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Vila Nova de Santo André

cidade e freguesia do município de Santiago do Cacém, Portugal

A Freguesia de Santo André é uma freguesia portuguesa do Município de Santiago do Cacém com 74,32 km² de área[1] e 10 309 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 138,7 hab./km².

Portugal Portugal Vila Nova de Santo André 
  Freguesia  
Igreja da Senhora da Graça
Igreja da Senhora da Graça
Igreja da Senhora da Graça
Símbolos
Brasão de armas de Vila Nova de Santo André
Brasão de armas
Localização
Vila Nova de Santo André está localizado em: Portugal Continental
Vila Nova de Santo André
Localização de Vila Nova de Santo André em Portugal
Coordenadas 38° 04′ 00″ N, 8° 47′ 00″ O
Região Alentejo
Sub-região Alentejo Litoral
Distrito Setúbal
Município Santiago do Cacém
Código 150907
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 74,32 km²
População total (2021) 10 309 hab.
Densidade 138,7 hab./km²
Código postal 7500 Santo André
Sítio www.santoandre.pt

A freguesia de Santo André tem por sede Vila Nova de Santo André que foi elevada à categoria de cidade em 1 de julho de 2003, mantendo o nome anterior.[3]

Vila Nova de Santo André fica a 13 km de Santiago do Cacém e a 20 km de Sines.

História da freguesia

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A ocupação desta freguesia remonta ao tempo do neolítico como o atestam os materiais arqueológicos recolhidos no lugar do Areal. A idade do Bronze também deixou vestígios de ocupação nas Casas Novas e Cerradinha, margem Este da lagoa de Santo André.

Foram identificados na freguesia, pelos arqueólogos Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva, sítios romanos, como a Figueirinha e Cascalheira.

A sua formação é de origem medieval, devendo-se à Ordem de Santiago.

Além da aldeia de Santo André, a freguesia compreendia no século XVIII (1758) três pequenas aldeias: aldeia de Azinhal, com 10 vizinhos, aldeia do Giz com vinte vizinhos e a aldeia de Brescos com 24 vizinhos.

Com o terramoto de 1755, a freguesia "padeceu muita ruína", especialmente nas casas dos moradores, na residência do pároco e na própria igreja, que ficou por consertar até princípio do primeiro quartel do século XIX.

À volta da igreja realizava-se anualmente uma feira no dia 30 de Novembro que chegou a render, segundo o padre António Macedo "24$000 réis de terrado, que se aplicava para a fábrica".

Por volta de 1855 pescadores de Ílhavo e respetivas famílias chegaram à Costa de Santo André, "no recenseamento da população do ano de 1863, existiam na praia de Santo André 6 fogos com um total de 18 pessoas. Havia 9 homens que se dedicavam à profissão de pescadores" relata os "Annaes do Município" de 1869, construíram cabanas e armazéns de colmo e caniço e devido à abundância de sardinha no mar (no verão) e outro peixe na Lagoa (no inverno) terão estabelecido duas companhas com lavradores da região, praticando a arte xávega. Pela fonte acima referida, a Câmara Municipal exercia o seu domínio sobre a lagoa, pois já em 1685 a autarquia a arrendou durante o período de três anos pela quantia de 18$500 réis. A lagoa continuou arrendada a particulares até ao ano de 1975, após esta data passa para a gestão do Gabinete da Área de Sines.

Em 1957 surgiram no meio das barracas dois restaurantes. E a partir de então começou a desenvolver-se um aglomerado populacional que ocupou a duna primária.

Para tornar a Lagoa de Santo André um local privilegiado para quem procura a natureza, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém promoveu a desocupação da duna primária da Costa de Santo André do caos urbanístico que se agravou na década de 1970 durante a vigência do Gabinete da Área de Sines, criando um novo loteamento destinado a realojamento das famílias até então residentes na duna.

A Lagoa de Santo André constitui um ponto estratégico para a estadia, passagem e nidificação de muitas espécies de aves migratórias. Foi declarada pelo estado Português a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha pelo Decreto Regulamentar 10/2000 de 22 de Agosto[4].

Nos meados da década de 1970 começaram a radicar-se na freguesia, na zona do Areal, centenas de famílias atraídas pela oferta de trabalho que o Complexo Industrial de Sines oferecia.

O então Centro Urbano de Santo André caracterizou-se durante anos pela falta de infra-estruturas e equipamentos coletivos. Com a extinção do gabinete da Área de Sines as autarquias passaram a gerir o centro urbano e a situação começou a alterar-se com o desenvolvimento integrado na freguesia, com a radicação dos seus dos seus habitantes e renovação urbana que lhe foram dando uma nova e agradável imagem.

História da cidade

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A cidade de Vila Nova de Santo André, que só recentemente tomou a capitalidade da freguesia, não corresponde à antiga aldeia ainda existente: o burgo original dista 3 km do austero núcleo urbano criado na década de 1970 num antigo pinhal.

A nova urbe, que até 1991 não tinha sequer existência administrativa, é, efetivamente, uma mancha urbana isolada com características de arredor metropolitano de Sines, implantada em plena zona semi-rural alentejana, predominantemente constituída por residentes com forte ligação à cidade industrial de Sines. Foi inicialmente pensada para 100 000 habitantes, criada de raiz para servir de dormitório ao complexo industrial de Sines.

A antiga povoação matriz é muitas vezes denominada de Aldeia de Santo André, retroativa e informalmente, para evitar confusão de nomes.

Demografia

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A população registada nos censos foi:[2]

População da Freguesia de Santo André[5]
AnoPop.±%
1864 983—    
1878 1 191+21.2%
1890 1 216+2.1%
1900 1 284+5.6%
1911 1 671+30.1%
1920 1 727+3.4%
1930 1 916+10.9%
1940 2 330+21.6%
1950 2 822+21.1%
1960 2 927+3.7%
1970 2 058−29.7%
1981 5 778+180.8%
1991 10 751+86.1%
2001 10 696−0.5%
2011 10 647−0.5%
2021 10 309−3.2%
Distribuição da População por Grupos Etários[6]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 1595 1827 6046 1228
2011 1409 1137 6446 1655
2021 1435 857 5406 2611

Património

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Áreas urbanas

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Equipamentos públicos

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  • Biblioteca Municipal de Santo André;
  • Centro Cultural - Rádio Cidade Nova;
  • Centro Nacional de Educação Ambiental e Conservação da Natureza, Monte do Paio;
  • Parque Central;
  • Centro para pessoas com necessidades especiais "ZIO".

Educação

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A estrutura educacional de Vila Nova de Santo André encontra-se distribuída da seguinte forma:

  • Escolas Básicas (1 °Ciclo): EB nº1, EB nº2 e EB nº3
  • Escolas Básicas (2 °Ciclo + 3 °Ciclo): EB 2/3 - Ciclo Preparatório até ao 9º ano.
  • Escolas Secundária (3º Ciclo): ESPAM - Escola Secundária Padre António Macedo, escola secundária do 7º ao 12ºano.
  • Escolas Superiores: «Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares». - (ISEIT), suportado por um hotel local, Vila Park, um projecto associado com o instituto de Piaget. 

Principais eventos

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  • Mostra Internacional de Teatro de Santo Andre
  • Festival das Cores - O Movimento Pelas Artes
  • «AJAGATO- GATO SA» 
  • Festa da Senhora da Graça
  • Festa de São Luís
  • Festa de São Romão
  • Festa de Brescos

Na sede da freguesia comemora-se todos os anos, em junho, a elevação a vila

Desportivos

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Praias locais

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Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Lei n.o 75/2003 de 26 de agosto, Elevação de Vila Nova de Santo André à categoria de cidade. N.o 196 — 26 de agosto de 2003 Diário da República — I SÉRIE-A 5.
  4. http://www.dre.pt/pdfgratis/2000/08/193B00.PDF
  5. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  7. «ICN - Lagoa de Santo André» 

Ligações externas

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