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Portal:Império Bizantino


Portal Império Bizantino

O Império Bizantino foi a continuação do Império Romano na Antiguidade Tardia e Idade Média. Sua capital, Constantinopla (atual Istambul), originalmente era conhecida como Bizâncio. Inicialmente parte oriental do Império Romano[1] (comumente chamada Império Romano do Oriente no contexto), sobreviveu à fragmentação e ao colapso do Império Romano do Ocidente no século V e continuou a prosperar, existindo por mais de mil anos até sua queda diante da expansão dos turcos otomanos em 1453. Foi conhecido simplesmente como Império Romano (em grego: Βασιλεία τῶν Ῥωμαίων; romaniz.: Basileía tôn Rhōmaíōn; em latim: Imperium Romanum) ou România (em grego: Ῥωμανία; romaniz.: Rhōmanía) por seus habitantes e vizinhos.

Como a distinção entre o Império Romano e o Império Bizantino é em grande parte uma convenção moderna, não é possível atribuir uma data de separação. Vários eventos do século IV ao século VI marcaram o período de transição durante o qual as metades oriental e ocidental do Império Romano se dividiram.[2] Em 285, o imperador Diocleciano (r. 284–305) dividiu a administração imperial em duas metades. Entre 324 e 330, Constantino (r. 306–337) transferiu a capital principal de Roma para Bizâncio, conhecida mais tarde como Constantinopla ("Cidade de Constantino") e Nova Roma.[a] Sob Teodósio I (r. 379–395), o cristianismo tornou-se a religião oficial do império e, com sua morte, o Estado romano dividiu-se definitivamente em duas metades, cada qual controlada por um de seus filhos. E finalmente, sob o reinado de Heráclio (r. 610–641), a administração e as forças armadas do império foram reestruturadas e o grego foi adotado em lugar do latim. Em suma, o Império Bizantino se distingue da Roma Antiga na medida em que foi orientado à cultura grega em vez da latina e caracterizou-se pelo cristianismo ortodoxo em lugar do politeísmo romano.[4][5][6][7]

Artigo selecionado

As guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o Estado romano e os sucessivos impérios iranianos: a Pártia e a Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de augusto no Império Romano.

As hostilidades entre estas potências iniciaram-se em e prolongaram-se por séculos até serem concluídas com as invasões árabes muçulmanas, que atingiram os impérios Sassânida e Bizantino com efeito devastador logo após o fim do último conflito entre eles. Embora a guerra entre os romanos e partas/sassânidas tenha durado sete séculos, a fronteira permaneceu aproximadamente estável. Um jogo de cabo de guerra se seguiu: cidades, fortificações e províncias foram continuamente saqueadas, capturadas, destruídas e trocadas. Nenhum dos lados tinha força logística ou mão de obra para manter longas campanhas longe de suas fronteiras e, portando, nem poderiam avançar muito longe sem arriscar esticá-las muito tenuemente. Ambos os lados fizeram conquistas além da fronteira, mas com o tempo o equilíbrio foi quase sempre restaurado. A linha do impasse deslocou-se no : originalmente percorrendo a norte do Eufrates, neste período foi deslocada para leste e mais tarde para nordeste através da Mesopotâmia para o norte do Tigre. Houve também várias mudanças substanciais mais a norte, na Armênia e Cáucaso.

A despesa de recursos durante as guerras romano-persas provaram-se catastróficas para ambos os impérios. A prolongada e ascendente guerra dos séculos VI e VII deixou-os exaustos e vulneráveis à súbita emergência e expansão do Califado Ortodoxo, cujas forças invadiram ambos os impérios poucos anos após o fim da última guerra romano-persa. Beneficiados pela condição enfraquecida deles, os exércitos árabes muçulmanos rapidamente conquistaram o Império Sassânida e privaram o Império Bizantino de seus territórios no Levante, Cáucaso, Egito e Magrebe. Ao longo dos séculos seguintes, a maior parte do antigo território do Império Bizantino permaneceu sob domínio muçulmano.

Artigos destacados e bons

Águia bicéfala bordada em toalha de altar, possivelmente de Paulo.[8]

Paulo Paleólogo Tágaris (em grego medieval: Παῦλος Παλαιολόγος Τάγαρις, c. 1320/40 — após 1394) foi um clérigo e impostor grego bizantino. Aparentemente um descendente da linhagem Tágaris, Paulo alegava uma dúbia conexão com a dinastia Paleóloga que então reinava sobre o império. Fugiu de seu casamento enquanto jovem e foi tonsurado monge, mas suas práticas fraudulentas de diversas formas o envolveram em escândalos, fazendo com que fugisse de Constantinopla, viajando extensamente por Palestina, Pérsia, Geórgia, Hungria, Itália, Grécia Latina, Chipre e França, até por fim retornar ao Império Bizantino.

Ao longo de sua longa e tumultuosa carreira, Paulo foi consagrado bispo na Igreja Ortodoxa de Antioquia, praticou simonia através da venda de ordens em diversos países, fingiu ser o Patriarca Grego Ortodoxo de Jerusalém, converteu-se da Ortodoxia ao catolicismo antes de retornar à Ortodoxia e apoiou tanto a cúria de Roma quanto sua rival de Avinhão durante o Grande Cisma do Ocidente (conseguindo ser nomeado Patriarca Latino de Constantinopla em ambas e coroando o Rei do Chipre enquanto não estava associado com qualquer das duas). Por fim, tendo perdido sua reputação, retornou a Constantinopla, onde professou publicamente arrependimento e confessou seus feitos perante o sínodo patriarcal e uma assembleia popular em 1394, provavelmente sendo absolvido.

Sua história permaneceu obscura até o final do século XX, quando foi redescoberta por dois pesquisadores independentes, cujas pesquisas sobre seu notável trajeto despertaram o interesse de outros historiadores eclesiásticos.

Sabias que...

Biografia selecionada

Basílio Lecapeno (em grego: Βασίλειος Λεκαπηνός; romaniz.: Basíleios Lekapenós; ca. 925 - ca. 985), também chamado de Basílio, o Paracemomeno ou Basílio, o Noto (em grego: Βασίλειος ο Νόθος; romaniz.: Basíleios o Nóthos; lit. "Basílio, o Bastardo"),[9] foi um filho ilegítimo do imperador bizantino Romano I Lecapeno (r. 920–844) que serviu como paracemomeno e ministro chefe do Império Bizantino durante boa parte do período entre 947 e 985, sob os imperadores Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959), Nicéforo II Focas (r. 963–969), João I Tzimisces (r. 969–976) e Basílio II Bulgaróctono (r. 976–1025).

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Uma cruz simples, um exemplo de iconoclasta arte da Hagia Irene.

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  1. Halsall 1999.
  2. Treadgold 1997, p. 847.
  3. Benz 1963, p. 176.
  4. Millar 2006, p. 2; 15.
  5. Ostrogorsky 1969, p. 27.
  6. Kaldellis 2008, p. 2-3.
  7. Kazhdan 1982, p. 12.
  8. Ball 2006, pp. 60-61.
  9. Ringrose 2003, p. 92.


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