Thomas Pride
O coronel Thomas Pride (c. 1606-8 — 1658) foi um militar inglês, comandante das tropas do Parlamento durante as Guerras Civis inglesas de meados do século XVII. Tornou-se notório por realizar o Expurgo de Pride, evento que abriu caminho para o regicídio de Carlos I.[1]
Vida antes do Exército
editarO período da vida de Pride antes de sua entrada no exército é obscuro. Seu nascimento ocorreu provavelmente em Somerset, mas a data é desconhecida.[1]
Carreira militar
editarDurante a Primeira Guerra Civil Inglesa (1642-1646), que opôs as tropas leais ao rei Carlos I e as forças ordenadas pelo Parlamento, ele serviu nestas últimas como capitão, sob o comando de Robert Devereux, 3º Conde de Essex. Em 1645, no Exército Novo do Parlamento (o New Model Army), foi promovido ao posto de tenente-coronel e comandou um regimento na Batalha de Naseby, uma vitória crucial das forças parlamentares. Depois disso, serviu com Oliver Cromwell combatendo rebeldes realistas no País de Gales.[1]
Em agosto de 1648, já no âmbito da Segunda Guerra Civil Inglesa, ainda servindo sob Cromwell, participou com destaque da Batalha de Preston, Lancashire, na qual os invasores escoceses foram derrotados.[1]
Após sufocar os levantes da Segunda Guerra Civil, o Novo Exército ocupou Londres em dezembro de 1648. Resolvidos a tirar definitivamente Carlos I da cena política, os comandantes militares decidiram afastar do Parlamento a minoria realista, em geral composta por anglicanos, e um grande número de presbiterianos, os quais assumiam uma posição moderada em relação à manutenção do rei, ainda que submisso ao Parlamento. Thomas Pride foi encarregado da tarefa. Dirigindo-se ao palácio do Parlamento, ele prendeu ou expulsou mais da metade dos 460 membros da Casa dos Comuns e um punhado de Lordes. O episódio, conhecido como Expurgo de Pride, resultou num Parlamento bastante reduzido (o Rump Parliament)[1][2] e é reconhecido por historiadores como um verdadeiro golpe militar.[3][nota 1]
Em janeiro de 1649 Pride se tornou um membro da comissão que julgou Carlos I por alta traição. Ele foi um dos signatários do mandado para a execução do rei (que ocorreu em 30 de janeiro de 1649).[1]
Notas
- ↑ Segundo James Macaulay, um golpe comparável ao que Napoleão III viria a dar, na França do séc.XIX.
Referências
- ↑ a b c d e f g «Thomas Pride». Encyclopaedia Britannica (em inglês). Consultado em 21 de dezembro de 2022
- ↑ «Long Parliament». Encyclopaedia Britannica (em inglês). Consultado em 21 de dezembro de 2022
- ↑ MACAULAY, James (1891). Cromwell Anecdotes. London: Hodder and Stoughton. p. 68