MUSCULOS DO MEMBRO INFERIOR (Origem, Insero e Funo) O enfoque no estudo dos msculos ser essencialmente funcional, isto e a inteno

agrupar os msculos em relao aos movimentos que produzem nos diversos segmentos do membro inferior. Talvez no exista assunto mais controvertido em anatomia do que a problemtica da ao muscular. Mesmo com a utilizao de tcnicas altamente sofisticadas, como a eletromiografia, no se conseguiu determinar, com absoluta segurana as aes de todos os msculos. Isto particularmente verdade para msculos situados em planos mais profundos. Outra dificuldade reside no fato de que h msculos que atuam em diversos movimentos; por exemplo, o msculo adutor magno possui uma poro adutora e outra extentora. Alm do mais msculos exercem uma ao principal, como protagonista, mas tambm auxiliam outros msculos em aes diversas. MUSCULO Sartorio ORIGEM Espinha ilaca antero-superior Processos transversos, corpos e discos invertebrais das vrtebras lombares Fossa ilaca Por duas cabeas: a anterior da espinha ilaca ntero-inferior; a posterior do conforto psterosuperior do acetbulo. ORIGEM Linha pectnea do pbis Corpo do pbis Corpo e ramo inferior do pbis Poro adultora: ramo inferior do pbis Adutor Magno Poro extentora: tuberosidade esquitica Grcil Corpo e ramo inferior do pbis No lio, posteriormente, linha gltea posterior, face posterior do sacro e ligamento sacrotuberoso No lio, entre as linhas glteas anterior e inferior No lio, entre as linhas glteas anterior e inferior Face plvica do sacro Periforme 2 a 4 vrtebras sacrais Trocnter maior do fmur Trocnter menor, junto com M psoas maior. Por tendo nico, na patela, e esta se fixa tuberosidade da tbia pelo ligamento patelar. INSERO Linha pectnea do fmur Lbio medial da linha spera do fmur Linha spera do fmur Poro adultora: linha spera Poro extentora: linha supracondilar medial e tubrculo adutor. Face medial da poro proximal do corpo da tbia. Tuberosidade gltea do fmur e tracto iliotibial. Trocnter maior Trocnter maior INSERO Borda medial da tuberosidade da tbia.

Psoas maior

Ilaco

Reto da Coxa

MSCULO Pectneo Adutor Longo Adutor Curto

Glteo Maximo

Glteo Mdio Glteo Mnimo

Obturatrio Interno

Contorno externo do forame obturado e membrana obturadora.

Face medial do trocnter maior do fmur; as fibras convergem para um tendo que deixa a pelve atravs do forame esquitrico menor Fossa trocantrica INSERO Tendo do M. obturatrio interno Tendo do M. obturatrio interno Crista intertrocantrica Tracto lio t6ibial

Obturatrio Externo MSCULO Gmeo Superior Gmeo Inferior Quadrado da Coxa Tensor da Fascialata

Contorno externo do forame obturado e membrana obturadora. ORIGEM Espinha isquitica Tuberosidade isquitica Borda lateral da tuberosidade isquitica Espinha ilaca ntero-superior e lbio externo da crista ilaca Poro longa: tuberosidade isquitica Poro curta: linha spera do fmur Tuberosidade isquitica Tuberosidade isquitica Espinha ilaca anterior inferior e borda do acetbulo

Bceps da Coxa Semitendinoso Semimembroso Reto da Coxa

Cabea da fbula Cabea da fbula Face medial do corpo da tbia, proximalmente Cndilo medial da tbia, pstero medialmente Por tendo nico, nas bordas proximais e laterais da patela e por meio do ligamento patelar e retinculos da patela, na tuberosidade da tbia

Vasto Medial

Linha intertracantrica e lbio medial da linha spera

Vasto Lateral Vasto Intermdio Tibial Anterior

Face anterior do trocnter maior e lbio lateral da linha spera Faces anterior e lateral do corpo do fmur Cndilo lateral e 2/3 proximais da tbia proximais da fbula, cndilo lateral da tbia, membrana interssea 1/3 inferior da fbula 1/3 medio da fbula e membrana interssea ORIGEM Cabea da fbula e 2/3 proximais da fibula 2/3 distais da fbula Base do 1 metatrsico e face medial do cuneiforme medial Por 4 tendoes, um para casa um dos 4 dedos laterais, na base das falanges media e distal Base do 4 ou 5 metatrsico Base da falange distal do hlux INSERO O tendo tem um trajeto medial na planta antes de inserir-se na cuneiforme medial e 1 metatrsico Base do 5 metatrsico

Extentor Longo dos Dedos Fubular Terceiro Extentor Longo do Hlux MSCULO

Fibular Longo

Fibular Curto

Ventre lateral: cndilo lateral do fmur Gastrocnmio Ventre Medial: Logo acima do cndilo do fmur Sleo Plantar Parte proximal e posterior da fbula, linha do sleo Face popltea do femus acima do cndilo lateral Origina-se dentro da cpsula fibrosa da articulao do joelho, da superfcie lateral do cndilo lateral do fmur e menisco lateral 1/3 medio da face posterior da tbia, abaixo da linha do sleo 2/3 inferiores, posteriormente, na fbula 2/3 proximais da face posterior da tbia e da fbula, membrana interssea Tubrculos medial e lateral do calcneo Tubrculo medial do calcneo Tubrculo medial do calcneo ORIGEM Por duas cabeas medial e lateralmente na face plantar do calcneo Lados adjacentes dos tendes do flexor longo dos dedos III, IV e V; lado medial do tendo do flexor para o dedo II Base do 5 metatrsico e ligamento plantar longo Poro transversa: cpsula articular art. metatarsofalngicas do II, III, IV e V dedos Poro Obliqua: ligamentos plantar longo Flexor curto do Hlux Cubde e nos dois cuneiformes laterais

Os ventres do gastrocnmio convergem numa lamina membrancea que se funde com o tendo do m. sleo calcanear. Este prende-se a tuberosidade do calcneo

Tendo calcanear ou, medialmente no calcneo Face posterior proximal da tbia, acima da linha do sleo Por 4 tendoes, cada um deles se fixando na base da falange distal dos dedos II a V Base da falange distal do hlux Tuberosidade do navicular, todos os cuniformes e bases do II, III, e IV metatrsicos Lateralmente na falange do V dedo Por 4 tendoes nos lados da falange media dos dedos II a V Medialmente, na base da falange proximal do hlux INSERO Tendo do flexor longo dos dedos

Poplteo

Flexor Longo dos Dedos

Flexor Longo do Hlux

Tibial Posterior

Abdutor do V dedo Flexor Curto dos Dedos Abdutor do Hlux MSCULO Quadrado Palntar

Lumbricais

Medialmente na falange proximal do respectivo dedo Lateralmente na base da falange proximal do V dedo Poro transversa: no tendo flexor longo do hlux Poro Obliqua: junto com o flexor curto do hlux Lateralmente na base da falange do hlux junto com o adutor e abdutor do hlux

Flexor do V Dedo

Adutor do Hlux

Intersseos Plantares Intersseos Dorsais

Medialmente, na base 3, 4 e 5 ossos metatrsicos Difase dos ossos metatrsicos adjacentes

Medialmente na base da falange proximal dos dedos III, IV e V Base da falange proximal dos dedos II, III e IV

QUANTO FUNO: A funo do msculo condiciona sua forma e arranjo de suas fibras. Como as funes dos msculos so mltiplas e variadas, tambm o so sua morfologia e arranjo de suas fibras. De um modo geral e amplo, os msculos tem as fibras dispostas paralelas ou obliquas direo de frao exercida pelo msculo. QUANTO A ORIGEM Quando os msculos se originam por mais de um tendo, diz-se que apresentam mais de uma cabea de origem. So ento classificados como msculos bceps, trceps ou quadrceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeas de origem. Exemplos clssicos encontramos na nomenclatura dos membros e nomenclatura acompanha a classificao: M. bceps branquial, m. trceps da perna, m. quadrceps a coxa. QUANTO A INSERO Do mesmo modo, os msculos podem inserir-se por mais de um tendo. Quando h dois tendes, so bicaudados; trs ou mais, policaudados (ex.: m. flexor longo dos dedos do p). Outros exemplos: msculos flexores extentores dos dedos da mo. Origem: extremidade do msculo presa pea ssea que no se desloca. Insero: extremidade do msculo presa pea ssea que se desloca. Origem e insero so tambm denominados respectivamente de ponto fixo e ponto mvel. Nos membros, geralmente a origem de um msculo proximal e insero distal. Porm, convm ressalvar que um msculo pode alterar seus pontos de origem e insero em determinados movimentos.