedicou seu título de Doutor Honoris Causa na PUC de São Paulo "à memória de uma e à vida da outra".[18] Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com analfabetos pobres.[19]

 
Paulo Freire (1963)
 
Escultura Efter badet em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da esquerda para a direita) aparece ao lado de outras seis personalidades internacionais, entre elas Pablo Neruda e Mao Tsé-Tung[20]

Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano,[21] realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro (que, sob o presidente João Goulart, empenhava-se na realização das reformas de base) aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os "círculos de cultura") pelo País.[22] Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação Como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira, com a qual concorrera, em 1959, à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife.[23]

Paulo Reglus Neves Freire
Paulo Freire
 
Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire
Secretário Municipal de Educação de São Paulo
Período 1° de janeiro de 1989 até 28 de maio de 1991
Prefeita Luiza Erundina
Antecessor(a) Paulo Zingg
Sucessor(a) Mário Sérgio Cortella
Dados pessoais
Nome completo Paulo Reglus Neves Freire
Partido PT (1980-1997)

O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970) e até o hebraico (em 1981). Em razão da rixa política entre a ditadura militar e o socialismo cristão de Paulo Freire,[24] ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel assumiu a presidência do país e iniciou o processo de abertura política. Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em ex-colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.[25]

Com a Anistia em 1979 Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT venceu as eleições municipais paulistanas de 1988, iniciando-se a gestão de Luiza Erundina (1989-1993), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo.[13] Exerceu esse cargo de 1989 a 1991. Dentre as marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens e Adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras e outras instâncias de governo.[26]

Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as ideias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial.[27]

Em 1992, concedeu entrevista para o Museu da Pessoa, como parte do projeto Memória Oral do Idoso. Em sua fala, conta sobre a sua infância em meio à crise econômica da década de 1920. Esse contexto social o influenciou em sua carreira como educador e nos ideais que defendeu durante toda a sua vida: "Mas, essa experiência, que foi uma experiência de um lado de fome, do outro uma experiência de discriminação, eu via, por exemplo, como os meninos de classe média abastada, por exemplo, discriminavam os meus colegas [...] Quer dizer, desde menino que eu quase que me arrepiava diante de qualquer manifestação discriminatória. Não importa de que". Paulo Freire também compartilhava um otimismo com a juventude da época, que vivenciava o movimento caras-pintadas.[28]

Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias. O Estado Brasileiro, por meio do Ministério da Justiça, no Fórum Mundial de Educação Profissional de 2009, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão post mortem à viúva e à família do educador, assumindo o pagamento de "reparação econômica".[29]

Contribuições teóricas

editar
Não existe tal coisa como um processo de educação neutra. Educação ou funciona como um instrumento que é usado para facilitar a integração das gerações na lógica do atual sistema e trazer conformidade com ele, ou ela se torna a "prática da liberdade", o meio pelo qual homens e mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na transformação do seu mundo.
Richard Shaull, com base em Paulo Freire[30]
 
Estátua de Paulo Freire na Universidade Federal de Pernambuco

Paulo Freire contribuiu com uma filosofia da educação que veio não só das abordagens mais clássicas decorrentes de Platão, mas também da fenomenologia-existencial, de pensadores marxistas e anticolonialistas modernos. De muitas maneiras a sua obra Pedagogia do Oprimido (1970) pode ser melhor lida como uma extensão, ou de resposta, de Os Condenados da Terra (1961) de Frantz Fanon, que enfatizava a necessidade de dotar as populações nativas com uma educação que era ao mesmo tempo nova e moderna (em vez de tradicional) e anticolonial (e não simplesmente uma extensão da cultura do colonizador).

Na Pedagogia do Oprimido (1970), Freire reprisa a distinção entre opressores e oprimidos e diferencia entre as posições em uma sociedade injusta: o opressor e o oprimido. Sua influência mais direta para tal distinção remonta a Hegel, à relação mestre-escravo, expressa na obra Fenomenologia do Espírito.[31]

Freire defende que a educação deve permitir que os oprimidos possam recuperar o seu senso de humanidade e, por sua vez, superar a sua condição. No entanto, ele reconhece que para que isso ocorra, o indivíduo oprimido deve desempenhar um papel na sua libertação. Como ele afirma:

Nenhuma pedagogia que seja verdadeiramente libertadora pode permanecer distante do oprimido, tratando-os como infelizes e apresentando-os aos seus modelos de emulação entre os opressores. Os oprimidos devem ser o seu próprio exemplo na luta pela sua redenção
— Freire, 1970, p. 54[32]

Da mesma forma, os opressores devem estar dispostos a repensarem seu modo de vida e a examinarem seu próprio papel na opressão se a verdadeira libertação deve ocorrer: "aqueles que autenticamente se comprometem com o povo devem reexaminar-se constantemente" (Freire, 1970, p. 60).

 
Painel Paulo Freire no Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional (CEFORTEPE) da Secretaria Municipal de Educação de Campinas

Freire acredita que a educação é um ato político que não pode ser divorciado da pedagogia. Ele definiu este como um princípio principal da pedagogia crítica. Professores e alunos devem estar cientes das "políticas" que cercam a educação. A forma como os alunos são ensinados e o que lhes é ensinado serve a uma agenda política. Professores, eles próprios, têm noções políticas que trazem para a sala de aula (Kincheloe, 2008).[33]

Freire acredita que "a educação faz sentido porque mulheres e homens aprendem que através da aprendizagem podem fazerem-se e refazerem-se, porque mulheres e homens são capazes de assumirem a responsabilidade sobre si mesmos como seres capazes de conhecerem." (Freire, 2004, p. 15).[34]

Além de pensadores marxistas, Paulo Freire possui influência de outras correntes de pensamento, como a fenomenologia-existencial. Segundo Mendonça (2006), a preocupação primordial de Freire volta-se para a ontologia do ser humano, que está ligada ao exercício da condição de sujeitos dada historicamente. Desse modo, surge a práxis humana "como um compromisso histórico que, ao endereçar os sujeitos ao mundo, possibilita, ao mesmo tempo, a transformação da realidade e dos próprios seres humanos." (p. 16).[35]

Filósofos como Martin Heidegger e Jean Paul Sartre, Gabriel Marcel e Karl Jaspers desenvolvem pensamentos existencialistas, cujos princípios se encontram em Kierkegaard e influenciam efetivamente Paulo Freire (MENDONÇA, 2006).[35] Ainda na sua obra Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire cita diretamente o Sartre: "Na verdade, não há eu que se constitua sem um não eu. Por sua vez, não eu constituinte do eu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona. Daí, a afirmação de Sartre, anteriormente citada: ‘consciência e mundo se dão ao mesmo tempo’" (Freire, 1987, p. 71).[36]

A fenomenologia de Paulo Freire articula-se com o existencialismo. "É também sob marcante influência do existencialismo que se pode compreender a filosofia da educação de Paulo Freire, para quem a educação é prática da liberdade e a pedagogia, processo de conscientização" (Severino, 2000, p. 303).[37] Embora, faça referência a Sartre, é o existencialismo cristão de Jaspers e Gabriel Marcel que predomina.[38]

O pensamento existencialista enquanto se ocupa do ser humano, tem importância para a educação, na medida em que esclarece a condição dele no mundo. "Paulo Freire (1996) sofre influências desta corrente e a desenvolve em sua Pedagogia. Se por um lado, uma educação é possível a partir do pensamento de Sartre (1987), de outro, encontra-se a humanização na pedagogia de Freire" (MENDONÇA, 2006, p. 161),[35] que objetiva, finalmente, a humanização das relações no processo de ensino/aprendizagem.[39]

Modelo bancário de educação

editar
 Ver artigo principal: Educação bancária

Em termos de pedagogia, Freire é mais conhecido por seu ataque sobre o que chamou de conceito "bancário" da educação, em que o aluno é visto como uma conta vazia a ser preenchida pelo professor. Ele observa que "transformar os alunos em objetos receptores é uma tentativa de controlar o pensamento e a ação, leva homens e mulheres a ajustarem-se ao mundo e inibe o seu poder criativo" (Freire, 1970, p. 77). Para Freire a leitura não se esgota (e nem pode se esgotar) na decodificação da palavra escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.[40] Esta crítica básica não era nova - a concepção da criança como um aprendiz ativo de Rousseau já era um passo além da ideia de tabula rasa (que é basicamente o mesmo que o "conceito bancário"). Além disso, pensadores como John Dewey também são fortemente críticos da transmissão de meros fatos como o objetivo da educação. Dewey muitas vezes descrevia a educação como um mecanismo de mudança social, explicando que "a educação é um regulamento do processo de vir a partilhar a consciência social; e que o ajustamento da atividade individual com base nessa consciência social é o único método seguro de reconstrução social" (1897, p. 16). O trabalho de Freire, no entanto, atualizou o conceito e colocou-o em contexto com as teorias e práticas de educação atuais, que estabelece as bases para o que hoje é chamado pedagogia crítica.[41]

Seus trabalhos críticos sobre a educação bancária tem incentivado pesquisadores nacionais e internacionais em diversas áreas, como finanças e economia. Alguns pesquisadores brasileiros da atualidade começam a questionar, por exemplo, se o ensino de educação ou alfabetização financeira nas escolas deveria se emancipar da educação bancária e adotar um modelo mais crítico de ensino e aprendizagem desde os primeiros anos.[42]

Cultura do silêncio

editar

Segundo Freire, o sistema de relações sociais dominantes cria uma "cultura do silêncio", que infunde uma autoimagem negativa, silenciada e suprimida aos oprimidos. O aluno deve desenvolver uma consciência crítica, a fim de reconhecer que esta cultura do silêncio é criada para oprimir.[43] A cultura do silêncio também pode fazer com que os "indivíduos dominados percam o meio pelo qual respondem de forma crítica à cultura que é forçada sobre eles pela cultura dominante".[44]

A dominação social de raça e classe é entrelaçada no sistema de ensino convencional, através do qual a "cultura do silêncio" elimina os "caminhos de pensamento que levam a uma linguagem crítica".[45]

Legado

editar
 
Mural de Paulo Freire na Faculdade de Educação e Humanidades da Universidade do Bío-Bío, no Chile

Os principais expoentes de Freire na América do Norte são Henry Giroux, Peter McLaren, Donaldo Macedo, Joe L. Kincheloe, Carlos Alberto Torres, Ira Shor e Shirley R. Steinberg. Um dos textos editados por McLaren, Paulo Freire: A Critical Encounter expõe o impacto de Freire no campo da educação crítica. McLaren também fornece um estudo comparativo entre Freire e o ícone revolucionário argentino Che Guevara. O trabalho de Freire influenciou o movimento chamado "matemática radical" nos Estados Unidos, que enfatiza questões de justiça social e pedagogia crítica como componentes de currículos de matemática.[46]

Na África do Sul, as ideias e métodos de Freire foram fundamentais para o Movimento da Consciência Negra (em inglês: Black Consciousness Movement), muitas vezes associado com a figura de Steve Biko, na década de 1970.[47][48] Há um projeto sobre Paulo Freire na Universidade de KwaZulu-Natal em Pietermaritzburg.[49]

Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi criado em São Paulo para ampliar e elaborar as suas teorias da educação popular. O instituto já tem projetos em muitos países e está sediada na Escola de Educação e Estudos de Informação da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde arquivos de Freire são mantidos. O diretor é o Dr. Carlos Torres, professor da UCLA e autor de livros freireanos incluindo A praxis educativa de Paulo Freire (1978). Desde a publicação da edição anglófona da obra Pedagogia do Oprimido, Freire alcançou status quase icônico em programas de formação de professores dos Estados Unidos.[50]

 
Monumento a Paulo Freire em Brasília, Brasil

Em 2016, duas pesquisas demonstram o impacto de sua obra a nível mundial. A Open Syllabus pesquisou em mais de um milhão de programas de estudos de universidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia e descobriu que Pedagogia do Oprimido é o 99º livro mais citado, fazendo do pedagogo o único brasileiro entre os 100 mais citados e o segundo melhor colocado no campo da educação, perdendo apenas para Teaching for Quality Learning in University: What the Student Does, de John Biggs.[51] Uma pesquisa da London School of Economics descobriu que Pedagogia do Oprimido é o terceiro livro mais citado mundialmente na área das Ciências Sociais, segundo dados do Google Acadêmico.[52]

Críticas e controvérsias

editar

As propostas de abordagem político-educacionais tecidas por Paulo Freire são consideradas controversas e têm sido alvo de críticas e objeções por parte de correntes discordantes.[53][54]

Desde os anos 1960, Paulo Freire recebeu muitos rótulos, incluindo “nacional desenvolvimentista”, “escolanovista”, “indutivista”, “não-diretivo”, “neo-anarquista católico”, entre outros.[53] Paulo Freire, diante de tais críticas evitava polêmicas, assumindo suas ingenuidades. Contudo, não tolerava críticas em relação a uma suposta indecisão quanto à sua ótica de classe.[53]

Segundo os críticos, em seus estudos executados no período compreendido entre os anos de 1960 a 1964, Paulo Freire, negava a sociedade opressora e a sua dominação, mas não esclarecia suficientemente como superar os problemas apontados, não revelando objetivamente o tipo de revolução que se poderia desencadear e as bases socioeconômicas que deveriam dar suporte à nova estrutura do poder. Deste modo, Paulo Freire podia ser visto nesses estudos como um idealista e como um liberal, não negando o sistema capitalista.[53]

Centenário

editar

Em 2021, Freire completaria 100 anos. Diversas homenagens foram realizadas,[55][56] incluindo um doodle do Google.[57]

Dossiê da Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências

editar

Em editorial[nota 1] publicado pela Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências em 19 de setembro de 2021, é apresentado um dossiê comemorando os 100 anos de Paulo Freire, são apresentados quatorze artigos, produzidos por pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e da América Latina, os quais estão divididos em cinco grupos, a saber: teórico, revisão bibliográfica, contexto de formação básica, contexto de formação inicial e contexto não-escolar. Assim, ele simboliza uma pequena parcela das publicações relacionadas às obras de Paulo Freire, no contexto da Educação em Ciências, mas é representativo da amplitude do diálogo que pode ser estabelecido com às perspectivas educacionais.

O primeiro grupo envolve três artigos que têm como foco o aprofundamento teórico-metodológico de alguns aspectos da perspectiva freireana e possíveis relações com a Educação Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS). Considerando a educação escolar, o primeiro artigo do dossiê, intitulado: "Alteridade, Pesquisa na Educação em Ciências e a Perspectiva Freireana",[58] de autoria de Demétrio Delizoicov e Antônio Fernando Gouvêa da Silva, aborda as especificidades da contextualização da concepção de educação de Paulo Freire e a contribuição de Enrique Dussel para a dimensão axiológica do currículo. E, no contexto dessas discussões, os autores apresentam argumentos que fundamentam a alteridade na implementação da concepção freireana na educação escolar. Em "Freire, Fermento entre os Oprimidos: Continua Sendo?",[59] o autor Décio Auler problematiza algumas questões da obra de Paulo Freire e sinaliza que há uma incompletude e fragilidade quanto a aspectos que envolvem a concepção de sujeitos históricos. Para superar essa incompletude, o autor aponta aproximações entre Freire e o Pensamento Latino-Americano em Ciência-Tecnologia-Sociedade (PLACTS) e a necessidade de se ampliar a categoria diálogo. E, seguindo esse contexto das aproximações entre Freire e PLACTS, Suiane Ewerling da Rosa e Roseline Beatriz Strieder, no artigo intitulado "Perspectivas para a Constituição de uma Cultura de Participação em Temas Sociais de Ciência-Tecnologia",[60] definem e caracterizam elementos que contribuem para situar e constituir mecanismos ampliados de participação em temas sociais que envolvem ciência-tecnologia, sinalizando caminhos para a constituição de processos democráticos ampliados no contexto da educação CTS.

O segundo grupo é composto por dois artigos de revisão bibliográfica, com foco em pesquisas brasileiras. No artigo "Como Ocorre a Construção e Disseminação do Conhecimento Curricular Freireano? Algumas Sinalizações",[61] Thiago Flores Magoga e Cristiane Muenchen investigam elementos e contextos importantes, que auxiliam na construção e disseminação do conhecimento curricular freireano, tendo como referência a materialização da perspectiva de Temas Geradores. E no trabalho "Releituras de Paulo Freire na Educação em Ciências: Pressupostos da Articulação Freire-CTS",[62] Eliane dos Santos Almeida e Roseline Beatriz Strieder buscam identificar propósitos e pressupostos da articulação entre a Educação CTS e a perspectiva freireana, para compreender por que e para que essa articulação tem sido tecida. De modo geral, os artigos deste grupo sinalizam que há um significativo avanço na pesquisa em Educação em Ciências, quanto a releituras e à materialização de alguns aspectos da obra de Paulo Freire.

O terceiro grupo contempla quatro artigos, os quais mobilizam diferentes aspectos da obra de Paulo Freire para problematizar e buscar uma formação mais crítica, libertadora e contextualizada. Em "A relação Teoria-Prática Docente no Ensino de Ciências: Uma Análise Materialista Histórico-Dialética à Luz da Práxis Autêntica de Freire",[63] Cristiane Aparecida Madureira e Juliana Rezende Torres discutem a relação teoria-prática docente frente à práxis autêntica freireana. As autoras sinalizam que o movimento dialético estruturante da práxis somado à consciência do trabalho docente influencia a dimensão da práxis pedagógica do docente. Enfatizando a transformação das realidades a partir da formação dos estudantes, Fabrício Masaharu Oiwa da Costa, Carla Sarmento Santos e Giselle Watanabe, em "Alguns Parâmetros da Criticidade e da Complexidade em Propostas de Aulas Socioambientais Presenciais e Remotas",[64] analisam a experiência da produção de duas propostas de aula nos contextos remoto e presencial e argumentam a favor de uma formação crítica e complexa. Gabriel Ribeiro Demartini e Antônio Fernando Gouvêa da Silva, em "Abordagem Temática Freireana no Ensino de Ciências e Biologia: Reflexões a partir da Práxis Autêntica",[65] investigam em que medida a educação libertadora pode fundamentar práticas curriculares transformadoras de uma realidade sociocultural injusta. Por fim, Alejandra E. Defago e Raúl Esteban Ithuralde, em "Leyendo una Currícula de Ciencias Naturales en un Abordaje Freiriano: El Caso de los Diseños Curriculares de la Provincia de Buenos Aires, Argentina",[66] ao discutirem aspectos presentes em Projetos Curriculares da província de Buenos Aires, destacam práticas que se aproximam progressivamente da Educação Popular. Em linhas gerais, esses trabalhos sinalizam a importância de considerar a compreensão dos educandos sobre suas realidades no contexto de práticas educativas, construindo vínculos com as comunidades, e contribuindo para a autonomia dos sujeitos.

O quarto grupo representa reflexões sobre a formação inicial de professores visando contribuir para um ensino problematizador da realidade e é composto por quatro artigos. Eril Medeiros da Fonseca, Tassiéllen Soares Antunes Tadeu, André de Azambuja Maraschin e Renata Hernandez Lindemann, no texto "Problematização das Situações-Limite no Contexto do Ensino e Formação em Ciências: Contribuições da Abordagem de Temas com Viés Freireano",[67] identificam e problematizam situações-limite na formação de professores de Ciências, sinalizando possibilidades de enfrentamento da prática pedagógica. Ana Paulo Solino, Polliane Santos de Sousa, Roger Magalhães da Silva e Simoni Gehlen, em "O Tema Gerador na Formação de Pedagogas do alto Sertão Alagoano: Da Escuta Sensível ao Planejamento de Ciências",[68] discutem os desafios e potencialidades na elaboração de planejamentos didáticos-pedagógicos para a Educação em Ciência à luz da Abordagem Temática Freireana. Fábio Peres Gonçalves, Renata Aragão da Silveira e Lya Piaia, em "A Problematização do Formador de Professores de Química no Estudo da Abordagem Temática: Uma Análise Constituinte de um Processo de Comunicação",[69] investigam a problematização promovida por um formador em uma proposta baseada na Abordagem Temática no contexto de estágio curricular de Química. No contexto de educação do campo, Daniela Corsino Sandron Colombo, Danilo Seithi Kato e Marilisa Hoffmann, em "Diálogos Interculturais entre Conhecimentos Tradicionais e Conhecimentos Científicos em uma Comunidade Geraizeira: Um Olhar Freiriano na Licenciatura em Educação do Campo",[70] analisam as potencialidades de diálogos interculturais no Ensino de Ciências, a partir da vivência de uma licencianda. Em síntese, os trabalhos deste grupo buscam romper com uma prática docente descontextualizada e a problemática, destacando as contribuições da Abordagem Temática Freireana, das situações-limite e dos Temas Geradores. Ainda, eles contribuem para reflexões sobre o papel docente na educação libertadora e a dinâmica da Pedagogia da Alternância.

Encerrando o dossiê temático, o quinto grupo envolve reflexões sobre a obra de Paulo Freire em contexto não-escolar. No artigo "Diseños Globales e Historias Locales: Origen y Desarrollo de una Propuesta Educativa en un Museo Interactivo de Ciencias y Tecnologías en el Sur",[71] Manuel Franco-Avellaneda e Diego Corrales-Caro, fundamentados no referencial freireano e nos estudos sociais da ciência e tecnologia, os autores apresentam as condições de produção, desenvolvimento e consolidação de uma proposta educativa no contexto de um museu interativo de Ciência e Tecnologia em Bogotá, na Colômbia.

Honrarias

editar

Títulos de Doutor Honoris Causa

editar
Data Instituição Descrição do título[nota 2] Referências
23 de junho de 1973 The Open University Doctor of the University [72][73]
3 de fevereiro de 1975 Universidade Católica de Lovaina [74]
29 de abril de 1978 Universidade de Michigan Doctor of Laws [75][76]
6 de junho de 1979 Universidade de Genebra Docteur és Sciences de L'éducation [77][78]
29 de julho de 1986 New Hamphire College

(atual Southern New Hampshire University [en])

Doctor of Humane Letters [79]
29 de março de 1987 Universidade de San Simon [80]
8 de maio de 1987 Universidade Federal de Santa Maria [81]
2 de fevereiro de 1988 Universidade de Barcelona [82][83]
27 de abril de 1988 Universidade Estadual de Campinas [84]
14 de junho de 1988 Universidade Federal do Ceará [85]
11 de novembro de 1988 Universidade Federal de Goiás [86]
23 de janeiro de 1989 Universidade de Bolonha [87][88]
26 de maio de 1990 Universidade de Massachusetts Amherst Doctor of Laws [89]
21 de dezembro de 1990 Universidade Federal do Pará [90]
26 de dezembro de 1991 Universidade Complutense de Madri [91][92]
1991 Universidade Federal de Alagoas [93]
20 de março de 1992 Universidade de Mons-Hainaut [en] [94]
3 de julho de 1992 Universidade de El Salvador [95][96]
30 de abril de 1993 Universidade Federal do Rio de Janeiro [97]
9 de maio de 1993 Universidade de Illinois Doctor of Humane Letters [98]
14 de setembro de 1993 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [99]
27 de maio de 1994 Universidade Federal de Uberlândia [100]
20 de outubro de 1994 Universidade Federal do Rio Grande do Sul [101][102]
14 de agosto de 1995 Universidade Federal de Juiz de Fora [103]
17 de outubro de 1995 Universidade de Estocolmo [104][105]
1996 Universidade de Nebraska Doctor of Humane Letters [106]
1996 Universidade Nacional de San Luis [107]
1996 Universidade Federal Fluminense [108]
1996 Universidade de Lisboa [109]
1996 Universidade Nacional de Rio Cuarto [110]
Títulos concedidos in memoriam:
7 de julho de 1997 Universidade de Oldenburgo [111]
1998 Universidade de Chapman [112]
26 de maio de 1999 Universidade do Algarve [113]
2003 Universidade de Havana [114]
2011 Universidade de Brasília [115]
2019 Universidade do Estado do Pará [116]

Outras honrarias

editar

Cátedras

editar

As Cátedras Paulo Freire são instituições que preservam a memória e produção da pedagogia de Paulo Freire. Organizam-se com o objetivo de realizar atividades de pesquisa, estudos coletivos (grupos de leitura), cursos de extensão e apresentação de projetos que valorizem a pedagogia crítica, relevante contribuição social, política e pedagógica de Paulo Freire à humanidade, socializando o conhecimento presente no pensamento freireano, que teve no Método Paulo Freire, uma importante contribuição para a educação popular. Pedagogia do Oprimido e todas as suas obras são preservadas, estudadas e difundidas nas cátedras existentes no Brasil e no mundo.[123]

Relação das Cátedras Paulo Freire no Brasil
Cátedra Instituição Coordenação
Cátedra do Oprimido[124] Universitas Paulo Freire

Instituto Paulo Freire

Universidade Nove de Julho

José Eustáquio Romão
Cátedra Livre Paulo Freire[125] Universidade Federal de Viçosa Arthur Meucci
Cátedra Paulo Freire[126] Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Ana Maria Saul
Cátedra Paulo Freire[127] Universidade Federal de Pernambuco Maria Eliete Santiago
Cátedra Paulo Freire[128] Universidade Católica de Santos Alexandre Saul
Cátedra Paulo Freire - Educação para a Sustentabilidade[129] Universidade Federal Rural de Pernambuco Monica Lopes Folena Araújo
Cátedra Paulo Freire da Amazônia[130] Universidade do Estado do Pará Ivanilde Apoluceno de Oliveira

João Colares da Mota Neto

Cátedra Paulo Freire de Educação de Jovens e Adultos[131] Universidade Federal da Integração Latino-Americana Juliana Franzi
Cátedra Paulo Freire[132] Universidade Metropolitana de Santos Maria do Rosário Abreu e Sousa

Ver também

editar

Notas

  1.   Este artigo incorpora texto de um trabalho de conteúdo livre. Licenciado em CC-BY-4.0 Declaração da licença: Demétrio Delizoicov; Simoni Tormöhlen Gehlen; Stefannie de Sá Ibraim (19 de setembro de 2021), Centenário Paulo Freire: Contribuições do Ideário Freireano para a Educação em Ciência, pp. e36079-1–6, doi:10.28976/1984-2686RBPEC2021U771776, Wikidata Q108611611  Para aprender como acrescentar texto de licenças livres a artigos da Wikipédia, veja em agregar textos em licença livre na Wikipédia. Para mais informações sobre como reutilizar texto da Wikipédia, veja as condições de uso.
  2. Quando a instituição descreve o título concedido.

Referências

  1. «Paulo Freire». Internet Encyclopedia of Philosophy. Consultado em 15 de dezembro de 2022 
  2. Elliott D. Green (12 de maio de 2016). «What are the most-cited publications in the social sciences (according to Google Scholar)?». LSE Research Online. London School of Economics and Political Science. Consultado em 7 de maio de 2021 
  3. «Programa da TV UFPB apresenta obra de Paulo Freire em 30 vídeos disponíveis no youtube». Consultado em 8 de Junho de 2017 
  4. «Mitos e verdades sobre a obra de Paulo Freire». Nova Escola. Consultado em 14 de abril de 2019 
  5. Simon Pratt-Adams, Meg Maguire e Elizabeth Burn. «Changing Urban Education». Google Livros. Consultado em 27 de fevereiro de 2016 
  6. CORTELLA, Mario Sergio (janeiro de 2012). «É preciso rejeitar a despamonhalização da vida». Almanaque Brasil (153): 14. Consultado em 27 de outubro de 2018 
  7. a b UNESCO Prize 1986 and 1987 for Peace Education; 1988; unesdoc.unesco.org - pdf
  8. «BRASIL. Lei 12.612 de 13 de abril de 2012». Consultado em 16 de abril de 2012 
  9. Costa, Camilla (24 de julho de 2015). «'Brasil nunca aplicou Paulo Freire', diz pesquisador». BBC News Brasil. Consultado em 3 de agosto de 2022 
  10. Calçade, Paula. «Existe método Paulo Freire nas escolas públicas?». novaescola.org.br. Consultado em 3 de agosto de 2022 
  11. Saul, Ana Maria; Silva, Antonio Fernando Gouvêa da (25 de abril de 2012). «O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE EM SISTEMAS PÚBLICOS DE ENSINO: PESQUISANDO POLÍTICAS DE CURRÍCULO EM UM MESMO TERRÍTÓRIO, SOB DIFERENTES OLHARES.». Revista Teias (27). 18 páginas. ISSN 1982-0305. Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  12. Filipe Albuquerque (24 de novembro de 2017). «Paulo Freire, Monteiro Lobato e Tancredo Neves: os nomes de escola mais comuns em alguns estados». Gazeta do Povo. Consultado em 2 de março de 2018 
  13. a b «Paulo Freire é declarado patrono da educação brasileira». Senado Federal. Consultado em 22 de fevereiro de 2021 
  14. «Paulo Freire». escola.britannica.com.br. Consultado em 22 de fevereiro de 2021 
  15. Freire, Ana Maria Araújo (2017). «Capítulo 1 - Infância e adolescência». Paulo Freire: uma história de vida. São Paulo: Paz e Terra. ISBN 978-8577532995 
  16. «Comissão de Educação, Cultura e Assuntos Indígenas da Assembleia homenageia o educador Paulo Freire». Consultado em 8 de Junho de 2017 
  17. FREIRE, Paulo. Educação na cidade. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
  18. Paz, Mônica. «Projeto Irecê». twiki.ufba.br 
  19. Rocha, Diego (6 de abril de 2012). «Paulo Freire é declarado o patrono da educação brasileira». MEC. Consultado em 28 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 28 de setembro de 2020 
  20. Leino, Per (13 de agosto de 2014). "Pye tar det med ro". Hela Gotland (em sueco), Visby.
  21. «"Paulo Freire, Cidadão Brasileiro"». Consultado em 15 de março de 2011. Arquivado do original em 18 de outubro de 2011 
  22. PELANDRÉ, Nilcéa Lemos. "Efeitos a longo prazo do método de alfabetização Paulo Freire". Florianópolis, 1998. Vol. I e II. 523p. Tese (Doutorado em Letras/Linguística) - Curso de Pós-Graduação em Letras/Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina. p.33 - 48.
  23. Triviños, Augusto Nibaldo Silva; Andreola, Balduino Antonio (2001). Freire e Fiori no exílio: um projeto pedagógico-político no Chile. Porto Alegre: Editora Ritter dos Reis. p. 118. ISBN 9788588244016 
  24. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda (2006). História da Educação e da Pedagogia 3ª ed. São Paulo: Moderna. p. 336. ISBN 85-16-05020-3 
  25. «Paulo Freire». Paulofreire.org. Consultado em 12 de maio de 2017 
  26. Ação, Do (22 de outubro de 2011). «Projeto MOVA leva alfabetização aos jovens e adultos de todo Brasil». Ação. Consultado em 22 de fevereiro de 2021 
  27. «O Instituto Paulo Freire». Instituto Paulo Freire. Consultado em 2 de junho de 2017 
  28. «História». Museu da Pessoa. Consultado em 19 de maio de 2023 
  29. Nº 61/2008. Governo do Brasil. Acessado em 29 de junho de 2016
  30. Gramsci, Freire, and Adult Education: Possibilities for Transformative Action, by Peter Mayo, Macmillan, 1999, ISBN 1-85649-614-7, pg 5
  31. Freire, Paulo (1979). Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Cortez & Moraes 
  32. Freire, P. (1970). Pedagogy of the Oppressed. New York: Continuum.
  33. Kincheloe, J.L. (2008). Critical Pedagogy Primer, 2nd Ed. New York: Peter Lang.
  34. Freire, P. (2004). Pedagogy of Indignation. Boulder: Colorado, Paradigm.
  35. a b c Mendonça, Nelino (2006). «A humanização na pedagogia de Paulo Freire». Repositório Institucional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 
  36. FREIRE, Paulo (1987). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra 
  37. SEVERINO, Antonio (2000). A filosofia da educação no Brasil: esboço de uma trajetória. In: GHIRALDELLI JR, Paulo (org.). O que é filosofia da educação. Rio de Janeiro: DP&A 
  38. ZANELLA, José (2010). «Considerações sobre a Filosofia da Educação de Paulo Freire e o Marxismo» (PDF). Quaestio: revista de estudos em educação 
  39. GARCIA, Marcio (2008). «O existencialismo de Jean Paul Sartre e a Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire» (PDF). Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2017 
  40. Macedo, Maria do Socorro Alencar Nunes; Almeida, Ana Caroline de; Dezotti, Magda (21 de outubro de 2020). «Alfabetização crítica: contribuições de Paulo Freire e dos novos estudos do letramento». Linhas Crí­ticas: e29785–e29785. ISSN 1981-0431. doi:10.26512/lc.v26.2020.29785. Consultado em 17 de setembro de 2022  soft hyphen character character in |jornal= at position 11 (ajuda)
  41. Dewey, J. (1897). My Pedagogic Creed
  42. Khatib, El; Sameer, Ahmed (10 de novembro de 2023). «Alfabetização financeira crítica: uma proposta curricular à luz das vozes docentes e da visão freireana». Consultado em 15 de outubro de 2024 
  43. «Marxist education:Education by Freire». Tx.cpusa.org. Consultado em 12 de novembro de 2012. Arquivado do original em 25 de outubro de 2016 
  44. «Paulo Freire». Education.miami.edu. Consultado em 12 de novembro de 2012. Arquivado do original em 26 de março de 2013 
  45. (Giroux, 2001, p. 80) (A Presentation by) John Cortez Fordham University. «Culture, Power and Transformation in the Work of Paulo Freire by Henry A. Giroux» (PDF) 
  46. «Radical Math». www.radicalmath.org 
  47. [Anne Hope - February 12, 1930 – December 26, 2015 ://www.iol.co.za/capetimes/anne-hope-a-woman-of-substance-in-anti-apartheid-movement-1964986
  48. A Liberation and Development: Black Consciousness Community Programs in South Africa, Leslie Anne Hadfield, 2016
  49. «Paulo Freire Project». cae.ukzn.ac.za 
  50. Bharath Sriraman, ""On the Origins of Social Justice: Darwin, Freire, Marx and Vivekananda" Arquivado em 30 de março de 2012, no Wayback Machine., The Mathematics Enthusiast, Monograph 1, 2007
  51. «Só um livro brasileiro entra no top 100 de universidades de língua inglesa». G1. 17 de fevereiro de 2016. Consultado em 30 de junho de 2016 
  52. Neves, Thiago (3 de junho de 2016). «Pesquisador faz levantamento sobre os livros mais citados nas ciências sociais». Painel Acadêmico. Universo Online. Consultado em 30 de junho de 2016 
  53. a b c d Menezes, Germana Alves; Gonçalves, Luiz Gonzaga (2018). «Paulo Freire: a favor ou contra, pequeno inventário de críticas, confrontos e contribuições». Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos. 6: 30-40. ISSN 2317-6571. Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  54. Haase, Henrique Augusto Torres Simplício e Vitor Geraldi. «100 anos de Paulo Freire: Uma crítica do educador crítico». Gazeta do Povo. Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  55. «Ato em Belém presta homenagens a Paulo Freire, que completaria 100 anos neste domingo, 19». G1. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  56. «Diversos eventos pelo mundo comemoram o centenário de Paulo Freire». EBC Rádios. 16 de setembro de 2021. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  57. «Paulo Freire's 100th Birthday». Google (em inglês). 19 de setembro de 2021. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  58. Delizoicov, Demétrio; Silva, Antonio Fernando Gouvêa da (19 de setembro de 2021). «Alteridade, Pesquisa na Educação em Ciências e a Perspectiva Freireana». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33358–1–24. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u777800. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  59. Auler, Décio (19 de setembro de 2021). «Freire, Fermento Entre os Oprimidos: Continua Sendo?». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33706–1–30. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u801830. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  60. Rosa, Suiane Ewerling da; Strieder, Roseline Beatriz (19 de setembro de 2021). «Perspectivas para a Constituição de uma Cultura de Participação em Temas Sociais de Ciência-Tecnologia». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e29619–1–27. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u831857. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  61. Magoga, Thiago Flores; Muenchen, Cristiane (19 de setembro de 2021). «"Como Ocorre a Construção e Disseminação do Conhecimento Curricular Freireano?" Algumas Sinalizações». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33748–1–29. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u859887. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  62. Almeida, Eliane dos Santos; Strieder, Roseline Beatriz (19 de setembro de 2021). «Releituras de Paulo Freire na Educação em Ciências: Pressupostos da Articulação Freire-CTS». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33278–1–24. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u889912. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  63. Madureira, Cristiane Aparecida; Torres, Juliana Rezende (19 de setembro de 2021). «A Relação Teoria-Prática Docente no Ensino de Ciências: uma Análise Materialista Histórico-Dialética à Luz da Práxis Autêntica de Freire». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33662–1–33. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u913945. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  64. Costa, Fabrício Masaharu Oiwa da; Santos, Carla Sarmento; Watanabe, Giselle (19 de setembro de 2021). «Alguns Parâmetros da Criticidade e da Complexidade em Propostas de Aulas Socioambientais Presenciais e Remotas». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33276–1–25. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u947971. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  65. Demartini, Gabriel Ribeiro; Silva, Antonio Fernando Gouvêa da (19 de setembro de 2021). «Abordagem Temática Freireana no Ensino de Ciências e Biologia: Reflexões a partir da Práxis Autêntica». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33743–1–30. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u9731002. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  66. Defago, Alejandra; Ithuralde, Raúl Esteban (19 de setembro de 2021). «Leyendo una Currícula de Ciencias Naturales en un Abordaje Freiriano: el Caso de los Diseños Curriculares de la Provincia de Buenos Aires, Argentina». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (em espanhol): e33822–1–34. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u10031036. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  67. Fonseca, Eril Medeiros da; Tadeu, Tassiéllen Soares Antunes; Maraschin, André de Azambuja; Lindemann, Renata Hernandez (19 de setembro de 2021). «Problematização das Situações-limite no Contexto do Ensino e Formação em Ciências: Contribuições da Abordagem de Temas com Viés Freireano». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33532–1–32. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u10371068. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  68. Solino, Ana Paula; Sousa, Polliane Santos de; Silva, Roger Magalhães da; Gehlen, Simoni Tormöhlen (19 de setembro de 2021). «O Tema Gerador na Formação de Pedagogas do Alto Sertão Alagoano: da Escuta Sensível ao Planejamento de Ciências». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33324–1–30. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u10691098. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  69. Gonçalves, Fábio Peres; Silveira, Renata Aragão da; Piaia, Lya (19 de setembro de 2021). «A Problematização do Formador de Professores de Química no Estudo da Abordagem Temática: uma Análise Constituinte de um Processo de Comunicação». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33368–1–30. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u10991128. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  70. Sandron, Daniela Corsino; Kato, Danilo Seithi; Hoffmann, Marilisa Bialvo (19 de setembro de 2021). «Diálogos Interculturais entre Conhecimentos Tradicionais e Conhecimentos Científicos em uma Comunidade Geraizeira: um Olhar Freiriano na Licenciatura em Educação do Campo». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências: e33693–1–27. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u11291155. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  71. Franco-Avellaneda, Manuel; Corrales-Caro, Diego (19 de setembro de 2021). «Diseños Globales e Historias Locales: Origen y Desarrollo de una Propuesta Educativa en un Museo Interactivo de Ciencias y Tecnologías en el Sur». Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (em espanhol): e33820–1–29. ISSN 1984-2686. doi:10.28976/1984-2686rbpec2021u11571185. Consultado em 20 de setembro de 2021 
  72. «Diploma de Título Honorário Doctor of the University da Open University». Open University. 23 de junho de 1973. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  73. «Honorary graduate cumulative list» (PDF). Open University. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  74. «Archive: List of past KU Leuven doctores honoris causa». www.kuleuven.be (em inglês). Consultado em 30 de outubro de 2018 
  75. «Diploma Honoris Causa da Universidade de Michigan». Universidade de Michigan. 29 de abril de 1978. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  76. «Honorary Degrees Awarded 1836-Present» (PDF). University of Michigan. 1º de julho de 2016. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  77. «Diploma Honoris Causa da Universidade de Genebra». Université de Genève. 6 de junho de 1979. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  78. «Listes des docteurs honoris causa - Archives - UNIGE». www.unige.ch (em francês). Consultado em 30 de outubro de 2018 
  79. «Diploma Honoris Causa da New Hampshire College». New Hamshire College. 29 de julho de 1986. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  80. «R.C.U. nº 47/87». Universidade Mayor de San Simon: Rectorado. 25 de maio de 1987. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  81. «Diploma Honoris Causa da Universidade Federal de Santa Maria». Universidade Federal de Santa Maria. 8 de maio de 1987. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  82. JAUME, Trilla i Bernet. «Solemne Investidura de Doctor Honoris Causa». Universitat de Barcelona. Consultado em 30 de outubro de 2018 
  83. «Freire, Paulo». www.ub.edu (em catalão). Universitat de Barcelona. 8 de outubro de 2009. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  84. «Listagem Geral dos Premiados». Secretaria Geral - Unicamp. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  85. Universitários, Divisão de Portais. «Doutor Honoris Causa». www.ufc.br. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  86. «Títulos e Honrarias Oficiais entregues pela UFG - Doutor Honoris Causa». Universidade Federal de Goiás. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  87. «Laurea a due maestri». La Repubblica. 24 de janeiro de 1989. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  88. «Lauree Honoris Causa: Paulo Freire - Lauree Honoris Causa - Archivio Storico - Università  di Bologna». www.archiviostorico.unibo.it (em italiano). Consultado em 31 de outubro de 2018 
  89. «Paulo Freire Doctor of Laws». University of Massachusetts. 26 de maio de 1990. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  90. «Resolução nº 571 de 21 de dezembro de 1990». Universidade Federal do Pará - Conselho Universitário. 21 de dezembro de 1990. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  91. «Doctores "Honoris Causa"» (em espanhol). Universidad Complutense de Madrid. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  92. FREIRE, Paulo (16 de dezembro de 1991). «Discurso realizado da Universidade de Madrid na ocasião do recebimento de Doutor Honoris Causa». Consultado em 5 de novembro de 2018 
  93. «Lista de homenageados com títulos acadêmicos na Ufal» (PDF). Universidade Federal de Alagoas. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  94. «Les DHC avant la création de l'UMONS - Université de Mons». Université de Mons (em francês) 
  95. «Ciencias y Humanidades inaugura cátedra abierta: Paulo Freire». Facultad de Ciencias y Humanidades (em espanhol). 19 de setembro de 2018 
  96. ALEMÁN, Luis (fevereiro de 2011). «Los Honoris Causa de la UES» (PDF). El Universitario (17). Consultado em 2 de novembro de 2011. Cópia arquivada (PDF) em fevereiro de 2011 
  97. «Lista de Doutores Honoris Causa» (PDF). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  98. «Meeting of the board of trustees of the University of Illinois» (PDF). University of Illinois. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  99. CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (14 de setembro de 1993). «Deliberação nº 12» (PDF). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  100. «Resolução nº 12/1994» (PDF). CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. 27 de maio de 1994. Consultado em 5 de novembro de 2018 
  101. «Títulos Honoríficos — consun». www.ufrgs.br. Consultado em 5 de novembro de 2018 
  102. REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DE DOCENTES DA UFRGS, Porto Alegre, v. 5, n. 6, dez. 1994. Título do fascículo: Paulo Freire, "Doutor Honoris Causa"
  103. CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Resolução nº 32/1995. 4 de agosto de 1995.
  104. «Previous Honorary Doctorates - Stockholm University». www.su.se (em inglês). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  105. FREIRE, Ana Maria Araújo (1996). A voz da esposa: a trajetória de Paulo Freire. GADOTTI, Moacir (org). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez Editora. p. 53. Consultado em 5 de novembro de 2018. [...] Universidade de Estocolmo, Suécia, em 29 de setembro de 1995 (entregue na PUC-SP, em São Paulo, em 17.10.1995); [...] 
  106. UNIVERSIDADE DE NEBRASKA (maio de 2018). «Honorary Degrees 1872-2018» (PDF). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  107. UNIVERSIDAD NACIONAL DE SAN LUIS (2010). «La Universidad Nacional de San Luis en contexto, su historia y su presente» (PDF) (em espanhol). p. 122 
  108. «Cronologia da UFF». Universidade Federal Fluminense. Consultado em 5 de novembro de 2018. Professor Paulo Freire recebe da UFF o título de Dr. Honoris Causa, concedido em 1995. 
  109. ligia.bata (2 de junho de 2017). «Paulo Freire». www.ulisboa.pt. Consultado em 5 de novembro de 2018 
  110. «Universidad Nacional de Río Cuarto». www.unrc.edu.ar (em inglês). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  111. «Ehrendoktorinnen und Ehrendoktoren der Fakultäten» (em alemão). 10 de setembro de 2018 
  112. «Leatherby Libraries». www1.chapman.edu (em inglês). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  113. UNIVERSIDADE DO ALGARVE (26 de maio de 1999). «Doutoramento Honoris Causa in memoriam de Paulo Freire». Consultado em 5 de novembro de 2018. Esteve prevista a concessão de Doutoramento Honoris Causa, em vida, em Setembro de 1995, Novembro de 1996 e 26 de Maio de 1997. 
  114. «Doctores Honoris Causa | Universidad de la Habana». www.uh.cu (em espanhol). Consultado em 5 de novembro de 2018 
  115. «Doutor Honoris Causa». Universidade de Brasília. Consultado em 5 de novembro de 2018 
  116. «Evento lança manifesto internacional em defesa do legado de Paulo Freire». Universidade do Estado do Pará. 12 de setembro de 2019. Consultado em 15 de fevereiro de 2021 
  117. «Laureates». King Baudouin Foundation. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2016 
  118. «Harper Award». REA (em inglês). 13 de fevereiro de 2011 
  119. a b «Paulo Freire». www.halloffame.outreach.ou.edu (em inglês). Consultado em 6 de novembro de 2018 
  120. «Ministério da Cultura - OMC 2011 - Notícias». www.cultura.gov.br. Consultado em 3 de novembro de 2018 
  121. «Paulo Freire Social Justice Charter School (35010505)». Massachusetts Department of Elementary and Secondary Education. Consultado em 4 de março de 2022 
  122. «103 anos do educador: Paulo Freire é homenageado com selo e carimbo pelos Correios». Brasil de Fato. 19 de setembro de 2024. Consultado em 21 de setembro de 2024. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2024 
  123. Oliveira, Ivanilde; Santos, Tânia Regina (2018). «Paulo Freire na América Latina e nos Estados Unidos: Cátedras e Grupos de Pesquisas». Centro de Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Revista Educação em Questão. 56 (48). ISSN 0102-7735. doi:10.21680/1981-1802.2018v56n48ID15177. eISSN 1981-1802 
  124. «UFFS integra Instituto Paulo Freire». Universidade Federal da Fronteira Sul. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  125. «Integrantes». Cátedra Paulo Freire. Universidade Federal de Viçosa. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  126. Saul, Ana Maria; Saul, Alexandre (2016). «Uma prática docente inspirada na pedagogia freireana: a experiência na cátedra Paulo Freire da PUC-SP». Universidade Federal de Pernambuco. Revista Interritórios. 2 (2). Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  127. «Apresentação». Cátedra Paulo Freire. Universidade Federal de Pernambuco. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  128. «Cátedra Paulo Freire». Universidade Católica de Santos. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  129. «UFRPE lança Cátedra Paulo Freire com destaque na educação para a sustentabilidade». Universidade Federal Rural de Pernambuco. 28 de agosto de 2018. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  130. Ferreira Junior, Sergio (15 de junho de 2016). «NEP lança Cátedra Paulo Freire da Amazônia». Universidade do Estado do Pará. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  131. «Cátedra Paulo Freire». Universidade Federal da Integração Latino-Americana. 2 de maio de 2019. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  132. «Cátedra Paulo Freire». Universidade Metropolitana de Santos. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 

Bibliografia

editar
  • BARRETO, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998.
  • BEISIEGEL, Celso de Rui. Política e educação popular. São Paulo: Ática, 1982.
  • BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense, 1981 (14ª ed, 1988), 113 p. - (Coleção Primeiros Passos). Estudo pormenorizado da aplicabilidade do sistema Paulo Freire de alfabetização.
  • BRANDÃO, Carlos Rodrigues (editor). O que é método Paulo Freire. São Paulo, Brasiliense, 1981.
  • CABRAL, G. Paulo Freire e justiça social. Petrópolis: Vozes, 1984. Obra que ressalta, no pensamento de Freire, a questão de uma ordem social justa e fraterna.
  • CANAVIEIRA, Manuel (Org.). Alfabetização: caminho para a liberdade. Lisboa: Edições BASE, 1977, 86 p. Expõe e comenta o sistema Paulo Freire de alfabetização e considera-o como uma ação pedagógica conscientizadora.
  • CUNHA, Diana A. As utopias na educação; ensaios sobre as propostas de Paulo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985, 79 p. (2 ed. 1989, Educação e Comunicação,v. 14).
  • DAMASCENO, Alberto; ARELARO, Lisete Regina Gomes; FREIRE, Paulo. Educação como ato político partidário. 2.ed., São Paulo: Cortez, 1989. 247 p.
  • DAMKE, Ilda Righi. O processo do conhecimento na pedagogia da libertação: as ideias de Freire, Fiori e Dussel. Petrópolis: Vozes, 1995, 165 p.
  • FREIRE, ANA MARIA ARAUJO. Paulo Freire: uma história de vida. Indaiatuba: Villa das Letras, 2006. Biografia completa de Paulo Freire, escrita por sua viúva.
  • FREIRE, ANA MARIA ARAUJO; VITTORIA, PAOLO. Dialogue on Paulo Freire pdf. (em inglês). Revista interamericana de Educacion para la Democracia, RIED-IJED.
  • GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo, Scipione, 1989.(2.ed. 1991). 175 p.
  • GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1989.
  • ___________ (org.). Paulo Freire: uma bibliografia. São Paulo: Cortez, 1996.
  • ___________, Peter McLaren e Peter Leonard (org.). Paulo Freire: poder, desejo e memórias da libertação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
  • GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. As Lições de Paulo Freire: filosofia, educação e política. Barueri, SP. Editora Manole, 2012.
  • JORGE, J. Simões. A Ideologia de Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1979.
  • HERNÁNDEZ, Isabel. Educação e sociedade indígena; uma aplicação bilíngue do método Paulo Freire. São Paulo: Cortez, 1981, 114 p.
  • HUMBERT, Colette. Conscientização: a experiência e a investigação de Paulo Freire. Lisboa: Moraes, 1977, 180 p.
  • JANNUZZI, Gilberta S. Martino. Confronto pedagógico: Paulo Freire e Mobral, 1979, 111 p. São Paulo,Cortez & Moraes. (3 ed., 1987 pela Cortez/Autores Associados-(Coleção Educação Contemporânea).
  • JORGE, J. Simões. A ideologia de Paulo Freire. São Paulo, Loyola, 1979, 87 p. (2 ed., 1981).
  • _____________.Sem ódio nem violência: a perspectiva da liberdade segundo Paulo Freire. São Paulo, Loyola, 1979, 89p. (2 ed., 1981).
  • _____________.Educação crítica e seu método. São Paulo, Loyola, 1979, 110 p.
  • _____________.Libertação, uma alienação? A metodologia antropológica de Paulo Freire. São Paulo, Loyola, 1979, 97 p.
  • MACKIE, Robert (Editor).Comunicação e cultura: as ideias de Paulo Freire. Tradução de Paulo Kramer. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981, 167 p.
  • MAFRA, Jason Ferreira. A conectividade radical como princípio e prática da educação em Paulo Freire. 2007. Tese (Doutorado em educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2007.
  • MANFREDI, Sílvia Maria. Política e educação popular (experiências de alfabetização no Brasil com o método Paulo Freire - 1960-1964). São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1981, 156 p.
  • MONTEIRO, Agostinho dos Reis. A educação, acto político. Lisboa, Livros Horizontes, 1976.
  • MOURA, Manuel. O pensamento de Paulo Freire; uma revolução na educação. Lisboa: Multinova, 1978, 150 p.
  • MONCLÚS, Antonio. Pedagogia de la contradicción: Paulo Freire. Barcelona: Anthropos, 1988.
  • PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo Freire e o nacionalismo-desenvolvimentista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, 208 p. (Coleção Educação e Transformação, v.3) (Boletim CEDOC, pg.89
  • PELANDRÉ, Nilcéa Lemos. "Efeitos a longo prazo do método de alfabetização Paulo Freire". Florianópolis, 1998. Vol. I e II. 523p. Tese (Doutorado em Letras/Linguística) - Curso de Pós-Graduação em Letras/Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina.
  • POEL, Maria Salete van der. Alfabetização de adultos: sistema Paulo Freire: estudo de caso num presídio. Petrópolis: Vozes, 1981, 224 p.
  • SAUL, Ana Maria (org.). Paulo Freire e a formação de educadores: múltiplos olhares. São Paulo, Articulação Universidade/Escola, 2000.
  • SCHMIED-KOWARZIK, Wolfdietrich. "A dialética do diálogo libertador de Freire". In: Pedagogia dialética: de Aristóteles a Paulo Freire. São Paulo, Brasiliense, 1983, p. 68-80.
  • SCOCUGLIA, Afonso Celso. A história das ideias de Paulo Freire e a atual crise de paradigmas. João Pessoa, Editora Universitária, 1999.
  • SCHELLING, Vivian. A presença do povo na cultura brasileira: ensaio sobre o pesamento de Mário de Andrade e Paulo Freire. Tradução: Federico Carotti. Campinas, Ed. Unicamp, 1990, 421 p.
  • SCHUSTER, Eva. Comunicação e cultura: as ideias de Paulo Freire. Tradução de Paulo Kramer. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981, 167 p.
  • SOUZA, Ana Inês (org.). Paulo Freire: Vida e obra. São Paulo: Expressão Popular, 2001.
  • STRECK, Danilo Romeu; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. 4 ed. rev. amp. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.
  • VANNUCCHI, Aldo (Org.). Paulo Freire ao vivo. São Paulo, Loyola, 1983. (Coleção EDUC-Ação).
  • TORRES, Carlos Alberto. Leitura crítica de Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1981.
  • _____________. Pedagogia da luta: da pedagogia do oprimido à escola pública popular. Campinas: Papirus, 1997.
  • TORRES, Rosa Maria. Educação Popular: um encontro com Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1987.

Ligações externas

editar
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Citações no Wikiquote
  Imagens e media no Commons