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Certificações Parks - GPON - 4 Edição

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DIREITOS DE EDIO Copyright 2012 por Parks S.A. Comunicaes Digitais Este manual no pode ser reproduzido, total ou parcialmente, sem a expressa autorizao por escrito da PARKS S.A. COMUNICAES DIGITAIS. Seu contedo tem carter exclusivamente tcnico/informativo e os editores se reservam o direito de, sem qualquer aviso prvio, fazer as alteraes que julgarem necessrias. Todos os produtos PARKS esto em contnuo processo de aperfeioamento, sendo que algumas caractersticas includas no produto, solicitadas por clientes, podem no estar includas neste material, sendo estas anexadas ao produto mediante adendos e erratas. A PARKS S.A. COMUNICAES DIGITAIS agradece qualquer contribuio ou crtica que possa melhorar a qualidade deste material e facilitar o entendimento do(s) equipamento(s) que ele descreve. As informaes contidas neste material e as que forem distribudas durante este curso so elaboradas exclusivamente com fins educativos. A PARKS S.A. COMUNICAES DIGITAIS no responsvel pela preciso do contedo que foi pesquisado de outras fontes.

PARKS S.A. COMUNICAES DIGITAIS Av. Cruzeiro, 530 - Distrito Industrial 94930-615 - Cachoeirinha - RS Fone: (51) 3205-2100 Fax: (51) 3205-2124 Web site: www.parks.com.br

Dados Bibliogrficos: Certificaes Profissionais Parks Treinamento GPON Edio 4 Reviso 02 de 15/02/2013

NDICE DIREITOS DE EDIO .................................................................................... 2 NDICE........................................................................................................... 3 LISTA DE TABELAS ......................................................................................... 7 LISTA DE FIGURAS......................................................................................... 7 1. INTRODUO ...........................................................................................10 2. CERTIFICAO.........................................................................................11 2.1. 3.1. 3.1.1. 3.2. 3.2.1. 3.2.2. 3.2.3. 3.2.4. 3.2.5. 3.2.6. 3.2.7. 3.3. 3.3.1. 3.3.2. 3.3.3. 3.4. 3.4.1. 3.4.2. 3.5. 3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 4.1. 4.1.1. 4.1.2. 4.1.3. CERTIFICAES PARKS (CP) ................................................................... 11 ESPECTRO ELETROMAGNTICO ................................................................. 12 LUZ ................................................................................................. 13 VANTAGENS DA FIBRAS PTICAS .............................................................. 14 IMUNIDADE INTERFERNCIAS ELETROMAGNTICAS ........................................ 14 DIMENSES REDUZIDAS ......................................................................... 14 PESO................................................................................................ 15 MAIOR DISTNCIA DE TRANSMISSO .......................................................... 16 SEGURANA ....................................................................................... 16 RELAO CUSTO X BENEFCIO .................................................................. 16 ELEVADA CAPACIDADE DE TRANSMISSO ..................................................... 16 DESVANTAGENS DA FIBRAS PTICAS.......................................................... 17 FRAGILIDADE MECNICA E SENSIBILIDADE UMIDADE ..................................... 17 EXIGNCIA DE MO DE OBRA E EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS ......................... 17 CUSTO DOS ELEMENTOS ATIVOS E INTERFACES PTICAS ................................... 18 PROPAGAO DA LUZ PELA FIBRA .............................................................. 18 REFLEXO DA LUZ ................................................................................ 18 REFRAO DA LUZ ................................................................................ 19 TIPOS DE FIBRAS PTICAS ...................................................................... 20 FIBRA PTICA MULTIMODO (MMF - MULTI MODE FIBER) ................................ 21 FIBRA PTICA MONOMODO (SMF - SINGLE MODE FIBER) ............................... 22 COMPARAO ENTRE AS FIBRAS MULTIMODO E MONOMODO ............................... 23 CONEXES MECNICAS NAS FIBRAS PTICAS ................................................ 24 PC - PHYSICAL CONTACT (CONTATO FSICO)................................................ 24 UPC - ULTRA PHYSICAL CONTACT (ULTRA CONTATO FSICO) ............................ 25 APC - ALGLED PHYSICAL CONTACT (CONTATO FSICO EM NGULO) .................... 25 3 3. FIBRA PTICA .........................................................................................12

4. CONECTORES PTICOS ............................................................................24

4.2. 4.3. 4.4. 4.5. 4.6. 4.7. 4.8. 4.9. 5.1. 5.2. 5.3. 5.4. 6.1. 6.2. 7.1. 7.1.1. 7.1.2. 7.1.3. 7.1.4. 7.1.5. 7.1.6. 7.2. 7.2.1. 7.2.2. 7.2.3. 7.3. 7.4. 7.4.1. 7.4.2. 7.4.3. 7.4.4. 7.4.5. 7.4.6. 8.1. 8.2.

CONECTOR MONOMODO ST (STRAIGHT TIP) - PC .......................................... 26 CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - APC ............................... 26 CONECTOR MONOMODO LC (LUCENT CONNECTOR) - PC .................................. 27 CONECTOR MONOMODO SC (SIMPLEX CONNECTOR) - APC ............................... 28 CONECTOR MONOMODO MT-RJ (MECHANICAL TRANSFER REGISTERED JACK) ......... 29 CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - PC / SPC ........................ 29 CONECTOR MONOMODO E2000 - APC ....................................................... 30 OUTROS CONECTORES ........................................................................... 30 CABOS TIPO TIGHT ............................................................................... 31 CABOS TIPO LOOSE .............................................................................. 32 CABOS TIPO GROOVE ............................................................................ 33 CABOS TIPO RIBBON (FITA) .................................................................... 34 MDULOS SFP COPPER (COBRE) .............................................................. 36 MDULOS SFP FIBER (FIBRA) ................................................................. 37 ELEMENTOS DA ESTRUTURA PON .............................................................. 40 CENTRAL DE EQUIPAMENTOS (HEADEND) .................................................... 40 BACKBONE PTICO (FEEDER) .................................................................. 40 PONTOS DE DISTRIBUIO ...................................................................... 41 REDE PTICA DE DISTRIBUIO ............................................................... 41 REDE PTICA DROP .............................................................................. 41 REDE INTERNA .................................................................................... 42 ARQUITETURAS DE REDES DE DISTRIBUIO PTICAS ..................................... 42 PONTO-A-PONTO (POINT-TO-POINT) .......................................................... 42 PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) ATIVA .................................... 43 PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) PASSIVA ................................. 43 TIPOS DE NORMAS PON ......................................................................... 44 SOLUES FTTX .................................................................................. 45 FTTCAB (FIBER TO THE CABINET) ............................................................ 45 FTTC (FIBER TO THE CURB) ................................................................... 46 FTTB (FIBER TO THE BUILDING) .............................................................. 46 FTTH (FIBER TO THE HOME) .................................................................. 47 FTTA (FIBER TO THE APARTMENT) ............................................................ 48 FTTD (FIBER TO THE DESK) ................................................................... 48 ENTRADA AREA PADRO ....................................................................... 49 ENTRADA SUBTERRNEA PADRO ............................................................. 52

5. CABOS PTICOS ......................................................................................31

6. MDULOS TRANCEIVER ...........................................................................35

7. REDES PTICAS PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK) ..............................39

8. CONSTRUO DA REDE PTICA ...............................................................49

9. MERCADO GPON.......................................................................................54 10. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM REDES GPON........................................55 10.1. DIVISORES PTICOS (SPLITTERS) ............................................................. 55 4

10.1.1. FBT (FUSED BICONICAL TAPARED) ............................................................ 55 10.1.2. PLC (PLANAR LIGHTWAVE CIRCUIT) .......................................................... 56 10.2. OLT (OPTICAL LINE TERMINATION - TERMINAO DE LINHA PTICA) .................. 57 10.3. OLT PARKS FIBERLINK 1000X SRIE II ...................................................... 60 10.4. ONU (OPTICAL NETWORK UNIT - UNIDADE DE REDE PTICA) ........................... 62 10.4.1. TIPOS DE ONU.................................................................................... 63 10.4.1.1. ONT OUTDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL OUTDOOR).......................... 63 10.4.1.2. ONT INDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL INDOOR) .............................. 64 10.4.1.3. MDU (MULTI DWELLING UNIT) XDSL ................................................... 65 10.4.1.4. MDU (MULTI DWELLING UNIT) ETHERNET .............................................. 66 10.5. ONTS PARKS FIBERLINK SRIES 4000, 2000 E 1000 .................................... 67 10.5.1. FIBERLINK 2021.................................................................................. 69 10.5.2. FIBERLINK 4012.................................................................................. 69 10.5.3. FIBERLINK 1000.................................................................................. 70 10.5.4. FIBERLINK 2010.................................................................................. 70 10.6. ESQUEMA DE LIGAO OLT - ODN - ONU .................................................. 71 11. CIDADES DIGITAIS ..................................................................................72 11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. VANTAGENS DO USO DO GPON EM CIDADES DIGITAIS .................................... 73 APLICAO EM CIDADES DIGITAIS ............................................................ 74 SERVIOS RESIDENCIAIS ....................................................................... 76 SERVIOS CORPORATIVOS ...................................................................... 76 BACKHAUL VDSL2 ............................................................................... 76 BACKHAUL MVEL ................................................................................ 77

12. GERENCIAMENTO E CONTROLE OMCI.......................................................78 13. MULTIPLEXAO TDM GPON ....................................................................80 14. PROTEO E REDUNDNCIA ....................................................................82 14.1. 14.2. 14.3. 15.1. 15.2. 15.3. 16.1. 16.2. 16.3. 16.4. 16.5. 17.1. PROTEO OLT DUPLEX ......................................................................... 82 OLT E ONT COM PORTAS REDUNDANTES DUPLEX .......................................... 82 MODELO DUPLEX COM SISTEMA DUPLO DE OLTS ........................................... 83 VDEO ANALGICO GPON ...................................................................... 84 CONFIGURAO PRTICA ........................................................................ 84 GPON ASSOCIADO A RFOG .................................................................... 86 ONU-ID (ONU IDENTIFIER) ................................................................... 88 ALLOC-ID (ALLOCATION IDENTIFIER) ....................................................... 88 T-CONT (TRANSMISSION CONTAINER) ...................................................... 88 GEM PORT (GPON ENCAPSULATION METHOD) ............................................ 90 GEM PORT-ID ................................................................................... 90 CONEXO AO TERMINAL DE COMANDOS ...................................................... 91 5

15. COBERTURA DE VDEO GPON (VIDEO OVERLAY) .....................................84

16. ENTIDADES DE TRFEGO DA TECNOLOGIA GPON ....................................88

17. CONFIGURAO FIBERLINK SRIE 10000 VIA CONSOLE .........................91

17.1.1. 17.1.2. 17.1.3. 17.1.4.

CONEXO VIA CONSOLE ......................................................................... 91 CONEXO VIA TELNET ............................................................................ 91 LOGIN .............................................................................................. 92 MODOS DE COMANDO............................................................................ 92

18. CUIDADOS COM O MANUSEIO DA FIBRA ..................................................94 19. EXEMPLO DE CONFIGURAO ..................................................................95 19.1. CENRIO ........................................................................................... 95 19.2. CONFIGURAO DA GERNCIA.................................................................. 96 19.2.1. ADICIONANDO A OLT AO SOFTWARE DE GERNCIA ......................................... 96 19.2.2. CRIANDO VLAN PARA DADOS .................................................................. 97 19.2.3. DEFININDO A POLTICA PARA AS VLAN ....................................................... 97 19.2.4. INICIANDO A CONFIGURAO DAS ONUS..................................................... 98 19.2.5. DEFININDO IP, ALIAS, MSCARA .............................................................. 99 19.2.6. VALIDANDO CONFIGURAES DE IP, ALIAS E MSCARA ................................... 99 19.2.7. INICIANDO A CONFIGURAO DO PERFIL DE FLUXO ....................................... 100 19.2.8. CONFIGURANDO O PERFIL DE FLUXO ........................................................ 100 19.2.9. CRIANDO PERFIL DE FLUXO ................................................................... 101 19.2.10. CRIANDO OS PERFIS DE BANDA .............................................................. 101 19.2.11. CONFIGURANDO OS PARMETROS DO PERFI DE BANDA ................................... 102 19.2.12. SELECIONANDO IP-HOST PARA VLAN ....................................................... 102 19.2.13. ASSOCIANDO A VLAN DE DADOS AO FLUXO ................................................ 103 19.2.14. SELECIONANDO OS PERFIS .................................................................... 104 19.2.15. RESULTADO FINAL DO PERFIL ................................................................. 104 19.2.16. CONFIRMAO DE CONFIGURAO DE FLUXO .............................................. 105 19.2.17. SUMRIO DE CONFIGURAO ................................................................. 106 19.2.18. TELA DE SALVAMENTO DAS CONFIGURAES .............................................. 106 19.2.19. UTILIZANDO OS PERFIS CRIADOS PARA OUTRAS ONUS .................................. 107 19.2.20. CONFIGURAO DE ONUS VIA CLI (COMMAND LINE INTERFACE)...................... 107

LISTA DE TABELAS TABELA 1. CARACTERSTICAS ORIGINAIS DE REDES PON ............................................. 45 TABELA 2. INTERFACES FIBERLINK 1000X SRIES II .................................................. 60 TABELA 3. RESUMO DAS CARACTERSTICAS DO GPON................................................. 75

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. ESPECTRO ELETROMAGNTICO.............................................................. 12 FIGURA 2. EXPERIMENTO DE JOHN TYNDALL........................................................... 13 FIGURA 3. TAMANHO REDUZIDO DA FIBRA ............................................................ 14 FIGURA 4. CABO DE FIBRAS .............................................................................. 15 FIGURA 5. COMPARAO DA FIBRA X CABO METLICO .............................................. 15 FIGURA 6. REFLEXO DA LUZ ............................................................................ 18 FIGURA 7. REFRAO DA LUZ ............................................................................ 19 FIGURA 8. NGULO LIMITE ............................................................................... 19 FIGURA 9. FIBRA PTICA ................................................................................. 20 FIGURA 10. FIBRA PTICA MULTIMODO ................................................................ 21 FIGURA 11. PROPAGAO DA LUZ FIBRA PTICA NDICE DEGRAU E GRADUAL .................. 22 FIGURA 12. PROPAGAO DA LUZ FIBRA PTICA MONOMODO ..................................... 23 FIGURA 13. COMPARAO ENTRE AS FIBRAS MULTIMODO E MONOMODO ......................... 23 FIGURA 14. CONTATO ENTRE FIBRAS PC ............................................................... 25 FIGURA 15. CONTATO ENTRE FIBRAS UPC ............................................................. 25 FIGURA 16. CONTATO ENTRE FIBRAS APC ............................................................. 25 FIGURA 17. CONECTOR MONOMODO ST ............................................................... 26 FIGURA 18. CONECTOR MONOMODO FC ............................................................... 27 FIGURA 19. CONECTOR MONOMODO LC ............................................................... 27 FIGURA 20. CONECTOR MONOMODO SC ............................................................... 28 FIGURA 21. COMPARAO ENTRE CONECTOR LC X SC .............................................. 28 FIGURA 22. CONECTOR MONOMODO MT-RJ .......................................................... 29 FIGURA 23. CONECTOR MONOMODO FC ............................................................... 29 FIGURA 24. CONECTOR MONOMODO E2000 .......................................................... 30 FIGURA 25. OUTROS CONECTORES ..................................................................... 30 FIGURA 26. SECO TRANSVERSAL DE CABO TIGHT ................................................. 31 FIGURA 27. CABO TIGHT ................................................................................. 32 FIGURA 28. SECO TRANSVERSAL DO CABO LOOSE ................................................ 32 FIGURA 29. CABO LOOSE ................................................................................. 33 FIGURA 30. SECO TRANSVERSAL DO CABO GROOVE.............................................. 34 FIGURA 31. CABO TIPO RIBBON ......................................................................... 34 FIGURA 32. SFF SOLDVEL .............................................................................. 36 FIGURA 33. SFP PAR TRANADO CONEXO RJ-45................................................... 37 7

FIGURA 34. SFP FIBRA DUPLEX ......................................................................... 38 FIGURA 35. ESQUEMA REDES PON ..................................................................... 39 FIGURA 36. ESTRUTURA DA REDE PON ................................................................ 40 FIGURA 37. ELEMENTOS DA REDE GPON .............................................................. 42 FIGURA 38. LIGAO PONTO-A-PONTO ................................................................ 43 FIGURA 39. LIGAO PONTO-A-MULTIPONTO ATIVA ................................................. 43 FIGURA 40. LIGAO PONTO-A-MULTIPONTO PASSIVA .............................................. 44 FIGURA 41. FTTCAB (FIBER TO THE CABINET)....................................................... 46 FIGURA 42. FTTC (FIBER TO THE CURB) ............................................................. 46 FIGURA 43. LIGAO PONTO-A-MULTIPONTO GPON ................................................ 47 FIGURA 44. FTTH (FIBER TO THE HOME) ............................................................. 47 FIGURA 45. FTTD (FIBER TO THE DESK) ............................................................. 48 FIGURA 46. CABO PTICO DROP FIGURA 8 ......................................................... 49 FIGURA 47. ENTRADA AREA CABO DROP FIGURA 8................................................. 50 FIGURA 48. DISTNCIAS PADRONIZADAS ENTRE CABEAMENTOS E SOLO .......................... 50 FIGURA 49. ALTURA DO CABEAMENTO EM RELAO AO SOLO ....................................... 51 FIGURA 50. ENTRADA SUBTERRNEA CABO DROP FIGURA 8 ....................................... 52 FIGURA 51. ENTRADA SUBTERRNEA CABO DROP FIGURA 8 ....................................... 53 FIGURA 52. DIVISOR PTICO ............................................................................ 55 FIGURA 53. SPLITTER PLC ............................................................................... 56 FIGURA 54. DIVISORES PLC 2X16 E 2X32 ........................................................... 56 FIGURA 55. DIVISORES ................................................................................... 57 FIGURA 56. OLT PIZZA BOX SERIES I PARKS ...................................................... 58 FIGURA 57. OLT BASTIDOR .............................................................................. 58 FIGURA 58. OLT + SPLITTER + ONT .................................................................. 59 FIGURA 59. COMPRIMENTOS DE ONDA GPON ........................................................ 60 FIGURA 60. CARACTERSTICAS OLT 1000X SERIES II PARKS ..................................... 61 FIGURA 61. GPON EM ANEL ............................................................................. 62 FIGURA 62. ONT OUTDOOR ............................................................................. 64 FIGURA 63. ONT INDOOR ................................................................................ 65 FIGURA 64. MDU XDLS .................................................................................. 66 FIGURA 65. MDU ETHERNET ............................................................................. 66 FIGURA 66. FIBERLINK 2021 ............................................................................ 69 FIGURA 67. FIBERLINK 4012 ............................................................................ 70 FIGURA 68. FIBERLINK 1000 ............................................................................ 70 FIGURA 69. FIBERLINK 2010 ............................................................................ 71 FIGURA 70. ESQUEMA DE LIGAO OLT ONU (ONT OU MDU) ................................ 71 FIGURA 71. APLICAO OLT ONT EM CIDADES DIGITAIS ....................................... 73 FIGURA 72. GPON E OUTRAS TECNOLOGIAS EM CIDADES DIGITAIS .............................. 74 FIGURA 73. TIPOS DE USO DO GPON .................................................................. 75 FIGURA 74. MODELO DE REFERNCIA GPON ......................................................... 78 FIGURA 75. GERNCIA GPON ........................................................................... 79 FIGURA 76. REPRESENTAO DOWNSTREAM GPON ................................................. 80 FIGURA 77. REPRESENTAO UPSTREAM GPON ..................................................... 81 FIGURA 78. PROTEO OLT DUPLEX ................................................................... 82 FIGURA 79. OLT E ONT COM PORTAS REDUNDANTES DUPLEX..................................... 83 FIGURA 80. MODELO DUPLEX COM SISTEMA DUPLO DE OLTS ..................................... 83 8

FIGURA 81. REDE DE COBERTURA RF DE VDEO ANALGICO ...................................... 84 FIGURA 82. CENRIO DE VIDEO OVERLAY ............................................................. 85 FIGURA 83. ACOPLADOR WDM COM CONEXO APC ................................................. 85 FIGURA 84. REPRESENTAO DA ARQUITETURA RFOG .............................................. 86 FIGURA 85. GPON COEXISTINDO COM RFOG ......................................................... 87 FIGURA 86. RELAO ENTRE PRIORIDADE, TRFEGO E BANDA ...................................... 89 FIGURA 87. RELAO ENTRE T-CONT E PORTA GEM ............................................... 90 FIGURA 88. CONSOLE SERIAL ........................................................................... 91 FIGURA 89. CONSOLE MGT .............................................................................. 92 FIGURA 90. CENRIO DE CONFIGURAO ............................................................. 95 FIGURA 91. ADICIONANDO OLT AO SOFTWARE DE GERNCIA ..................................... 96 FIGURA 92. CRIANDO VLAN 10......................................................................... 97 FIGURA 93. DEFININDO A POLTICA PARA AS VLANS ................................................ 98 FIGURA 94. INICIANDO A CONFIGURAO DA(S) ONU(S) .......................................... 98 FIGURA 95. ADICIONANDO ALIAS E IP ................................................................. 99 FIGURA 96. VALIDANDO CONFIGURAES DE IP, ALIAS E MSCARA .............................. 99 FIGURA 97. INICIANDO A CONFIGURAO DO PERFIL DE FLUXO ................................. 100 FIGURA 98. CONFIGURANDO PERFIL DE FLUXO ..................................................... 100 FIGURA 99. CRIANDO PERFIL DE FLUXO ............................................................. 101 FIGURA 100. CRIANDO OS PERFIS DE BANDA ....................................................... 101 FIGURA 101. SELECIONANDO VIRTUAL PORT E PERFIL DE BANDA ............................... 102 FIGURA 102. SELECIONANDO IP-HOST PARA VLAN ................................................ 103 FIGURA 103. ASSOCIANDO A VLAN DE DADOS AO FLUXO......................................... 103 FIGURA 104. CRIANDO O PERFIL DE FLUXO ......................................................... 104 FIGURA 105. RESULTADO FINAL DO PERFIL .......................................................... 105 FIGURA 106. CONFIRMAO DE CONFIGURAO DE FLUXO ...................................... 105 FIGURA 107. SUMRIO DE CONFIGURAO ......................................................... 106 FIGURA 108. TELA DE SALVAMENTO DAS CONFIGURAES ....................................... 106 FIGURA 109. UTILIZANDO OS PERFIS CRIADOS PARA OUTRAS ONUS ........................... 107

1. INTRODUO

O aumento considervel da necessidade de servios que demandam maior largura de banda, como por exemplo, de vdeo, tm forado a maior parte das operadoras a considerar uma atualizao ou mesmo uma renovao completa da sua rede de acesso de cobre legada. As redes GPON e EPON so dois padres que abrem novas oportunidades tanto para os fabricantes como para as operadoras. A ideia da utilizao de fibras pticas em redes de acesso no nova, denominada Fiber to the Premises (FTTP), pode ser traduzida como fibras at o local. Foi proposta h mais de 20 anos, para atender ao contnuo aumento da necessidade de banda pelos usurios das redes de telecomunicaes. Entretanto, somente recentemente a oferta de novos servios e aplicaes cada vez mais diversificadas e sofisticadas, como, por exemplo, videoconferncia, vdeo sob demanda, jogos on-line e voz sobre IP, justificou o investimento nessa tecnologia. Segundo estimativas especializadas a demanda por largura de banda apresenta um crescimento anual superior a 50%. A utilizao de FTTP atende a uma srie de requisitos das redes de acesso, entre eles: capacidade elevada de taxa de transmisso em Gbps, alcanando distncias de at dezenas de quilmetros, facilidade de instalao e atualizao, possibilidade de servios simtricos, baixo custo de operao e manuteno, cabos mais leves e mais compactos, total imunidade a interferncias eletromagnticas e elevada confiabilidade. Entretanto, at recentemente, os equipamentos necessrios para a implantao dessa tecnologia apresentavam custos superiores aos de outras tecnologias e a demanda por banda no era suficiente para justificar o investimento. Alm da necessidade de alta capacidade de transmisso e processamento, a rede de acesso tem uma srie de requisitos especficos, entre os quais destacamos: a necessidade de oferecer multisservios (voz, vdeo e dados) a clientes variados (residncias, condomnios, empresas) e a instalao de equipamentos em ambiente no controlado (fora de estaes). Deste modo, grandes fabricantes tm adicionado a tecnologia PON ao seu portflio de redes de acesso de banda larga, e as operadoras de todo o mundo tm demonstrado grande interesse em implantar esta tecnologia. A Parks S.A. Comunicaes Digitais uma empresa de tecnologia de vanguarda e est preparada para esta nova gerao de dispositivos e possui em seu portflio produtos GPON de alta qualidade com produtos genuinamente nacionais, tanto em hardware com software, sendo eles o alvo de estudo deste material.

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2. CERTIFICAO

Segundo o dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa o significado de certificao assero da realidade ou verificao de um fato, ainda, certificao da assinatura, reconhecimento de ser verdadeira uma assinatura. A certificao de uma marca ou de uma linha de produtos um processo de treinamento especializado em um ou mais produtos de uma determinada empresa. A Parks objetivando um melhor atendimento de seus integradores desenvolveu um treinamento para os profissionais da rea de Tecnologia da Informao com o objetivo de ajud-los a alcanar o sucesso e o desenvolvimento pleno de suas atividades profissionais, alm de maximizar a utilizao de seus produtos atravs das certificaes.

2.1. Certificaes Parks (CP)

A total dependncia da Internet e de complexas redes internas um fato inegvel nas empresas modernas, assim, tornam-se necessrios profissionais habilitados para a realizao da instalao da infraestrutura e com habilidades para mant-las funcionando adequadamente e com expertise para promover expanses. O objetivo das CP proporcionar treinamento de qualidade nas mais recentes tecnologias de informao, certificando a capacidade tcnica e fornecendo recursos para um aprendizado contnuo. O programa de certificaes profissionais da profissionais de redes e s empresas que o empregam. para estudo, treinamento de instalao, configurao e ser realizada uma prova de certificao e posterior capacitao em produtos Parks. Parks presta um servio aos Fornecendo material apropriado manuseio. Aps o final do curso fornecimento de certificado de

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3. FIBRA PTICA

A utilizao da luz ou de ondas dentro de espectro eletromagntico visvel foi um dos primeiros recursos empregados pelo homem para a transferncia de informaes, com uso de fogueiras, espelhos refletores, luzes sinalizadoras, entre outros. Isaac Newton e Albert Einstein contriburam com seus estudos para aumentarmos nosso conhecimento a respeito da luz, e ento proporcionaram novas possibilidades para o uso da luz em transmisses de informaes. Isaac Newton foi o primeiro a reconhecer que a luz branca constituda por uma mistura de cores. A luz possui um comportamento dualstico, ou seja, em certas situaes se comporta como uma partcula, em outras a luz pode ser analisada como uma radiao eletromagntica. E, como as outras ondas eletromagnticas, a luz pode se propagar atravs do espao vazio e por distncia muito grandes. De um modo geral, a teoria das ondas eletromagnticas explica melhor a transmisso da luz do que a teoria das partculas.

3.1.

Espectro Eletromagntico

O espectro eletromagntico corresponde ao intervalo completo da radiao eletromagntica, desde as ondas de rdio, as micro-ondas, o infravermelho, a luz visvel, os raios ultravioleta, os raios X, at os raios gama.

Figura 1. Espectro Eletromagntico 12

3.1.1.

Luz

At 1870 acreditava-se que a luz somente se propagava em linha reta, mas o fsico John Tyndall (1820-1893) demonstrou que a luz era capaz de realizar curvas. Para provar isso, ele colocou uma fonte de luz dentro de um recipiente opaco cheio com gua com um orifcio em uma das extremidades, por onde escorria a gua. Observou que a luz acompanhava a trajetria curva dgua. Na verdade a luz se propagava por uma srie de reflexes internas.

Figura 2. Experimento de John Tyndall Graham Bell, em 1880 realizou uma demonstrao experimental de transmisso de voz entre dois pontos empregando um feixe de luz, entretanto, at meados do sculo XX ocorreram poucos avanos nessa rea. As transmisses nesta poca ocorriam pelo espao livre, razo pela qual no se conseguia boa capacidade transmisso devido a perturbaes atmosfricas, tais como chuva, neblina, fumaa, etc. Em 1952 o fsico indiano Narinder Singh Kapany realizou experimentos que o levariam a criar e patentear a fibra ptica inicialmente apenas para uso na medicina. Mas devido a sua flexibilidade tornou-se um instrumento til nas telecomunicaes, no incio os sistemas pticos ficaram restritos a curtas distncias. O interesse pelas comunicaes pticas em maiores distncias foi retomado no incio dos anos 60 com a inveno do LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation). Este dispositivo fornece uma luz extremamente direcional, com elevada intensidade, possibilitando modulaes de altas frequncias. 13

3.2.

Vantagens da Fibras pticas

Ao contrrio dos cabos convencionais, que nada mais so do que fios de cobre que transportam sinais eltricos, a fibra ptica transporta unicamente luz, o que lhe confere caractersticas importantes e essenciais para utilizao em telecomunicaes:

3.2.1.

Imunidade interferncias eletromagnticas

A fibra ptica para uso em telecomunicaes composta basicamente de vidro de slica, que possui propriedades dieltricas (isolante eltrico) e, devido ao fato de transportar luz, a fibra totalmente imune a qualquer tipo de interferncia eletromagntica.

3.2.2.

Dimenses Reduzidas

O cabo de fibra ptica formado por um ncleo extremamente fino de vidro, ou mesmo de um tipo especial de plstico. As dimenses das fibras pticas so comparveis s de um fio de cabelo humano, tendo em mdia um dimetro da ordem de 250 m considerando o revestimento de proteo, o dimetro da fibra em si geralmente de 125 m. As dimenses so muito inferiores aos cabos metlicos comuns. Observe que um cabo de fibra ptica de 6,3 mm de dimetro, contendo duas fibras possui a mesma capacidade que um cabo de 76 mm (7,6 cm) de dimetro contendo 900 pares metlicos.

Figura 3. Tamanho Reduzido da Fibra 14

Como as fibras so muito finas, possvel incluir um grande volume delas em um cabo de tamanho modesto, o que uma grande vantagem sobre os fios de cobre. Como a capacidade de transmisso de cada fio de fibra bem maior que a de cada fio de cobre e eles precisam de um volume muito menor de circuitos de apoio, como repetidores. Outra vantagem que os cabos de fibra so imunes interferncia eletromagntica, j que transmitem luz e no sinais eltricos, o que permite que sejam usados mesmo em ambientes onde o uso de fios de cobre problemtico.

Figura 4. Cabo de Fibras 3.2.3. Peso

Observando-se o item anterior, pode-se facilmente verificar que um cabo ptico pode pesar 30 at vezes menos que um cabo metlico de cobre. Essa caracterstica possibilita diminuir o problema de espao e congestionamento de dutos subterrneos de grandes cidades e tambm em edifcios comerciais. A combinao de peso e tamanho extremamente reduzidos permite que as fibras pticas sejam o meio ideal para a utilizao em transmisso de dados em avies, automveis e satlites.

Figura 5. Comparao da Fibra x Cabo Metlico 15

3.2.4.

Maior distncia de transmisso

As fibras pticas apresentam perda de sinal muito reduzida, permitindo alcances pticos de grande comprimento sem necessidade de repetidores de sinal. Conforme a qualidade das fibras pticas e o seu tipo, os enlaces podem alcanar distncias de at 400 km, distncia muito comum em cabo submarino, muito superior, portanto a um enlace de micro-ondas, que no supera 90 km, devido curvatura do nosso planeta.

3.2.5.

Segurana

A segurana no trfego das informaes uma propriedade extremamente importante em sistemas de comunicao, tais como para aplicaes bancrias, de pesquisa, militares ou em transaes de crdito, por exemplo. A no irradiao da luz propagada, diferentemente do que acontece com os meios de par metlico, uma das propriedades que permite alto grau de segurana para as informaes transmitidas. Qualquer tentativa de captao indevida de sinais pticos ao longo da extenso da fibra pode ser facilmente detectada, uma vez que isso exigiria um desvio de uma poro de potncia considervel do sinal transmitido.

3.2.6.

Relao custo x benefcio

Inegavelmente a fibra ptica o meio de transmisso que apresenta a melhor relao custo x benefcio, onde possibilita comunicaes de longas distncias necessitando menos sistemas de repetio de sinal. No entanto, para distncias mais curtas os cabos pticos se mostram relativamente caros, mas quando comparados aos outros meios de transmisso se tornam altamente competitivos devido a todos os benefcios apresentados, como imunidade a rudos, facilidade de expanso, entre outros.

3.2.7.

Elevada Capacidade de Transmisso

O desenvolvimento da fibra ptica alavancou aplicaes antes impossveis, proporcionando maior nmero de canais de voz, dados e de vdeo. 16

A capacidade de transmisso est relacionada com a frequncia portadora, que no caso das fibras pticas realizada no intervalo de frequncia de 1013 a 1016 Hz, com predominncia na regio do infravermelho, prximo de 1014 a 1015 Hz. Esta largura de banda proporciona uma capacidade em torno de 10.000 vezes maior que os sistemas convencionais de micro-ondas, onde a banda passante da ordem de 700 MHz.

3.3.

Desvantagens da Fibras pticas

As fibras pticas exigem alguns cuidados que no so relevantes em outros meios de transmisso, mas so justificveis devido a todas as vantagens associadas ao seu uso:

3.3.1.

Fragilidade mecnica e sensibilidade umidade

A fibra tica nua possui sensibilidade umidade, devendo-se tomar providncia para evitar acmulos de umidade. Ainda deve-se dar ateno especial ao raio de curvatura que tomar a instalao da fibra, pois poder provocar fraturas na fibra ou danos irreparveis propagao do sinal. A fibra ptica, pela sua fragilidade inerente exige que no seja efetuado tracionamento excessivo para no danificar irreparavelmente a fibra ptica.

3.3.2.

Exigncia de mo de obra e equipamentos especializados

Para a instalao, manuteno e gerncia de um sistema de comunicao que empregue fibra ptica de fundamental importncia que a equipe de trabalho esteja capacitada e treinada para realizao dos procedimentos com qualidade e dentro dos padres tcnicos. Alis, este o objetivo deste treinamento. Possui a necessidade de utilizao de equipamentos especializados para medio, instalao e manuteno.

17

3.3.3.

Custo dos elementos ativos e interfaces pticas

Possui maior custo nas interfaces pticas e elementos ativos na rede, entretanto, se considerarmos que o sistema de comunicao exige menos repetidores, este no um fator preponderante.

3.4.

Propagao da luz pela fibra

Para entendimento da propagao da luz pelo interior da fibra temos que estudar o comportamento da luz. Quando ela percorrer um meio de propagao com densidade homognea ela o far em linha reta. Qualquer curvatura que venha a ocorrer na luz se propagando pela atmosfera ser to sutil que poder ser ignorada. No entanto, quando a luz passa se um meio de propagao para outro de densidade diferente h uma alterao na sua trajetria e tambm em sua velocidade de propagao. importante salientar que a propagao por este novo meio continuar retilnea.

3.4.1.

Reflexo da luz

O fenmeno fsico da reflexo ocorre quando um feixe de luz atinge uma superfcie e desviado para o mesmo meio de onde veio o raio incidente. Se a superfcie for polida ou lisa, teremos uma reflexo regular, caso contrrio, se for irregular a luz ser refletida em vrias direes diferentes.

Figura 6. Reflexo da Luz 18

3.4.2.

Refrao da luz

O fenmeno da refrao ocorre quando um feixe de luz atinge uma superfcie e atravessa essa superfcie para outro meio de densidade diferente. Quando isso ocorrer ento se diz que esse meio capaz de propagar a luz.

Figura 7. Refrao da Luz

Sempre que ocorre o fenmeno da refrao tambm ocorrer em menor grau de intensidade o fenmeno da reflexo, que pode ser desconsiderado para aplicaes prticas. O princpio fundamental que rege o funcionamento das fibras pticas o fenmeno fsico denominado reflexo total da luz. Para que haja a reflexo total a luz deve sair de um meio mais para um meio menos refringente, e o ngulo de incidncia deve ser igual ou maior do que o ngulo limite, chamado de ngulo de incidncia, ngulo de Brewster ou cone de aceitao.

Figura 8. ngulo Limite 19

As fibras pticas so constitudas basicamente de uma regio cilndrica composta de uma regio central, denominada de ncleo (core), por onde passa a luz; e uma regio perifrica denominada casca (cladding) que envolve o ncleo, que traduzido para o portugus significa revestimento. O ndice de refrao do material que compe o ncleo maior do que o ndice de refrao do material que compe a casca. importante lembrar que a fibra ptica um elemento slido, nada tendo a ver com espelhamentos internos.

3.5.

Tipos de Fibras pticas

As Fibras pticas so feitas de plstico ou de vidro, mas ambas so compostas por uma mistura de dixido de silcio, e so materiais dieltricos, isto , isolantes eltricos. Existem dois tipos de fibras pticas, as fibras multimodo e as monomodo. A escolha de um desses tipos dependera da aplicao da fibra. As fibras multimodo so mais utilizadas em aplicaes de rede locais (LAN), enquanto as monomodo so mais utilizadas para aplicaes de rede de longa distancia (WAN), so mais caras, mas tambm mais eficientes que as multimodo. Aqui no Brasil, a utilizao mais ampla da fibra ptica teve inicio uma segunda metade dos anos 90, impulsionada pela implementao dos backbones das operadoras de redes metropolitanas.

Figura 9. Fibra ptica 20

3.5.1.

Fibra ptica Multimodo (MMF - Multi Mode Fiber)

Possuem o dimetro do ncleo maior do que as fibras monomodais, de modo que a luz tenha vrios modos de propagao, ou seja, a luz percorre o interior da fibra ptica por diversos caminhos. As dimenses comerciais so 62,5m e 50m para o ncleo e 125 m para a casca. Observe na figura a seguir a comparao de uma fibra ptica com a ponta de uma agulha.

Figura 10. Fibra ptica Multimodo

As fibras de 62,5m foram as primeiras a serem comercializadas e os conectores pticos apresentam um menor custo. Dependendo da variao de ndice de refrao entre o ncleo e a casca, as fibras multimodais podem ser classificadas em: ndice Gradual (Gradual Index) e ndice Degrau (Step Index). O ncleo e o cladding so os dois componentes funcionais da fibra ptica. Eles formam um conjunto muito fino e frgil, que recoberto por uma camada mais espessa de um material protetor, que tem a finalidade de fortalecer o cabo e atenuar impactos chamados de coating ou buffer. O cabo resultante ento protegido por uma malha de fibras protetoras, composta de fibras de kevlar (que tm a funo de evitar que o cabo seja danificado ou partido quando puxado) e por uma cobertura plstica, chamada de jacket, ou jaqueta, que sela o cabo. 21

Embora a slica seja um material abundante, os cabos de fibra ptica so caros devido ao complicado processo de fabricao, assim como no caso dos processadores, que so produzidos a partir do silcio. A diferena entre slica e silcio que o silcio o elemento Si puro, enquanto a slica composta por dixido de silcio, composto por um tomo de silcio e dois de oxignio. O silcio cinza escuro e obstrui a passagem da luz, enquanto a slica transparente.

Figura 11. Propagao da Luz Fibra ptica ndice Degrau e Gradual

A propagao do sinal ao percorrer o ncleo da fibra resulta em mltiplos modos de propagao (origem do nome multimodo), provocando sinais que chegam outra extremidade em tempos diferentes, causando ecos de sinal, isso acontece porque o ncleo mais espesso das fibras multimodo favorece a diviso do sinal em vrios feixes separados, que ricocheteiam dentro do cabo em pontos diferentes, aumentando brutalmente a perda durante a transmisso.

3.5.2.

Fibra ptica Monomodo (SMF - Single Mode Fiber)

So adequadas para aplicaes que envolvam grandes distncias, embora requeiram conectores de maior preciso e dispositivos de maior custo. Nas fibras monomodais, a luz possui apenas um modo de propagao, ou seja, a luz percorre interior do ncleo por apenas um caminho. As dimenses do ncleo variam entre 8m a 10m, e a casca em torno de 125m. 22

Figura 12. Propagao da Luz Fibra ptica Monomodo

O Para reduzir a atenuao, no utilizada luz visvel, mas sim luz infravermelha invisvel ao olho humano, com comprimentos de onda de 850 a 1550 nanmetros, de acordo com o padro de rede usado. Antigamente, eram utilizados LEDs comuns nos transmissores, j que eles so uma tecnologia mais barata, mas com a introduo dos padres Gigabit e 10 Gigabit eles foram quase que inteiramente substitudos por lasers, que oferecem um chaveamento mais rpido, suportando, assim, a velocidade de transmisso exigida pelos novos padres de rede.

3.5.3.

Comparao entre as fibras multimodo e monomodo

Figura 13. Comparao entre as fibras multimodo e monomodo 23

4. CONECTORES PTICOS

Existem vrios tipos de conectores de fibra ptica, cada qual voltado a uma aplicao diferente, variando o formato e a forma de fixao (encaixe ou rosca). Todos os conectores so machos, ou seja, os ferrolhos so estruturas cilndricas ou cnicas que so inseridos nos conectores pticos. O conector tem uma funo importante, j que a fibra deve ficar perfeitamente alinhada para que o sinal luminoso possa ser transmitido sem grandes perdas. um componente de extrema importncia na rede, sendo que seu desempenho pode comprometer toda uma rede. Como cada conector oferece algumas vantagens sobre os concorrentes e apoiada por um conjunto diferente de empresas, a escolha recai sobre o conector usado pelos equipamentos que pretender usar. possvel inclusive utilizar conectores diferentes dos dois lados do cabo, usando conectores LC de um lado e conectores SC do outro, por exemplo.

4.1.

Conexes mecnicas nas Fibras pticas

Como vimos o tipo de conexo determina a qualidade da transmisso luminosa pela fibra ptica. As conexes mecnicas diferenciam-se conforme o tipo de polimento que recebem na superfcie de contato da fibra, que pode ser PC (Physical Contact), UPC (Ultra Physical Contact) e APC (Angled Physical Contact). Os primeiros conectores de fibra ptica tinham a superfcie de conexo plana, por isso foram chamados conectores planos. Quando conectados, formavam-se pequenas bolsas de ar entre as superfcies dos conectores devido a pequenas imperfeies nas superfcies de contato. A perda por reflexo (tambm chamada perda de retorno) neste conector gira em torno de -14 dB, aproximadamente 4% do sinal total.

4.1.1.

PC - Physical Contact (Contato Fsico)

Com o desenvolvimento da tecnologia, a superfcie de contato dos conectores evoluiu. Uma das primeiras evolues foi o contato fsico com polimento PC. 24

Figura 14. Contato entre fibras PC No conector com polimento PC (construdo na cor azul), como o prprio nome anuncia (Physical Contact - Contato Fsico), quando conectado, as superfcies das duas fibras se encontram como no conector plano, mas as superfcies de contato dessas fibras so polidas de forma curva ou esfrica, forando o contato entre as fibras e eliminando as lacunas de ar. A perda por reflexo nesse caso est em torno de -40 dB.

4.1.2.

UPC - Ultra Physical Contact (Ultra Contato Fsico)

Uma evoluo dos conectores PC so os UPC, as superfcies tambm so polidas de forma esfrica, porm, recebem um polimento com melhor acabamento final, reduzindo rugosidades. Neles a perda por reflexo ainda menor, em torno de -55 dB. So frequentemente utilizados em sistemas de TV a Cabo (CATV) e TV digital. Conector de cor azul.

Figura 15. Contato entre fibras UPC

4.1.3.

APC - Algled Physical Contact (Contato Fsico em ngulo)

Tipo de conector mais recente onde as superfcies tambm so curvas, porm, em um angulo de 8 graus, isso mantm uma conexo firme e reduz a perda por reflexo para aproximadamente -70 dB. Esses conectores so mais utilizados em sistemas de telefonia, dados e de CATV. Os conectores possuem a cor verde.

Figura 16. Contato entre fibras APC 25

Os conectores PC e UPC so confiveis e possuem baixa perda de insero, que a perda causada pelo prprio conector quando o sinal passa por ele (mxima 0,5 dB). A perda por reflexo desse tipo de conector depende do acabamento da superfcie da fibra, quanto menor a granulao menor a perda por reflexo. Quando os conectores forem constantemente conectados e desconectados a perda por reflexo aumenta, a uma taxa mxima de 0,2 dB a cada conexo / desconexo.

4.2.

Conector Monomodo ST (Straight Tip) - PC

O ST um conector mais antigo popular para uso com fibras multimodo. Ele foi o conector predominante durante a dcada de 1990, mas vem perdendo espao para outros conectores mais recentes. Ele um conector estilo baioneta, que lembra os conectores BNC usados em cabos coaxiais. Deve ser empregado um para a transmisso de sinal e outro para a recepo, portando modo simplex.

Figura 17. Conector Monomodo ST

4.3.

Conector Monomodo FC (Ferrule Connector) - APC

Usados em transmisso de dados em telecomunicaes. Possuem ponteira flutuante que oferece isolamento mecnico bom. Os conectores FC precisam ser encaixados com mais cuidado do que outros, devido necessidade de alinhar o ferrolho, e ao risco de arranhar a face da fibra ao inserir a ponteira. 26

Figura 18. Conector Monomodo FC

4.4.

Conector Monomodo LC (Lucent Connector) - PC

O LC (Lucent Connector) Duplex um conector miniaturizado que, como o nome sugere, foi originalmente desenvolvido pela Lucent. Ele vem crescendo bastante em popularidade, sobretudo para uso em fibras monomodo. Ele o mais comumente usado em transceivers 10 Gbps Ethernet. O tubo branco cilndrico que aparece na ponta do conector no o fio de fibra propriamente dito, mas sim o ferrolho (ferrule), que o componente central de todos os conectores, responsvel por conduzir o fino ncleo de fibra e fix-lo dentro do conector. Ele uma pea de cermica, ao ou polmero plstico, produzido com uma grande preciso, j que com um ncleo de poucos micra de espessura, no existe muita margem para erro.

Figura 19. Conector Monomodo LC 27

4.5.

Conector Monomodo SC (Simplex Connector) - APC

Ainda existe o conector SC, um dos conectores mais populares at a virada do milnio. Ele um conector simples e eficiente, que usa um sistema simples de encaixe e oferece pouca perda de sinal. Ele bastante popular em redes Gigabit, tanto com cabos multimodo quanto monomodo. Possui verses PC e APC.

Figura 20. Conector Monomodo SC

Uma das desvantagens do SC seu tamanho avantajado, cada conector tem aproximadamente o tamanho de dois conectores RJ-45 colocados em fila indiana, quase duas vezes maior que o LC, veja a comparao na figura abaixo.

Figura 21. Comparao entre Conector LC x SC 28

4.6.

Conector Monomodo MT-RJ (Mechanical Transfer Registered Jack)

O conector MT-RJ um padro relativamente novo, que utiliza um ferrolho quadrado, com dois orifcios (em vez de apenas um) para combinar as duas fibras em um nico conector, pouco maior que um conector telefnico. Ele vem crescendo em popularidade, substituindo os conectores SC e ST.

Figura 22. Conector Monomodo MT-RJ

4.7.

Conector Monomodo FC (Ferrule Connector) - PC / SPC

Possui caractersticas similares ao conector FC APC, porm apresenta maiores perdas por reflexo (retorno).

Figura 23. Conector Monomodo FC 29

4.8.

Conector Monomodo E2000 - APC

Evoluo do SC, desenvolvido pela Diamond, possui menores perdas de retorno.

Figura 24. Conector Monomodo E2000

4.9.

Outros Conectores

Figura 25. Outros Conectores 30

5. CABOS PTICOS

Um cabo ptico construdo com uma juno entre diversas fibras, devidamente revestido de materiais que facilitem o manuseio e proporcionem proteo contra esforos mecnicos e ambientes inspitos. Os cabos pticos podem ser classificados de acordo com a sua constituio fsica, como: tight, loose, groove e ribbon.

5.1.

Cabos Tipo Tight

Neste tipo de cabo as fibras pticas possuem um revestimento plstico secundrio com dimetro nominal de 0,9 mm estrudado sobre o revestimento primrio. Esses elementos formam uma unidade que protege o cabo de aplicaes de trao adicionado da capa de proteo externa. resistente umidade, fungos, intempries e ao solar (proteo UV), possui alta resistncia mecnica, retardo chama e dimenses reduzidas. A traduo de tight para o portugus justo ou apertado.

Figura 26. Seco Transversal de Cabo Tight

No necessita de gel, os elementos de sustentao so constitudos por fios de aramida que oferecem excelente proteo em cada metro do cabo. No requer limpeza, no possui gel, de modo que fcil de manusear, instalar e conectorizar, economizando tempo e custos, e aumentando a confiabilidade. 31

Figura 27. Cabo Tight

5.2.

Cabos Tipo Loose

So cabos recomendados para uso externo, apresentam as fibras soltas (loose), acondicionadas no interior de um tubo plstico que proporciona a primeira proteo para as fibras.

Figura 28. Seco Transversal do Cabo Loose

O tubo geralmente preenchido com gel ou um p para proporcionar melhor preenchimento e para evitar acmulo de umidade dentro das capas e proteger contra choques mecnicos. O gel usado nos cabos feito de petrleo e altamente inflamvel, por esta razo, por questes de segurana, se for utilizado internamente em edificaes no poder passar de um comprimento mximo de 15 metros e jamais pode ser empregado na posio vertical para que o gel no escorra coma fibra. 32

Figura 29. Cabo Loose

No tubo que recebe o gel normalmente introduzido um elemento de trao que, juntamente com o tubo, recebe o revestimento final. Este tipo de cabo bastante utilizado em instalaes externas areas e subterrneas e principalmente, em sistemas de comunicaes de longas distncias. A conectorizao difcil e requer kits especficos. O p utilizado nos cabos possui caractersticas hidro expansveis, possui a vantagem de no ser inflamvel, porm, menos eficiente na proteo contra a umidade.

5.3.

Cabos Tipo Groove

Em uma fibra tipo Groove (sulco) as fibras pticas so acomodadas soltas em uma estrutura com corpo em forma de estrela em ranhuras em V. Esta estrutura apresenta ainda um elemento de trao ou elemento tensor incorporado em seu interior (geralmente no centro), a funo bsica deste elemento de dar resistncia mecnica ao conjunto. Uma estrutura deste tipo permite um nmero muito maior de fibras por cabo para aplicaes onde isto um elemento indispensvel.

33

Figura 30. Seco Transversal do Cabo Groove

5.4.

Cabos Tipo Ribbon (Fita)

Este tipo de cabo utilizado em aplicaes onde necessria uma quantidade muito grande de fibras pticas (em torno de 4000 fibras). As fibras so envolvidas por uma camada plstica plana com formato de uma fita, onde estas camadas so empilhadas formando um bloco compacto. Estes blocos so alojados nas ranhuras das estruturas tipo estrela dos cabos do tipo Groove ou nos tubos dos cabos tipo Loose. Logo, esta configurao uma derivao do cabo tipo Groove combinado com as fitas de fibras e proporciona uma concentrao muito grande de fibras pticas.

Figura 31. Cabo Tipo Ribbon 34

6. MDULOS TRANCEIVER

Um TRANSCEIVER, em portugus TRANSCEPTOR um dispositivo que combina um transmissor e um receptor utilizando componentes em um circuito comum para ambas s funes num s equipamento (TX e RX). Em uma rede de dados, converte um tipo de sinal, ou um conector para outro, por exemplo, para converter sinais eltricos em pticos. um dispositivo que opera na camada um (camada fsica do modelo OSI), porque s considera os bits e no as informaes de endereo ou protocolos de nveis superiores. Um transceiver SFP (Small Form Factor Pluggable, traduzindo para o portugus algo como Fator de Forma Pequeno Plugvel), Mini GBIC ou GBIC (Conversor de Interface Gigabit, do ingls, Gigabit Interface Converter), um transceptor interno usado em switches nas conexes de cabeamento estruturado. Transforma o sinal eltrico em sinal ptico ou vice-versa, que proporciona maior flexibilidade e melhor desempenho nas redes. Os Transceivers SFPs e XFPs so transceptores compactos que funcionam como conectores modulares, disponveis para o cobre (RJ-45) e para todos os modos de fibras pticas comuns, comprimentos de onda e taxas de dados. Permitem que os tcnicos de rede conectem diferentes tipos de interface em um mesmo equipamento de rede, atravs de uma porta SFP / XFP. importante salientar que permitem conexo a quente (hot-plug), sem necessidade de desligamento para efetuar a conexo. Caso seja necessrio investir na reformulao do cabeamento de uma rede, alm dos cabos, em termos de hardware, bastar substituir o mdulo Transceiver SFP ou XPF, que possuem preos muito acessveis, assim, o custo na atualizao ser bastante reduzido, pois preservar o investimento em equipamentos de rede caros. Os hardwares para redes, cada vez mais esto sendo projetados com estas portas, para tirar proveito de sua flexibilidade, e eliminar as incertezas e suposies no momento da compra de equipamentos muito caros. Os tranceivers normalmente so para aplicao em cobre (copper) RJ-45 ou para aplicaes pticas, multimodo ou monomodo, em diferentes categorias 850nm, 1310nm, 1550nm e DWDM. Os transceptores SFP esto comercialmente disponveis com capacidade para taxas de dados at 4,25Gbps. Um padro melhorado chamado SFP+ suporta taxas de dados at 10 Gbps. Outra verso chamada de XFP tem capacidade de transmisso de 10 Gbps. 35

Existe ainda o transceiver SFF (Small Form Factor), semelhante ao SFP, porm no plugvel, mas sim soldado diretamente na placa me do equipamento.

Figura 32. SFF Soldvel Usado tanto em aplicaes de telecomunicaes como comunicao de dados. um formato popular apoiado pela indstria de fornecedores de componentes de rede. Os Transceptores SFP so projetados para suportar SONET (Synchronous Optical networking) que um protocolo de multiplexao para transferncia de mltiplos fluxos de bit digital em fibra ptica utilizando lasers ou diodos emissores de luz (LEDs), Ethernet, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet, Fibre Channel, e outros padres de comunicao. Os Transceptores SFP esto disponveis para uma variedade de tipos de transmissor e receptor, permitindo aos usurios selecionar o transceptor apropriado para cada link, para proporcionar o alcance necessrio sobre fibras pticas disponveis (multimodo ou monomodo). Esta soluo ideal para conexes de alta velocidade possibilitando cascateamento de switches. Existem diversos tipos de SFPs, quanto ao tipo de conexo, abaixo listamos alguns deles:

6.1.

Mdulos SFP Copper (Cobre)

Permitem velocidades de 10/100/1000 Base-T, padro Ethernet, Fast Ethernet e Gigabit Ethernet sobre conectividade de cobre RJ-45. Esta soluo ideal para conexes de alta velocidade para workstations high-end e entre gabinetes de fiao. 36

Permitem que um dispositivo host projetado principalmente para comunicaes de fibra ptica tambm comunicar atravs de cabo de rede de par tranado sem blindagem. Existem modelos unicamente para velocidade de 1000 Mbps.

Figura 33. SFP Par Tranado conexo RJ-45

6.2.

Mdulos SFP Fiber (Fibra)

Existem modelos SFP para fibras pticas nas as seguintes velocidades: 155 Mbps Ethernet SFP, 1.25Gbps Gigabit Ethernet SFP, 2.4Gbps Ethernet SFP, 10Gbps Ethernet SFP+ e 10Gbps Ethernet XFP, tanto simplex, como duplex. Mdulos pticos SFP so comumente disponveis em diversas categorias diferentes: 1) 850nm - 550m de fibra multimodo (SX); 2) 1310nm - 10 km de fibra monomodo (LX); 3) 1490nm 10 km de fibra monomodo (BS-D); 4) 1550nm 40 km (XD), 80 km (ZX), 120 km (EX ou EZX), 5) 1490nm e 1310nm (BX), Single Fiber Bidirecional Gigabit SFP e 6) DWDM (Dense WDM), h tambm CWDM (Coarse WDM) e de fibra nica "bidirecional" (1310/1490nm Upstream / Downstream).

37

Figura 34. SFP Fibra duplex

O SFF Committee (The Small Form Factor Committee) um grupo de indstrias de eletrnica formada para desenvolver as especificaes para interoperabilidade dos mdulos pticos. Alguns participantes foram: Amphenol, Broadcom, Dell, FCI, Fujitsu, HP, Hitachi, IBM, Intel, Molex, Samsung, Sumitomo, Texas, Toshiba, Tyco, etc. A Especificao Tcnica INF-8074i para o SFP (Small Formfactor Pluggable) Transceiver de 12 de Maio de 2001, define o padro mecnico, eltrico, de interface, de dados, etc.

38

7. REDES PTICAS PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK)

Uma rede ptica PON uma topologia de rede que compartilha, entre duas ou mais fibras pticas os sinais transmitidos por uma nica fibra, para isso utiliza um divisor ptico (optical spliter), frequentemente apenas chamado de spliter, que um dispositivo totalmente passivo, isto , no efetua regenerao e amplificao de sinais. A tecnologia de rede WDM em circuitos pticos totalmente passivos e multiplexados em WDM chamada de PON WDM. Em fibra ptica, Wavelength Division Multiplexing (WDM) uma tecnologia que multiplexa uma srie de sinais de portadora ptica em uma nica fibra ptica, utilizando diferentes comprimentos de onda (cores) de luz laser. Esta tcnica permite a comunicao bidirecional ao longo de um fio de fibra, bem como a multiplicao da capacidade. Um equipamento chamado de Optical Line Terminal (OLT) o dispositivo principal deste sistema, centro desta arquitetura ponto-multiponto. Nas pontas, fazendo interface com o usurio, temos o Optical Network Unit (ONU) ou Optical Network Terminal (ONT).

Figura 35. Esquema Redes PON O Central Office (CO) envia seu sinal atravs de um OLT, este sinal direcionado para os assinantes por meio de um divisor denominado Splitter. Para os assinantes receberem o sinal, utilizam um equipamento chamado ONU ou ONT, que responsvel pela converso de sinais pticos para sinais eltricos e vice versa. Para atingir vrios clientes, utilizam-se diversos divisores pticos (Splitters), que so elementos passivos, pequenos e de baixo custo. 39

O fator determinante do alcance fsico mximo de uma rede PON o nmero de divisores pticos usados no segmento da rede de acesso.

Figura 36. Estrutura da Rede PON

7.1.

Elementos da Estrutura PON

7.1.1.

Central de Equipamentos (Headend)

A Central ou Sala de Equipamentos (Headend) o local onde ficam instalados os equipamentos pticos de transmisso e o Distribuidor Geral ptico (DGO) responsvel pela interface entre os equipamentos de transmisso e os cabos pticos de transmisso.

7.1.2.

Backbone ptico (Feeder)

O Backbone ptico (Feeder) composto basicamente por cabos pticos que levam o sinal da central aos pontos de distribuio. Estes cabos pticos podem ser subterrneos ou areos. Para aplicao PON as fibras so do tipo monomodo. 40

7.1.3.

Pontos de Distribuio

Visando aperfeioar o uso das fibras pticas, as redes PON possuem geralmente topologia estrela. Nesta configurao, os pontos de distribuio fazem a diviso do sinal ptico em reas distantes da central de equipamentos, reduzindo o nmero de fibras pticas para atendimento a estes acessos. Neste ponto de distribuio realizada a diviso, distribuio e gesto do sinal ptico associado a esta rea.

7.1.4.

Rede ptica de Distribuio

A Rede ptica de Distribuio composta por cabos pticos que levam o sinal dos pontos de distribuio para as reas especficas de atendimento. Estes cabos geralmente so do tipo autossustentado (areos e que possibilitam instalao em vos longos), com ncleo seco para facilidade de instalao. Associados a estes cabos, so utilizados caixas de emenda para derivao das fibras para uma melhor distribuio do sinal. Caixas de emenda terminal, tambm denominadas Network Access Point (NAP), so estrategicamente instaladas para a distribuio do sinal realizando a transio da rede ptica de backbone rede terminal, denominada de Rede ptica Drop.

7.1.5.

Rede ptica Drop

Composta por cabos pticos autossustentados de baixa formao (pequeno nmero de fibras pticas). A partir da caixa de emenda terminal (NAP), os cabos drop levam o sinal ptico at ao assinante propriamente dito. O elemento de sustentao geralmente utilizado para realizar a ancoragem do cabo a casa ou prdio. Podem terminar em pequenos Distribuidores Internos pticos (DIOs), na transio do cabo para cordo ptico, ou em pequenos bloqueios pticos, para transio do cabo para extenso ptica no interior da casa ou prdio. Devido s restries de espao na infraestrutura das edificaes, so utilizadas geralmente fibras pticas de caractersticas especiais para se evitar perda de sinal por curvaturas acentuadas.

41

7.1.6.

Rede Interna

A partir do bloqueio ptico ou distribuidor interno ptico, so utilizadas extenses pticas ou cordes pticos para realizar a transio do sinal ptico da fibra ao receptor na rede interna do assinante.

Figura 37. Elementos da Rede GPON

7.2.

Arquiteturas de Redes de Distribuio pticas

Existem alguns tipos diferentes de modelos de redes que utilizam a arquitetura bsica de PON. Temos dois tipos principais de arquitetura utilizando fibra ptica: pointto-point (ponto-a-ponto) e point-to-multipoint (ponto-a-multiponto).

7.2.1.

Ponto-a-ponto (point-to-point)

A arquitetura point-to-point possui custo de instalao elevado devido quantidade de fibras necessrias para sua implementao, alm das dificuldades inerentes de instalao e manuteno apresenta baixa penetrao no mercado. 42

Figura 38. Ligao Ponto-a-ponto

O sistema pode utilizar fibras na modalidade simplex ou duplex, assim, no nosso exemplo teremos 32 ou 64 fibras, conforme o caso, para 32 ns (assinantes). 7.2.2. Ponto-a-multiponto (point-to-multipoint) ativa

Enquanto a configurao point-to-point usa fibras dedicadas para cada assinante, a configurao point-to-multipoint utiliza uma fibra compartilhada entre os assinantes e o CO (Central Office), pode ser ativo (Active Ethernet) ou passivo (PON). Veja abaixo uma rede convencional onde necessrio instalar switch ptico para dividir o sinal da fibra para os demais pontos e disponibilizar uma infraestrutura com rack e alimentao eltrica para os equipamentos em cada uma das divises de fibra.

Figura 39. Ligao Ponto-a-multiponto Ativa

7.2.3.

Ponto-a-multiponto (point-to-multipoint) passiva

A rede PON com arquitetura point-to-multipoint permite que uma nica fibra seja compartilhada por mltiplos pontos finais (residncias e empresas), no existindo elementos ativos entre o equipamento OLT e os elementos ONUs e outras OLTs (os divisores pticos so elementos passivos) e com isto economizando energia, espao em sites e manuteno de equipamentos eletrnicos. 43

Figura 40. Ligao Ponto-a-multiponto Passiva

7.3.

Tipos de Normas PON

As trs principais normas PON so: Broadband PON (BPON), GPON e EPON. O BPON e o seu sucessor GPON so recomendaes da International Telecommunication Union - Telecommunication Standardization Sector (ITU-T) patrocinadas pela Full Service Access Network (FSAN), uma associao mundial de fabricantes e operadoras que desenvolvem equipamentos com as tecnologias PON. Levando em considerao que as operadoras esto influenciando a padronizao do GPON atravs da FSAN, a recomendao do GPON reflete diretamente as necessidades das operadoras e tem encontrado grande aceitao entre as normas PON especialmente por ser um padro aberto, enquanto os outros so padres proprietrios. O EPON um padro desenvolvido pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), atravs de uma iniciativa do grupo Ethernet in the first mile EFM (Ethernet na primeira [ou ltima] milha). O ITU-T atravs da recomendao G.983 (1998) define que Broadbad-PON (BPON) uma rede de acesso de telecomunicaes baseada na topologia PON. Inicialmente utilizava o protocolo ATM (155 e 622 Mbps) e posteriormente passou a suportar tecnologia WDN. No ano de 2003, a recomendao G.984 definiu a Gigabit-PON (GPON) que possibilitou taxas de transmisso de 1,2 e 2,4 Gbps, e assim, possibilitou o encapsulamento de outros protocolos como o Ethernet in the first Mile (IEEE 802.3ah), chamada neste caso de Gigabit Ethernet PON (GE-PON). Embora todos os trs sistemas funcionem baseados no mesmo princpio, existem vrias diferenas entre eles, como pode ser observado na tabela. 44

Tabela 1. Caractersticas originais de Redes PON


Caractersticas Recomendao Protocolo Taxa de bits Span (km) Taxa de diviso (splitratio) [3] GEPON IEEE 802.3ah [1] Ethernet 1000 Mbps [2], DS e US 10 16 ou 32 BPON ITU-T G.983 ATM 622 Mbps DS, 155 Mbps US 20 32 GPON ITU-T G.984 Ethernet, TDM 2488 Mbps DS, 1244 Mbps US 20 (10 km p/ 64 usurios) 32 ou 64

[1] Em 2005 ele foi includo como parte do padro IEEE 802.3.
[2] 1 Gbps a taxa de transferncia de dados, enquanto que 1,25 Gbps a taxa de bits fsica do acesso devido a codificao 8b/10b. [3] Valores tpicos para as redes implantadas. *US - Upstream / DS Downstream

7.4.

Solues FTTx

Soluo FTTx um termo genrico usado para designar arquiteturas de redes de transmisso de elevado desempenho, totalmente passivas (PON), baseadas em tecnologia ptica. Observa-se que tem ocorrido integrao de provedores de telefonia, TV a cabo e servios de Internet em nvel mundial e isto tem sido possvel devido s fibras pticas e convergncia da tecnologia Protocolo Internet (IP). Com isso, tecnologias como Voz Sobre IP (VoIP), Televiso IP (IPTV), navegao em banda larga, videoconferncia e Home-office tornam-se cada vez mais corriqueiros.

7.4.1.

FTTCab (Fiber To The Cabinet)

O que costumava ser chamado de FTTN - Fiber To The Node (Fibra at o N) ou Fiber To The Neighborhood (Fibra at o Bairro) agora chamado de Fiber To The Gabinete ou FTTCab segundo os padres ITU. A arquitetura possui um cabo de fibra encerrado em um armrio de rua que se posiciona a mais de 300 metros do assinante, podendo chegar at vrios quilmetros de distncia das instalaes do cliente, e com conexo at o cliente em meio de transmisso de cobre. Esta arquitetura muito usada nas redes de distribuio das operadoras de servios de telecomunicaes (TV a cabo CATV, por exemplo), onde a fibra ptica que sai da central conectada diretamente a um armrio de rua, depois o sinal transformado de ptico para eltrico para ser feita distribuio em cabeamento metlico at o ponto de atendimento. 45

Figura 41. FTTCab (Fiber To The Cabinet) 7.4.2. FTTC (Fiber To The Curb)

A arquitetura FTTC (Fiber To The Curb - Fibra at o meio-fio) constituda por unidades remotas que atendero poucos assinantes a uma distncia de algumas dezenas de metros. Trata-se de levar a fibra at aos "armrios" situados a um mximo de 300 m dos edifcios, a partir dos quais se utilizar o par metlico para transportar o sinal de dados.

Figura 42. FTTC (Fiber To The Curb)

7.4.3.

FTTB (Fiber To The Building)

uma arquitetura de rede de transmisso ptica, onde a rede drop finaliza na entrada de um edifcio ou condomnio (Comercial ou Residencial). A partir deste ponto terminal, o acesso interno aos assinantes realizado geralmente atravs de uma rede com cabeamento estruturado. A fibra ptica chega at o ponto de entrada existente no edifcio, evitando perdas na largura de banda de transmisso. 46

Figura 43. Ligao Ponto-a-multiponto GPON

7.4.4.

FTTH (Fiber To The Home)

Uma alternativa para o PON utilizada por pequenas operadoras, municpios e prestadores de servios de redes abertas o Ethernet FTTH, tambm conhecido como fibra ponto-a-ponto (point-to-point fiber). Essa tecnologia leva todas as fibras de cada usurio para um site central da rede, permitindo instalar uma transmisso do tipo fibra ponto-a-ponto relativamente simples. uma arquitetura de rede de transmisso ptica, onde a rede drop termina na residncia do assinante que servido por uma fibra ptica exclusiva para este acesso. Geralmente entre a rede drop e a rede interna do assinante utilizado um mini-DIO ou um bloqueio ptico para realizar a transio do sinal ptico para o interior da residncia. Aps esta transio, o sinal disponibilizado atravs de uma extenso ou cordo ptico para o receptor ptico do assinante.

Figura 44. FTTH (Fiber To The Home) 47

7.4.5.

FTTA (Fiber To The Apartment)

uma arquitetura de rede de transmisso ptica, onde a rede drop termina no edifcio (Comercial ou Residencial) chegando a uma sala de equipamentos. A partir desta sala, o sinal ptico pode sofrer uma diviso do atravs do uso de divisores pticos (splitters), sendo posteriormente encaminhado individualmente a cada apartamento ou escritrio. semelhante ao FTTH.

7.4.6.

FTTD (Fiber To The Desk)

Arquitetura utilizada onde a demanda por banda de transmisso em aplicaes de videoconferncia e mesmo de Internet exige uma capacidade adicional das redes locais. Trata-se de uma arquitetura usada principalmente nas redes corporativas e que permite o uso da banda larga para a transmisso de dados, voz e imagem.

Figura 45. FTTD (Fiber To The Desk)

48

8. CONSTRUO DA REDE PTICA

Neste captulo sero abordados assuntos relativos a construo prtica da rede ptica, tais como cabos pticos empregados, tipos de fixao, entre outros.

8.1.

Entrada Area Padro

Ser considerada entrada area padro, aquela que empregar unicamente o cabo ptico drop, normalmente Figura 8, considerado da caixa de distribuio de clientes at a roseta ptica situada internamente residncia. Este cabo permite utilizao em vos de at no mximo 80 metros, limitados a uma baixada com comprimento mximo de 150 metros para o padro.

Figura 46. Cabo ptico Drop Figura 8

A distncia mxima permitida do cabo drop que de 400 metros. Se houverem casos em que o comprimento eventualmente tenha que ser maior que 400 metros (tipicamente em ambientes rurais), devero ser estudados de modo a definir qual ser a melhor alternativa de uso de fibra ptica.

49

Figura 47. Entrada Area Cabo Drop Figura 8 A posio em que a tubulao de entrada sair na fachada da edificao deve ser disposta de forma que o cabo ptico no cruze com linha de energia e que mantenha os afastamentos mnimos com essas linhas. Para a entrada de fibra ptica de uma edificao utilizado o mesmo poste particular previsto para a entrada de energia eltrica, que pode ser de concreto armado ou de ferro tubular galvanizado, com 76 mm (3) de dimetro.

Figura 48. Distncias padronizadas entre cabeamentos e solo 50

A altura mnima de fiaes no poste particular do cliente em ambientes urbanos, segundo normalizao, de 5,5 metros a partir do solo. A fiao eltrica deve estar instalada acima do cabo ptico. Isso implica que o cabo ptico deva estar no mnimo a 5,5 metros do solo, seja em instalaes areas ou subterrneas. Casos em que isso no ocorra devem ser estudados, podendo implicar inclusive na troca do poste do cliente para soluo do problema. A altura do olhal instalado na fachada da edificao deve ser igual altura do cabo de fibra ptico padronizado instalado no poste da rede eltrica externa, conforme mostrado na figura abaixo:

Figura 49. Altura do cabeamento em relao ao solo O padro eltrico para a instalao da roseta ptica 30 cm do solo, no entanto, podem ocorrer casos em que o cliente solicite a instalao em outras condies dependendo das suas necessidades. Recomenda-se deixar, sempre quando possvel, uma sobra de 3 metros de cabo de fibra ptica, preferencialmente no forro para futuras manobras ou manutenes. H casos em que a tubulao descer direto para onde ser instalada a roseta ptica, nestes casos isto no ser possvel. O padro eltrico para a instalao da roseta ptica 30 cm do solo, no entanto, podem ocorrer casos em que o cliente solicite a instalao em outras condies dependendo das suas necessidades. 51

8.2.

Entrada Subterrnea Padro

Do mesmo modo que a instalao area padro, ser considerada entrada subterrnea padro aquela que empregar unicamente o cabo ptico drop Figura 8 e que possua o comprimento mximo de 400 metros, considerado da caixa de distribuio de clientes at a roseta ptica situada internamente residncia, com vos de 40 em 40 metros.

Figura 50. Entrada Subterrnea Cabo Drop Figura 8

Em geral, a entrada de fibra ptica segue o mesmo critrio de entrada de energia eltrica. No poste particular, a tubulao de entrada deve ser amarrada e dotada de curva longa de 180 graus na ponta. No devem ser utilizadas curvas de 90 graus curtas cuja penalizao ser ocorrer atenuao de sinal na fibra ptica. A fixao do eletroduto no poste deve ser feita com a fita de ao inox, braadeira ou arame galvanizado com trs voltas no mnimo. A tubulao de telecomunicaes de entrada deve ter dimetro de 1, de PVC, ferro galvanizado ou tubo flexvel corrugado.

52

Figura 51. Entrada Subterrnea Cabo Drop Figura 8

53

9. MERCADO GPON

A escolha entre fibra ponto-a-ponto e GPON depende de mltiplos fatores relacionados com o contexto financeiro do negcio e com a execuo da rede fsica de acesso. O uso de fibras ponto-a-ponto implica em ter que instalar os equipamentos de rede prximos do cliente, mas torna a rede mais simples e transparente para a implantao de servios. Entretanto, sempre que os operadores tentam concentrar a localizao dos equipamentos de rede, torna-se necessrio concentrar tambm mais fibras. O gerenciamento de grandes quantidades de fibras em ns ou sites de rede muito grandes torna-se bastante inconveniente. O xito e a aceitao do GPON no mercado mundial so cada vez mais evidentes. O rpido crescimento do mercado de GPON se deve a diversos fatores, tais como a tendncia do mercado de ofertar servios com uso de banda larga mais intensiva, como os de envio unidirecional de contedo vdeo, udio e TV do tipo unicast(*) e broadcast(**), est estimulando muitas operadoras a se atualizarem sobre as possibilidades de atualizao ou renovao total da rede de acesso de cobre legada. Grandes fabricantes tm acrescentado a tecnologia GPON ao seu portflio de redes de acesso banda larga, e as operadoras em todo o mundo esto interessadas em implantar a tecnologia em larga escala nos prximos anos. Dentre as diversas vantagens do GPON podemos citar: uma nica porta ptica na central atende vrios assinantes, componentes passivos necessitam menor manuteno e possuem maior MTBF; facilidade de adicionar novos assinantes rede, mecanismo de alocao de banda flexvel (incluindo DBA), menor custo da ODN (rede de fibra), entre outros. J que o GPON permite o compartilhamento da mesma fibra para mltiplos usurios, h uma reduo no nmero de dutos da rede de acesso e no gerenciamento de fibras pticas da rede, o que provoca tambm uma reduo nos investimentos em rede e nas despesas operacionais. O uso da rede ptica passiva em substituio a infraestrutura de rede de cobre pode levar a uma reduo das despesas operacionais anuais da ordem de 80%. O PON no necessita de equipamentos eletrnicos na rede externa, e, portanto, praticamente no necessita de manuteno.

* Unicast uma ligao um para um entre o cliente e o servidor. Unicast utiliza mtodos de entrega IP, tais como TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol), que so protocolos baseados na sesso. Cada cliente unicast que estabelecer a ligao ao servidor ocupa largura de banda adicional. Por exemplo, se houverem 10 clientes usando uma banda de 100 Kbps, esses clientes como um grupo esto a ocupar 1000 Kbps. ** Multicast uma verdadeira difuso. A origem de multicast depende de roteadores de capacidade multicast para reencaminhar os pacotes para todas as sub-redes com clientes. Cada cliente que recebe a multicast adiciona no sobrecarga adicional no servidor. Na realidade, o servidor envia apenas uma sequncia por estao de multicast. A carga a mesma, independentemente se apenas um cliente ou 1000 clientes estiverem na escuta.

54

10.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM REDES GPON

10.1. Divisores pticos (Splitters)

O Splitter ptico, ou Divisor ptico, um elemento passivo utilizado em Redes PON que realiza a diviso do sinal ptico proveniente de uma fibra para vrias outras. A utilizao de splitters em uma rede ptica proporciona a arquitetura ponto-amultiponto, ou seja, uma fibra ou cabo proveniente da central se subdivide para atendimento a inmeros usurios em diferentes localidades. Pode ser considerado o elemento fundamental de uma rede ptica passiva, j que justamente ele que d nome de passivo ao sistema. Sua funo dividir a luz de uma fonte de entrada em dois ramos de sada. 10.1.1. FBT (Fused Biconical Tapared)

Existem basicamente dois tipos de splitters com referncia ao modo de construo, os modelos FBT e os modelos PLC. Os modelos FBT so construdos atravs da fuso lateral entre duas fibras pticas, o problema que esse processo de fabricao no controlvel em fbrica, o que no garante que as sadas sejam homogneas, isto , que tenham o mesmo valor em ambas as sadas, independentemente das perdas apresentadas pelo splitter. Como o processo de fabricao no pode garantir que as sadas sejam iguais teremos splitters com sadas desiguais. Estes splitters so medidos e ento classificados como splitters assimtricos ou desbalanceados em razo da quantidade de sinal presente em cada ramo, por exemplo, de 30:70, ou seja, em um ramo teremos 30% do sinal e noutro 70%. Este tipo de splitter normalmente aproveitado em situaes pontuais, como em edifcios, condomnios horizontais ou em rodovias, por exemplo.

Figura 52. Divisor ptico 55

O elemento bsico da construo destes splitters 1:2. Demais elementos so fabricados atravs do cascateamento entre vrios elementos 1:2, portanto, sempre ser mltiplo de dois. Por este motivo so fornecidos nas razes de 1x2, 1x4, 1x8, 1x16 e 1x32 para um correto dimensionamento de potncia.

10.1.2. PLC (Planar Lightwave Circuit)

O Splitter tipo PLC (Planar lightwave circuit) um dispositivo ptico que fabricado usando tecnologia de guia de onda ptica de slica, que similar a empregada para a construo de chips eletrnicos, o que garante a ele, durante o processo de fabricao, uma grande preciso no processo, fazendo que os sinais nos ramos de sada sejam de fato simtricos. Possui tamanho reduzido, alta confiabilidade, ampla faixa operacional e uniformidade de comprimento de onda canal a canal, e amplamente utilizado em redes PON para diviso de potncia do sinal ptico. O splitter PLC balanceado ou simtrico assim definido por utilizar a mesma razo de diviso da potncia do sinal de entrada em cada ramo de sada.

Figura 53. Splitter PLC

Os splitters possuem banda passante mxima (denominada de full spectrum), apresentam reduzidas perdas de insero, e tm excelente estabilidade trmica e uniformidade. Veja nas fotografias a seguir exemplos de divisores pticos.

Figura 54. Divisores PLC 2x16 e 2x32 56

Figura 55. Divisores

10.2. OLT (Optical Line Termination - Terminao de Linha ptica)

Segundo a recomendao ITU-T G.984.x definido como o elemento genrico que faz interface entre a ODN (Optical Distribution Network - Rede ptica de Distribuio) e as instalaes do usurio. OLT (Optical Line Termination) ou terminao de linha ptica um equipamento que recebe os sinais de dados e de voz de provedores de servio para retransmisso no formato ptico. O OLT gerencia o trfego upstream e downstream atravs das fibras, antes e depois dos divisores. Nos casos onde exista a necessidade de transmisso de sinais de vdeo, utilizam-se multiplexadores WDM e amplificadores pticos. 57

Existem duas categorias de equipamento, quanto ao porte. Um modelo denominado de Pizza Box (tipo caixa de pizza) que um equipamento de pequeno porte, com menor custo, normalmente, com quatro ou oito portas GPON.

Figura 56. OLT Pizza Box Series I Parks

Outro modelo denominado bastidor um equipamento de alta densidade para grande nmero de usurios.

Figura 57. OLT Bastidor 58

A OLT geralmente instalada dentro da Central da Operadora (CO) e controla o fluxo de informaes bidirecional para a ONT/ONU. Normalmente a distncia dela para a ONT/ONU de 20 km e ela controla mais de uma ONT, a figura abaixo mostra um exemplo de uma OLT que controla at 8 redes passivas independentes, como cada rede PON possui 32 ONTs, ento uma OLT atende um total de 512 ONTs onde se viabiliza servios para os usurios finais e controla a qualidade do servio (QoS - Quality of Service) e o SLA (Service Level Agreement - [ANS] Acordo de Nvel de Servio) que a parte de contrato de servios entre duas ou mais entidades no qual o nvel da prestao de servio definido formalmente, entre outras tarefas.

Figura 58. OLT + Splitter + ONT

Uma rede PON possui comprimento de onda de 1490 nm para o trfego de voz e dados e 1550 nm de comprimento de onda para transmisso de vdeo, isso no sentido downstream da OLT para a ONT (MDU ou ONU). E para trfego upstream o comprimento 1310 nm. Elementos passivos so utilizados ao longo do enlace como os acopladores WDM e Splitters. Os primeiros na multiplexao dos comprimentos de onda em upstream e downstream e, os ltimos na diviso do sinal ptico. 59

Figura 59. Comprimentos de Onda GPON

10.3. OLT Parks Fiberlink 1000x Srie II

As OLTs Parks Fiberlink Srie 1000x so produtos de alta qualidade com tecnologia totalmente nacional e gacha desenvolvida inteiramente na Parks S.A. O circuito est acondicionado em um gabinete tipo pizza box de 19 polegadas que possui fonte de alimentao redundante de 48 Volts, para proteger a rede GPON em caso de eventual pane em uma das fontes de alimentao. Dependendo dos equipamentos e da rede PON utilizada, as taxas de downstream e upstream podem operar em: 155 Mbps, 622 Mbps, 1,25 Gbps ou 2,5 Gbps, dependendo a taxa pode ser simtrica ou assimtrica. Existem dois modelos na srie Fiberlink 10000: o Fiberlink 10004S e o Fiberlink 10008S, com caractersticas citadas na tabela abaixo.

Tabela 2. Interfaces Fiberlink 1000x Sries II


Fiberlink 10004S Disponibilidade de 4 interfaces GPON via SPF 4 interfaces 10/100/1000 Mbps eltricas Disponibilidade de 2 interfaces 1GbE via SPF Disponibilidade de 1 interface 10GbE XPF 1 interface 10GbE Cx4 Fiberlink 10008S Disponibilidade de 8 interfaces GPON via SPF 4 interfaces 10/100/1000 Mbps eltricas Disponibilidade de 2 interfaces 1GbE via SPF Disponibilidade de 1 interface 10GbE XPF 1 interface 10GbE Cx4

60

O modelo Fiberlink 10008S o modelo top, e possui oito portas PON (SPF), ou seja, pode atender at 512 clientes (32 clientes em cada porta). A fibra principal sai pela porta PON do equipamento, que pode ser dividida em at 64 fibras. Cada porta PON possui uma velocidade de 2.5Gbps, que dividida pelos 64 clientes entrega 39 Mbps para cada um no pior caso (todos 64 usurios usando a banda mxima). Alm disso, possui mais oito portas Ethernet 10/100/1000 Mbps, duas portas 1G (SFP), duas portas 10G (XFP e XAUI) e console e gerncia out-of-band (canal dedicado para a gesto e manuteno do dispositivo). A linha de produtos GPON Parks S.A, utilizando um splitter com relao de 1:32, tem alcance mximo de 20km. Caso seja utilizado um splitter de 1:64, o alcance mdio fica em torno de 10km. Isso uma caracterstica da tecnologia, que atinge todos os fabricantes de equipamentos GPON. Hoje os produtos GPON ao redor do mundo utilizam lasers de classe B+, com link de 28 dB. Para que, na prtica, se chegue a um alcance de 20 km com uma taxa de diviso de 1:64, interfaces pticas com maior potncia de link devem ser utilizadas. Um exemplo desse tipo de interface so os lasers classe C+, ainda raros no mercado e com custo mais elevado.

Figura 60. Caractersticas OLT 1000x Series II Parks 61

As OLTs Fiberlink 10000 podem ser ligadas em anel, garantindo a redundncia da rede. Todo o trfego consolidado em uma ou mais interfaces de uplink que podem ser de dois Gigabit Ethernet e/ou 10 Gigabit Ethernet direcionado para a rede Metro Ethernet. Diferenciais OLTs Parks: o conector escolhido para ser usado na rede GPON Parks est consagrado como tendo dimenses reduzidas, apresentando menores perdas na conectividade versus custo benefcio. Alm de ter sido adotado o padro GPON por ser um padro aberto, no proprietrio, possibilitando interconexo com qualquer outro equipamento compatvel com a tecnologia. Outro grande diferencial que, embora no esteja previsto na norma, as portas PON se enxergam entre si, atravs da configurao de LAN Virtuais (VLANs). Possibilita anel ptico entre 44 OLTs.

Figura 61. GPON em Anel

10.4. ONU (Optical Network Unit - Unidade de Rede ptica)

ONU (Optical Network Unit) ou Unidade de Rede ptica, segundo definio da recomendao ITU-T G.984.x um modo genrico de fazer referncia ao dispositivo eletrnico que far a comunicao direta com o OLT via rede ptica ODN. 62

10.4.1. Tipos de ONU

Existem basicamente dois tipos de ONU, uma delas, chamada ONT (Optical Network Terminal - Terminao de Rede ptica), instalada diretamente na residncia do cliente e se subdivide em outros dois tipos: indoor e outdoor. Outra, chamada MDU (Multi Dwelling Unit - Unidade de Habitao Mltipla) que instalada externamente residncia do usurio e tambm se subdivide em dois tipos: um tipo que utiliza tecnologia xDSL para fornecer acesso aos usurios do servio e outro modelo com grande quantidade de portas Ethernet par tranado, para uso em locais que j tenham infraestrutura de rede instalada. O MDU um equipamento que pode ser instalado nas dependncias do condomnio, ou em rea prxima, que receber o sinal da OLT. A ONT um caso particular de ONU, utilizado para prestar servio para apenas um usurio, ficando instalado diretamente na casa do cliente e permite que ele escolha a sua taxa de banda larga, pois dispe de diversas tecnologias para atendimento, entregando na casa do cliente a taxa que ele achar necessria para a melhor qualidade dos seus servios. Este equipamento permite a alocao de banda dinmica, ou seja, transmite em pequenos espaos de tempo que so controlados pela OLT tendo assim uma intensa utilizao da banda alocada. Alm de realizar a interface da OLT com o cliente, a ONU responsvel pela multiplexao e demultiplexao dos servios cliente/operadora e operadora/cliente e tambm pelo fornecimento de energia ao circuito eletrnico presente na prpria ONU. As ONUs devem ser adquiridas de acordo com a aplicao FTTx desejada.

10.4.1.1.

ONT Outdoor (Optical Network Terminal Outdoor)

Neste tipo de equipamento a fibra ptica conduzida at a porta da casa do cliente, ou seja, a ONU instalada externamente residncia, onde ento o acesso rede interna da casa do assinante feito atravs de cabeamento tradicional.

63

Figura 62. ONT Outdoor

A ONT Outdoor um equipamento instalado ao ar livre, onde, como modo de proteo, devem ser tomadas providncias referentes a mudanas climticas e a atuao de vndalos. Nela instalada uma bateria, para manter o sistema funcionando, em caso de eventuais quedas de fornecimento de energia. A ligao da ONU at o equipamento do cliente pode ser realizada atravs de cabo par metlico, cabo coaxial, ligao de fibra ptica independente ou ainda uma conexo sem fios.

10.4.1.2.

ONT Indoor (Optical Network Terminal Indoor)

O ONT Indoor (Optical Network Terminal Indoor) instalado internamente na residncia do cliente, possibilitando comunicao com o computador via wireless, cabeamento convencional de cobre ou fibra ptica, alm de possibilitar recepo de sinal de vdeo, dependendo do modelo. Pode ser alimentado por fonte de alimentao interna ou externa.

64

Figura 63. ONT Indoor

10.4.1.3.

MDU (Multi Dwelling Unit) xDSL

O MDU, em portugus, Unidade de Habitao Mltipla empregado para construo das topologias FTTB e FTTC. o sistema de conexo que serve um conjunto de usurios (prdios, condomnios, bairros). Esta estrutura utiliza um servio xDSL para o acesso dos usurios ao servio (o acesso se d, normalmente, atravs de VDSL2, (Very-High-Bit-Rate Digital Subscriber Line 2), que uma linha de assinante digital com taxas de transferncia muito altas, que usa a infraestrutura de telefonia atual com pares de cobre). So integrados em um armrio, que normalmente est localizado em uma rea comum do prdio ou nas proximidades, com fcil acesso. So usadas para oferecer servios a diversos usurios, em comparao com o ONTs que servem a um nico cliente. A vantagem fundamental desta modalidade de equipamento que possvel explorar o cobre j existente funcionando em edifcios. A desvantagem que eles tm todas as limitaes da tecnologia xDSL. 65

Figura 64. MDU xDLS

10.4.1.4.

MDU (Multi Dwelling Unit) Ethernet

So equipados com um grande nmero de interfaces Ethernet para permitir a instalao em um edifcio ou empresa que j tenha ligaes Ethernet com RJ45.

Figura 65. MDU Ethernet 66

10.5. ONTs Parks Fiberlink Sries 4000, 2000 e 1000

Por ser um dispositivo de carter modular, a Parks S.A. disponibiliza modelos diferenciados de sua ONT Fiberlink 4000, 2000 e 1000. So oito diferentes modelos de cada srie, com caractersticas adequadas s necessidades do mercado, conforme exemplo.

Fiberlink 4000B - Composto de uma interface ptica GPON (G.984) e quatro interfaces Fast Ethernet eltricas. Fiberlink 4000 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas e uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE). Fiberlink 4001 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas, uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE) e quatro portas FXS (VoIP). Fiberlink 4002 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas, uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE) e quatro portas E1 (PWE3/MEF8) *. Fiberlink 4010 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 4011 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas, uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE), quatro portas FXS (VoIP) e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 4012 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas, uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE), quatro E1 (PWE3/MEF8) * e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 4021 - Composto de uma interface ptica GPON (G.984), trs interfaces Fast Ethernet eltricas, uma interface Gigabit Ethernet eltrica (GbE), quatro portas FXS (VoIP), uma interface Wi-Fi (802.11b/g) e uma interface de Vdeo Analgica RF.

Fiberlink 1000 Modelo Router composto por uma interface ptica GPON (G.984) e uma interface Fast Ethernet eltrica. Fiberlink 1000B Modelo Bridge composto por uma interface ptica GPON (G.984) e uma interface Fast Ethernet eltrica. Fiberlink 1100 Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), uma interface Gigabit Ethernet eltrica.

67

Fiberlink 1100B Modelo Bridge composto de uma interface ptica GPON (G.984), uma interface Gigabit Ethernet eltrica. Fiberlink 2000 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas. Fiberlink 2001 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas e duas portas FXS (VoIP). Fiberlink 2010 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 2011 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 2021 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas e duas portas FXS (VoIP), uma interface Wi-Fi (802.11b/g) e uma interface de Vdeo Analgica RF. Fiberlink 2001B - Modelo Bridge composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas e duas portas FXS (VoIP). Fiberlink 4031 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Fast Ethernet eltricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface de Vdeo Analgica RF. Fiberlink 2100 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Gigabit Ethernet eltricas. Fiberlink 2100B - Modelo Bridge composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Gigabit Ethernet eltricas. Fiberlink 2101 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Gigabit Ethernet eltricas e duas portas FXS (VoIP). Fiberlink 2110 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Gigabit Ethernet eltricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). Fiberlink 2111 - Modelo Router composto de uma interface ptica GPON (G.984), duas interfaces Gigabit Ethernet eltricas, duas portas FXS (VoIP) e uma interface Wi-Fi (802.11b/g).

E1 (PWE3/MEF8) um padro europeu de linha telefnica digital, criado pela ITU-TS e o nome determinado pela Conferncia Europeia Postal de Telecomunicao (CEPT), sendo o padro usado no Brasil e na Europa; o equivalente ao sistema T-Carrier norte-americano, embora esse utilize taxas de transmisso diferentes. O E1 possui uma taxa transferncia de 2 Mbps (para ser exato so 2.048 Mbps) e pode ser dividido em 32 canais de 64 Kbps cada. Dos 32 canais existentes, 30 deles transportam informaes teis, assim a velocidade efetiva de transmisso (throughput) da portadora E1, de 30 x 64 = 1920 Kbps. Os outros dois canais restantes (canal 0 e canal 16) destinam-se sinalizao (sistema designado por "Sinalizao por Canal Comum") e o alinhamento de quadros ou tramas, estabelecendo um sincronismo entre os pontos. A contratao de linhas E1 abaixo de 2 Mbps conhecida como "E1 fracionrio". Pode ser interconectado ao T1 para uso internacional. Suas variantes so: E2: E3: E4: E5: 8,448 Mbps; 34,368 Mbps; 139,264 Mbps; 565,148 Mbps.

68

As ONTs Parks S.A. Fiberlink Srie 4000 podem ser configuradas como router ou como bridge, trabalhando de forma transparente. No modo ponte [bridge] a ONT atua fazendo a conexo do usurio. No modo Roteador [Router] possvel configurar questes como: QoS, Firewall, VPN (Virtual Private Network), etc.

10.5.1. Fiberlink 2021

Alguns modelos de ONTs so completos, contemplando, conexes para vdeo, voz, dados e wireless em um nico equipamento, como o caso do Fiberlink 2021, que opera em modo Router e alm de ser um roteador, possui duas portas Fast Ethernet, interface Wi-Fi 802.11b/g, duas portas FXS para VoIP (Voz sobre IP) e RF de vdeo analgico para distribuio de sinal de TV.

Figura 66. Fiberlink 2021

10.5.2. Fiberlink 4012

O modelo de ONT apresentado na prxima figura possui quatro portas E1 (G.703), conector tipo BNC, uma porta Gigabit Ethernet e 3 Fast Ethernet. 69

Figura 67. Fiberlink 4012

10.5.3. Fiberlink 1000

O modelo da srie Fiberlink 1000 possui uma portas Fast Ethernet em modo Router.

Figura 68. Fiberlink 1000

10.5.4. Fiberlink 2010

O modelo da srie Fiberlink 2010, da srie 2000 opera em Modo Router com duas interfaces Fast Ethernet eltricas e uma interface Wi-Fi (802.11b/g). 70

Figura 69. Fiberlink 2010

10.6. Esquema de Ligao OLT - ODN - ONU

Na figura a seguir veja uma representao grfica do esquema de ligao entre as OLTs e a ONU (ONT ou MDU) via rede ptica ODN.

Figura 70. Esquema de Ligao OLT ONU (ONT ou MDU) 71

11.

CIDADES DIGITAIS

Cidades so estruturas bastante complexas, elas nascem, crescem e se desenvolvem a partir de fatores culturais, sociais, governamentais, polticos e tecnolgicos. Desde o advento da revoluo industrial a tecnologia tornou-se um fator importante para o desenvolvimento das reas urbanas. A era industrial iniciada no sculo XVIII moldou a modernidade e provocou uma urbanizao em nvel mundial. As cidades digitais so as cidades onde as redes de comunicao, incluindo vdeo, dados e telefonia fazem parte da vida quotidiana e abrangem ampla rea de atuao. O termo Cidade Digital ou Cibercidade um conceito bastante amplo. Entende-se por Cidade Digital projetos de nvel governamental, privados e/ou da sociedade civil que visam criar acesso web em determinado lugar, tambm um portal com informaes gerais e servios. O primeiro projeto deste nvel foi o De Digitale Stad, na cidade de Amsterd, criado em 15 de janeiro de 1994 por uma organizao civil e hoje transformada em entidade de utilidade pblica. Hoje, verifica-se que o termo Cidade Digital est intimamente vinculado esfera poltica. Cidade Digital toda a instalao de infraestrutura, servios e acesso pblico em determinada regio urbana para o uso com novas tecnologias e redes telemticas. A finalidade que se disponibilize, alm do meio eletrnico, o espao fsico necessrio atravs de oferecimento de telecentros, balces, quiosques multimdia como reas de acesso e servios pblicos. Nesse sentido j existem vrias iniciativas no Brasil. O Ministrio das Comunicaes elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o pas. A mobilidade seja em celulares, notebooks, tablets, equipamentos de TV digital e de som (inclusive automotivos), aparelhos de GPS, blogs, e-mail, tecnologia e ideias novas como: redes sociais, EAD (Ensino Distncia), entre outros, tm alavancado transformaes sociais severas. Novas prticas de divulgao de contedo e ideias, como msicas, livros provocam novas tendncias culturais. As tecnologias e redes sem fio provocam novas necessidades e exigem novos desenhos no espao urbano para acesso Wi-Fi e celular, navegao via GPS, etc. Exemplos dessa nova estrutura de conexo podem ser encontrados em vrias cidades no Brasil. As duas tecnologias que apresentam melhores resultados em Cidades Digitais so a redes Wi-Fi, Wi-Max e GPON. 72

Lugares tradicionais, como ruas, praas, avenidas esto transformando-se com as novas prticas de acesso e controle da informao. A mxima que diz que o ciberespao desconecta-se do espao fsico no se sustenta atualmente. O objetivo de toda essa infraestrutura promover incluso digital e cidadania, democratizar o acesso informao, disseminar atividades culturais e cientficas e reforar a dimenso pblica.

Figura 71. Aplicao OLT ONT em Cidades Digitais

11.1. Vantagens do uso do GPON em Cidades Digitais

As principais vantagens da tecnologia GPON em relao a outras utilizadas em redes metropolitanas so: Menor custo e maior flexibilidade nos projetos; Componentes passivos requerem menor manuteno; Dezenas de converses em apenas uma fibra ptica; Baixo consumo de energia eltrica, pois uma nica porta ptica na central atende vrios assinantes; Imunidade a interferncias eletromagnticas.

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11.2. Aplicao em Cidades Digitais

A tecnologia GPON excelente para utilizao em Cidades Digitais. Interligando rgos pblicos, cmeras de segurana e hot spots com alta disponibilidade de trfego. A forma mais comum de uso a instalao na zona urbana das cidades, onde um trfego de dados maior requerido. A tecnologia GPON pode ser agregada a outras tecnologias para atender as demais localidades e servios.

Figura 72. GPON e outras Tecnologias em Cidades Digitais

A figura 75 exemplifica os diferentes tipos de usos do GPON. Quando a ODN estiver presente em todo o trajeto at o usurio final, temos o caso de servios FTTH. Caso seja usada uma tecnologia alternativa para atender o usurio final, como o cobre ou o rdio, usa-se o MDU. 74

Para as Cidades Digitais temos diversas opes de instalao em funo da distncia do ONU at o usurio final: FTTB (Fiber To The Building, ou fibra at o prdio), para as distncias mais curtas, e FTTN (Fiber To The Node, ou de fibra at o n de rede), para as distncias mais longas, usando o FTTC para distncias intermedirias e para a instalao e posicionamento do ONU.

Figura 73. Tipos de uso do GPON

Tabela 3. Resumo das Caractersticas do GPON


Tipo Link-budget Distncia da Fibra Taxa de diviso Capacidade por PON Comprimento de Onda Valor 28 dB 20 km 1:32 2488 Mbps 1244 Mbps 1.490 nm 1.310 nm Comentrios Classe B+ ptica (oramento de potncia) Valor tpico, dependendo da taxa de diviso (Split Ratio), das perdas dos conectores e da margem do sistema. Valores com 1:16 e 1:64 so comuns Downstream (DS) Upstream (US) DS e US para GPON de 1-fibra.

O GPON oferece muitas possibilidades para confeco das Cidades Digitais, tanto para servios residenciais como servios corporativos. 75

11.3. Servios Residenciais

A maioria das operadoras de Internet avalia o GPON como a soluo ideal para aplicaes residenciais FTTH. O compartilhamento da infraestrutura passiva e da OLT adequado para atender demandas de capacidade mdia e pequena do usurio residencial tpico. Para distncias mais curtas de acesso local (at 10 km), pode ser usada uma taxa de diviso (split ratio) de 1:64. Atente que quanto maior a taxa de diviso, menor ser a capacidade dedicada ao usurio final. O sistema GPON suporta servios de dados e de telefonia empregando transporte sobre protocolo IP, servios IPTV e servios de entrega de contedos sob demanda (on demand). Pode ser usado um ONT residencial tpico para uso domstico, por exemplo, o Fiberlink 4000B, que inclui quatro portas Fast Ethernet. Outros modelos mais avanados tambm incluem suporte para NAT (Network Address Translation), firewalls, DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) e servidores de DNS (Domain Name Server), etc. Como visto as ONTs podem ser do tipo interno ou externo (indoor ou outdoor), em funo do tipo de implantao, e podem atender um usurio individual ou vrios usurios ao mesmo tempo.

11.4. Servios Corporativos

Devido a grande flexibilidade na alocao de largura de banda do GPON, os usurios residenciais podem compartilhar uma PON com usurios corporativos que necessitem maior capacidade.

11.5. Backhaul VDSL2

A tecnologia xDSL foi originalmente pensada para proporcionar uma conexo de dados ao longo do circuito convencional da rede de cobre pr-existente da Central Telefnica at o assinante. Uma srie de inovaes tem produzido vrias geraes de DSL, oferecendo taxas de bits maiores e frequncias mais altas atravs de circuitos de cobre cada vez mais curtos. 76

O VDSL2 suporta at 100 Mbps em circuitos de curta distncia, enquanto que velocidades de 50 a 75 Mbps podem ser alcanadas em circuitos de at 1 km (dependendo do estado da rede de cobre, da interferncia e do comprimento dos cabos). Atravs do uso de tcnicas como vectoring, velocidades ainda maiores so viabilizadas, tipicamente 100 Mbps, por pares de cobre em distncias da ordem de algumas centenas de metros. Na maioria dos casos, o nmero de usurios finais que pode ser disponibilizado pelo VDSL2 a partir da estao telefnica bastante limitado, isto porque as distncias at os assinantes so tipicamente muito longas. Entretanto, o VDSL2 uma alternativa excelente para ser usada quando a rede de cobre existente for curta, por exemplo, para os servios implantados a partir do DG de um edifcio ou de um gabinete de equipamentos instalado na calada prxima ao site do cliente.

11.6. Backhaul Mvel

Com as prximas geraes de redes de rdio a capacidade de estaes radiobase ir aumentar significativamente. Em alguns casos, a capacidade do backhaul para um site com trs setores ser da ordem de 100 a 400 Mbps. Como o tamanho da clula est diminuindo e existe muita fibra em uso na rede, o uso da tecnologia de backhaul GPON em estaes radiobase uma opo interessante.

77

12.

GERENCIAMENTO E CONTROLE OMCI

OMCI (ONT Management and Control Interface), em portugus, Interface de Controle e Gerenciamento ONT. Segundo a recomendao ITU-T G.984.2 a rede modelo de referncia para a arquitetura G-PON descrita na figura abaixo. O G-PON pode ser empregado nas arquiteturas de rede FTTH, FTTB, FTTC e FTTCab.

Figura 74. Modelo de Referncia GPON

A linha tracejada na figura (sinalizada por crculos pretos) representa um caminho para os sinais OMCI entre um OLT e ONT. O protocolo OMCI definido na ITU-T G.984.4 modela a troca de informaes de gerncia entre OLT e ONU, a interface de configurao e a base de informaes de gerenciamento (MIB - Management Information Base) para todas as funes controladas na ONT, bem como a gesto de canal de comunicao (OMCC), evita que a Gerncia tenha que se comunicar com todas as ONUs ligadas ao OLT e fornece todos os mecanismos necessrios para a OLT comunicar e trocar funcionalidades com a ONT. 78

A gesto da OLT um pouco mais complexa. A OLT contm, via proxy, todas as MIBs de todas ONUs (ONT ou MDU) suportadas, assim como todas as outras MIBs que descrevem outras funes da OLT. Normalmente, estas MIBs so acessadas usando o protocolo SNMP sobre TCP/IP. A maioria das OLTs fornecer uma interface Ethernet dedicada para este de gesto de trfego.

Figura 75. Gerncia GPON

79

13.

MULTIPLEXAO TDM GPON

A recomendao G.984.1 prev algumas topologias objetivando a proteo e redundncia para Time Division Multiplexing TDM (Multiplexao por Diviso de Tempo) um este tipo de multiplexao que permite transmitir simultaneamente vrios sinais, em um mesmo espao fsico (meio de transmisso), onde cada sinal (canal de comunicao) possui um tempo prprio e definido de uso de banda para transmisso. Este o mtodo utilizado para possibilitar a comunicao entre a OLT e as ONTs. Em downstream (traduo literal - Rio Abaixo), ou seja, no sentido OLT para ONT, a comunicao ocorre em comprimento de onda de 1490nm, em velocidade mxima de 2,5 Gbps. O Splitter ptico funciona como um hub, desta forma gera um sinal de Broadcast da OLT para todas as ONUs, ou no caso dos modelos da Parks S.A., ONTs. realizada uma multiplexao TDM, em cada fatia de tempo ao OLT transmite dados para uma ONU especfica. O problema deste tipo de envio que todos os usurios recebem os dados de todos, sendo um fator negativo em nvel de segurana. A soluo para isso a encriptao dos dados (Advanced Encryption Standard - AES), em portugus, Padro de Criptografia Avanado. Todas as ONUs s conseguem desencriptar seus prprios dados.

Figura 76. Representao Downstream GPON 80

Em Upstream (Rio Acima), no sentido ONT para OLT, o comprimento de onda de 1310nm, com transmisso em velocidade mxima de 1,25 Gbps. Neste caso, o Splitter ptico combina os dados oriundos de todas as ONUs. Do mesmo modo que em downstream, o acesso se d atravs de TDMA (Time-division Multiple Access), onde, todas as ONUs (OLT no caso dos equipamentos Parks) devem transmitir no momento exato, de modo a no interferir no sinal das outras OLTs e as informaes colidirem. A OLT quando est realizando uma transmisso no sentido downstream, quem d o passo sinalizando o momento certo de transmisso upstream de cada OLT. O upstream no precisa ser encriptado.

Figura 77. Representao Upstream GPON

81

14.

PROTEO E REDUNDNCIA

A recomendao G.984.1 prev algumas topologias objetivando a proteo e redundncia para o link.

14.1. Proteo OLT Duplex

Duas portas da OLT (Terminao ptica de Linha) so reservadas e usadas para prover redundncia at o Splitter. A grande vantagem disto que no requer hardware extra na ONT.

Figura 78. Proteo OLT Duplex

14.2. OLT e ONT com Portas Redundantes Duplex

Duas portas da OLT e duas portas da ONT so reservadas e utilizadas para prover redundncia linha ptica. Redes pticas possuem baixo ndice de reparos. No entanto, erro humano (jumpers na central), podem ocasionar falhas no servio. 82

Figura 79. OLT e ONT com Portas Redundantes Duplex

14.3. Modelo Duplex com Sistema Duplo de OLTs

Neste modelo, duas OLTs so utilizadas simultaneamente para criar um sistema redundante.

Figura 80. Modelo Duplex com Sistema Duplo de OLTs

83

15.

COBERTURA DE VDEO GPON (VIDEO OVERLAY)

15.1. Vdeo Analgico GPON

O sistema GPON apresenta grande flexibilidade de utilizao, inclusive para cobertura de vdeo, conforme j visto, tendo um comprimento de onda especfico para isso (1550nm). Por padro, o GPON permite funcionamento com vdeo analgico, entretanto, no h um canal reservado para retorno de RF, inviabilizando o uso de DOCSIS (Data Over Cable Service Interface Specification), que um padro utilizado em telecomunicaes por cabo, especialmente para prover acesso internet.

Figura 81. Rede de Cobertura RF de Vdeo Analgico

15.2. Configurao Prtica

O setup configurado na imagem indicada a seguir demonstra a interconexo entre os equipamentos de modo a construir um cenrio para associao de video overlay a comunicao GPON. O vdeo overlay aproveita a capacidade de transmisso da fibra ptica enviando o sinal de vdeo ptico em comprimento de onda de 1550nm. 84

Neste caso o consumo de banda do sistema de dados zero, uma vez que as informaes de vdeo se encontram na fibra em modo analgico, o que no impossibilita a transmisso de sinal digital de TV.

Figura 82. Cenrio de Video Overlay

Uma obrigatoriedade para a utilizao de vdeo overlay associado ao GPON que os conectores empregados na rede tenham o polimento tipo ACP. Um dispositivo chamado acoplador WDM (WDM Coupler) se faz necessrio para combinar na fibra que seguir em sentido cliente os sinais de vdeo em 1550nm e dados em 1310

Figura 83. Acoplador WDM com conexo APC

85

15.3. GPON Associado a RFoG

Uma soluo para resolver este problema a implementao de uma tecnologia chamada de RFoG (Radio Frequency Over Glass), ou Frequncia de Rdio sobre Fibra ptica, que um projeto de rede de fibra em que a parte coaxial da rede substituda por uma de fibra nica operando em arquitetura ptica passiva (PON). O downstream e o canal de retorno usam diferentes comprimentos de onda para compartilharem a mesma fibra, tipicamente 1550nm e 1310nm para downstream e 1590 e 1610nm para upstream. O retorno padro de comprimento de onda dever ser 1610nm, mas implantaes anteriores usaram 1.590 nm. Usar 1590 / 1610 nm para o caminho de retorno permite que a infraestrutura de fibra suporte simultaneamente RFoG e GPON operando com 1.490 e 1.310 nm em downstream.

Figura 84. Representao da Arquitetura RFoG

Veja na figura acima a representao da arquitetura RFoG sem a integrao do GPON. As siglas indicadas significam: CTMS (Cable Modem Termination System Terminao se Sistema de Modem a Cabo), EDFA (Erbium Doped Fiber Amplifier), em portugus, Amplificador de Fibra Dopada com rbio, EMTA (Embedded Multimedia Terminal Adapter), que um modem por cabo e um adaptador VoIP conjugados em um nico dispositivo, POTS (Plan Old Telephone Service - Plano de Servio de Telefonia Antigo), BHR (Broadband Home Router - Roteador de Banda Larga Domstico). 86

possvel utilizar a infraestrutura do GPON para implementar a arquitetura RFoG combinando ambas, de modo a obter um sistema que permita dados, voz e vdeo. Uma configurao adicional permite que se obtenha, inclusive, vdeo digital. Essa configurao interessante para Cable TV (CATV).

Figura 85. GPON coexistindo com RFoG

importante salientar que o GPON permite tambm trfego de dados em vdeo IP, uma vez que banda para isso no problema para o sistema. Portanto possvel empregarmos o envio de vdeo overlay e/ou em vdeo IP.

87

16.

ENTIDADES DE TRFEGO DA TECNOLOGIA GPON

16.1. ONU-ID (ONU Identifier)

ONU-ID um identificador de 8 bits que o OLT assinala para um ONU durante a ativao atravs de mensagens PLOAM (Physical Layer OAM). Ele nico em cada interface PON e assim permanece at ser desligado ou desativado pelo OLT.

16.2. ALLOC-ID (Allocation Identifier)

ALLOC-ID um nmero de 12 bits que o OLT assinala para um ONU para identificar uma alocao de banda de upstream para um determinado ONU. Esta alocao de banda tambm chamada de T-CONT. Cada ONU tem assinalada para si um default ALLOC-ID que igual ao ONU-ID, sendo os demais alocados pela OLT.

16.3. T-CONT (Transmission Container)

Um T-CONT um elemento da ONU que representa um grupo de conexes lgicas, que se comportam como uma nica entidade, para o propsito de alocao de banda de upstream, no link PON. Para uma determinada ONU o nmero de T-CONTs suportados fixo. A ONU durante sua ativao automaticamente cria instncias para todos os T-CONTs suportados. Para ativar uma instncia de um T-CONT, para trafegar dados do usurio no sentido de upstream, a OLT necessita estabelecer um mapeamento entre T-CONT e ALLOC-ID, o que realizado atravs de mensagens PLOAM enviadas para a ONU. Qualquer ALLOC-ID assinalado para um ONU pode ser associado somente um TCONT. 88

O ITU-T 984.3 especifica 5 tipos de T-CONT para o padro GPON: T-CONT 1: Alocao fixa de banda (Fixed). Adequado para aplicaes CBR (Constant Bit Rate) que utilizam taxas fixas de transmisso e que sejam sensveis a atraso, como servios de vdeo e voz (por exemplo, VoIP); T-CONT 2: Alocao garantida de banda (Assured). Adequado para trfego VBR (Variable Bit Rate) com taxa mdia bem definida e com pouca sensibilidade a atraso, como servios de vdeo e dados com alta prioridade; T-CONT 3: Alocao garantida de banda com possibilidade de disputar mais banda (Assured + Non-Assured). Adequado para trfego de rajada e que necessita banda mnima garantida e com pouca sensibilidade a atraso, como servios de vdeo e dados com alta prioridade; T-CONT 4: Alocao de banda do tipo Best-Effort (modelo de servio atualmente usado na Internet. Consiste num utilizador que envia um fluxo de dados, ao mesmo tempo que a largura de banda partilhada com todos os fluxos de dados enviados por outros utilizadores, ou seja, estas transmisses so concorrentes entre si). Adequado para trfego de rajada insensvel a atraso, como servios de dados com baixa prioridade (por exemplo, Internet); T-CONT 5: Servios combinados de todos ou alguns T-CONTs.

Figura 86. Relao entre prioridade, trfego e banda

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16.4. GEM PORT (GPON Encapsulation Method)

Consiste de uma porta virtual encarregada do encapsulamento dos dados para transmisso de dados entre o OLT e o ONU. Cada classe de servio deve ser assinalada para uma porta GEM diferente. Cada T-CONT consiste de uma ou mais portas GEM. Cada porta GEM atende somente um tipo de trfego de servio, isto , um nico tipo de T-CONT.

16.5. GEM PORT-ID

Cada porta GEM identificada por um ID nico. A faixa de PORT-IDs varia de 0 a 4095. Ele alocado pelo OLT sendo que somente pode ser usado por um simples ONU por interface PON.

Figura 87. Relao entre T-CONT e porta GEM 90

17. 17.1.

CONFIGURAO FIBERLINK SRIE 10000 VIA CONSOLE Conexo ao Terminal de Comandos

Existem dois modos de conexo ao terminal para console de comandos. Via Telnet (porta MGT) e Serial (porta Console).

17.1.1. Conexo via Console Para acessar a interface de linha de comando (CLI Command Line Interface) via console, primeiramente preciso que a porta de console do Fiberlink Srie 10000 esteja conectada interface serial RS-232 de seu computador.

Figura 88. Console Serial

Configurar o terminal serial do computador, ajustando os parmetros da conexo para: baud rate de 115200 bps, 8 bits de dados, 1 bit de parada, sem paridade, sem controle de trfego. 17.1.2. Conexo via Telnet Para configurar o equipamento via Telnet, necessrio configurar um computador para acessar o Fiberlink atravs do endereo IP da interface MGT. Por padro o sistema vem pr-configurado com o telnet habilitado. Caso a configurao de fbrica seja alterada ou removida, a fim de que o telnet continue operante deve-se utilizar o comando ip telnet server. 91

Figura 89. Console MGT 17.1.3. Login Login do usurio: admin Senha: parks 17.1.4. Modos de Comando

As principais caractersticas e funes dos principais modos de comando da CLI so apresentadas a seguir. Usurio Comum: este modo fornece as informaes de estatsticas e de estado simplificadas do equipamento (representado por >). Usurio Privilegiado: fornece todas as informaes estatsticas e de estado do equipamento, alm de permitir a gerncia do sistema (representado por #). Para alternar entre o modo comum e privilegiado, digite: > enable [enter] # disable [enter] 17.1.5. End

O comando end utilizado para retornar diretamente ao modo de usurio privilegiado a partir de qualquer outro modo de configurao superior como: 92

Modo de configurao global (global configuration mode); Modo de configurao de interfaces (interface configuration mode); Modo de configurao de vlans (vlan configuration mode); Modo de configurao de qos (qos configuration mode).

Exemplo:
# configure terminal (config)# end (retorna para modo usurio privilegiado)

Todos os comandos podem ser classificados em trs nveis. Segue uma relao dos trs nveis partindo do mais baixo. Modos de usurio: comum (common user mode); privilegiado (privileged user mode); Modo de configurao global (global configuration mode); Modos de configurao: de interfaces (interface configuration mode); de vlans (vlan configuration mode); de qos (qos configuration mode); Os usurios que forem cadastrados com nvel comum no tero acesso aos comandos que pertencem ao nvel privilegiado. Sendo assim, no tero permisso para realizar configuraes de interfaces, vlan e qos.

93

18.

CUIDADOS COM O MANUSEIO DA FIBRA

O retorno Alguns cuidados so importantes quanto ao manuseio com fibras pticas, de nada adiantar que se tenham todos os conhecimentos tcnicos aplicveis se no se tiver cuidado com o elemento que viabiliza toda a construo do sistema GPON, a fibra ptica. Para isso cuidados especiais devem ser tomados para no dobrar a fibra, caso isso venha a ser feito, poder acarretar danos irreversveis, como causar deformao, rompimento ou mesmo trincar a fibra. Alm disto, deve-se observar a presena de sujeira no conector, que pode provocar perda de desempenho e arranhar a face da fibra. Cuidar tambm a presena de face de fibra trincada e ou com lascas, gordura, fiapos de papel. Quando houver presena de sujeira em um conector ao ser encaixado estragar o limpo. Ao encaixar o conector use o corpo, no puxe pela fibra o que pode resultar em quebras.

94

19.

EXEMPLO DE CONFIGURAO

19.1.

Cenrio Provedor de Internet. Controle de banda e de IP feito pelo Roteador de borda.

Figura 90. Cenrio de Configurao

Equipamentos utilizados: OLT Fiberlink Parks 1000X ONU Fiberlink Parks 200X - Router (Roteador) Vlans utilizadas: 10 Dados 100 Gerncia

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19.2.

Configurao da Gerncia

Por padro a OLT vem configurada com ip default 192.168.2.1 configurada na interface MGMT1, associada porta Gigaethernet0/0 na Vlan 100 Access.

19.2.1. Adicionando a OLT ao software de Gerncia

Adicionar no servidor de Gerncia um ip na faixa 192.168.2.0/24 e adicionar a OLT no Software MNS.

Figura 91. Adicionando OLT ao Software de Gerncia

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19.2.2. Criando VLAN para Dados

Criar a Vlan de Dados 10. Aba Vlan Create. A Vlan 100 j existe por default..

Figura 92. Criando VLAN 10

19.2.3. Definindo a poltica para as VLAN

Configurar a porta PON onde estejam os clientes para Trunk nas Vlans 10 e 100 e a porta Gigaethernet0/1 em Access na Vlan10 (Porta que ser ligada no Roteador). Aba Vlan Policy.

97

Figura 93. Definindo a poltica para as VLANs

19.2.4. Iniciando a configurao das ONUs

Localizar nmero serial do cliente aba Gpon Device PONx. Configurar alias e ips de gerncia das Onus <clicando> no boto Config ONU.

Figura 94. Iniciando a configurao da(s) ONU(s)

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19.2.5. Definindo IP, Alias, Mscara

Adicionar IP, Alias e Mscara de rede <clicando> o Serial Number e depois em Edit.

Figura 95. Adicionando Alias e IP

19.2.6. Validando configuraes de IP, Alias e Mscara

Aps efetuar a configurao <clicar> no boto Edit ONU Information para validar informaes e depois Close.

Figura 96. Validando configuraes de IP, Alias e Mscara

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19.2.7. Iniciando a configurao do Perfil de Fluxo

Configurar o perfil de fluxo chamado ONU Flow <clicando> em Define Data Service.

Figura 97. Iniciando a Configurao do Perfil de Fluxo

19.2.8. Configurando o Perfil de Fluxo

<Clicar> em Manage Profiles para criar o perfil que poder ser usado para vrias Onus.

Figura 98. Configurando Perfil de Fluxo

100

19.2.9. Criando Perfil de Fluxo

<Clicar> em Create Profile.

Figura 99. Criando Perfil de Fluxo

19.2.10. Criando os Perfis de Banda

Criar os perfis de banda <clicando> em Bandwidht Profile.

Figura 100. Criando os perfis de banda

101

19.2.11. Configurando os parmetros do perfi de banda

Neste exemplo vamos criar banda de Gerncia e de Dados. Basta definir um nome, o tipo de trfego e a banda. Aps criar, <clicar> em Close.

Figura 101. Selecionando Virtual Port e Perfil de Banda

19.2.12. Selecionando IP-Host para Vlan

Aps criar o perfil de banda devem-se associar as Vlans aos perfis criados. Primeiro se associa a Vlan 100 como IP HOST com a banda de gerncia. Colocamos o nome de perfil como CLIENTES. Aps <clica-se> em Create e depois Close, voltando para a tela inicial de criao do perfil.

102

Figura 102. Selecionando IP-Host para Vlan

19.2.13. Associando a Vlan de Dados ao Fluxo

Deve se <clicar> em Create Flow para fazer a associao da Vlan de dados.

Figura 103. Associando a Vlan de Dados ao Fluxo

103

19.2.14. Selecionando os perfis

Seleciona-se VEIP associando a Vlan 10 com o perfil de banda Dados. Aps clica-se em Close.

Figura 104. Criando o Perfil de Fluxo

19.2.15. Resultado final do Perfil

Os dois fluxos criados agora devem aparecer. Aps <clica-se> em Close.

104

Figura 105. Resultado final do perfil

19.2.16. Confirmao de Configurao de Fluxo

O perfil Clientes j deve aparecer para ser selecionado. Aps selecionar <clicase> em Next.

Figura 106. Confirmao de Configurao de Fluxo 105

19.2.17. Sumrio de Configurao

As informaes devem aparecer na tela Summary. Aps clica-se em Finish.

Figura 107. Sumrio de Configurao

19.2.18. Tela de Salvamento das Configuraes

Na prxima tela iro surgir as configuraes j prontas. Basta clicar em Save Configuration para salvas os dados

Figura 108. Tela de Salvamento das Configuraes

106

19.2.19. Utilizando os perfis criados para outras ONUs

Para os demais clientes basta encontrar o nmero serial, <clicar> em Define Data Service e selecionar o perfil Clientes, criado anteriormente.

Figura 109. Utilizando os perfis criados para outras ONUs

19.2.20. Configurao de ONUs via CLI (Command Line Interface)

Para os demais clientes da rede basta selecionar a ONU, clicar em Define Data Service e aplicar os perfis que j foram criados anteriormente, clicando em Next em todas as telas.
Aps Configurar os fluxos as ONUs modelo Router devem ser configuradas via CLI.

Acessar por telnet a ONU pelo ip que foi configurado para gerncia.

#Entra no modo de configurao. configure terminal

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#Configura Vlan. vlan database vlan 10 exit

#Configura NAT para sada para Internet. nat-rule masquerade ip any change-source-to interface-address

#Configura IP na interface Vlan10. #IP WAN Fixo interface vlan10 ip address 10.1.1.1/24 ip nat masquerade out no shutdown exit

#IP WAN DHCP interface vlan10 ip address dhcp default-route ip nat masquerade out no shutdown exit

# IP WAN PPOE interface vlan10 pppoe 1 no shutdown exit

#Configurao PPPOE caso seja implantado na rede. interface pppoe1 ip nat masquerade out

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ip address negotiated ppp authentication pap ppp ipcp default-route ppp password senha ppp username usurio no shutdown exit

#Configura Default GW (Somente se for WAN com ip fixo). ip route 0.0.0.0/0 10.1.1.254(GW da rede)

#Configura DHCP na interface LAN. ip dhcp server 192.168.1.0 255.255.255.0 192.168.1.2 192.168.1.253 dns-server 8.8.8.8 router 192.168.1.1

#Configura WIFI (caso o modelo suportar).

interface wifi essid teste security wpa2 senha1234567 exit

#Sai do modo de configurao. end

#Salva as configuraes. copy running-config startup-config.

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