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Cadeia Epidemiológica

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CADEIA EPIDEMIOLGICA

HANSENASE 1- Agente etiolgico Bacilo lcool-cido resistente, intracelular obrigatrio, denominado bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae. 2- Reservatrio O homem reconhecido como nica fonte de infeco, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados. 3- Porta de entrada/sada A principal via de eliminao do bacilo, pelo individuo doente de hansenase , e a mais provvel porta de entrada no organismo passvel de ser infectado so as vias areas superiores, o trato respiratrio. No entanto, para que a transmisso do bacilo ocorra, necessrio um contato direto com a pessoa doente no tratada, como a convivncia de familiares na mesma residncia. Da a importncia do exame dos familiares do doente de hansenase. 4- Modo de transmisso Contato ntimo e prolongado de indivduos susceptveis com pacientes bacilferos no tratados. 5- Susceptibilidade A hansenase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no entanto, raramente ocorre em crianas. Observa-se que crianas, menores de quinze anos, adoecem mais quando h uma maior endemicidade da doena, ou quando h um paciente contaminando a famlia. H uma incidncia maior da doena nos homens do que nas mulheres, na maioria das regies do mundo. Alm das condies individuais, outros fatores relacionados aos nveis de endemia e s condies socioeconmicas desfavorveis ,assim como condies precrias de vida e de sade, a desnutrio e do elevado numero de pessoas convivendo em um mesmo ambiente, influem no risco de adoecer. 6- Perodo de incubao Em mdia 5 anos, podendo ir de meses a mais de 10 anos. 7- Perodo de transmisso Os pacientes multibacilares podem transmitir hansenase, antes de iniciar o tratamento especfico. A primeira dose de rifampicina capaz de matar as cepas viveis do bacilo de Hansen em at 99,99% da carga bacilar de um indivduo. 8- Sinais e sintomas Manchas esbranquiadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alterao de sensibilidade; rea de pele seca e com falta de suor; rea da pele com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; rea da pele com perda ou ausncia de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber; Sensao de formigamento (Parestesias); Dor e sensao de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braos e das pernas, inchao de mos e ps;

Diminuio da fora dos msculos das mos, ps e face devido inflamao de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. lceras de pernas e ps. Caroos (ndulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Febre, edemas e dor nas juntas. Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz. Ressecamento nos olhos. Locais do corpo com maior predisposio para o surgimento das manchas: mos, ps, face, costas, ndegas e pernas. Importante: Em alguns casos, a hansenase pode ocorrer sem manchas. 9- Tratamento O tratamento especfico encontrado nos servios pblicos de sade e chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinao de trs medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associao de antibiticos, conforme a classificao operacional, sendo: Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em at 9 meses; Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina 12 doses em at 18 meses; O paciente vai ao servio mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de sade, e pegar a medicao para as doses que ele toma diariamente em casa. A regularidade do tratamento e o incio mais precoce levariam a cura da hansenase mais rpida e segura. Toda pessoa que reside ou residiu nos ltimos cinco anos com doente de hansenase, sem presena de sinais e sintomas de hansenase no momento da avaliao, deve ser examinada e orientada a receber a vacina BCG para aumentar a sua proteo contra a hansenase. Deve tambm receber orientao no sentido de que no se trata de vacina especfica para a hansenase. Estudos realizados no Brasil e em outros pases verificaram que o efeito protetor da BCG na hansenase variava de 20 a 80%, concedendo maior proteo para as formas multibacilares da doena. Em alguns casos o aparecimento de sinais clnicos de hansenase, logo aps a vacinao, pode estar relacionado com o aumento da resposta imunolgica em indivduo anteriormente infectado. 10- Vigilncia epidemiolgica Tem como objetivo reduzir os coeficientes de deteco e prevalncia da doena, atravs do diagnstico e tratamentos precoces dos casos, procurando assim interromper a cadeia de transmisso. uma doena de notificao compulsria no Brasil. As medidas de controle so feitas atravs de diagnstico precoce dos casos, atravs do atendimento de demanda espontnea, de busca ativa e de exame dos contatos para tratamento especfico, que deve ser feito em regime eminentemente ambulatorial. TUBERCULOSE 1- Agente etiolgico Mycobacterium tuberculosis. 2- Reservatrio O homem (principal) e o gado bovino doente em algumas regies especficas. 3- Porta de entrada/sada

A porta de entrada dos bacilos pelas vias areas. Uma pessoa com a doena espalha os bacilos pelo ar quando tosse ou espirra e contamina as pessoas que esto por perto. 4- Modo de transmisso Atravs da tosse, fala e espirro. 5- Susceptibilidade Qualquer fator que debilite a imunidade, como m alimentao, certos tratamentos mdicos (uso de corticides, transplantes de rgos), uso abusivo de lcool e outras drogas, estresse e principalmente doenas como AIDS, diabetes, leucemia e doenas renais graves. 6- Perodo de incubao A maioria dos novos casos de doena ocorre em torno de 6 a 12 meses aps a infeco inicial. 7- Perodo de transmisso Enquanto o doente estiver eliminando bacilos e no houver iniciado o tratamento. Com o incio do esquema teraputico recomendado, a transmisso reduzida, gradativamente em algumas semanas (duas). 8- Sinais e sintomas Febre, tosse e secreo h mais de trs semanas. Alm disso, perda de peso, suor noturno, febre ao final do dia, perda de apetite, fraqueza e tosse com expectorao de sangue. 9- Tratamento A tuberculose uma doena curvel em praticamente 100% dos casos novos, sensveis aos medicamentos anti-TB, desde que obedecidos os princpios bsicos da terapia medicamentosa e a adequada operacionalizao do tratamento. A associao medicamentosa adequada, as doses corretas e o uso por tempo suficiente so os princpios bsicos para o adequado tratamento evitando a persistncia bacteriana e o desenvolvimento de resistncia aos frmacos, assegurando, assim, a cura do paciente. A esses princpios soma-se o Tratamento Diretamente Observado (TDO) como estratgia fundamental para o sucesso do mesmo. Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu Comit Tcnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inqurito Nacional de Resistncia aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da resistncia primria isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o Etambutol como quarto frmaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do Esquema bsico. A apresentao farmacolgica deste esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamipa e Etambutol), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275 mg. Essa recomendao e apresentao farmacolgica so as preconizadas pela Organizao Mundial da Sade e utilizadas na maioria dos pases, para adultos e adolescentes. Para as crianas (abaixo de 10 anos), permanece a recomendao do Esquema RHZ. 10- Vigilncia epidemiolgica Com uma mdia anual de 85 mil casos no Brasil, a tuberculose vem sendo controlada por aes e investimentos do Ministrio da Sade e demais instncias do SUS.

RUBOLA 1- Agente etiolgico Vrus RNA, gnero Rubivrus, famlia Togaviridae. 2- Reservatrio O homem. 3- Porta de entrada/sada Via area superior. 4- Modo de transmisso Direto, atravs do contato com secrees nasofarngeas de pessoas infectadas. 5- Susceptibilidade A transmisso da rubola pode ocorrer durante o ano todo, mas predomina no inverno e na primavera, sendo as crianas entre 5 e 9 anos de idade as mais atingidas, nos pases sem programa de preveno. 6- Perodo de incubao De 14 a 21 dias, com durao mdia de 17 dias, podendo variar de 12 a 23 dias. 7- Perodo de transmisso De 5 a 7 dias antes do incio do exantema e de 5 a 7 dias aps. 8- Sinais e sintomas Febre, adenopatia, artrite e artralgia 9- Tratamento No h tratamento especfico. 10- Vigilncia epidemiolgica O principal objetivo da vigilncia epidemiolgica da rubola detectar a circulao do vrus em determinado tempo e rea geogrfica. O objetivo no detectar todos os casos de rubola, mas identificar quando e onde o vrus est circulando. A ocorrncia de casos de SRC utilizada como um indicador indireto de circulao recente do vrus da rubola. O objetivo, nesse caso, identificar casos novos de SRC, nos quais possvel confirmar a etiologia, para que sejam adotadas medidas visando interromper a circulao do vrus. Alm disso, a vigilncia de casos de SRC permite detectar a ocorrncia de deslocamento de faixa etria da doena. Como referido anteriormente, na ausncia de vacinao, os casos de rubola incidem mais na faixa etria de 5 a 9 anos. Se, aps iniciada a vacinao, as coberturas vacinais no forem satisfatrias ( 95%) poder haver deslocamento da faixa etria da doena, que passa a afetar, principalmente, adultos, com conseqente aumento do risco da ocorrncia de casos de SRC. SARAMPO 1- Agente etiolgico um vrus RNA. Vrus do sarampo, pertencente ao gnero Morbillivirus, famlia Paramyxoviridae.

2- Reservatrio O homem. 3- Porta de entrada/sada A via de inoculao, ou porta de entrada, corresponde mesma de eliminao, isto , o trato respiratrio superior. O vrus, ao penetrar no suscetvel, passa a se multiplicar localmente, na regio da nasofaringe, e em seguida se espalha para os tecidos linfticos vizinhos. 4- Modo de transmisso transmitido diretamente de pessoa a pessoa, atravs das secrees nasofarngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. 5- Susceptibilidade Qualquer indivduo no iminizado. 6- Perodo de incubao Geralmente dura 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposio at o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias at o incio do exantema. 7- Perodo de transmisso de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, at 4 dias aps. O perodo de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias aps o incio do exantema. O vrus vacinal no transmissvel. 8- Sinais e sintomas O paciente apresenta febre baixa, linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical, anorexia, mal estar, coriza, tosse, exantema que inicia se na regio retroauricular, estendendo-se pelo tronco e extremidades. 9- Tratamento No existe tratamento especfico para sarampo. Os antitrmicos e analgsicos podem ser utilizados para controlar a febre. recomendvel a administrao da vitamina A em crianas acometidas pela doena, afim de reduzir a ocorrncia de casos graves e fatais. 10- Vigilncia epidemiolgica Tem como objetivo consolidar a erradicao do sarampo atravs de uma vigilncia epidemiolgica sensvel, ativa e oportuna, permitindo a identificao e notificao imediata de todo e qualquer caso suspeito na populao, para a adoo das medidas de preveno e controle pertinentes, bem como monitorar as demais condies de risco. considerado caso suspeito todo paciente que, independente da idade e situao vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse, coriza e conjuntivite. Sarampo uma doena de notificao compulsria ao sistema de sade.

POLIOMELITE 1- Agente etiolgico um vrus RNA. Poliovrus, gnero Enterovrus, da famlia Picornaviridae com trs sorotipos: I, II e III.

2- Reservatrio O homem. 3- Porta de entrada/sada A boca a porta de entrada do poliovrus, fazendo-se a transmisso pelas vias fecaloral ou oral-oral, esta ltima atravs de gotculas de muco do orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). As ms condies habitacionais, a higiene pessoal precria e o elevado nmero de crianas numa mesma habitao constituem fatores que favorecem a transmisso do poliovrus. 4- Modo de transmisso Principalmente por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral (a principal) ou oral-oral. Essa ltima atravs de gotculas de muco do orofaringe. 5- Susceptibilidade Todas as pessoas no imunizadas so suscetveis de contrair a doena. A infeco natural ou a vacinao conferem imunidade duradoura ao tipo especfico de poliovrus responsvel pelo estmulo. Embora no desenvolvendo a doena, as pessoas imunes podem reinfectar-se e eliminar o poliovrus ainda que em menor quantidade e por um perodo menor de tempo. 6- Perodo de incubao Geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. 7- Perodo de transmisso No se conhece com exatido. O vrus encontrado nas secrees da orofaringe aps 36 a 72 horas a partir da infeco se instaura e persiste por uma semana e, nas fezes, por cerca de 3 a 6 semanas. 8- Sinais e sintomas Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a gravidade da infeco. Nas formas no paralticas, os sinais mais caractersticos so febre, mal-estar, dor de cabea, de garganta e no corpo, vmitos, diarreia, constipao, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paraltica, quando a infeco atinge as clulas dos neurnios motores, alm dos sintomas j citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, em regra, um dos membros inferiores. 9- Tratamento Como em muitas infeces virais, no h tratamento especfico para a doena, mas alguns cuidados so indispensveis para controlar as complicaes e reduzir a mortalidade. Entre eles destacam-se: repouso absoluto nos primeiros dias para reduzir a taxa de paralisia; mudana frequente de posio do paciente na cama, que deve ter colcho firme e apoio para os ps e a cabea; tratamento sintomtico da dor, febre e dos problemas urinrios e intestinais; atendimento hospitalar nos casos de paralisia ou de alterao respiratria; acompanhamento ortopdico e fisioterpico. 10- Vigilncia epidemiolgica Poliomielite uma doena de notificao compulsria ao sistema de sade. A doena foi de alta incidncia no pas em anos anteriores, deixando centenas de deficientes fsicos por ano. Hoje, encontra-se erradicada no Brasil em virtude das aes de imunizao e vigilncia epidemiolgica, desenvolvidas desde 1980 at 1994, quando o pas recebeu o "Certificado de Erradicao da Transmisso Autctone do Poliovrus Selvagem nas Amricas".

MENINGITE C (Meningite Meningoccica C) 1- Agente etiolgico A bactria, Neisseria meningitidis, conhecida como Meningococo. 2- Reservatrio O homem doente ou portador 3- Porta de entrada/sada Vias areas superiores. 4- Modo de transmisso A transmisso de pessoa a pessoa, por via respiratria, por meio de gotculas e secrees do nariz e garganta, havendo necessidade de contato prolongado e convivncia no mesmo ambiente (residentes da mesma casa, colega de dormitrio, creche, alojamento). 5- Susceptibilidade elevada a proporo de portadores em relao ao nmero de casos, entretanto a suscetibilidade doena geral. Pessoas no imunizadas (meningoccica conjugada C) tem maior chance de contrair a doena. 6- Perodo de incubao Varia de 2 a 10 dias, geralmente de 3 a 4 dias. 7- Perodo de transmisso Persiste at que o meningococo desaparea das secrees da nasofaringe. Em geral, os meningococos sensveis desaparecem da nasofaringe dentro de 24 horas depois de iniciado o tratamento especfico. Verificou-se que o estado de portador pode ser longo (at 10 meses). 8- Sinais e sintomas Os principais sintomas da meningite meningoccica so: febre alta (38 41 C), dor de cabea muito forte, nuseas, letargia, fotofobia (desconforto a luz brilhante), vmitos em jato e, rigidez da nuca (pescoo duro). Em bebs: moleira abaulada, febre e irritabilidade. 9- Tratamento Aps a avaliao mdica e anlise preliminar de amostras clnicas do paciente, este ficar internado e o tratamento ser realizado com antibiticos especficos. 10- Vigilncia epidemiolgica As meningites bacterianas e virais possuem maior importncia epidemiolgica pela sua magnitude e capacidade de ocasionar surtos. DIFTERIA 1- Agente etiolgico Corynebacterium diphtheriae, bacilo gram-positivo, produtor da toxina diftrica, quando infectado por um fago. 2- Reservatrio

O homem, doente ou portador assintomtico. 3- Porta de entrada/sada Atravs das vias areas superiores. 4- Modo de transmisso Contato direto da pessoa doente ou do portador com pessoa suscetvel (gotculas de secreo eliminadas por tosse, espirro ou ao falar). A transmisso por objetos recm contaminados com secrees do doente ou de leses em outras localizaes pouco freqente. 5- Susceptibilidade Qualquer pessoa no imunizada. O reforo deve ser4 a cada 10 anos. 6- Perodo de incubao De 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. 7- Perodo de transmisso Em mdia at duas semanas aps o incio dos sintomas. A antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftrico da orofaringe, de 24 a 48 horas aps a sua introduo, na maioria dos casos. O portador crnico no tratado pode transmitir a infeco por seis meses ou mais e extremamente importante na disseminao da doena. 8- Sinais e sintomas Placas acinzentadas, duras, semelhante a uma pele e aderentes, estado geral comprometido, dor de garganta e febre baixa e edema de pescoo. 9- Tratamento Um paciente com difteria requer de hospitalizao e isolamento. Alm da medicao, o repouso indispensvel durante a fase aguda da doena. 10- Vigilncia epidemiolgica A ficha de investigao da difteria, preconizada pelo Sinan, contm os elementos essenciais a serem coletados em uma investigao de rotina. Todos os seus campos devem ser criteriosamente preenchidos, mesmo quando a informao for negativa. Outros itens e observaes podem ser includos, conforme as necessidades e peculiaridades de cada situao. COQUELUCHE 1- Agente etiolgico Bordetella pertussis. Bacilo gram negativo aerbio, no esporulado, imvel e pequeno, provido de cpsula (formas patognicas) e fmbrias. 2- Reservatrio O homem o nico reservatrio natural. 3- Porta de entrada/sada Atravs da secreo orofaringea, eliminada pela tosse, espirro ou fala. 4- Modo de transmisso Contato direto da pessoa doente com pessoa suscetvel (gotculas de secreo eliminadas por tosse, espirro ou ao falar). A transmisso por objetos recm

contaminados com secrees do doente pouco frequente, visto a dificuldade do agente sobreviver fora do hospedeiro. 5- Susceptibilidade Qualquer pessoa no imunizada. 6- Perodo de incubao Em mdia, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente at 42 dias. 7- Perodo de transmisso Para efeito de controle, considera-se que esse perodo se estende de 5 dias aps o contato com um doente (final do perodo de incubao) at 3 semanas aps o incio dos acessos de tosse tpicos da doena (fase paroxstica). A maior transmissibilidade da doena ocorre na fase catarral. 8- Sinais e sintomas A coqueluche compromete predominantemente o aparelho respiratrio (traquia e brnquios) e clinicamente, aps um perodo de incubao que varia de 7 a 10 dias, os sinais e sintomas podem ser divididos didaticamente em trs estdios: fase catarral (caracteriza-se por coriza nasal, febre baixa e tosse, semelhantes a um resfriado comum, com durao de 7 a 14 dias); fase paroxstica (caracterizada por acessos paroxsticos de tosse, seguidos de guincho inspiratrio com expectorao de muco claro, viscoso e espesso, seguidos de vmitos, com durao de 4 a 6 semanas); fase de convalescena (o estgio final de recuperao caracteriza-se por desaparecimento dos guinchos com persistncia da tosse, que pode durar semanas ou meses). 9- Tratamento A hospitalizao, em geral, no necessria. A criana deve ser adequadamente hidratada e os distrbios eletrolticos controlados. Deve-se ter cuidado ao alimentar a criana, preferindo alimentos semi-slidos, frios e em pequena quantidade. Durante as crises de paroxismo pode ser necessrio administrar oxignio sob mscara (em casos mais graves pode ser necessrio suporte ventilatrio) e aspirar secrees. O isolamento respiratrio necessrio at cinco dias aps o incio do tratamento com antibitico. O antibitico de escolha a eritromicina, um macroldeo, pela sua boa penetrao nas vias respiratrias. Vale ressaltar que o estolato de eritromicina atua melhor, uma vez que o estearato e o etilsuccinato no atingem concentraes sricas favorveis erradicao da bactria, levando a falhas teraputicas. A dose recomendada de 40 a 50 mg/kg/dia por via oral a cada 6 horas, por 14 dias, com dose mxima de 2g por dia. Iniciar o mais precocemente possvel a terapia, de preferncia at a fase catarral a fim de atenuar a doena. 10- Vigilncia epidemiolgica A coqueluche uma doena de notificao compulsria em todo territrio nacional. Todo caso suspeito deve ser notificado vigilncia epidemiolgica e registrado no Sistema Nacional de Agravos de Notificao (Sinan). HEPATITE B 1- Agente etiolgico Vrus da Hepatite B (HBV). um vrus DNA, famlia Hepadnaviridae. 2- Reservatrio O homem. Experimentalmente, chimpanzs, espcies de pato e esquilo.

3- Porta de entrada/sada Corrente sangunea. 4- Modo de transmisso O HBV altamente infectivo e facilmente transmitido atravs da via sexual; transfuses de sangue, procedimentos mdicos e odontolgicos e hemodilises sem as adequadas normas de biossegurana; transmisso vertical (me-filho), contatos ntimos domiciliares (compartilhamento de escova dental e lminas de barbear), atravs de acidentes prfuro-cortantes, compartilhamento de seringas e de material para a realizao de tatuagens e piercings. 5- Susceptibilidade Qualquer pessoa no imunizada, pessoas que compartilham seringas, pessoas que receberam transfuso sangunea, etc. 6- Perodo de incubao De 30 a 180 dias (mdia em torno de 60 a 90 dias). 7- Perodo de transmisso Duas a trs semanas antes dos primeiros sintomas e mantm-se durante a evoluo clnica da doena. O portador crnico pode transmitir por vrios anos. 8- Sinais e sintomas Os sintomas da hepatite B podem aparecer no perodo de 4 semanas a 6 meses depois da pessoa ter sido infectada pelo vrus. Muitas pessoas que desenvolvem o tipo crnico da doena tm somente sintomas leves ainda que o vrus possa estar danificando o fgado. Os primeiros sintomas podem ser: perda de apetite, febre, malestar geral e fadiga. Outros possveis sintomas incluem: urticria, dor em determinadas juntas e no caso dos fumantes, perda do gosto pelo cigarro. Sintomas que podem aparecer alguns dias depois: nusea e vmito, falta de ar e gosto amargo na boca, urina de cor marrom escuro, pele e olhos amarelados, dor logo abaixo das costelas do lado direito, principalmente quando pressionadas, fezes de cor plida e intestino mais solto do que o normal. A hepatite pode causar danos permanentes para o fgado. Alguns sintomas destes danos: dor no lado esquerdo superior do abdmen devido a um aumento do bao, inchao do estmago e das pernas, vermelhido nas palmas das mos, veias finas e compridas abaixo da pele ou facilidade de machucar-se, sangramentos no estmago ou esfago. 9- Tratamento O tratamento usual para a hepatite B so repouso, uma dieta balanceada e abstinncia de bebidas alcolicas e certos medicamentos durante no mnimo 6 meses. Antibiticos no so eficazes no tratamento da hepatite. Exceto nos casos mais srios, normalmente no se necessria a internao hospitalar. Caso voc fique fortemente desidratado, precisar ir ao hospital tomar soro por via intravenosa. Se voc tiver hepatite B crnica precisar de esterides ou tomar injees de interferon, uma droga anti-vrus. Discuta estas possibilidades com o seu mdico. 10- Vigilncia epidemiolgica Tem como objetivos conhecer a magnitude, tendncia e distribuio geogrfica e por faixa etria, visando fortalecer as atividades de vacinao em reas ou grupos de maior risco. Deve ser feita a notificao e investigao de casos suspeitos e confirmados devem ser notificados e investigados, visando proteo dos contatos no infectados.

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