Spurgeon Salmo 15

SALMO 15 de Davi O cidado dos cus ASSUNTO Este salmo de Davi no tem dedicatria que indique a ocasio em que
e foi escrito, mas muitssimo provvel que, junto com o salmo 24, com o qual possui marcante semelhana, sua composio tenha sido de alguma forma ligada remoo da arca para o monte santo de Sio. Quem assistia, quem cuidava da arca no era assunto insignificante, porque, como pessoas no autorizadas, tinham penetrado na misso, Davi no pde na primeira ocasio completar seu propsito de levar a arca para Sio. Na segunda tentativa, ele foi mais cuidadoso, no s passando o encargo de carregar a arca para os levitas conforme divinamente nomeados (1Cr 15.2), mas tambm deixando-o a cargo do homem cuja casa o Senhor havia abenoado, que era Obede-Edom, que com os muitos filhos ministrou na casa do Senhor (1Cr 26.8-12). Espiritualmente, temos aqui uma descrio do homem que uma criana em casa na Igreja de Deus na terra, e que habitar a casa do Senhor para sempre l em cima. Ele essencialmente Jesus, o homem perfeito, e nele todos aqueles que pela graa so conformados sua imagem (Comentrio Sl 15 Spurgeon). (Poderamos tambm cham-lo de: Credenciais para aquele que almeja morar com Deus) v.1 - Quem, Senhor, habitar na tua tenda? quem morar no teu santo monte? 1. A grande questo do salmo fica por conta da expresso: Quem? Se analisarmos friamente, acharemos muito pouco daqueles que se credenciam para a morada na casa de Deus. 2. Morar no templo era uma prerrogativa sacerdotal. Nos dias de Samuel no havia o templo, mas o tabernculo, que a NTLH chama de Tenda Sagrada (1 Sm 1.9); o templo s foi construdo no reinado de Salomo. Davi sentia grande desejo em morar na casa de Deus (Sl 27.4). 3. A igreja para admitir algum em sua membresia exige como nica credencial a converso. Fica subentendido que as coisas listadas no salmo a partir do verso quatro sejam naturais na vida do crente. O crente novo ser trabalhado para que adquira essa mesma maturidade. v.2 Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justia, e do corao fala a verdade; "Aquele que ntegro em sua conduta." Coisas naturais na vida do que almeja morar no templo; coisas naturais na vida do crente. 2. S tem esse direito aquele que vive uma vida correta, que faz o que certo e que sincero e verdadeiro no que diz. Seria o versculo dois o grande teste para quem deseja viver a vida da igreja? Ter vida correta, fazer o que certo e verdadeiro nas palavras algo que deve nortear a vida de qualquer cristo. No fazemos mais que nossa obrigao.
1.
v.3 que no difama com a sua lngua, nem faz o mal ao seu prximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta; Uma das coisas mais terrveis que podem acontecer a maledicncia, o falar mal dos outros. Como vivemos a vida da igreja, podemos sem querer incorrer no erro da maledicncia, quando piedosamente pedimos oraes pelos nossos irmos, usando esse expediente para dizermos o que no deveria ser dito (Ver Tiago 4.11). 2. No comentrio de Spurgeon: Os males da crtica. Afeta trs pessoas mencionadas aqui: o difamador, o vizinho sofredor e o que passa adiante a calnia. "E no lana calnia contra o seu prximo." O pecado de estar muito disposto a acreditar em rumores. comum, cruel, tolo, injurioso, mpio.
1.
v.4 aquele a cujos olhos o rprobo desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, no muda; 1. Aqueles que zombam do Senhor no devem ser honrados por ns. O crente no deve curtir amizade com os zombadores de Deus (Sl 1.1). Deus quer a salvao de todos, mas Ele rejeita os que vivem da prtica do mal. 2. Outra caracterstica positiva do crente saber honrar os que temem a Deus. A diferena denominacional nunca deve ser motivo para deixarmos de amar e respeitar algum que tambm professe a f crist. 3. Spurgeon: O dever de honrar de modo prtico os que temem o Senhor. Com elogio, respeito, assistncia, imitao. O pecado de medir as pessoas por outros critrios e no pelo seu carter prtico 4. O dever de cumprirmos tudo que prometermos, mesmo que venhamos a ter algum prejuzo. Talvez algum diga que isso no justo e at irracional.
v.5 que no empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca ser abalado. 1. Como vivemos em um pas capitalista talvez no entendamos o que Davi queria dizer, pois aprendemos muito cedo a pensar como capitalista. Os israelitas tinham restries cobrana de juros (Lv 25.36,37; Dt 23.19). 2. Outra situao que nunca devemos pensar que exista entre os crentes o que a NTLH traduz como: No aceita suborno para ser testemunha contra pessoas inocentes. 3. Davi termina o seu salmo dizendo: Aquele que age assim estar sempre seguro (NTLH). Spurgeon: Os piedosos so inabalveis e seguros.

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